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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vida Municipal


RODRIGO TRANCOSO NOVO PRESIDENTE
DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO FUNCHAL

PND abandona 'Mudança'


Rodrigo Trancoso já ao leme da difícil fragata.

Conforme aguardado, Rodrigo Trancoso, deputado municipal na capital pelo Bloco de Esquerda, ganhou a votação para suceder a Luísa Clode na presidência da assembleia da autarquia. 
A eleição decorreu esta segunda-feira, numa reunião ordinária que passou a manhã sem conseguir sair do período 'antes da ordem do dia'. Trocas de acusações entre as bancadas fizeram como habitualmente a reunião marcar passo durante largo tempo.
No entanto, e uma vez eleito, o novo presidente do órgão, que é deputado pela coligação 'Mudança', conseguiu transmitir disciplina à casa, aplicando o regimento com habilidade.
Um deputado de outra formação não teve pruridos para, falando ao 'Fénix', elogiar a postura de Trancoso. "Ele avisou na sua apresentação que não admitiria os habituais atropelos ao regimento e cumpriu o que disse", declarou esse deputado oposicionista. "Parece que temos presidente, oxalá que sim."
Saliência para outra novidade: o PND decidiu abandonar a coligação 'Mudança', em protesto contra a decisão de Paulo Cafôfo de pressionar 3 vereadores até eles se demitirem. Um caso que muito deu que falar, levando a esta posição da Nova Democracia, que assim põe um ponto final na situação insustentável que era funcionar por dentro da coligação desmembrada.
Ainda sobre a reunião de hoje, e fora as trocas de 'mimos' do costume, nada mais de relevante. Alguns deputados até se deram ao luxo de se debruçar na varanda em posição de seguirem o França-Nigéria do Mundial que corria no écran gigante da Praça do Município, tendo de acorrer à sala quando era preciso votar. Pormenores para Rodrigo Trancoso limar depressa. O Mundial também não dura sempre, não é...

Crise


LAYOFF MANDA PARA CASA
MAIS 6 EMPREGADOS 
DO CARISMÁTICO 'APOLO'



A gerência do 'Café Apolo' recorre ao regime do Layoff para encurtar o número de funcionários no activo. Esta tarde há uma última reunião entre as partes, a fim de se ultimarem pormenores do 'despedimento temporário'.
Depois de outros casos resolvidos no mesmo sentido, a empresa decidiu accionar mecanismos para funcionar com menos 6 unidades no próximo meio ano. O que é possível graças ao regime Layoff, isto é, a redução temporária legal dos períodos normais de trabalho ou - como é o caso - a suspensão dos contratos de trabalho por iniciativa da empresa, durante um determinado tempo. Têm direito a aplicar este regime as empresas em situação de crise por motivos de mercado, estruturais ou tecnológicos. A 'dispensa' de trabalhadores no 'Apolo' deve-se à tentativa para assegurar a viabilidade económica da empresa e garantir a manutenção dos postos de trabalho.
Aquele carismático estabelecimento, de grande popularidade entre todos os madeirenses e visitantes habituais das ilhas, deverá ficar a funcionar pelo menos nos próximos 6 meses com apenas 21 elementos.   
Quanto aos trabalhadores 'suspensos' por este recurso ao Layoff, continuam ligados à empresa, com direito, se a lei for aplicada, a dois terços do vencimento ilíquido, até ao seu regresso - caso regressem mesmo.


É POSSÍVEL EVITAR ACIDENTES, SALVAR VIDAS


A Levada do Alecrim nasce aqui, na Ribeira do Lajeado


MORREU MAIS UMA TURISTA DURANTE UM PERCURSO PEDESTRE NA ILHA DA MADEIRA.
DESTA VEZ FOI NA LEVADA DO ALECRIM, QUE ABASTECE A CÂMARA DE CARGA DA CENTRAL HIDROELÉCTRICA DA CALHETA, SOBRANCEIRA AO RABAÇAL.
APESAR DE NÃO INTEGRAR A RESTRITA LISTA DOS PERCURSOS RECOMENDADOS PELO GOVERNO REGIONAL, TRATA-SE DUMA LEVADA DE MUITO FÁCIL ACESSO E COM UM GRAU DE DIFICULDADE BAIXO, MAIS BAIXO QUE O RECOMENDADO PERCURSO RABAÇAL - 25 FONTES.
JÁ PERDI A CONTA DAS VEZES QUE PERCORRI ESTA LEVADA, ESTUDANDO A FLORA E DESFRUTANDO DAS MAGNÍFICAS PAISAGENS QUE A ENVOLVEM. POSSO AFIRMAR, SEM REBUÇO, QUE É MAIS PERIGOSO PERCORRER A PÉ ALGUMAS RUAS DO FUNCHAL.
É COM IMENSA PREOCUPAÇÃO QUE VEJO, NOVAMENTE, MANCHADO DE SANGUE O MAIS VALIOSO NICHO DO TURISMO MADEIRENSE.
É COM IMENSA PREOCUPAÇÃO, QUE OIÇO E LEIO OPINIÕES DISPARATADAS DE GENTE QUE SE EXCITA QUANDO VÊ SANGUE.
É COM REDOBRADA PREOCUPAÇÃO QUE VEJO TUDO CONTINUAR NA MESMA, ATÉ QUE NA SECÇÃO "CASOS DO DIA" SURJA A NOTÍCIA DE MAIS UMA OU ALGUMAS MORTES.
REPITO, O QUE DISSE QUANDO RECENTEMENTE MORRERAM DOIS TURISTAS ALEMÃES, É URGENTE, URGENTÍSSIMO, UM DEBATE SOBRE O TURISMO DE NATUREZA NA MADEIRA.
COISAS TÃO SIMPLES COMO PAINÉIS COM REGRAS DE SEGURANÇA LOCALIZADOS ESTRATEGICAMENTE NO INÍCIO DOS PERCURSOS, OU A PRESENÇA MAIS VISÍVEL DOS GUARDAS FLORESTAIS E DOS VIGILANTES DA NATUREZA COM PALAVRAS DE INFORMAÇÃO E ATÉ DE REPREENSÃO, PODERÃO EVITAR ACIDENTES, SALVAR VIDAS.


