ESPIÕES DO KGB INFILTRADOS NO PS-M
Maximiano Martins já foi candidato pelo PS-Madeira à presidência do governo regional. E foi deputado em São Bento pelo mesmíssimo PS-Madeira.
E daí?
Daí que uma longa reportagem do Expresso, em duas edições consecutivas na Revista, afirma a pés juntos que, segundo o arquivo Mitrokhin - transferido milagrosamente de Moscovo para Cambridge - o Dr. Maximiano Martins foi recrutado e contratado em 1978 pelo KGB (polícia política da antiga comunista União Soviética).
Se bem percebemos a reportagem de Paulo Anunciação, que fez a pesquisa para o Expresso, Max Martins trabalhou como agente infiltrado do tremendo KGB em Portugal. Com nome de código e tudo: 'Miron'.
Fomos colegas na Faculdade de Económicas de Lisboa, nos inícios de 1970. E nunca vimos nada de estranho no rapaz. Aliás, o próprio economista mostrou ao Expresso como ficou surpreendido com esta descoberta da investigação aos documentos transferidos de Moscovo para Londres.
Escreve o semanário: "Martins, nome de código 'Miron', é referido em dois verbetes. Cultivado pela Direcção S [do KGB]. Informação sobre figuras políticas e funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros e outro [Ministério]. Em 1980 recusou-se a cooperar invocando razões de segurança."
Depois, diz o Expresso: "Segundo Maximiano Martins, as notas publicadas 'não têm pés nem cabeça'. 'Nunca tive absolutamente qualquer contacto [com o KGB]. Quando trabalhei no departamento de planeamento do Ministério da Indústria e da Tecnologia, fiz várias visitas de trabalho - enriquecedoras para um jovem - a países do bloco socialista. Tive contactos normais com muitas pessoas. Se um funcionário de uma embaixada fala comigo, não posso saber se é do KGB ou não. Tenho uma posição ética na vida que me impediria de colaborar em coisas desse tipo."
Pois, Max. Mas esperamos por uma explicação mais 'terra a terra' para percebermos a que propósito apareceu este raio de conversa.
9 comentários:
Empolar orçamentos não é uma prática reservada unicamente a capitalistas; mais agentes mais orçamento.
O mundo da espionagem é muito dado a fantasias e estes recrutadores muitas vezes contam com o ovo no rabo da galinha, sem esquecer que manter-se deste lado do muro implicava redigir relatórios com o mínimo de credibilidade mas não necessariamente verdadeiros.
Claro que um bom recrutador até pode obter informação sem que a pessoa perceba que está a trabalhar para um serviço secreto. Nalguns casos até podia ser levado a pensar que estava a trabalhar para a CIA e estar a trabalhar para o KGB com quem nunca trabalharia por não se identificar ideologicamente.
Inclusive um ficheiro até podia ser fabricado e dado a conhecer indirectamente à instituição em que trabalharia o alvo do ficheiro para lançar a desconfiança no seio da referida instituição.
Há tantas possibilidades que não é possível apurar se há um fundo de verdade. Claro que se surgisse um recibo comprovadamente assinado pela pessoa em causa as dúvidas seriam menores...
Se houve quem trabalhasse para o KGB também houve quem trabalhasse para a CIA, BOSS (África do Sul), SDECE (França) especialmente no novo contexto africano.
amsf
Ja se sabia que esse Senhor era ( foi comunista) e jurou a pes juntos que nao, quando veio.para a Madeira....
quem conhece o Max desde os tempos de liceu . sabe bem do que ele é capaz . Isto não surpreende .
E não é só isso....o agora Agricultor Minimiano Martins fez parte da Maçonaria e da OpusDei, num jogo duplo !!! O assalto que fez ao PS-M, em 2011, foi prova de ser um emissário dessas "mãos livres" !
Pois é agente Miron, você pode esquecer o seu passado mas o seu passado não se esquece de si.
foi treinado para quando for apanhado jurar em pés juntos que não era
Olha quem diria...
Money, Ideology, Coercion & Ego (reasons people become spies). Na qualificação dos motivos por que se prestou a ser espião do KGB, diria que o nosso Miron é um MI.
Mas quando teve uns empregos e outras coisinhas facilitadas...jurou que não era MIRON comunista...
Enviar um comentário