PUTIN ETERNIZA-SE NO PODER

Como nós compreendemos os russos!

Poucos povos no mundo compreenderão como o desta pequena região madeirense o tormento que acaba de se abater sobre a Rússia. A sumptuosa cerimónia que reuniu perto de 3 mil convidados de nomeada no Kremlin marca o regresso à presidência russa de um homem que por lá passou em dois mandatos, 2000-2004 e 2004-2008: Vladimir Putin. Só que, devido a uma engenharia constitucional à medida, ele reentra na presidência com um mandato, não de quatro, mas de seis anos.
Assim, caso vença as eleições em 2018, por lá ficará até 2024.
'Se isso acontecer foi porque o povo lhe deu o voto, democraticamente', já ouço dizer ali para os lados das Angústias.
Ora, se a chapelada das eleições de Março na Rússia é uma vertente da democracia, está muito certo. Tal como, nesse caso, estarão certas as demais variantes de chapelada, como por exemplo condicionar o eleitorado ao emprego na função pública e ao subsídio para todas as actividades sociais e mais uma.
De mal a pior.