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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Madeira ao Vivo


BUSCAS EM SERVIÇOS DO GOVERNO REGIONAL ENTUSIASMAM ILHÉUS


Conjecturas sobre um avião particular abastecido à pressa nas últimas horas e uma recente corrida às agências de viagens. Certamente boatos... 



Edifício da antiga Secretaria do
Equipamento Social.



Cruzam todas as conversas em cafés, ruas e centros de trabalho as diligências levadas a efeito desde as 9 horas desta segunda-feira dentro das instalações onde funcionou a extinta Secretaria do Equipamento Social e que hoje abrigam diversos serviços da vice-presidência do governo regional. Desde que se soube que, por ordem do DCIAP, a GNR selou aquele prédio, no Campo da Barca, impedindo entradas ou saídas de pessoas sem controlo, os jornais on line, rádios e televisões divulgam as peripécias das acções entretanto desenvolvidas também pela PJ e pelo MP.

Os palpites e as conjecturas multiplicam-se pelo Funchal. Ainda há pouco, ouvimos dizer que um avião particular estacionado em Santa Catarina fora abastecido ontem com urgência. Observação a querer dizer, obviamente, que alguém se preparava para sair da Madeira a qualquer momento, com a curiosidade de se tratar da véspera das diligências policiais junto do governo das ilhas.
Pegando nessa deixa: numa situação menos formal, mas de certa maneira parecida à que a Madeira vive hoje (e para continuar semana fora), houve um consulado no Funchal que acabou, na altura, por ser interrogado em consequência do ritmo frenético dos vistos passados a madeirenses que de repente pretendiam ausentar-se da sua terra. Com um contrapeso ainda: só numa agência de viagens foram reservadas quase três dezenas de passagens.
Eis o menu das conversas que animam a cidade do Funchal, hoje.


Chefe do governo faz de ventríloquo, quando a situação é perigosa...


Quando de uma mega-inspecção a grandes empresas da Madeira, nos anos 90, o presidente do governo regional apressou-se a culpar os socialistas de Lisboa de ordenarem essas diligências unicamente para denegrirem o nome da Madeira. Um argumento utilizado nessas e noutras circunstâncias. Daí se ouvir hoje, pelos cafés, o seguinte comentário: "Se fossem os socialistas, se fosse o Sócrates a mandar fazer estas buscas, caía o Carmo e a Trindade!"
Mas em Lisboa manda um governo liderado pelo PSD. Portanto, quem tem controlo sobre estas operações são Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar. Daí o comunicado emitido pela Quinta das Angústias há poucas horas só de raspão insinuar que o 'furacão' inspectivo desta segunda-feira pode propiciar "leituras políticas". Comunicado esse rubricado por um adjunto do presidente e não pelo próprio Jardim, como é hábito quando a situação se afigura perigosa.
À falta de argumentos para rebater a pertinência das investigações, o chefe do governo, no seu número de ventríloquo, tenta desconcentrar atenções, afirmando estranhar que tenha sido a GNR a vir ao terreno. Para conseguir distrair mesmo os espíritos, o comunicado anuncia um inquérito à realização das buscas e deixa em aberto a hipótese de acusar as autoridade intervenientes de estarem a praticar o crime de sequestro.
É mais uma das habituais atoardas do 'rei das Angústias', já desorientado à conta da situação calamitosa dentro do seu partido e da crise que, graças a ele e às suas dívidas escondidas debaixo do tapete, se tornou bem dolorosa para os madeirenses.

A realidade é que o cidadão vive um momento de quase euforia perante a presunção de que finalmente comece a ruir um regime jardinista acusado sistematicamente de favorecimentos e compadrio, mas que por uma razão ou por outra se vai conservando no activo.



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