Levada do Alecrim



Funchal, 30 de Junho de 2014

domingo, 29 de junho de 2014

DELFINS


AUTONOMIA XXI COM IDEIAS
PARA APLICAR ONDE?


Bem pode telefonar o chefe XXI para quem quiser, 
que não mandará em Delfins há anos
na lista de espera. 

Jaime Filipe acha que pega numas ideias e manda o Delfim que ganhar o partido aplicá-las. Ora, a menos que ele também prepare candidatura, o calhamaço XXI é conversa fiada.


O denominado movimento Autonomia XXI continua entusiasmado a propalar palpites de um projecto que diz ser o adequado para o futuro da Madeira. O DN de hoje dedica vasto espaço às congeminações executivas do grupo liderado por Jaime Filipe Ramos, percebendo-se pelas letras bold que está ali um projecto fracturante.
Para atalhar caminho, pedimos apenas que nos expliquem isto: como é que aquela rapaziada tenciona pôr as suas ideias em prática? Com que legitimidade partidária levarão o calhamaço à votação popular, que é o que interessa?
Os jovens, estribados no rol de intenções, dizem que querem traçar o seu próprio caminho, cedendo porém quanto ao interesse de falarem com os candidatos perfilados à liderança do PPD.
Ora, como em política não há milagres, tirando os enriquecimentos de espantar, os jovens políticos devem estar a pensar em fundar um partido próprio onde trabalhar - que nem pode ser regional. Ou será que Jaime Filipe avança, também ele, com uma candidatura no PPD?
O resto é conversa fiada. 
Não estamos a ver os candidatos no terreno, que andam há décadas a 'virar frangos' no minado lamaçal laranja, apanharem pancada até à vitória final dentro de meses para depois oferecerem o poder numa bandeja a estes autonomistas XXI.


DELFINS



CANDIDATURA DE SÉRGIO ESCLARECE
"FALTA DE COMPARÊNCIA" EM SÃO VICENTE





A candidatura de Sérgio Marques à liderança do PPD-M envia-nos uma nota em que explica o encontro de sexta-feira no 'Baía dos Juncos' que demos como fiasco. Em suma, nega essa npssa interpretação. Remetemos o Leitor também para uma nota do 'Fénix', no rodapé do esclarecimento.  


"Respondendo ao pedido de várias famílias vimos declarar que o candidato Sérgio Marques esteve ontem na Ribeira Brava com cerca de uma dezena de militantes do PSD, tal como esteve na 6.ª em S. Vicente com igual número, ou na última semana por duas vezes na sua sede com o mesmo formato. Quem tem seguido o seu modus operandi já se apercebeu que esta é a sua forma de estar com o seus companheiros. De resto ficaram célebres as suas reuniões em casa, com grupos de uma dezena de militantes aquando do anunciado fecho das Sedes. Depois de inaugurar a sua sede, as mesmas reuniões em "petit comité" continuaram a ter lugar, duas a 3 vezes por semana, nesse espaço. O candidato não encontra forma de ouvir os anseios dos seus apoiantes se não for com este formato de conversa entre amigos. O modelo de encher salas de dois em dois meses, com umas palavras de ocasião e uns "vivas" e "apoiado" dos mobilizados presentes, para aparecer na fotografia, nunca constituíram opção para Sérgio. Sabemos que a candidatura do ex-eurodeputado prima pela inovação, mas neste campo não há nada de novo. Os militantes que se reúnem com Sérgio para com ele conversarem(sublinhamos) fazem-no em total liberdade e sem qualquer pressão."

