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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Opinião


TRIBUNAIS E PROPAGANDA


GAUDÊNCIO FIGUEIRA


Em Venezuela, a partir de 1962, seguiu-se um período de dinheiro fácil até 1999, quando apareceu Hugo Chavez. Foram 37 anos abençoados pela gestão de Adecos e Copeianos com enriquecimento desmesurado das respectivas elites. O futuro parecia – mas não era – próspero! O 37 tem o seu quê de cabalístico, tudo tende a ruir ao fim desse prazo.

Aqui na Madeira, vivemos uma fotocópia, em versão único partido com ajudas. No seu verbo fácil, o “Chefe” inimputável dizia: “deixem o dinheiro comigo”. Mentiroso! Adecos e Copeianos ainda tinham o petróleo, este nem isso tinha, era só garganta e chantagem, como ouvimos a Francisco Balsemão num dos episódios da novela: LAVAGEM A SECO, em exibição às 5ªs feiras na RTP-M.

A dupla Hugo Chávez/Maduro manda há 18 anos, tantos quantos decorreram após o fim da riqueza. Por cá passaram apenas 5 e, há duas grandes diferenças a registar. Os madeirenses têm o direito/dever de estarem, religiosamente, atentos a elas para não correrem o risco de voltar a eleger um qualquer Chávez, por enquanto escondido, mas pronto a sair da sombra se sentir que está seguro em votos.

No início dos anos 90, o Juiz Ernesto Cunha do Tribunal de Contas, fazendo fé na máquina de propaganda do partido do poder, onde pontificava o poderoso líder parlamentar – Jaime Ramos –, tivemos sermão e missa cantada contra a intromissão do manga-de-alpaca do TdC que queria vasculhar as contas dos probos eleitos para ALM. Antecipando o Trump, que vê as suas prepotências legislativas travadas pelos Tribunais, por cá o TdC sempre foi apontado como um entrave ao progresso. Surgiram as viagens fantasmas e com elas a primeira lei branqueadora de uma infracção cometida por eleitos. Iniciava-se o jogo do gato e do rato, entre o GR e o TdC.  

Nas primeiras palavras que pronunciou, após a aceitação do programa de resgate, o Sr. Dr. Alberto João, grosso modo, disse: "Veremos, daqui a quatro anos, entre a RAM e o continente, quem melhor satisfez os seus compromissos". S. Exa. falou apoiado nos votos dos madeirenses. Porém, a viciação da vontade eleitoral, foi coisa frequente nele. Vou procurar, com um exemplo, explicar em que consiste viciar a vontade eleitoral. Félix Patassé foi Pres. da Rep. Centro-Africana de 1993 a 2003. Prometeu uma fábrica de notas em cada aldeia. Foi eleito. Mais tarde, recandidatou-se e nomeou Jesus Cristo, director de campanha. Usar a Igreja de Cristo para fins eleitorais foi recorrente, a fábrica de notas é: "deixem o dinheiro comigo".

Saído de cena há dois anos, após a mais que previsível borrasca acontecida em 2012, ficaram a marinar os erros, com eventuais crimes, na gestão financeira dos 37 anos. Além do Cuba Livre, ainda não arquivado graças à persistência de alguns madeirenses, temos, dispersos pela comunicação social, vários casos que, como cidadãos, nos devem preocupar. Desde logo o “brilhantismo” dos inquéritos parlamentares, com particular incidência para as conclusões sobre a Marina do Lugar de Baixo. Lidos os resultados, ficamos entre o sorriso de escárnio e a irritação, por sentirmos que nos querem tomar por tolos. Um certo conceito jurídico-administrativo – contrato programa – formalizou despesas públicas pouco transparentes. Temos essa situação num litígio entre o CSM e AFA, por causa de obras a mais, feitas no Campo de Stº António, ao que parece autorizadas verbalmente pelo então Pres. do GR, e o Relatório nº 15/2016-FC/SRMTC de auditoria de fiscalização concomitante à concessão de exploração á Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira. Na alínea d) das determinações finais pode ler-se:“Determinar que as Secretarias Regionais da Economia, Turismo e Cultura e das Finanças e da Administração Pública, no prazo de seis meses, informem o Tribunal de Contas sobre as diligências por si efetuadas para acolhimento às recomendações constantes do relatório agora aprovado, mediante o envio de documentos comprovativos desses factos”. O prazo expirou dia 16 p.p. Há ruído no ar com audiências na ALM. Algo parece ter mudado. Ainda no segredo das comissões à porta fechada na ALM, a Sr.ª Sec. do Turismo admite ter havido erros. Não estávamos habituados a isto!

