CDU: Apresentação de Iniciativas Legislativas
O PCP tem defendido ao longo desta legislatura a “progressiva gratuitidade dos manuais escolares para todo o ensino obrigatório”, o que já ocorre no restante território do país, desde 2016 quando foi consagrada a gratuitidade dos manuais para todas as crianças que iniciassem o seu percurso escolar no ano lectivo 2016/2017, medida que foi alargada no ano seguinte a todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico.
Continuando esta caminhada, foi aprovado no Orçamento do Estado para 2018 - o alargamento da gratuitidade a todas as crianças do 2.º ciclo do ensino básico e já no Orçamento do Estado para 2019, é conquistado o direito à distribuição gratuita dos manuais escolares, no início do ano lectivo de 2019/2020, a todos os alunos que frequentam a escolaridade obrigatória. A distribuição gratuita de manuais escolares é uma medida de enorme alcance social, contribuindo para combater situações de desigualdade no acesso à educação por motivos económicos e sociais. Mas na Região Autónoma da Madeira, esta medida tem sido sempre preterida pelo Governo Regional, quando é inegável que restringir o acesso à educação por razões económicas e sociais é atentar contra os direitos constitucionais dos cidadãos. A nossa região é a única a não ser contemplada por esta resolução, o que configura uma tremenda injustiça e desigualdade para os estudantes da Madeira e Porto Santo, pois mesmo que algumas autarquias assumam este papel a verdade é que há concelhos que ainda não o aplicam; por outro lado, em concelhos onde a medida está a ser executada, há crianças e jovens que estudando em concelhos vizinhos ficam privados deste direito.
Ou seja, assiste-se a uma evidente desigualdade no acesso à educação por parte dos estudantes madeirenses e portossantenses. Quando esta deveria ser uma incumbência da Região e não dos municípios – a educação é competência do Estado! Porque a Autonomia não se fez para roubar direitos aos cidadãos. A Região não se pode excluir dos princípios e dos direitos defendidos por orientações nacionais. Porque os madeirenses, as crianças jovens madeirenses e portossantenses não são “portugueses de segunda”! E é desta forma que têm, por vezes têm sido tratados por esta governação regional.
Pelo Gabinete de Imprensa do PCP
Funchal, 17 de Junho de 2019
Coitadinho do PCP na Assembleia Regional!!! Longe vão os tempos da produtividade; agora com estas amostras de deputados, é ir arrotando umas coisinhas a ver se pegam. Bem sei que as teses de doutoramento ocupam tempo e dão trabalho, mas… não é para isso que vos pago.
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