Nota do 'Fénix' - A pedido das mesmas famílias invocadas pelo esclarecimento dos sergistas, vimos explicar que a nossa notícia foi dada com o mesmíssimo critério utilizado desde sempre no tratamento jornalista-candidatura do antigo eurodeputado. Ou seja, na base da lealdade e da cortesia e da abordagem objectiva dos temas.
Mais importante, porque ainda aqui vamos, este será o critério para os tempos futuros. 
Em resumo, agradecemos o esclarecimento e a lisura de relacionamento entre candidatura de Sérgio e o espaço 'Fénix', avançando que honestamente ninguém se queixará de parcialidade nossa. 
Neste caso de São Vicente, por exemplo, tivemos de início o cuidado de informar Sérgio Marques da publicação da notícia em questão, convidando-o a formular a reacção que entendesse.
Porém, como notamos um certo nervosismo em alguns comentadores apoiantes do antigo eurodeputado, estrabismo próprio da malta nova que julga conseguir resultados de pressões que nos fazem rir (não passam de fraca imitação do que conhecemos há mais de 30 anos), sempre vamos deixar aqui um elogio a Sérgio pela paciência que tem em deslocar-se ao Norte da ilha para falar com 5 pessoas - mas é livre de o fazer e até faz bem dar umas passeatas pelas nossa paisagens. 
Esta nota de Sérgio, ao contrário do que vimos num dos comentários, não diz se houve ou não mensagens sms não correspondidas convidando para o encontro. 
Da nossa parte, apenas para mostrarmos que não falamos de cor, deixamos o elenco dos cavalheiros que estiveram com Sérgio a tomar um copo no 'Baía dos Juncos': Duarte Paulo Drumond, João Santos, de Ponta Delgada, Armando Gonçalves, António Maria Brazão (ex-albuquerquista) e António Andrade (Feiteiras Electromóveis).
Esperemos que os convites sejam alargados quando o candidato começar a declamar nesses anunciados saraus artísticos. E que não seja Miguel Albuquerque no acompanhamento ao piano.
Contamos manter o bom entendimento de sempre com Sérgio e o seu núcleo duro. Até em atenção às 'várias famílias' que gostam destas coisas.

SANTA CRUZ


Juntos Pelo Povo: Manuel António e PSD
são os cobradores de impostos





O Movimento Juntos Pelo Povo esteve esta manhã em contacto com as populações das freguesias de Gaula e da Camacha, e entre os assuntos divulgados salienta-se o aumento do preço da água potável, cobrada pela IGA à Câmara Municipal de Santa Cruz, através da Resolução n.º 131/2014 (com um aumento de 14%), desde Março de 2014.

O JPP, perante este AUMENTO DA TARIFA DE COBRANÇA DE ÁGUA POTÁVEL pela Secretaria Regional de Manuel António Correia, e de uma resolução assinada pelo presidente do Governo Regional, sem a audição do município e das freguesias, interpreta o seguinte:
1) Trata-se de uma medida pensada, calculadamente combinada pelo Governo e pela Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais no sentido a prejudicar a ação da Câmara de Santa cruz, e aumentar a despesa municipal, numa altura em que decorre um plano de poupança do descalabro com que o PSD deixou as contas.
2) Portanto, o objectivo dessa resolução que decreta o aumento da tarifa da água, é sem dúvida prejudicar a acção de câmara, forçando o aumento de impostos à população de Santa Cruz.
3) Perante este cenários, o Movimento JPP considera que o secretário regional Manuel António Correia e presidente do governo Alberto João, representa uma dupla inimiga do Povo de Santa Cruz, pois vestiram a capa de “cobradores de impostos”, sem a consulta das instituições democráticas.
4) A acrescentar o facto, que se não bastasse um ato isolado, a secretaria de Manuel António, perpetuou um aumento desmesurado da água de rega a Santa Cruz, sem o efectiva manutenção do canais de rega.
5) Na próxima semana, as 5 freguesias de Santa Cruz reunirão para análise desta situação, e na mira estará uma reacção energética a esta medida ditatorial, que visa o Prejuízo das populações e prejudicar a acção da câmara.

Élvio Sousa (JPP)




sábado, 28 de junho de 2014

Anúncio grátis


COMÍCIO DE JARDIM DO 1.º DE JULHO
JÁ VAI NA RIBEIRA BRAVA

Que ninguém marque nada para terça ao fim da tarde

Se o homem gosta de se ouvir com o povo pela frente, deixá-lo.

