domingo, 1 de março de 2020



Estivadores servem de “bode expiatório” 
pelo incumprimento das empresas portuárias


O JPP esteve reunido com o Sindicato dos Estivadores de Atividade Logística (SEAL), para analisar a problemática da situação do transporte de mercadorias para as ilhas e dos seus eventuais condicionalismos, tendo a garantia dos estivadores que os serviços mínimos estão a ser cumpridos escrupulosamente.

Segundo o SEAL a situação em causa do Porto de Lisboa deve-se ao desrespeito pelo Código do Trabalho e pelo contrato coletivo de trabalho assinado em 2018, em que as empresas concessionárias de estiva estão a pagar salários de 390 euros aos trabalhadores, numa atitude clara de descriminação e desrespeito pelas famílias e compromissos dos estivadores.
“Recorde-se que os plenários estão a ser feitos às sextas-feiras, exatamente para salvaguardar o sábado, que é o dia em que são carregados os navios porta-contentores com a maioria da mercadoria para as regiões autónomas. O que se observa é que se tem usado os estivadores como “bode expiatório” para as eventuais falhas no transporte de mercadorias, quando na verdade e à vista do Governo (que é concedente destas empresas de estiva) e das entidades reguladoras e fiscalizadoras verificam-se as ilegalidades e os procedimentos de contornos fraudulentos.
“Damos como exemplo, se os trabalhadores da Assembleia Legislativa da Madeira não receberem o seu salário como é devido ou como no caso dos estivadores, recebessem apenas 390 euros por um mês de trabalho, o principal órgão de autonomia funcionaria em pleno?”
Para o efeito e com o objetivo de esclarecer toda a população e o setor que depende do transporte de mercadorias, o JPP requereu esta semana, uma audição parlamentar aos Sindicatos dos Estivadores Marítimos.


JPP

5 comentários:

  1. Uma tanga.
    Os navios são carregados à sexta-feira, saem de Lisboa nessa noite e chegam à Madeira no domíngo ao fim do dia, para começarem a descarregar na segunda de manhã.

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  2. O Sousas a esquivar-se às responsabilidades. Tenta há muito tempo manter o GR na ordem. Tenta e tem sido bem sucedido. Este governo não incomoda os seus donos... "quem quiser que se despeça"...

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  3. 22.35,
    O "Sousas" também manda no sindicato?

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  4. Neste em concreto, não. Não os valoriza no salário e nem lhes reconhece os plenos direitos... Mas culpa os estivadores pelas falhas do seu serviço.
    A culpa é sempre de terceiros.

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  5. 16.19
    Ah, com a tua explicação ficou tudo compreendido.
    E os estivadores são uns santinhos, não?

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