Bagunça Rumo a 2019

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PS no step: correr no mesmo lugar

Causa certa surpresa que um PS-Madeira a cavalgar a onda Cafôfo, a beneficiar de um protagonismo em alta na ressaca do congresso e detentor de uma sondagem a dar ao super-líder socialista (o Mayor do Funchal) mais 10 pontos do que a Miguel Albuquerque, estranha-se que esse partido deixe fugir o PSD-M dois pontos relativamente aos tempos de Carlos Pereira. O distanciamento que se vê na sondagem de hoje não é de assustar, mas a tendência devia ser diametralmente oposta. 

Por isso dizíamos há dias que o PS, mesmo com o nome de Cafôfo, super-líder que por sua vez precisa de tanta coisa para se manter no topo até às regionais, muita cabecinha deve usar na caminhada - e já deu mostras de não o saber fazer. Francamente, é difícil imaginar aquele PS, com as figuras que lá estão, ganhar seja que eleição for na Madeira, mesmo que o sorriso de Paulo Cafôfo não se apague daqui até à hora da verdade.

Onde é que estão caras novas que venham dar credibilidade ao partido? O congresso foi feito, acabou, a vida continua sem história, e não aparecem adesões?

Ah, é nos estados gerais...

Não é despiciendo contar aqui, já que eles esconderam a desventura, que na semana das eleições no PS (19 de Janeiro) a Central de Propaganda instalada no Largo do Colégio tremeu das canetas ao receber os resultados de um estudo de opinião, encomendado com intuitos propagandísticos a esta mesma Eurosondagem das sondagens na imprensa, segundo os quais resultados havia empate técnico entre o apregoado campeão Cafôfo e o então recandidato à liderança Carlos Pereira. Uns apertados 2 pontos à maior para Cafôfo.

Agora, quando devia saltar para resultados melhores do que os obtidos por Carlos Pereira nas sondagens, o PS-M afinal deixa fugir a concorrência laranja, que nunca esteve tão frágil internamente. Os novos donos do PS continuarão a fazer corrida no step, sempre no mesmo lugar. Isto é: a subida em relação a 2015 continua a ser a que Carlos Pereira conseguiu - no campo das sondagens, é claro. E não se vê aproveitamento da embalagem dos últimos foguetes. Ou será que as reuniões de freguesia e os estados gerais fazem milagres, sem gente, sem PSoas de qualidade e sem projecto? Estão a deixar cair a dinâmica dos últimos tempos, aliás fictícia, para os níveis do PSD dos últimos dois-três anos. Ora, as ajudas de Lisboa não são favas contadas, porque aquela gente não é de fiar. Também não chega fazer 'cagaçal' numas internas, mais tremidas do que o esperado, e num congresso sem ponta de qualidade. E ainda: o voo do abutre sobre as urgências e a morgue também não é arma para funcionar durante dois anos sem enferrujar.