Na indomável ânsia de ter sempre programa cheio onde se ouvir a si próprio e sentir o calor humano dos oportunistas destes 40 anos, o sua excelência lá de cima também inventou um comício partidário que se tornou de periodicidade anual - no Dia da Região. A propósito de nada, é certo.
Habitualmente, o homem participava - e participa - nas cerimónias parlamentares alusivas à comemoração da Autonomia (por acaso inexistente) e ao acender da chama da estátua Cicciolina, que foi jogada da rotunda do aeroporto para a praça da Casa da Luz e daLi para as velharias do parque de máquinas na Cancela.
Ora, como não lhe competia exibir as suas 'postas de pescada' nesse programa, ele tinha o ensejo de explodir um discurso bem regado já no fim da tarde. Esse comício PPD era no Pico dos Barcelos. Mas, com a investida de Miguel Albuquerque rumo à liderança, que só não pôs na rua o grande chefe em 2012 porque... Jaime Ramos saberá porquê - então havia que evitar a presença do então presidente da Câmara nesse arraial laranja. Foi só trocar de local.
Ora, desta vez temos que, com a Câmara do Funchal já de outra cor, convém não fazer misturas. Onde fazer o raio do comício, com o chefe a ser jogado de um lado para outro, deste feitio? 
Já está marcado: Ribeira Brava, junto ao Forte da Vila, às 6 da tarde de terça-feira, dia 1. 
Ou seja: se conseguisse mais um mandato no governo, com 4 celebrações da Região, chefe acabaria por não ter onde realizar o comício. Se agora já só tem a Ribeira Brava, Câmara de Lobos, a Ponta do Sol e a Calheta...
Entretanto, caro Leitor, se é do PPD, faça mais um esforço hercúleo e aceda ao convite (fervilha nas redes) para estar no comício. Não é para vermos outra vez nos jornais um retrato como aquele há dias no JM em que o chefe desbobinava discurso para 10 ou 12 gatos pingados, incluindo os colaboradores em vias de extinção.
Cá fica este anúncio grátis para não dizerem que estamos sistematicamente contra o nosso duplo mágico Jardim - que do nada fez aparecer a Autonomia e, mais difícil ainda, num tudo-nada fê-la desaparecer outra vez. 
Tem a ver com o Dia da Região.

DELFINS


SÉRGIO EM ENCONTRO
MUITO POUCO CONCORRIDO

Registou-se uma espécie de falta de comparência em São Vicente







Um K inesperado, mas fidedigno, conta-nos que Sérgio Marques esteve ontem no norte da ilha reunido com apoiantes que não passavam de meia dúzia - incluindo um que já foi adepto de Miguel Albuquerque.
O nosso agente acidental garante que o antigo eurodeputado em luta pela liderança do PPD-Madeira esteve no restaurante Baía dos Juncos a conversar com os militantes que lá compareceram, depois das mensagens enviadas a muitos mais - e que se calhar preferiram aproveitar a folga do Mundial de Futebol para outros afazeres.
As informações chegaram-nos assim, num repente. Desconhecemos se Sérgio estava de passagem num circuito de estrada para desanuviar ou se tinha mesmo marcado para o Baía dos Juncos um copo entre companheiros de partido ou mesmo um jantar, acabando tudo anulado por falta de comparência dos simpatizantes.  
Estranhamos que tenha havido mesmo encontro frustrado, quando a candidatura sergista se orgulha de milhares e milhares de adeptos na rede social. 


Madeira ao Vivo


Caro Leitor, se quiser testar os seus reflexos e a consistência do automóvel particular, vá por aí acima e tente passar pela zona da Cornélia fora sem deixar um pneu ou a suspensão pelo caminho.
Os moradores daqueles desprezados sítios é que já não estão a achar graça nenhuma no percurso de gincanas...







  

CRIME







NOTAS FALSAS DE 100 EUROS
NO COMÉRCIO DA MADEIRA





Foram detectadas notas falsas de 100 euros entregues para pagar compras e receber o troco.
Segundo este aviso que nos chega, pelo menos num caso a nota foi entregue por um casal de estrangeiros, que não foi desmascarado em flagrante. 
Assim, alertamos o comércio em geral, especialmente os caixas, no sentido de se precaverem perante a acção dos falsários.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

BRASIL


UM PROFESSOR E POLÍTICO MADEIRENSE
PRESO A FAZER MERCADO NEGRO
COM BILHETES PARA O MUNDIAL

Queremos acreditar que tudo isto não passa de um grande equívoco; aliás, não existe ainda condenação, como é natural. Mas as perspectivas são negras. A pena de prisão vai até aos 5 anos!



Tivemos de navegar em vários jornais electrónicos para poder acreditar na notícia que nos chegava: que um professor de gestão madeirense de 28 anos, dirigente da JSD-M, caíra nas mãos da polícia brasileira quando vendia clandestinamente bilhetes para jogos do Mundial, incluindo o Portugal-Gana de ontem.
Afiançaram-nos que se tratava de José Daniel Rodrigues Caires, presidente do núcleo da JSD-Santo António, que nos tempos de José Pedro Pereira foi presidente da Jota/Funchal, saindo na altura para voltar mais recentemente como membro do conselho regional da JSD de Rómulo Coelho e presidente local em Santo António. 
Na sua página facebook, Daniel Caires, antes do sucedido, explicava estar o seu número de telemóvel indisponível no Brasil, mas apresentando um outro, circunstancialmente acessível.
Porquanto estamos distantes dos acontecimentos, deixamos ao Leitor os trabalhos dos nossos colegas brasileiros (Globo e Folha) e português (CM), com a vénia da ordem.




