PROTECÇÃO CIVIL DÁ 'LUZ VERDE'
À SEGURANÇA DO 'WINTER FEST'
Só falta o licenciamento formal da Câmara para os espectáculos de 27 e 28
Já dispomos dos esclarecimentos que um Leitor, assinando como 'Pai Preocupado', pediu que procurássemos sobre o grau de segurança dos jovens que forem aos espectáculos marcados para os dias 27 e 28, no Tecnopolo.
A conclusão não pode ser mais categórica: todos os requisitos foram reunidos para corresponder às exigências da Protecção Civil.
Os trâmites correram dentro do maior rigor, condição sem a qual a Câmara do Funchal recusaria passar o licenciamento.
Acompanhemos os passos dados no processo.
O Tecnopolo pediu licença à Câmara para dois dias de espectáculo - no âmbito do evento 'Winter Fest'.
A Câmara exigiu certificação da segurança do pavilhão onde estará montado o palco.
O Tecnopolo recorreu à Protecção Civil para obter a certificação exigida.
A Protecção Civil, por sua vez, exigiu um termo de responsabilidade assinado pelo técnico autor de um projecto de segurança contra incêndios relativo ao evento no espaço em questão.
Encarregou-se dessa missão, como exige a lei, um engenheiro reconhecido pela entidade nacional competente, em termos de eventos do género.
Foi elaborado o levantamento necessário à Memória Descritiva e Justificativa. Tarefa pormenorizada e exaustiva, respeitando a regulamentação em vigor - decreto-lei 220/2008, de 12 de Novembro, e portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro.
A memória descritiva do projecto, destinado a definir as medidas de segurança contra incêndios que devem vigorar no evento 'Winter Fest', aponta como objectivos limitar a ocorrência e o desenvolvimento de sinistros, agilizar a evacuação dos espectadores e facilitar a intervenção dos bombeiros.
A Memória Descritiva entregue à Protecção Civil aponta com precisão a área do Pavilhão B do Tecnopolo onde ocorrerá o espectáculo, assim como as dimensões do palco, da estrutura cénica, torres para suporte do PA, localização e dimensões exactas da régie, do bar e da banca para venda de merchandising.
Mais explicita o documento que, na zona divisória dos pavilhões Ae B, as portas amovíveis estarão abertas com excepção das duas centrais. E que as portas de emergência para o exterior norte estarão desimpedidas, assim como as portas de saída para a parte sul do edifício e acesso ao hall de entrada do Madeira Tecnopolo, cujas portas para o exterior também estarão abertas durante os espectáculos.
Daremos aqui mais uns pormenores da Memória Descritiva, para que os pais dos potenciais espectadores, como aquele que nos pediu estas explicações, possam classificar o grau de segurança no 'Winter Fest'.
No pavilhão A, serão colocados junto à parede 10 WC's portáteis 2x2 metros cada.
As portas de emergência, assim como o portão de carga e descarga situados a norte, estarão abertos durante os espectáculos.
Haverá uma equipa de socorro em permanência no recinto.
A zona de evacuação a norte, com superfície aproximada de 2.200 m2, será denominada 'Meia Lua'.
Na parte sul, a zona de evacuação será a praça da Inovação, entre os edifícios do Tecnopolo e da UMa.
Mais informa o documento que o evento será limitado a 3 mil pessoas.
As características dos acessos, a disponibilidade de água para os meios de socorro, o plano de evacuação, os meios de intervenção (extintores e carretéis) devidamente operacionais - tudo condições que contribuíram para que, depois do extenso levantamento, que aqui apresentamos de forma resumida, a Protecção Civil considerasse o plano de evacuação "em conformidade com os requisitos definidos no regulamento técnico de segurança contra incêndio em edifícios".
Com a Memória Descritiva e o termo de responsabilidade do engenheiro autor do projecto de segurança, o Tecnopolo disponibilizou a planta de emergência relativa a este evento 'Winter Fest', com todos os pormenores dos espaços. E, para completar a importante burocracia, uma declaração do mesmo Tecnopolo com a garantia de que durante a realização dos espectáculos (a 27 e a 28 deste mês, repetimos) haverá uma equipa de funcionários que zelará escrupulosamente por todas as medidas de segurança. Mais dois pormenores: no hall de entrada do edifício, dois funcionários assegurarão que as portas estejam abertas e desimpedidas, para rápido acesso ao exterior; dois outros elementos verificarão permanentemente que tudo decorre conforme os planos apresentados às autoridades.
Uma vez obtida da Protecção Civil a garantia de que o Plano de Evacuação está "em conformidade", o Tecnopolo formalizou o pedido de licenciamento à Câmara do Funchal, esperando-se o despacho a qualquer momento.
As normas de segurança em eventos do género devem ser respeitadas com todo o rigor, para não chorarmos depois de consumado algum azar. Mas confessamos: não sabíamos que estas exigências ao Tecnopolo - imperativos legais impostos de há uns dois anos para cá, já com a Câmara anterior - não sabíamos que estas festas aonde vamos estão rodeadas de tantos cuidados.
Julgávamos que no Molhe, por exemplo, a um azar qualquer teríamos de fazer bicha nalguma escada de emergência rocha abaixo, para 'cavar'.
Longe de saber estávamos também que festas como a dos finalistas, há dias, em tendas inflamáveis e montadas numa Fortaleza do Pico que é estrutura pensada para a Pré-História dos Filipes, e de onde sair à pressa é uma aventura, tinham licença da Câmara e Plano de Evacuação com saídas rápidas, extintores ABC de 6 kg, carretéis, mais extintores semi-portáteis de 25 kg, por aí acima.
E o mesmo para a festa na Garagem do Mercado, marcada para a noite de 23.
Já nos sentimos mais descansados.
A lei aperta com a segurança destas festas. Se todos cumprem aqueles planos de evacuação, podemos tomar um copo descansados.
1 comentário:
muito bem....excelente resposta...
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