A irresponsabilidade, para não dizer inimputabilidade, governativa, da dupla Adecos e Copeianos em Venezuela, aqui, felizmente, deixou duas frentes de combate. Uma frente que lhe foi imposta, a dos Tribunais. Outra a da propaganda em que são exímios. É livro, é a novela semanal – LAVAGEM A SECO –, é 5 para meia-noite, romance histórico tudo serve para reabilitação.   
Escolhem os eleitores. Nunca ninguém disse que traria desemprego e noites ao relento, mas trouxe. Vão deixar-se encantar pelo produto lavado, encaixando na perfeição na moda do Trumpismo? Não se queixem depois.

13 comentários:

Anónimo disse...

Nem livro nem programa de TV.
Não há pachorra.

Anónimo disse...

Já não há e pachorra para os ressabiamentos deste senhor rejeitado pelo jardinismo oh homem concentre se no presente esqueça o passado que a população está a borrifar se para as suas idiossincrasias despeitadas. Será que tb estudou acção psicológica na tropa para escudando se no passado branquear o presente já não há pachorra mude o disco está com medo de que surja uma alternativa a está renovação vazia e impostora???? E que já não há pachorra mesmo

Anónimo disse...

E preciso conhecer o passado para explicar o presente e preparar o futuro.
O passado das loucuras do AJJ levou a que, hoje, o Banco Alimentar supra as necessidades de 10.000 pessoas.
As guerras entre as facções do teu PPD não contam, vocês que resolvam. Conta é combater o populismo.

Anónimo disse...

Pois para mim há toda a pachorra em ler sobre as loucuras que levaram a Madeira a nunca se livrar da dívida que tem, da maior taxa de desemprego do país, etc.
Por isso até no partido correram a pontapé com o Alberto das festas.
Não há pachorra é para autobiografias que dão uma visão pessoal da história, distorcida e errada.

Anónimo disse...

Pois eu acho que temos os melhores de sempre a governar! Já tivemos muito pior e não me lembro de tanta reclamação...
Força PSD

Anónimo disse...

Sim senhor, anónimo das 9:21.

Anónimo disse...

Não se esqueçam, que o Sr Gaudêncio preparava, uma intentona para assaltar o poder, na Madeira. Na época foi posto no lugar e apesar de tudo não se coibiu de aceitar, de mão estendida, o lugar no IFADAP.

Fernando Vouga disse...

Normalmente, quem escreve uma autobiografia é porque tem rabos de palha a esconder.

Jorge Figueira disse...

O problema é esse Fernando, quem não tem rabos de palha incomoda que se farta.
É por isso que o Trump, e as suas Fake News, velhinhas de 30 anos, ainda pretendem vingar.
Já chegam tarde!

Anónimo disse...

Talvez o GF quisesse fazer a fineza de explicar porque fez parte do jardinismo e porque deixou de fazer era uma história do passado interessante de saber

Anónimo disse...

Dr. Gaudencio não ligue ao canalhedo!

Anónimo disse...


Está visto que o finório do GF não responde a anónimos, melhor ainda, se o fez é por indirectas. Mas o anónimo das 23:27, se dessa a cara tinha resposta.
Aí tem, para ler, a pergunta: Carlos Rodrigues Karlinhos O ex-companheiro Gaudêncio ficou ressabiado por não lhe terem arranjado um poleiro.
Agora a resposta: Gaudencio Figueira Karlinhos é muito jovem para conhecer certas coisas peça que lhe mostrem o "cartãozinho" em que recusei um convite hipócrita para um "número" público. Em caso de extravio há cópia. Vamos às ideias, se as houver, está bem Karlinhos? Desde 1996 que, publicamente, afirmo, e infelizmente tive razão, que batiam com os burrinhos na água. Agora, Karlinhos, é um Deus nos acuda, ninguém gerou o monstro.

Anónimo disse...

Anónimo das 23:27 o GF, já dei conta disso, não responde aos anónimos ou, se o faz, é de modo indirecto como aquela dos rabos de palha às 21:33.
Mas olha que o gajo não se encolheu quando o teu companheiro de partido, Carlos Rodrigues, se meteu com ele dando a cara. Lê a boca do Karlinhos e a resposta.
Carlos Rodrigues Karlinhos O ex-companheiro Gaudêncio ficou ressabiado por não lhe terem arranjado um poleiro.
Gaudêncio Figueira Karlinhos é muito jovem para conhecer certas coisas peça que lhe mostrem o "cartãozinho" em que recusei um convite hipócrita para um "número" público. Em caso de extravio há cópia. Vamos às ideias, se as houver, está bem Karlinhos? Desde 1996 que, publicamente, afirmo, e infelizmente tive razão, que batiam com os burrinhos na água. Agora, Karlinhos, é um Deus nos acuda, ninguém gerou o monstro.