GLOBO


Português é preso vendendo ingresso da Copa em hotel de Brasília


Estrangeiro de 28 anos tinha ao todo 46 entradas, todas válidas, diz polícia

Com ele também foram encontrados R$ 19 mil, US$ 14 mil, e 1,5 mil euros


Ricardo Moreira

Dinheiro e ingressos apreendidos com português em Brasília nesta quarta-feira (25)
(Foto: Ricardo Moreira/G1)

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante nesta quarta-feira (25), em um hotel cinco estrelas de Brasília, um venezuelano naturalizado português vendendo ingressos da Copa do Mundo para um brasileiro. Também foram apreendidos no quarto onde o suspeito estava hospedado R$ 19 mil, US$ 14 mil, e 1,5 mil euros.
José Daniel Rodrigues de Caires, de 28 anos, tinha ao todo 46 entradas para diversas partidas do Mundial. De acordo com a polícia, todas são válidas e foram emitidas em nomes de diversas pessoas. Os ingressos foram comprados na Europa.



Lista de supostas encomendas para ingressos encontrada com português preso (Foto: Ricardo Moreira / G1)

Segundo o delegado-chefe da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Corf), Jefferson Lisboa, Caires disse que tinha saído de Salvador (BA) e desembarcado em Brasília na terça-feira (24). Ele planejava voltar para Portugal nesta sexta (27). Nesse período ele disse à polícia ter vendido sete ingressos.


De acordo mcom Lisboa, as entradas estavam sendo vendidas praticamente pelo dobro do preço cobrado pela Fifa: R$ 600 (categoria 1), R$ 650 (categoria 2) e R$ 1.750 (categoria 3). O suspeito chegou a divulgar a venda dos ingressos em redes sociais, disse o delegado.

Delegado-chefe da Coordenação de Repressão a Crime
contra o Consumidor (Corf), Jefferson Lisboa.

Caires carregava uma lista de encomendas para mais ingressos. Lisboa diz que a investigação agora terá como objetivo tentar identificar quantas pessoas ao todo podem estar envolvidas com o esquema.
O delegado afirma que Caires seria indiciado por tentativa de estelionato, porque os direitos de comercialização das entradas para os jogos são exclusivos da Fifa.
A pena pelo crime pode chegar a cinco anos de prisão em caso de condenação. O delegado disse que o português deve responder pelo processo no Brasil e, se condenado, cumprir a pena no país. Após isso, ele poderá ser expulso do Brasil. O brasileiro que comprava ingressos de Caires figura como vítima da ação do suspeito, informou a Polícia Civil.
O delegado afirma que os investigadores chegaram até o suspeito após uma denúncia anônima relatando que Caires estava comercializando as entradas no próprio hotel. Foi estipulada fiança de R$ 20 mil, valor que não tinha sido pago até a publicação desta reportagem.
Parte dos ingressos era para o jogo entre Portugal e Gana nesta quinta-feira (26). A partida será realizada às 13h no Estádio Mané Garrincha em Brasília "Se tiver um 'clarão' no estádio [Mané Garrincha], a culpa é nossa", disse Lisboa ao explicar que os ingressos ficarão retidos durante o processo na Justiça.


A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante nesta quarta-feira (25), em um hotel cinco estrelas de Brasília, um venezuelano naturalizado português vendendo ingressos da Copa do Mundo para um brasileiro. Também foram apreendidos no quarto onde o suspeito estava hospedado R$ 19 mil, US$ 14 mil, e 1,5 mil euros.
José Daniel Rodrigues de Caires, de 28 anos, tinha ao todo 46 entradas para diversas partidas do Mundial. De acordo com a polícia, todas são válidas e foram emitidas em nomes de diversas pessoas. Os ingressos foram comprados na Europa.
Segundo o delegado-chefe da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Corf), Jefferson Lisboa, Caires disse que tinha saído de Salvador (BA) e desembarcado em Brasília na terça-feira (24). Ele planejava voltar para Portugal nesta sexta (27). Nesse período ele disse à polícia ter vendido sete ingressos.


De acordo mcom Lisboa, as entradas estavam sendo vendidas praticamente pelo dobro do preço cobrado pela Fifa: R$ 600 (categoria 1), R$ 650 (categoria 2) e R$ 1.750 (categoria 3). O suspeito chegou a divulgar a venda dos ingressos em redes sociais, disse o delegado.



Português é preso em Brasília
por vender ingressos da Copa do Mundo

Mariana Haubert



tópic



Apanhado a vender bilhetes: 

Português preso em Brasília 


Professor do Funchal, de 28 anos, fará parte de rede organizada

Um professor de Gestão, do Funchal, foi detido em Brasília na posse de meia centena de bilhetes para jogos do Mundial, que vendia a preços acima do estipulado. O candongueiro foi preso no hall de um hotel de cinco estrelas, em flagrante, ao fazer a entrega de bilhetes para o Portugal-Gana a ‘clientes'. Os bilhetes estavam a ser vendidos a um mínimo de 200 euros - a entrada mais barata da FIFA era de 20 euros. Segundo o CM apurou José Caires, de 28 anos, tinha colocado uma mensagem na rede social Facebook, onde mostrava vários molhos de bilhetes e perguntava: "Bilhetes pro #mundial2014. Quem quer?".


