ESCÂNDALO

NEM UMA ENTIDADE OFICIAL

À CHEGADA DE FRANCISCO LUFINHA

A indignação ensombrou sem dúvida os espectaculares momentos da chegada do aventureiro desportista que ligou em kitersurf as Selvagens à Madeira, ao fim da tarde de hoje. Francisco Lufinha, já com a Bandeira de Portugal nas mãos, pedia encarecidamente que lhe arranjassem uma Bandeira da Região Autónoma. Nada. Nem sequer se encontrava presente alguém que representasse a Madeira ou o Funchal para consagrar o inesquecível acontecimento. 

De caras políticas conhecidas da política, apenas se viu Roberto Silva, deputado eleito pelo Porto Santo, que ali compareceu a título individual.

É escandaloso que ninguém do Turismo se dignasse dar um cunho oficial à recepção ao desportista que, através de jornais e televisões de todos os lados, divulgava o nome da Madeira com a travessia em kitersurf de 300 km de Atlântico. Francisco Lufinha é nem mais nem menos do que o velejador português que detém o recorde mundial de distância em kitersurf, Porto-Lagos, coberta o ano passado.

O celebrado desportista acaba de chegar à zona do cais do Funchal (cerca das 6 da tarde). À sua espera, nem um rosto oficial. Nem uma bandeira da Região. Apenas um barrete regional que alguém lhe cedeu para remediar a chocante desfeita.

...E se lá estava algum espécime da nomenclatura da Tabanca, bem escondido se manteve. Num caso desses, do mal o menos, terá ouvido o palavreado que os presentes dedicavam à cambada oficialista.