Habermas: TÉCNICA E CIÊNCIA
ENQUANTO "IDEOLOGIA"
Estimado leitor, os assuntos tratados nesta publicação são muito mais
interessantes do que o título faz pressupor.
O conteúdo discorrido baseia-se no artigo de Habermas: “Técnica e
Ciência enquanto “ideologia”” publicado em 1968.
De acordo com Habermas, num Estado que privilegia o aperfeiçoamento
técnico e a pesquisa científica como um dos seus valores fundamentais (como a
República Portuguesa):
Essa ideologia “conjuga o momento da ideologia burguesa do rendimento
(que desloca, entretanto, do mercado para o sistema escolar, a atribuição de
status conforme a medida do rendimento individual) com a garantia do mínimo de
bem-estar social, a perspectiva de segurança do lugar de trabalho, bem como a
estabilidade dos vencimentos. Esse programa de substitutivos obriga o sistema
de dominação a preservar as condições de estabilidade de um sistema global que
garanta a segurança social e as chances de ascensão pessoal, e a prevenir os
riscos do crescimento. Isso exige um espaço de manipulação para as intervenções
do Estado que, ao preço de uma restrição das instituições de direito privado,
asseguram a forma privada da valorização do capital e vinculam a
fidelidade das massas a essa forma.”
Isto significa que o Estado é cada vez mais abrangente e
interventivo, pelo que a liberdade dos cidadãos e organizações é cada vez
menor.
“Na medida em que a atividade do Estado é dirigida para a estabilidade e
o crescimento do sistema econômico, a política assume um caráter
negativo peculiar: ela visa a eliminar as disfunções e evitar os
riscos que ameacem o sistema, portanto, não para a realização de
objetivos práticos mas para a solução de questões técnicas.”
Isto significa que o Estado, através de indemnizações e compensações,
resolve problemas (incêndios, cheias, falência de bancos, pobreza, exclusão
social…) ao invés de tentar criar um modelo de Sociedade e de Individuo. Alguém
sabe que tipo de sociedade o Estado português está a tentar criar e com que
valores? O que é “viver bem” (substituto do termo “felicidade” que é impossível
garantir a todos os cidadãos) para o Estado Português?
Qual a medida de poluição admissível? Quem a determinou? Foram os
cidadãos? Foram os técnicos… pelo que num Estado com Ideologia de Técnica e
Ciência: “A nova política de intervencionismo do Estado exige, por isso, uma
despolitização da massa da população.”
Resumo até este momento, o Estado cria esperança em boas renumerações,
garante alguma segurança social, resolve os problemas das populações, e
“despolitiza” a população, pelo que, numa Democracia, os cidadãos têm pouco
interesse em fiscalizar diligentemente o Estado e muito menos fazer qualquer
revolução, mesmo em situações em que vejam os direitos mais elementares de
outros cidadãos serem espoliados e a própria população ser pilhada para
benefício de uns quantos[i].
A consequência disto, numa “Democracia”, é que o
Estado deixa de ser fiscalizado pelo que a Corrupção tem o campo perfeito para
grassar, e o povo deixa de eleger “representantes”; elege seus “donos”: “A
dominação manifesta do Estado autoritário cede às coações manipulativas da
administração técnico-operativa[ii].”
Outras
consequências
Outras consequências da
implementação da ideologia da Técnica e da Ciência são:
· não
é discutida politicamente: “a forma privada da valorização do capital e
a existência de uma chave de distribuição das compensações sociais, que sirva
como garantia da fidelidade (…)” da população (i.e., a distribuição da
riqueza).
· “o
apelo feito pela propaganda ao papel da técnica e da ciência pode legitimar e
explicar por que, nas sociedades modernas, um processo democrático de formação
da vontade "deve" perder sua função nas questões práticas e ser
substituído por decisões plebiscitárias sobre as alternativas equipes de
direção do pessoal administrativo.” (i.e., as decisões deixam de ser
votadas pelos cidadãos e passam a ser tomadas por equipes de técnicos estatais,
através, por exemplo, de Planos e Estudos[iii]).