Madeira Nova recorre à Madeira Velha

Apresentamos com os cumprimentos da ordem um artigo de Tolentino de Nóbrega no Público de hoje sobre a curiosa saga 'O Deve e o Haver', recurso inventado por chefe Jardim para justificar com números do passado as finanças esburacadas que ele mesmo cavou nestes 40 anos. A esse artigo segue-se o editorial daquele jornal, também de hoje.








Madeira gasta mais de meio milhão 

em ajuste de contas com o Estado







O governo da Madeira vai gastar mais de 550 mil euros com um estudo, encomendado por Alberto João Jardim em 2002 e que é apresentado esta sexta-feira em Lisboa, com o objectivo de contrariar “a ideia de despesismo que se associa a esta Região Autónoma”.
O projecto de investigação de investigação sobre o “Deve e Haver das Finanças da Madeira (séculos XV a XXI)” foi encomendado por Jardim, primeiro em 2002 e depois por despacho de 26 de Maio de 2010. O historiador Alberto Vieira foi nomeado responsável pela coordenação do projecto de investigação a desenvolver pelo Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), instituto de que era director e entretanto extinto no âmbito dos cortes de “gorduras” na administração regional, determinados pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro madeirense.
No entanto, as linhas gerais e conclusões do estudo – que será apresentado por Jardim na “Representação Permanente da Madeira em Lisboa/Casa da Madeira”, nas proximidades de representações diplomáticas localizadas no Restelo – foram antecipadas por Alberto Vieira no congresso do PSD-Madeira, a 24 de Março de 2000, em que interveio como orador convidado. O historiador já então concluía que a Madeira pode ser "auto-suficiente em relação o Estado português".
A resolução de 2010 que confirma Vieira como coordenador da investigação aponta para encargos totais estimados em 552 mil euros. Mas prevê também o destacamento dos professores e autorização dos estágios profissionais dos licenciados considerados necessários à concretização deste projecto, sem que estejam contabilizados os custos relativos ao destacamento, nem dos recursos humanos e técnicos disponibilizados por outros organismos, como o Arquivo Regional da Madeira, que compilou e digitalizou grande parte da documentação que compõem as 13 mil páginas dos 10 volumes do estudo.
O Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Madeira (PIDDAR) dá conta que a execução financeira relativa à rubrica “Deve e Haver”, inscrita na Secretaria Regional da Cultura, atingiu os 284 mil euros até 2013. Nesse mesmo ano o governo inscreveu um total de 117 mil euros na mesma rubrica, incluindo 99,8 mil euros de financiamento comunitário, através do programa Intervir+, e 17,6 mil do orçamento regional.
Na programação do investimento para 2014, o PIDDAR atribui os mesmos valores a este projecto, para o qual Jardim tinha inicialmente nomeado, pelo despacho de 2002, uma comissão que integrava, para além de Alberto Vieira, os deputados do PSD Sílvio Santos e Jaime Filipe Ramos, bem como os directores regionais do Orçamento e das Finanças, João Machado e Rui Gonçalves. Tinham também por objectivo investigar “O Deve e o Haver - As Finanças Públicas e Privadas na História da Madeira”.
Segundo o historiador Alberto Vieira, autor da “História da Madeira” que lhe foi igualmente encomendada pelo governo regional, "somos nós que recorremos ao Velho Continente a reivindicar a cobrança dos 'empréstimos', mas no passado a coroa recorria às receitas madeirenses para colmatar o incessante défice das finanças públicas".
Na estimativa do historiador, nos "500 anos de domínio continental e de controlo absoluto das receitas fiscais produzidas na região", o Estado investiu na ilha "apenas um quarto da receita arrecadada na Madeira". E, apresentando um saldo favorável à Madeira de “10,5 de biliões de contos, entre 1450 e 1974”, conclui que “o Estado sugador da riqueza da ilha nunca foi uma ilusão”.
A apresentação do estudo em Lisboa, coincidente com a negociação de um empréstimo de 950 milhões de euros para fazer face a prementes necessidades de tesouraria, faz parte de uma nova “ofensiva” da Madeira, em que se inclui a entrega pelos deputados madeirenses do PSD do projecto de revisão constitucional, aprovado pela Assembleia da Madeira há um ano, no plenário de 23 de Maio de 2013, com os votos a favor do PSD e a abstenção do CDS/PP e PS.
O estudo “Deve e Haver” tem servido para Jardim, em momentos de maiores dificuldades financeiras, argumentar que a dívida regional deve ser vista numa perspectiva histórica e que o Continente só está a pagar agora o que muito recebeu. Num discurso proferido a 21 de Agosto de 2008, o governante insurgiu-se contra os "500 anos de extorsão e roubo" por parte de Lisboa, proclamando que, “se o povo madeirense um dia quiser a independência, o meu lugar é ao lado do povo".

Editorial do Público
Gastar meio milhão para fazer statement
Alberto João Jardim fez uma grande despesa para dizer que não é despesista.

