DE BESTAS A BESTIAIS

Encerrou-se 2017, porém as perspectivas para 2018 serão, como diz o povo, “mudam as moscas, mas o esterco é o mesmo”.

Que melhor exemplo que é a Secretaria Regional que tutela o sector que mais contribui para a economia da Madeira, o Turismo.

Em 2017, após os resultados desfavoráveis ao partido do Governo, sacudiram-se umas varejeiras, entre elas o então Secretário Regional do Turismo, o economista Eduardo Jesus, cujo lugar foi de imediato ocupado por outra anteriormente enxotada do Instituto do Vinho, a licenciada em engenharia agronómica, Paula Cabaço. 

Esta senhora, que será o personagem que melhor encarna o rótulo “de besta a bestial”, já que foi corrida do Instituto por suposta incompetência, passou a ter capacidades para dirigir os destinos do Turismo, e tanto é, que em 2018, vai compor a sua equipa na Direcção Regional do Turismo, nomeando em comissão de serviço, para Diretora de Serviços de Informação e Projectos Turísticos, a licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Bárbara Spínola, até ao momento, chefe de divisão de promoção do Instituto do Vinho, cuja vaga será supostamente ocupada por outra renegada do Turismo, que se refugiou naquele Instituto nos primeiros meses de 2017.

E a história repete-se, nos mesmos moldes de 2016, aquando da colocação na prateleira da licenciada em Turismo Carmo Fontes, então Diretora de Serviços de Eventos Turísticos, por supostos arrufos com a então Diretora Regional, licenciada em jornalismo Kátia Carvalho (que se demitiu após o chefe ter levado sebo nos sapatos, já que era quem a aguentava, pois o seu mérito era apenas o de nora do empresário António Henriques), substituída com urgência imperiosa pela licenciada em Direito, Raquel Brazão de Castro, cujo mérito, já que outro não se lhe conhece, é o de ser filha de um ex-Secretário Regional do Governo liderado pelo Dr. Alberto João Jardim, Dr. Eduardo Brazão de Castro.

Engana-se quem possa pensar que Carmo Fontes ficou desamparada. Claro que não, a mulher de um ex-Secretário Regional, cunhada de outro e familiar de gente influente neste território feudal no Atlântico plantado, e que certamente conhece a podridão dos meandros políticos regionais, foi nomeada técnica especialista do gabinete de Eduardo Jesus para superintender as comemorações dos 600 anos da descoberta da Madeira, que já se iniciaram em 2017 em Lisboa, apesar de que descoberta dataria do ano de 1419.

Não nos esqueçamos que Kátia Carvalho, foi também substituída no cargo de Directora Regional, pela licenciada em Administração e Gestão de Empresas, Dorita Mendonça, que deixou a vaga para ser agora ocupada pela protegida da senhora Secretária, que a partir do dia 2 de janeiro tem um gabinete disponível, com ar condicionado e vista privilegiada sobre a Avenida Arriaga, enquanto os funcionários se aglomeram em espaços exíguos, mal ventilados, empoeirados e sem condições mínimas para que os seu desempenho profissional seja adequado, mas que apesar disso, são sujeitos a uma avaliação de desempenho por objetivos e competências, que tomam conhecimento fora de prazo, como é o caso das avaliações de 2015/2016 que ainda não foram feitas e os objetivos para 2017/2018, que continuam no segredo dos deuses. Mas nada disso é problemático, pois a chefe de Divisão de Recurso Humanos, licenciada em Ciências da Cultura, Helena Rêgo, com vasto conhecimento dos preceitos legais, mas que reprime e assedia constante e moralmente os seus colaboradores directos e mesmo os indirectos, e desrespeita os direitos dos trabalhadores previstos no Código do Trabalho e do Procedimento Administrativo, não medirá esforços para bajular as chefias, quando as devia denunciar.

 Mas o que importa é prover os cargos dirigentes, seja qual for a sua formação de base, já que o que não faltam na casa são trabalhadores com formação em Turismo para fazer o trabalho que deixará ficar bem os dignos representantes da corte de D. Miguel.

Como alguém diria: Isto é que vai aqui uma açorda; e a novela há-de continuar.

Feliz 2018.

Manuel Thiago