PCP denuncia uso abusivo dos programas de ocupação de desempregados para colmatar a destruição de postos de trabalhos na Administração Pública
No âmbito da campanha “Valorizar os trabalhadores mais força ao PCP”, o Partido Comunista Português realizou uma acção política para denunciar, o uso abusivo dos programas de a ocupação de desempregados. Junto ao Instituto de Emprego da Madeira o dirigente comunista, Ricardo Lume, proferiu a seguinte declaração:
“O Governo Regional através do Instituto de Emprego da Madeira tem desenvolvido programas de ocupação de desempregados que segundo as referidas entidades pretende combater a inactividade prolongada dos desempregados.
Infelizmente este que poderia ser um instrumento para realmente integrar os desempregados e os jovens no mercado de trabalho, está a ser utilizado para substituir funções que deveriam ser desempenhadas por trabalhadores com vínculos laborais efectivos.
Os programas de ocupação de desempregados têm servido para colmatar a destruição de postos de trabalhos que tem sido feita na Administração Pública. Trata-se de trabalhadores que encontrando-se em situação de desemprego, durante um período máximo de 12 meses, asseguram o funcionamento de um já largo conjunto de serviços públicos, mas também de associações privadas sem fins lucrativos dando resposta a necessidades permanentes. Terminado esse período, não podem continuar nesse posto de trabalho e dão lugar a uma nova forma de contratação precária, no que se configura como um verdadeiro ciclo vicioso, em que a maior parte da remuneração é paga pela segurança social, ou seja, pelos trabalhadores. A entidade que está a beneficiar do trabalho desenvolvido paga apenas o subsídio de refeição, e por vezes o de transporte caso o trabalhador viva a mais de 3 quilómetros do local onde presta serviço, o mais grave desta realidade é que mesmo existindo necessidade de mais trabalhadores nos diversos sectores da administração pública seja ela local ou regional, estes trabalhadores desempregados nunca são contratados.
Estima-se que na Região existam mais de 2.800 desempregados nestes programas.
Estes trabalhadores não têm qualquer direito laboral, não podem estar sindicalizados, ou seja, é uma nova forma de escravatura dos tempos modernos.
Esta realidade perverte o principal objectivo destes programas e verificamos que só estão a servir para evitar a criação de postos de trabalho, pois existe um exército de desempregados dispostos a trabalhar para terem direito a um subsídio por parte da segurança social, por outro lado as autarquias, o governo regional e as associações privadas sem fins lucrativos têm acesso a mão-de-obra praticamente de borla.
O PCP defende que estes programas não devem servir para substituir a criação de postos de trabalho, defendemos que a cada posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo laboral efectivo.”
Pl’o Gabinete de Imprensa do PCP
Funchal, 04 de abril de 2018
Corretíssimo. Os pobres trabalhadores cumprem horários que os outros funcionários não querem e realizam tarefas mais pesadas, a troco de um salário miserável, sim, miserável. Não têm direito aos chamados subsídios de férias e de natal. É, sem dúvida, uma escravatura.
ResponderEliminaro futuro num mundo paralelo está nas mãos destes
ResponderEliminarÉ ir falar com os 'manos' Abreu Costa Mar.
ResponderEliminar