O caso é no mínimo caricato. Não é de hoje que presidente do Governo Regional da Madeira acusa os governantes do continente de colocarem um garrote nas contas públicas da ilha, recusando ainda todas as acusações daqueles que dizem que a sua governação tem sido despesista. E qual é a melhor maneira de Jardim responder a essas acusações? Nada mais, nada menos do que gastar meio milhão de euros para patrocinar um estudo para mostrar que a Madeira “não é despesista”. É preciso notar que aos 552 mil euros que custou o estudo acresce ainda custos relativos ao destacamento de docentes e ainda recursos humanos e técnicos disponibilizados por outros organismos, nomeadamente o Arquivo Regional, que compilou e digitalizou grande parte da documentação que compõem as 13 mil páginas dos dez volumes do estudo.
O estudo é ainda mais caricato porque analisa o “deve e o haver” entre o que a Madeira dá e recebe do continente desde 1450 para concluir que o Estado investiu na ilha “apenas um quarto da receita arrecadada na Madeira". Quem está a ser alvo de um programa de resgate e quem terá omitido dívida para não ser penalizado no “deve e haver” de transferências com o continente deveria talvez centrar o estudo nos anos de governação mais recentes e não ter de recuar ao século XV para provar um statement.
Este estudo é sinal de um presidente que está a perder popularidade e que radicaliza o discurso para não perder apoio doméstico. E é um sintoma de que Jardim continua de candeias às avessas com o Governo. Aliás, a apresentação de propostas para alterar a Constituição por parte de deputados sociais-democratas da Madeira, que foram prontamente rejeitadas pela direcção do PSD nacional, é mais um sinal de isolamento.

MAIS BETÃO NA EX-MARINA DO LUGAR DE BAIXO - 26.06.14 

- A LOUCURA CONTINUA E PARECE NÃO TER LIMITE


Este pequeno vídeo (https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10202343710339651&id=1398954008), gravado ontem por Sofia Freitas na Marina do Lugar de Baixo, é a prova que a loucura não tem limites.
Um empreiteiro ao serviço do desgoverno regional está a despejar mais betão na degradada muralha. Depois virá rocha sobrante da canalização da Ribeira Brava. E depois, ainda, virão as ondas alterosas de sudoeste para rebentar com tudo aquilo.

Numa Ilha com fome, com miséria social, com falta de medicamentos nos hospitais, com falta de material didático e até de papel higiénico nas escolas, com crateras nas estradas, com veredas e levadas degradadas, com jardins a secar, pela enésima vez está a ser desterrado dinheiro na ex-marina do Lugar de Baixo.

Nós, pagadores de impostos, temos o direito de saber donde veio o dinheiro para pagar mais esta loucura.

Nós, explorados desta tresloucada autonomia, temos o direito de perguntar ao Tribunal de Contas se visou mais este despejo de betão para o mar.

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Funchal ao Vivo


SÉRGIO ABREU NO DESFILE
PUXA GALÕES DA 'MUDANÇA'



O agente do 'Fénix' Kapta Tudo acaba de nos enviar a foto aqui junta, obtida durante os desfiles de São João na Penteada. Que aconteceu de especial? Aconteceu que o nosso prezadíssimo Amigo pessoal Sérgio Abreu, antigo líder da JS-Madeira, decidiu mandar retirar barreiras do caminho para poder arrumar por ali o seu carro, tranquilamente. É que o cortejo precisava de trânsito condicionado em certas passagens.
Ora, os funcionários municipais presentes disseram que não podia ser. Que cumpriam ordens. Até que o despachado Sérgio se lembrou da sua condição de autarca e fez notar solenemente que pertence à coligação funchalense 'Mudança'. Então, se não lhe fizessem o mandado, às tantas eram capazes de ter problemas.
O carro ganhou então a desafogada posição que se vê na imagem, enquanto uma onda de impropérios e cliques de digital cruzava os ares.
Pomos as mãos no fogo pelo espírito democrático de Sérgio Abreu, que foi contemporâneo e camarada muito próximo do então líder da JS nacional... um rapaz que dava pelo nome de António José Seguro. Pois democrata e socialista que é, como em tantas aventuras pela noite dentro percebemos, custa a crer neste deslize do nosso Amigo. Mas, por azar, o nosso Kapta Tudo estava lá, na Penteada, e as provas não perdoam.
Tentámos convencer o Kapta a ignorar o caso, que diacho... Mas achámos melhor não arriscar uma queixa ao sindicato por corrupção, compadrio e censura. 

MUNDIAL, ADEUS


PORTUGAL DEIXA CARTAZ
NO MUNDIAL DE PENTEADOS

Saldo aceitável do 'maior': 3 jogos, 3 penteados, 1 golo.


Paulo Bento reparou tarde demais no que todos viam há que tempos: que não temos ponta-de-lança capaz e que metendo um dos crónicos '9' jogamos com 10 jogadores.
Ainda hoje, foram oportunidades em catadupa depois de a linha do arame farpado estar entregue aos jogadores rápidos - Nani, CR7, Vieirinha etc. Sem Almeidas, Postigas e até já sem Éders. Só que as cabeças já não funcionavam.
Enfim, tudo normal, depois desta vitória moral, muito próxima do milagre. 
A malta vem para casa já esta sexta-feira, deixando saudades nas pequenas que se esfalfaram no Brasil por um autógrafo.
Paulo Bento obviamente não se demite. Era o que faltava! Vem aí a fase de apuramento para o Europeu 2016, com filete tenrinho pela frente - os habituais Luxemburgos, Maltas, Estónias.
Quanto à prestação do melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, balanço aceitável: 3 jogos, 3 penteados, 1 golo.
Já os Messis, Neymares e Mullers...
Então, até outra.
   