· o
cidadão deixa de compreender a Sociedade;
· o
homem encara seu semelhante como uma mera “coisa” manipulável, ao passar a agir
racionalmente (i.e., só agir-com-respeito-a-fins[iv]), pelo que a interação entre os cidadãos diminui[v], o que por sua vez provoca o
isolamento dos indivíduos. O agir-com-respeito-a-fins significa que as normas
morais ou éticas são ignoradas;
· o
homem passa a se subjugar à técnica e á ciência, como por exemplo aos
computadores e ao software da moda;
· “As
sociedades industrialmente desenvolvidas parecem aproximar-se do modelo de um
controle de comportamento que, em vez de ser guiado por normas[vi], é antes dirigido por excitantes externos”, como por exemplo, publicidade, filmes, exemplo de
um herói,…
· Deixa
de ser possível “culpar” alguma classe pelo que o sistema produz de negativo,
pelo que deixa de ser possível a Oposição entre classes. Exemplo. Quem
culpar pelo dinheiro dos contribuintes estar a alimentar bancos privados?
· os
“subpriveligiados” são submetidos a um processo de privação dos seus
direitos e sua pauperização pois não fazem parte do sistema produtivo.
Conclusão[vii]
Um Democracia com ideologia na Técnica e na Ciência é
muito estável e produz um Estado muito poderoso que em tudo intervém. Isto
significa que é pouco propensa a Revoluções.
Também desincentiva a fiscalização do Estado e é pouco
fiscalizada, pelo que facilmente é dominada pelos “funcionários públicos” de
carácter técnico, pelo que a Corrupção grassará.
Como anteriormente foi publicado, os funcionários
públicos têm poder discricionário quanto aos pareceres pois se emitirem
pareceres que contrariem a lei, não serão punidos disciplinarmente e/ou
criminalmente.
O único controlo sobre os funcionários públicos são os
detentores de cargos políticos. Sobre a imunidade destes à ratificação de
decisões ilegais, será apresentada uma publicação.
Neste “caldinho” que se está formando, em que: 1) a
lei é claramente desrespeitada, 2) a corrupção[viii] não é punida, 3) o dinheiro dos contribuintes é
desbaratado na ordem de mais mil milhões anuais sem responsabilização dos
culpados, 4) Estado está muito endividado e continua a se endividar, é claro
para mim que, dentro de 10 a 20 anos, as pensões e reformas providenciadas pelo
Estado Português serão uma miséria… mas nessa altura já nem vale a pena
protestar nem lutar… pois a cultura do agir-com-respeito-a-fins se entranhará
na Sociedade o que terá como consequência: 1) as normas morais serão
completamente desrespeitadas; 2) quase de certeza não existirão indivíduos de
capacidade com padrões éticos; 3) o isolacionismo dos indivíduos não permitirá
uma coligação de forças para alterar qualquer situação. Demonstro esta
tendência pela falta de apoio político da Oposição Regional às situações que
tenho exposto[ix].
Conclusão final: A Sociedade que está a ser criada é
uma em que os indivíduos cumprem ordens ao invés de cumprir leis e normas
morais ou éticas. Numa Sociedade destas o cidadão por um lado é prisoneiro ao
ter que se subjugar aos ditames dos chefes e à ausência de direitos, e por
outro lado é carcereiro pois ao cumprir as suas ordens e ao pactuar com as
ordens dos chefes impede (e talvez até puna) a tentativa de outros de exigir os
direitos consagrados na lei (que ele até beneficiaria).
Eu, O Santo
[i] Neste momento só acredito em Revoluções em
“Democracias” deste género se ocorrerem duas situações: queda abrupta do poder
económico de grande parte da população incluído uma fatia dos cidadãos mais
evoluídos culturalmente e tecnicamente, e existir um grupo social que seja comumente
aceite como “culpado” por essa queda.
[ii] Isto mostra importância dos
pareceres.
[iii] Exemplo, as obras nas Ribeiras.
