DEMOCRACIA DE JARDIM JAZ NA FOSSA
O estado fétido desceu tanto na esterqueira madeira-novense que nem humor se pode fazer já para caricaturar o moribundo Laranjal
Apetecia-nos ironizar: oh Hélder, o seu PND entrou na guerra partidária para correr com a praga PPD, e agora, que o sr. deputado consegue pôr o governo deles fora do Parlamento, resolve exigir o regresso do presidente e dos secretários? Em que ficamos? É que um José Manuel Coelho, medianamente inspirado, era bem capaz de falar numas obras do Jaime e correr também com aquele amorfo grupo parlamentar laranja. Ficando assim o ambiente parlamentar desinfectado, politicamente falando, para um fecho de Orçamento fresco, realmente democrático e com nível aceitável.
Mas a hora não permite graças. Esta manhã de quinta-feira, andou arrastado pelo chão da Casa da Democracia, escorraçado a mando do presidente Miguel Mendonça e sob a égide do Rei da Tabanca, um conterrâneo nosso, escolhido pelos madeirenses em eleições democráticas para deputado na ALM.
Que se passara?
Quando Hélder Spínola se levantou para usar da palavra no seu tempo regimental, eis que Rei da Tabanca, seguido pelos pajens investidos em secretários, abandonaram a sala de plenários.
O deputado ambientalista da Nova Democracia evidentemente protestou, recusando-se a intervir sem a presença dos membros do governo.
E Miguel Mendonça na sua, que não podia mandar no governo!
Hélder que falasse mesmo assim.
Hélder a recusar-se. E Miguel Mendonça: então o sr. deputado vai ficar 'mudo e quedo' nestes 3 minutos.
A situação exigia resposta e Hélder deu-a: avançou para a cadeira reservada ao Rei da Tabanca, na Geral, e sentou-se lá, à espera de desenvolvimentos.
Suspensão de trabalhos por 5 minutos. E Hélder sentado na cadeira de 'Meio Chefe', impedindo a retoma dos trabalhos à moda de Mendonça, isto é, com o patrão Jardim a levar a melhor.
É então que o presidente da Casa da Democracia decide mais uma vez passar o odioso para os funcionários da Assembleia, encarregando-os de expulsar dali o deputado representante do povo madeirense, fosse como fosse.
Os funcionários foram obrigados a corresponder à ordem presidencial e Hélder Spínola acabou arrastado pelo chão parlamentar. Um episódio do mais lamentável que imaginar se possa por culpa do Rei das Angústias, que não negou o motivo da sua atitude de abandonar a sala: vingança por idêntica acção do vereador PND em recente sessão na Câmara do Funchal.
Vingativo, este 'Meio Chefe'.
Rancoroso.
E oportunista, uma vez que arrastou todo o governo para um problema que era seu. A situação na Câmara foi um protesto contra ele, toda a gente o percebeu.
Se nos permitem um aparte, diremos que, por um lado, 'Meio Chefe' até teve sorte na reacção do vereador Canha: desfeita protocolar toda ela muito chá, muito burguesa, o retirar delicado para ignorar um adversário. Para nosso gosto, e se estivéssemos de capa e bordão municipais, se calhar ficaríamos na sala do discurso de 'Meio Chefe' a estragar-lhe enquanto pudéssemos o brilharete do bota-palavra, muito provavelmente com umas 'car....das' para mais avacalhar o tipo que tantos madeirenses prejudicou em 35 anos de despotismo reles.
Mas não vem ao caso, ainda.
Quanto ao incidente parlamentar de hoje, perguntarão: então como é que se resolve um caso destes?
Respondemos: de todas as maneiras, menos daquela.
Enfim, o deplorável episódio acabou com Hélder a discursar perante um secretário regional sentado na bancada do governo, Jaime Freitas - o 'governante' que Jardim costuma mandar em sua representação quando quer desvalorizar eventos ou personalidades.
Respondemos: de todas as maneiras, menos daquela.
Enfim, o deplorável episódio acabou com Hélder a discursar perante um secretário regional sentado na bancada do governo, Jaime Freitas - o 'governante' que Jardim costuma mandar em sua representação quando quer desvalorizar eventos ou personalidades.
Tudo isto que se passou no Parlamento - o que é mais grave - nem sequer surpreende, tal a baixeza a que desceu o regime crapuloso que gramamos há quase 4 décadas.
Felizmente, já se vislumbra o fim da esterqueira jardineirista.
4 comentários:
o que começa a ser estranho, nestes casos, é a dita oposição. O caso pela sua gravidade institucional obrigaria a imediata tomada de posição GLOBAL no sentido de sair e só regressar A Assembleia quando o presidente da Republica tomasse uma posição. Gostava de ver se por acaso perdesem os deputados todos (oposição) o seu mandato o que é que aconteceria...
Isso nunca vai acontecer porque os deputados da oposicao adoram fazer parte do Circo, afinal com o desemprego que alastra na Relegiao, wiedeń e segurar o tacho.
Isso nunca vai acontecer porque os deputados da oposicao adoram fazer parte do Circo, afinal com o desemprego que alastra na Regiao, querem e segurar o tacho.
Os "capados", os parasitas e os que têm o cu alugado ao "regime" procuram sempre uma forma de se justificarem perante si próprios já que perante terceiros, que não partilhem dos seus "valores", não conseguem se justificar!
Temos muita pena pelo que passam muitos madeirenses mas 60%, ao longo de 38 anos, foram cúmplices fieis do regime.
amsf
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