JÁ ERA TEMPO DE SE MOSTRAR A CÂMARA
E OS MOMENTOS DA HISTÓRIA DO FUNCHAL
![]() |
A Câmara, na sua riquíssima história e no seu presente, é muito mais do que o Chafariz da Leda. |
Abrir a Câmara do Funchal a visitantes naturais e estrangeiros é muitíssimo mais do que uma daquelas medidas que os políticos inventam para a fotografia. Por assim dizer, trata-se de transformar um edifício frio e sorumbático, aborrecido e insignificante, por onde as pessoas passam diariamente com indiferença, num centro vivo de imagens e histórias do presente e de um passado que decididamente vale a pena conhecer.
Os funchalenses, e muito mais os visitantes, desconhecem os momentos marcantes da capital madeirense, nos seus 5 séculos de história. Ninguém sabe sequer dos quadros mais recentes, já no edifício municipal actual.
A primeira central telefónica da Madeira foi instalada na torre dos Paços do Concelho, corriam os primeiros anos do século XX. Nos espaços térreos funcionaram a polícia e os calabouços. Na Revolução de 31 contra a ditadura salazarista, constituiu-se uma vereação muito activa pró-rebeldes. A inépcia dos democratas continentais 'bonzos' inviabilizou o sucesso da luta, mas daquela varanda que dá para a Praça do Município haveria de ser lançada a estátua do ditador, num mítico 1.º de Maio pós-Revolução dos Cravos, em 1974.
Qualquer cidade por esse mundo promove a sua história. Em Espanha, por exemplo. No Ayuntamiento de Cádiz, conhecemos histórias da cidade, com realce para a primeira Constituição de Espanha, ainda por cima liberal - precisamente a 'Constituição de Cádiz', por haver sido promulgada naquela cidade icónica da Andaluzia, em 1812.
Há salões e outras zonas da Câmara do Funchal que merecem ser conhecidos. Os Paços do Funchal são mais do que o bonito átrio e a Leda. Os funchalenses saberão que o homem que deu o nome à Rua José Quintino de Freitas (Campo da Barca-Pena) foi um vereador histórico do Funchal, no século XIX? E Pedro José de Ornelas? E quem sabe do escrivão interino da Câmara (mais tarde carismático secretário-geral) que ficou com a cidade nas mãos, obrigado a praticamente dirigir o combate ao surto colérico de 1856, que tantas vidas ceifou?
A Câmara tem uma história rica e, já agora, tomara os actuais mandantes serem lembrados no futuro com metade da admiração e do respeito com que nós nos lembramos hoje dos seus antepassados.
caro Luis Calisto.Sou professora num estabelecimento de ensino da nossa Cidade,e por varias vezes ja organizamos,com guia,as visitas de estudo aos Paços do Concelho.
ResponderEliminarAproveito para enaltecer o empenho e profissionalismo demonstrado pelos responsaveis,julgo Dra Susana,na explicaçao de toda a historia que compõe o antigo Palacio.
Nao vejo qual a novidade anunciada pelo novo elenco governativo
A nossa resposta segue num apontamento na página principal do blogue.
ResponderEliminarIsto é publicidade enganosa,da mesma maneira que foi feito com o Teatro Baltazar Dias,sempre houveram visitas guiadas!!!!!Qual é a ideia da CMF????
ResponderEliminar