O FAMIGERADO 'DEVE E HAVER'


MAS QUAL É A DÚVIDA DE QUE LISBOA
SEMPRE EXPLOROU A MADEIRA?


O regime jardineirista quer justificar os buracos financeiros e as loucuras da sua 'Madeira Nova' com a rapinagem dos séculos em que o Estado levava tudo o que luzia no nosso calhau




Um descobriu a pólvora, outro vai registar a patente





'Cortina de fumo' engendrada pelo sua excelência das Angústias na tentativa de beatificar o avassalador e pecaminoso domínio social-democrata nestes 40 anos da História da Madeira que são para esquecer: eis o 'deve e haver' que aquela gente vai a Lisboa mostrar, pelas contas do historiador Alberto Vieira.
O que o chefe lá de cima e os super-falcões do regime jardineirista pretendem resume-se a dois pontos: fazer calar quem lhes aponta o desastre que atirou as finanças regionais ravina abaixo; esconder a capitulação da Autonomia provocada por esse primeiro ponto.
Mas será novidade para quem disponha de uns elementares conhecimentos de História madeirense a pirataria do sistema lisboeta que sugava todas as verbas criadas cá? Não era bem pirataria. Os corsários ao menos tinham o trabalho de enfrentar as naus que pretendiam saquear. Os gajos em Lisboa limitavam-se a ficar quietos à espera que fôssemos lá entregar, de espinha dobrada, a parte de leão das receitas geradas pelas nossas actividades comerciais e fiscais.
A Alfândega do Funchal sempre foi das mais rendíveis do Império - é só recordarmos esta capital insular como placa giratória do comércio internacional. 
Depois, como diz o Dr. Alberto Vieira, éramos obrigados a financiar os projectos do esquisito Infante, 'o navegador' (apesar de nunca ter levantado o real 'rabichol' de Sagres). Impostos sobre tudo o que mexia, e falamos desde o século XV até 1974, eis o imã que nos levava o ouro arrecadado em receitas alfandegárias e exportação de vinho, açúcar, bordados, enfim.
Por isso mesmo é que os crânios da capital sempre foram avessos a ceder-nos um simples naco de autonomia. Nunca foram burros. Deixavam-nos gerir o que era nosso e depois como é que chupavam do bom e barato?
Não admira, pois, que a luta por conquistas autonómicas resultasse na prisão e no desterro de milhares e milhares de madeirenses, pelos séculos fora. Sorte que o Hintzé Ribeiro, chefe do governo português em fins do século XIX, era açoriano, pelo que se viu obrigado a dar à Madeira o alívio autonómico que deu às suas ilhas natais. Mas autonomia administrativa, nada mais do que isso.
Depois de tanto espezinharem os lutadores madeirenses que não se calaram ante a prepotência centralista, um dia foi um dia. Finalmente, cheirou a democracia neste país de agachados. Já em 1974. Então, a Autonomia aterrou de bandeja no Funchal. De graça. Sem necessidade de combate, porque os 'cubanos' queriam era livrar-se de nós. 
O espertalhote que açambarcou o PPD graças ao 25 de Abril revelou então mestria no aproveitar do novo fenómeno autonómico para um projecto alucinado de poder pessoal. Passou décadas não só a desbaratar os meios que a capital finalmente foi obrigada a despender, em igualdade com as restantes parcelas do território nacional, mais os balúrdios recebidos da Europa - não só espatifou esses meios todos, criando alargado leque de amigos políticos, como estragou o que de bom vinha de trás e que tanto custara às nossas gerações antepassadas.
Agora, ao desmontar da feira laranja numa situação financeira de fugir, ele vem dizer que distribuiu uma lâmpadas e umas torneiras pela Madeira recôndita - era melhor que não, quando o resto de Portugal se modernizou todo - e mostrar o que os antepassados ilhéus deram a Lisboa, na ânsia de justificar o descalabro que empobreceu e desempregou os madeirenses nestes anos de défice democrático. 
Ao mesmo tempo, faz por distrair atenções com a gasta revisão constitucional, antecipadamente condenada ao fracasso - mas que lhe permite invocar o desejo de alargar os direitos de uma Autonomia de todo inexistente, já que ele, curvado sob uma dívida monumental, a entregou de mão beijada ao co-partidário Passos Coelho.
Os nossos antepassados trabalharam, trabalharam, foram explorados e mais do que explorados, exactamente com a ideia de beneficiar o projecto de algum louco que por acaso aparecesse no futuro da sua terra!
Vão mas é trabalhar com esse 'deve e haver'!