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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Madeira ao Vivo

A GRANDE TRAMA

Sua excelência o chefe da Madeira continua particularmente inspirado na construção de teorias umas atrás das outras para confundir a opinião pública a respeito das investigações do DCIAP às escabrosas contas económico-financeiras da Madeira.



Primeira Página do Jornal da MadeiraDepois da versão 'manobra para distrair os portugueses da falência nacional', depois de outra sobre o mistério da escolha da GNR para assessorar as diligências, e depois ainda da táctica de desmentir todas as notícias sobre o processo no terreno, para o desacreditar, a estratégia só podia ter um desenlace: o protagonista de toda esta 'encenação' é evidentemente o próprio sua excelência. Se Rui Veloso desconfiava que o mundo inteiro se unira para o tramar, para Jardim não há dúvidas: isto é mesmo Janeiro, está um frio de rachar e o mundo inteiro, irritado com a sua vitória (coxa) em Outubro passado, mandou fazer as buscas ao Equipamento Social só para o fazer arreliar.

O JM, sintetizando em manchete as declarações do seu patrão que ontem já percorreram rádios e TVs, evidencia bem que as notícias sobre dívidas ocultas na Madeira visam atingir o dito chefe, porque foi ele, chefe, quem o esclareceu. E se foi ele quem esclaraceu, nada a fazer, portanto.
Não se percebe se por modéstia ou se por razões de estratégia militar em segredo de estado, o facto é que ainda não se atingiu a etapa certa de bombardear Obama e denunciar o director do Pentágono como verdadeiro cérebro destas tenebrosas intrigas planeadas "para alimentar essa novela contra a minha pessoa" - como desabafou rei das Angústias, muito bem citado pelo seu JM. E para que não fiquem dúvidas, repete e reforça: "Tudo isto é uma tentativa para me atingir."
A escolha do nome da operação investigativa - 'Cuba Livre' - também configura um ataque directo a chefe Jardim, só porque o homem da Madeira Nova, nas suas tardes mais tempestuosas, substituiu o vinho seco por rum com cola e uma rodela de limão.

Brincadeira da 'Cuba Livre' pode levar à independência!

E aqui bem andou Pedro Pereira, o jota da independência da Madeira: se Lisboa fala muito!...
Pois, se Lisboa exagera nas investigações a estas desgraçadas contas regionais, o rapaz faz a declaração de independência da Madeira e acaba-se a prepotência 'cubana'. Finalmente a Madeira, aí sim, estará livre dos invasores indesejáveis. Finanças, facturas e impostos, concursos públicos e adjudicações, investigações do MP e sentenças de juízes, Judite e PSP, aí sim haverá cá na Madeira quem mande nisso tudo, sem delongas nem receios dos empatas 'cubanos' - tribunais de contas, DCIAPs, Constitucionais. Já agora, a GNR poderia pegar nos cavalinhos e regressar rapidamente à capital do reino, como quando da fuga desajeitada e apressada em princípios do século XX.
Ou será que alguém alimenta uma anacrónica esperança de que iremos suportar muitas vezes estas 'investigações abrileiras', na feliz expressão de sua excelência?
A propósito de abriladas, ouvimos ontem, de passagem, falarem na televisão sobre o Abril que já não é, sobre os militares que se julgam donos de Abril, sobre os adeptos de Abril que são todos uns saudosistas... E nós a pensarmos: perante esta mediocridade de pensamento e dor de cotovelo, perante a brejeirice imbecil e trôpega que costuma reduzir a saudosismo tudo quanto não consegue imitar e muito menos suplantar, perante tão baixa qualidade num ecran, uma pessoa não há-de ter saudades de antanho?!

Voltando à teoria mais recente da trama anti-chefe, destaque para as ordens dadas por sua excelência ao ministro da Administração Interna para que faça um inquérito imediatamente - imediatamente! - ao ataque da GNR contra o quartel do Equipamento Social. A justificação é loquaz: "Não se vai com 20 e tal homens com coletes à prova de bala e metralhadoras buscar uns registos de computadores!"

De colete à prova de bala e metralhadora

A operação visava outros objectivos, claramente. De colete e metralhadora para exigir ficheiros a um PC?! Realmente...
Obviamente que o ataque foi planeado para colher Jardim de surpresa. Quem sabe se ele não estaria lá dentro? Não se vai com 20 e tal homens para manietar um adversário qualquer. Não se vai protegidos com coletes à prova de bala se não se for tentar deitar a mão a um perigoso indivíduo que anda sempre seguido por guarda-costas armados até aos dentes. E não se vai de metralhadora em punho se não se tiver a ideia de mandar o acossado desta para melhor, alegando depois que quem disparou agiu em legítima defesa.
Dizer que o assalto ao Campo da Barca constituiu "uma operação a roçar o tipo terrorista" era o mínimo que sua excelência podia dizer ontem, nas declarações "ao JM e à RTP nacional", como sublinha o Jornal do governo/diocese.

Daqui apelamos também a Lisboa: acabem com estas tramas que visam atingir sua excelência. Corroboramos sem hesitações o justo e oportuno brado do chefe, atingido na sua privacidade com a tal do rum 'Cuba Livre': "É preciso saber quem fez a operação e quem é que lhe deu o nome provocatório."
Mobilizem-se todas as forças terrestres e marítimas para ir arrancar a verdade ao cabo do mundo.
Quanto àquelas facturazecas e registos de computadores que vieram vasculhar... Não sejam vulgares, picuinhas, pusilânimes! Ataquem o essencial!


2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Concordo inteiramente com o Dr. Jardim. O coitado do homem anda a ser perseguido.
Só não percebo como é que uma pessoa tão cordata e educada, um homem bom como transparece no tal JM do Governo/Igreja, tem tanta gente a lembrar-se dele quando quer fazer aleivosias.
Não bate a bota co a perdigota...

Luís Calisto disse...

Tem toda a razão.
Está visto que uma pessoa não pode ser boazinha. Veja-se a 'charge' dos bonecos de hoje no JM!