SUPERMERCADOS VÃO AO CAFÉ OU... UM NOTICIÁRIO DEDICADO A QUEM NÃO É DE INTRIGAS
A jornada de hoje nas esplanadas e cafés consistiu numa girândola de novidades referentes à vida de várias empresas conceituadas que mais me pareceram daquele género 'quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto'. Quando a conversa resvala para o terreno dos 'sabões' que juram a pés juntos ser verdade santa tudo aquilo que derramam pelas mesas de bicas e garotos, geralmente levanto-me e dirijo-me ao aterro, para a tal voltinha higiénica. Hoje decidi ficar um bocado, para ver até que ponto vai a imaginação dos arautos da vida de cada um, qaqueles que 'disto fazem isto'.
Uma vez que os sindicalistas se estão a mexer a pretexto do que dizem ser a crise de um conhecido grupo de grandes superfícies comerciais, desfilaram na conversa de hoje várias daquelas notícias que podem ser muita verdade, mas que me deixam de pé atrás. Eis o que ouvi:
- Há uma rede de supermercados... já sabem daquele supermercado na Cruz de Carvalho que vai fechar e mandar os trabalhadores para o desemprego?
- É o mesmo que deve 2 milhões àquela cervejeira?
- Qual cervejeira? Aquela que os homens do Pires de Lima querem comprar através da Compal, mas só quando estiver livre de trabalhadores?
- Só sei que é aquela que, afinal, parece não pertencer ao grande hoteleiro, mas ao assume o papel de administrador, o que tem cafés e bares por todo o lado, até no Dolce Vita, mesmo que não seja em seu nome.
- O mesmo que verdadeiramente manda na Porto Santo Line?
- Homem, é o administrador maior daquela que já mandou um administrador mais pequeno para os hotéis do grande hoteleiro, para a carga da cervejeira ser menor.
- É essa cervejeira que tem a receber 2 milhões do tal grupo de supermercados?
- Claro, do grupo que comprou aquele hotelzinho junto da Catedral, por 1 milhão de contos antigos, e abriu um minimercado por baixo.
- Ah, e recusou comprar o prédio onde se instalava o Banco Comercial Português.
- Isso, o que gastou muito mais do que previra com o hiper de Machico e com o do Estreito de Câmara de Lobos... e ainda por cima o negócio não pegou nem junto dos machiquenses nem junto dos estreitenses.
- Mas podia ter vendido alguns negócios àquela enorme rede continental...
- Mas a rede continental queria o tudo ou nada... e então não houve negócio.
- Mais ou menos como o negócio frustrado com El Corte Ingles...
- Não, neste caso foi a Câmara que entendeu dizer que o prédio do Bazar para vender é classificado, logo não passível de obras.
- O caso é que se fala em despedimentos em série...
- Pode ser que se dê uma recuperação inesperada. Seria uma 'bofetada sem mão' ao poder que abandonou os empresários madeirenses...
- ...E à própria concorrência, que provocou várias ondas de boatos negativos até conseguir o que queria: mandar a tal grande rede abaixo.
- Mas, ainda por cima, o problema dos patrocinadores do carro para o...
- Ahn? Isso tem a ver com o berbicacho da herança que os...
Levantei-me e desci quase em passo de corrida para a avenida, sem sequer ter pago o cafezinho. Fiquei meia hora no aterro que sua excelência o 'rei das Angústias' mandou pôr ali sem saber quão importante seria para as nossas catarses.
A má-língua é tramada.
PS - 1. Eles não falaram nos casos do velho edifício da Insular de Moinhos, que o tal grupo não quis vender há mais tempo e agora não o consegue despachar por metade do preço; nem se referiram ao empreendimento no Ribeiro Seco também com dificuldades de venda de blocos residenciais; nem da experiência hoteleira falhada e ainda pendente nos Açores.
2. Numa conversa suplementar, ouvimos um entendido do sistema regional garantir que se o chefe máximo do grupo em questão não se tivesse posicionado contra o 'clube único' cá na Madeira, certamente sentiria uma confortante mão amiga governamental nas costas, na fase difícil de hoje.
1 comentário:
e a compra da CAYRES ?tanto quis comprar que acabou sem ela nossa senhora que ganançia
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