[iv] O contrário de
agir-com-respeito-a-fins é agir porque simplesmente apetece ou fazer por fazer
ou agir com base numa intuição
[v] Pois os cidadãos só vão interagir quando têm um
interesse determinado
[vi] como por exemplo, regras
morais, espirituais, etc…
[vii] Pode-se constatar a veracidade das alegações de
Habermas, no tema atual de obrigatoriedade ou não de vacinação.
[viii] entendida como a
perpetração de ilegalidades com vista a um benefício injusto de um individuo ou
grupo de indivíduos em particular.
[ix] Há quantos anos estou a fazer denúncias públicas?
Quantas vezes me apoiaram? Na minha opinião, em termos políticos, já mostrei
mais conhecimentos de Administração Pública, cultura, qualidade e capacidade
que qualquer outro cidadão regional.
Habermas: TÉCNICA E CIÊNCIA
ENQUANTO "IDEOLOGIA"
Estimado leitor, os assuntos
tratados nesta publicação são muito mais interessantes do que o título faz
pressupor.
O conteúdo discorrido
baseia-se no artigo de Habermas: “Técnica e Ciência enquanto “ideologia””
publicado em 1968.
De acordo com Habermas, num
Estado que privilegia o aperfeiçoamento técnico e a pesquisa científica como um
dos seus valores fundamentais (como a República Portuguesa):
Essa ideologia “conjuga
o momento da ideologia burguesa do rendimento (que desloca, entretanto, do
mercado para o sistema escolar, a atribuição de status conforme a medida do
rendimento individual) com a garantia do mínimo de bem-estar social, a
perspectiva de segurança do lugar de trabalho, bem como a estabilidade dos
vencimentos. Esse programa de substitutivos obriga o sistema de dominação a
preservar as condições de estabilidade de um sistema global que garanta a
segurança social e as chances de ascensão pessoal, e a prevenir os riscos do
crescimento. Isso exige um espaço de manipulação para as intervenções do Estado
que, ao preço de uma restrição das instituições de direito privado, asseguram a
forma privada da valorização do capital e vinculam a fidelidade das
massas a essa forma.”
Isto significa que o
Estado é cada vez mais abrangente e interventivo, pelo que a liberdade dos
cidadãos e organizações é cada vez menor.
“Na medida em que a atividade
do Estado é dirigida para a estabilidade e o crescimento do sistema econômico,
a política assume um caráter negativo peculiar: ela visa a
eliminar as disfunções e evitar os riscos que ameacem o sistema, portanto, não para
a realização de objetivos práticos mas para a solução de
questões técnicas.”
Isto significa que o Estado,
através de indemnizações e compensações, resolve problemas (incêndios, cheias,
falência de bancos, pobreza, exclusão social…) ao invés de tentar criar um
modelo de Sociedade e de Individuo. Alguém sabe que tipo de sociedade o Estado
português está a tentar criar e com que valores? O que é “viver bem”
(substituto do termo “felicidade” que é impossível garantir a todos os
cidadãos) para o Estado Português?
Qual a medida de poluição
admissível? Quem a determinou? Foram os cidadãos? Foram os técnicos… pelo que
num Estado com Ideologia de Técnica e Ciência: “A nova política de
intervencionismo do Estado exige, por isso, uma despolitização da massa da
população.”
Resumo até este momento, o
Estado cria esperança em boas renumerações, garante alguma segurança social,
resolve os problemas das populações, e “despolitiza” a população, pelo que,
numa Democracia, os cidadãos têm pouco interesse em fiscalizar diligentemente o
Estado e muito menos fazer qualquer revolução, mesmo em situações em que vejam
os direitos mais elementares de outros cidadãos serem espoliados e a própria
população ser pilhada para benefício de uns quantos[i].
A consequência disto, numa “Democracia”, é que o
Estado deixa de ser fiscalizado pelo que a Corrupção tem o campo perfeito para
grassar, e o povo deixa de eleger “representantes”; elege seus “donos”: “A
dominação manifesta do Estado autoritário cede às coações manipulativas da administração
técnico-operativa[ii].”
