domingo, 8 de abril de 2012

Politicando

Entrevista ao 'Público'

ALBUQUERQUE ESCLARECE QUE NÃO RECEIA A 'MÁQUINA' DO PSD-MADEIRA




O presidente da Câmara do Funchal e candidato à liderança do PSD-M garante não ter medo de "coisa alguma" na corrida em que se envolveu, nem sequer da poderosa 'máquina' do seu partido. Em entrevista este domingo no 'Público', Miguel Albuquerque afirma que, da sua parte, não tem 'máquina' que lhe dirija o combate interno pela presidência do partido, mas crê que essa carência pode até resultar numa vantagem. "Todos os dias falo com centenas de pessoas na rua que me apoiam", declarou a propósito.
A entrevista de Albuquerque, feita pelo correspondente do 'Público' no Funchal, Tolentino de Nóbrega, aborda transversalmente os temas candentes da situação interna do periclitante PSD-M e o panorama regional no cenário de crise vigente. As declarações ao jornal nacional revelam um político insular avesso a preconceitos, tabus e adorações de 'vacas sagradas'. O entrevistado diz-se claramente  alheio ao "temor reverencial" que nota na generalidade dos partidos, obviamente disparando certeiro tiro ao seu chefe Alberto João Jardim. "Confunde-se debate, crítica e dialéctica contundente com quebra de unidade e deslealdade", ataca, para rematar o seu raciocínio com força: "Uma estupidez!"

O seu avanço para tentar chegar a líder, primeira situação criada por alguém nos mais de 30 anos de jardinismo indiscutível, "representa um acto de militância política e, acima de tudo, um acto de cidadania democrática", considera o próprio Albuquerque, sem hesitar quando confrontado pela possibilidade de retaliações que lhe possam chegar por causa da "afronta" feita ao chefe Jardim. "Só por preconceito é que se pode dizer que o exercício de um direito que tenho, e de que não abdico, o de apresentar uma candidatura à liderança do meu partido, constitui uma afronta ao dr. Alberto João ou a quem quer que seja. Se houver custos, estou disposto a suportá-los. Não troco a minha consciência nem a minha liberdade por uma carreira conveniente."

As bicadas a Jardim continuam pela entrevista fora. Albuquerque fala dos seus projectos para evitar mais empobrecimento da população madeirense e de recuperação financeira da Região, que diz depender de uma renegociação do Programa de Ajustamento e da mudança de direcção das políticas do turismo e do Centro Internacional de Negócios. Sem dúvida, uma resposta às farpas que Jardim, através de artigos irregularmente assinados e dos bonecos do seu 'Jornal da Madeira', pago por nós, dedica ao presidente da Câmara do Funchal eleito pelo seu partido.
Uma entrevista disponível no 'Público'.

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