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quinta-feira, 28 de novembro de 2019


O telefonema de Albuquerque

Um diretor do Governo Regional recebe uma mensagem a dizer que Albuquerque quer falar com ele. O diretor imediatamente começa a divagar.
Será para me dar um cargo? Era bom, mas não. Todos os cargos já foram distribuídos. Não acredito que seja tão bem reputado para criarem um tacho de propósito para mim.

Será para me elogiar? Albuquerque não é conhecido por isso, antes pelo contrário é conhecido por injuriar publicamente os trabalhadores. E, se fosse para me elogiar, o que é que o meu chefe iria pensar? Provavelmente eu iria para a lista negra de “pernas a cortar” e “alvos a abater”. Até meu secretário me iria lixar enquanto me “lambe as botas”…
Será para se informar sobre algum assunto? Talvez. E se as informações que eu transmitir não coincidirem exatamente com as que meu chefe ou secretário regional transmitiram? E, se o meu chefe sabe que eu informei Albuquerque? Eu também não tolero toupeiras no serviço…
Será para me pedir algo? Talvez… mas se fosse para cumprir com a lei ou com os deveres de pessoa de bem, Albuquerque não me telefonaria. Se fosse para fazer algo no meu próprio interesse, Albuquerque não precisaria de me telefonar pessoalmente. Então, se Albuquerque me pedir algo, será algo contrário aos meus interesses pessoais, tal como violar a lei, mentir a alguém, prejudicar um cidadão ou me instar a desistir de alguma minha aspiração.
E, se Albuquerque me pedir para mentir despudoradamente ao público. Lá, se vai a minha reputação ganha através de uma vida de trabalho… não, agora é que vou ter reputação:  de mentiroso, lacaio e corrupto… Estou lixado.
O telefonema pode ser de mera cortesia… mas se o for, então Albuquerque está a se preparar para me pedir o que eu não posso dar de maneira alguma… QUEM ME DERA QUE ALBUQUERQUE SE ESQUEÇA QUE QUER FALAR COMIGO!
Dou como exemplo, as críticas de Carlos Rodrigues ao Grupo Sousa. Um anónimo declarou que Carlos Rodrigues teve “carta branca” para fazer as críticas. Então das duas, uma: 
1) Carlos Rodrigues não sabe que Sousa é um dos DDT e que de um momento para outro Albuquerque e Sousa podem fazer as pazes… e em seguida Albuquerque instado pelo seu “novo amigo Sousa” “faz a folha” a Rodrigues (Não acredito nesta hipótese); 
2) Rodrigues cumpriu ordens expressas de Albuquerque, e se Albuquerque e Sousa se “amigarem” ou Sousa colocar um novo chefe na tabanca, os dias de boa remuneração de Rodrigues vão “pela ribeira abaixo”.
Seja lá como for, tachista com juízo não mexe em “gamelão” de DDT.

Aproveito esta pequena historieta para falar dos Grandes e dos Pequenos. Um elefante tem dificuldade em matar uma certa e determinada formiga. Pode arriscar, e matar a errada, ou matar muitas mais, o que poderá levar a um ataque de uma multidão de formigas… contra o qual nada poderá fazer. A formiga é muito pequena, é-lhe difícil identifica-la corretamente… e é desprestigiante um elefante perseguir uma formiga… mas um cachorrinho, bom, um cachorrinho, um elefante pode facilmente matar… e com isso avisar os lobos para não se meterem com ele.
Logo, um “pata rapada” tem hipótese de se safar de uma injúria feita a um DDT… mas um tachista não.


Eu, O Santo

2 comentários:

Anónimo disse...

Câncio,
E porque raio o Albuquerque te iria telefonar?
Só se fosse para te informar que te tinha arranjado uma vaga numa instituição nas zonas altas de S. António.
Não vejo outro motivo possível.

Anónimo disse...

Até que enfim que o Santo escreve uma coisa clarinha, está bom e pedir por mais.