Desafio aos Leitores

Ano novo, política moribunda

Depois de assistirmos a tantas calinadas nos últimos anos de política regional, em consequência de os novos actores não darem conta do recado em comparação com os seus antecessores, de extremo a extremo do panorama, verificamos que 2019 não traz melhorias.

Que péssimo início de ano!

O PS, refém da triste decisão de avançar para eleições regionais sem candidato próprio, continua com uns estados gerais confrangedores, agora com mais um episódio a que não falta outra vez a divertida ministra do Mar e mais um outro ministro, do Ambiente, de acordo com a conhecida linha de subserviência ao Primeiro Costa e a Lisboa. Coisas sem história. 

Que seja tudo pelas PSoas.

Do outro lado, anunciam que Rui Rio vem ao congresso do PSD, diligência que promete uma carga de derrotismo a inquinar liminarmente a vaga social-democrata rumo às legislativas de Setembro. Sim, porque Rio é um bombo de festa nas sondagens nacionais e apresenta um discurso tão bera que cheira a 10-0 às mão de Costa, já este ano. Isto... mesmo levando em conta que, como dizia o conterrâneo nortenho de Rui Rio, aquele bizarro lateral João Pinto do FCP, 'prognósticos só no fim'. Sem esquecer também a vénia que os autonomistas dos Netos, ao trazerem o 'reforço, estão a fazer aos 'cubanos'.

Dá-se ainda como certa a presença de Jardim no congresso que se julgava o momento para Miguel Albuquerque brilhar (na medida do ainda possível). Ora, obviamente que a presença do antigo líder seria natural hoje em dia se não se desse o desprezo de 2015 pela personagem que alcançara quarenta e tal vitórias para o laranjal. Recorrer agora ao santo é uma confissão do Blue Establishment a juntar ao derrotismo que Rui Rio inspira.
Eles lá dizem que é tudo em nome da unidade do partido. E é capaz de ser. Pode haver unidade num grupo decidido ao suicídio colectivo. É prà perca é prà perca! 

Era a opinião dos Leitores sobre estas ideias que gostaríamos de ver. Se por acaso ficaram sem palavras com as novidades que saíram nas últimas horas, não levamos a mal. Também nos aconteceu. Apesar das araras que tomaram conta da política regional, tínhamos esperança numa rajada de frescura à nascença de 2019. Mas é uma doença, salvo seja...