Jamais os esqueceremos
MADEIRENSES NA I GUERRA: LA LYS, HÁ 94 ANOS
MADEIRENSES NA I GUERRA: LA LYS, HÁ 94 ANOS
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O capitão de Infantaria Américo Olavo contou em livro as aventuras da guerra e os tempos de cativeiro às mãos dos boches. |
Faz hoje 94 anos que as tropas do CEP (Corpo Expedicionário Português) foram destroçadas em solo francês, num combate desigual com forças alemãs. Os números acusam 7 mil baixas entre os lusitanos, com milhares de militares feitos prisioneiros de guerra.
Entre os que caíram em mãos inimigas, encontravam-se figuras destacadas da vida madeirense. E se alguns não passaram de vítimas, apanhados num fogo que não tinham motivação para enfrentar, outros, a grande maioria, trabalharam na guerra como heróis dignos do nome da sua terra, defendo até à exaustão a causa dos aliados e a Bandeira de Portugal.
Era um tempo em que os madeirenses ilustres defendiam valores e assentavam o procedimento em princípios firmes e não em interesses egocêntricos como infelizmente se vê na sociedade actual.
Pelo seu comportamento heróico e superior, quer na guerra quer na vida quotidiana, conduzida pelas luzes do amor à terra, ao republicanismo, à democracia e à integridade moral, aqueles Homens têm hoje o nome gravado a ouro na consideração de quem não esquece o passado - Homens desprendidos na hora de lutar pelos ideais colectivos, já perante adversários domésticos retrógrados e básicos, já sob o cantar pavoroso da metralha boche.
Eis alguns nomes de madeirenses que temos a honra de recordar pelo seu desempenho heróico na I Grande Guerra, apesar do massacre de La Lys, faz hoje 94 anos, e que deviam envergonhar os cobardes que hoje tentam erradicar esses vultos antepassados da História da Madeira para se destacarem a si próprios e às suas aberrantes e repelentes políticas de crápula.
JOÃO NEPOMUCENO DE FREITAS
JAIME CÉSAR NUNES DE OLIVEIRA
AMÉRICO OLAVO
CARLOS OLAVO
FRANCISCO SILVESTRE VARELA
VEIGA PESTANA
MACHADO DOS SANTOS
JAIME BAPTISTA
EDUARDO HENRIQUES
ALFREDO DE FRANÇA DÓRIA NÓBREGA
TEIXEIRA MONIZ
ARMANDO PINTO CORREIA
ARTUR DE BRITO FIGUEIROA
HENRIQUE TEIXEIRA MONIZ
CARLOS ELÓI MOTA FREITAS (morto no combate do caça-minas português Augusto de Castilho com um submarino alemão)
...E centenas de outros que, consoante as circunstâncias, deram o seu melhor arriscando a vida em nome da sua terra.
Aqui fica a nossa homenagem e a certeza de que não os esqueceremos.
Faço votos para que 94 anos depois alguém se lembre dos 10.000 que ficaram nos treze anos de guerra em África. Não sendo pedir muito gostava que isso ocorresse sem distinção entre "combatentes madeirenses" e o resto.Abata-se a ficção criada para satisfação de interesses medíocres.
ResponderEliminarE esses 10 mil dizem mais respeito ainda à nossa geração. Claro que são inesquecíveis. Tenho amigos meus que não voltaram mas continuam cá dentro.
ResponderEliminarNa peça presente, caro Jorge Figueira, falamos de combatentes madeirenses apenas como recado a certos 'heróis' da actualidade, muito bons no combate... de garganta.
Os combatentes portugueses sempre combateram e hão-de combater, se for o caso, sob a mesma bandeira.
Em suma, tem carradas de razão no seu pertinente comentário.