Outras consequências
Outras consequências da
implementação da ideologia da Técnica e da Ciência são:
· não
é discutida politicamente: “a forma privada da valorização do capital e
a existência de uma chave de distribuição das compensações sociais, que sirva
como garantia da fidelidade (…)” da população (i.e., a distribuição da
riqueza).
· “o
apelo feito pela propaganda ao papel da técnica e da ciência pode legitimar e
explicar por que, nas sociedades modernas, um processo democrático de formação
da vontade "deve" perder sua função nas questões práticas e ser
substituído por decisões plebiscitárias sobre as alternativas equipes de
direção do pessoal administrativo.” (i.e., as decisões deixam de ser
votadas pelos cidadãos e passam a ser tomadas por equipes de técnicos estatais,
através, por exemplo, de Planos e Estudos[iii]).
· o
cidadão deixa de compreender a Sociedade;
· o
homem encara seu semelhante como uma mera “coisa” manipulável, ao passar a agir
racionalmente (i.e., só agir-com-respeito-a-fins[iv]), pelo que a interação entre
os cidadãos diminui[v], o que por sua vez provoca o isolamento dos
indivíduos. O agir-com-respeito-a-fins significa que as normas morais ou éticas
são ignoradas;
· o
homem passa a se subjugar à técnica e á ciência, como por exemplo aos
computadores e ao software da moda;
· “As
sociedades industrialmente desenvolvidas parecem aproximar-se do modelo de um
controle de comportamento que, em vez de ser guiado por normas[vi], é antes dirigido por
excitantes externos”, como por exemplo, publicidade, filmes, exemplo de
um herói,…
· Deixa
de ser possível “culpar” alguma classe pelo que o sistema produz de negativo,
pelo que deixa de ser possível a Oposição entre classes. Exemplo. Quem
culpar pelo dinheiro dos contribuintes estar a alimentar bancos privados?
· os
“subpriveligiados” são submetidos a um processo de privação dos seus
direitos e sua pauperização pois não fazem parte do sistema produtivo.
Conclusão[vii]
Um Democracia com ideologia na Técnica e na Ciência é
muito estável e produz um Estado muito poderoso que em tudo intervém. Isto
significa que é pouco propensa a Revoluções.
Também desincentiva a fiscalização do Estado e é pouco
fiscalizada, pelo que facilmente é dominada pelos “funcionários públicos” de
carácter técnico, pelo que a Corrupção grassará.
Como anteriormente foi publicado, os funcionários
públicos têm poder discricionário quanto aos pareceres pois se emitirem
pareceres que contrariem a lei, não serão punidos disciplinarmente e/ou
criminalmente.
O único controlo sobre os funcionários públicos são os
detentores de cargos políticos. Sobre a imunidade destes à ratificação de
decisões ilegais, será apresentada uma publicação.
Neste “caldinho” que se está formando, em que: 1) a
lei é claramente desrespeitada, 2) a corrupção[viii] não é punida, 3) o
dinheiro dos contribuintes é desbaratado na ordem de mais mil milhões anuais
sem responsabilização dos culpados, 4) Estado está muito endividado e continua
a se endividar, é claro para mim que, dentro de 10 a 20 anos, as pensões e reformas
providenciadas pelo Estado Português serão uma miséria… mas nessa altura já nem
vale a pena protestar nem lutar… pois a cultura do agir-com-respeito-a-fins se
entranhará na Sociedade o que terá como consequência: 1) as normas morais serão
completamente desrespeitadas; 2) quase de certeza não existirão indivíduos de
capacidade com padrões éticos; 3) o isolacionismo dos indivíduos não permitirá
uma coligação de forças para alterar qualquer situação. Demonstro esta
tendência pela falta de apoio político da Oposição Regional às situações que
tenho exposto[ix].
