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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Funchal ao Vivo



CAFÔFO E GIL CANHA
OPTAM PELA POUPANÇA
E 'ESQUECEM' VILHENA



Em vez de inventarem um berbicacho, presidente e vereador evitaram 3 problemas





De uma assentada, o executivo municipal do Funchal evita despesas extras e mal-estar na estrutura interna: o Arq.º Luís Vilhena já não entra para a nova equipa da Câmara funchalense.
Numa comunicação publicada esta segunda-feira à tarde, a presidência de Paulo Cafôfo esclarece que o arquitecto em questão, sendo merecedor de agradecimentos pelo contributo que deu na elaboração do programa eleitoral da 'Mudança', não foi contratado para o Gabinete de Apoio à Presidência. Uma surpresa para a opinião pública, já que o próprio Luís Vilhena se pronunciara na comunicação social dando conta das suas ideias para a capital, incluindo alterações significativas no visual da Praça do Município.
Vilhena falou na quinta-feira da semana passada à rádio. Nesse dia, também publicámos no 'Fénix' considerações com prós e contras da decisão de reforçar quadros técnicos municipais que já provaram bastante a sua competência.
Os comentários a essa nossa notícia não podiam ser mais esclarecedores quanto ao mal-estar que se criava. 
No plenário municipal dessa mesma quinta-feira, o vereador social-democrata Bruno Pereira perguntou ao presidente da Câmara em que qualidade Vilhena era contratado. Paulo Cafôfo exprimiu-se em termos de desconhecer que tal aquisição estivesse concretizada. O popular José Manuel Rodrigues interveio disponibilizando a gravação no seu telemóvel da entrevista de Vilhena - em que este se assumia como novo reforço municipal.
A posição do presidente foi negar que Vilhena entraria na Câmara. E para o confirmar, o próprio Paulo Cafôfo difundiu esta tarde de segunda-feira o comunicado a que atrás fizemos referência (e que publicamos abaixo, na íntegra).

Na verdade, sabemos que Luís Vilhena chegou a ser hipótese para colaborar com a nova vereação, mais propriamente na área do Urbanismo. Mas as diligências no âmbito do processo acabaram por convencer tanto Paulo Cafôfo como Gil Canha, titular do pelouro do Urbanismo, de que a melhor solução é deixar tudo como está, porque a Câmara quanto menos despesa fizer melhor poderá ajudar a população funchalense. O tempo é de contenção. 
Vilhena saiu da agenda, pois.
E mais não conseguimos apurar.
Sabemos porém que, além do motivo financeiro, a vereação evita deste modo uma guerra interna com os técnicos de raiz que compõem a estrutura municipal e a quem se deve a capital onde todos gostamos de viver - como já salientámos.
Ao mesmo tempo, cortam-se pela raiz as especulações que começavam a circular pela cidade sobre a infiltração na Câmara de uma corrente simpática para os interesses do 'bloco central' - teoria provavelmente injusta para o Arq.º Luís Vilhena, mas que alastrava celeremente.
Assunto encerrado.

Eis o texto completo divulgado por Paulo Cafôfo

"Contrariamente ao que hoje foi noticiado, na edição em papel do Diário de Notícias da Madeira, o presidente da Câmara Municipal do Funchal informa que o arquitecto e antigo vereador Luís Vilhena não vai assumir funções de assessoria no Gabinete de Apoio à Presidência.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal reconhece e agradece o trabalho efectuado pelo arquitecto e antigo vereador Luís Vilhena, que foi mandatário da coligação “Mudança”, cargo que desempenhou com grande determinação, tendo, igualmente, contribuído, com grande discernimento e visão nas ideias plasmadas no programa Funchal – 2020, que foi apresentado aos funchalenses e por eles vitoriosamente sufragado no dia 29 de Setembro.
No âmbito da concretização do programa eleitoral apresentado aos funchalenses – Funchal 2020 a melhor cidade do pais para se viver – o presidente da Câmara Municipal do Funchal conta com a colaboração de um conjunto significativo de personalidades de várias áreas, entre os quais o arquitecto e antigo vereador Luís Vilhena
Funchal 09 de Dezembro de 2013
O presidente da Câmara Municipal do Funchal
Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo"


7 comentários:

Anónimo disse...

Com este recuo o Presidente Paulo Cafôfo demonstra que a Mudança não acontece sempre que alguém grita alto, no caso em apreço os «quadros técnicos municipais que já provaram bastante a sua competência». Já agora deviam nos esclarecer onde estão as provas dessa competência. No ordenamento da Corujeira, Lombo Segundo, Vasco Gil e Courelas? Na qualidade arquitectónica do Edifício Várzea Park? Na legalidade do Edifício A Ver o Mar ou do futuro Savoy?

Anónimo disse...

Coligação sem estratégia definida e devidamente planeada em unidade. O dito por não dito revela inexperiência e falta de respeito pelo desconvidado que já tinha começado a adiantar ideias.. Por outro lado fica visível e reconhecida a falta de uma personalidade com competência para o urbanismo...

Anónimo disse...

PARABÉNS DR CAFOFO !!! Emendar uma má decisão pode parecer fraqueza política . Mas então o que dizer de tanta obstinação em manter tantas más decisões que têm destruído Portugal . Será que afinal estamos perante um exemplo político de uma nova geração ? Parabéns. Grande mensagem para todos os outro potenciais abutres. Temos homem!

Anónimo disse...

Adiantou-se com ideias que não lhe competiam foi o que foi. Bem feito. Quem julga que é esse pedante? Enchem a boca de democracia e nem sabem o que é respeito. Queria mandar não era? Sem ser eleito! Então era isso. Muito bem Presidente Cafôfo!

Anónimo disse...

O Arq. Vilena (sim, sem "h" para parecer ainda mais sofisticado... ou será chique?) pensava que os próximos 4 anos seriam usufruídos na CMF e lá refazia a sua economia pessoal, através do serviço público. Ninguém dava por nada e no fim da "comissão de serviço" regressava à sua atividade liberal e estagnada e até era uma espécie de herói... Bom, a realidade às vezes troca as voltas, mesmo aos mais oportunistas. Vendo bem a moral deste episódio acaba por ser simples: a ética dos homens não se mede em palavras e alguns vendem-na por muito pouco. E assim termina mais um placebo da política regional. É a vida.

Anónimo disse...

este muito bem o presidente cafofo....

Anónimo disse...

Cafôfo aos apalpões!

Este poderia ser o título da desgovernança da MUDANÇA.