Conclusão final: A Sociedade que está a ser criada é
uma em que os indivíduos cumprem ordens ao invés de cumprir leis e normas
morais ou éticas. Numa Sociedade destas o cidadão por um lado é prisoneiro ao
ter que se subjugar aos ditames dos chefes e à ausência de direitos, e por
outro lado é carcereiro pois ao cumprir as suas ordens e ao pactuar com as
ordens dos chefes impede (e talvez até puna) a tentativa de outros de exigir os
direitos consagrados na lei (que ele até beneficiaria).
Eu, O Santo
[i] Neste momento só acredito em Revoluções em
“Democracias” deste género se ocorrerem duas situações: queda abrupta do poder
económico de grande parte da população incluído uma fatia dos cidadãos mais
evoluídos culturalmente e tecnicamente, e existir um grupo social que seja comumente
aceite como “culpado” por essa queda.
[ii] Isto mostra importância dos
pareceres.
[iii] Exemplo, as obras nas Ribeiras.
[iv] O contrário de
agir-com-respeito-a-fins é agir porque simplesmente apetece ou fazer por fazer
ou agir com base numa intuição
[v] Pois os cidadãos só vão interagir quando têm um
interesse determinado
[vi] como por exemplo, regras morais, espirituais,
etc…
[vii] Pode-se constatar a veracidade das alegações de
Habermas, no tema atual de obrigatoriedade ou não de vacinação.
[viii] entendida como a perpetração de ilegalidades com
vista a um benefício injusto de um individuo ou grupo de indivíduos em
particular.
[ix] Há quantos anos estou a fazer denúncias públicas?
Quantas vezes me apoiaram? Na minha opinião, em termos políticos, já mostrei
mais conhecimentos de Administração Pública, cultura, qualidade e capacidade
que qualquer outro cidadão regional.
3 comentários:
Excelente reflexão, bem fundamentada e muito pertinente. A "oposição" regional é na quase totalidade, na minha opinião, um fenómeno de oposição controlada ao establishment, cuja função principal, mais que fazer oposição, é a de legitimar o poder vigente.
Também sobre a forma como estamos a construir a sociedade, uma reflexão pertinente, mesmo daqui do lado:
http://www.zendalibros.com/intolerancia-otras-idioteces/
"Hace tiempo que los libros de texto escolares en España se han convertido en interesante territorio donde espigar lo que nos espera. O lo que vamos teniendo ya. Un observador superficial deduciría que todo responde al plan maquiavélico de un profesor Moriarty que se proponga convertirnos, de aquí a una generación, en un país de imbéciles analfabetos; aunque, eso sí, rigurosa y políticamente correctos. Pero no creo que haya plan. Ojalá tuviéramos uno. Se trata, en realidad, de simple contagio colectivo e inexorable, propio de un país como el nuestro, donde cuando se celebre el Día del Orgullo Gilipollas no vamos a caber todos en la calle."
Cidadãos sem grande capacidade crítica, mas politicamente irrepreensíveis e cumpridores de burocracias, normas e procedimentos parece ser o objectivo principal das nossas fábricas formativas...
"[...]ao invés de tentar criar um modelo de Sociedade e de Individuo."
Felizmente que já ultrapassei essa etapa pois devia ser claro que não há um modelo de sociedade e de indivíduo que justifique tanta mortandade como historicamente aconteceu sempre que se quis "criar um modelo de Sociedade e de Individuo". A realidade é complexa bem como o indivíduo pelo que quem procura construir o paraíso acaba construindo o inferno por mais bem intencionado que seja. Não há uma solução, existem milhões de soluções que são o reflexo da mentalidade, sensibilidade, capacidade e interesse de cada ser humano em cada etapa da sua vida.
O paraíso que o Santo hoje "desenhasse" seria o inferno do mesmo Santo daqui a menos de uma década.
Obrigado Raghnar pelo seu comentário.
Amsf, parafraseou bem o prefácio de Aldous Huxley "Admirável Mundo Novo". Não decidir o tipo de individuo e Sociedade que se cria, não significa que não se esteja a criar um tipo de Individuo e de Sociedade, significa que não se tenta controlar o que se cria. Há uma grande tendência que ao deixar as coisas ao acaso, as coisas corram pessimamente.
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