O QUE VAI NA PRAÇA

TUDO A 'CAVAR'

Conforme as notícias, o Telexfree deu o berro. Estoirou. Jaz na falência. Os ideólogos e oportunistas da marosca já começaram a 'cavar'. Se alguém se safou, foram os intermediários, porque os papalvos que investiram as parcas economias e deram o cabedal a clicar só ficam a perder.

Quem é que tinha razão ao comparar a nossa agricultura àquele desastre?

PS - É bem feito para os más-línguas que troçam daqueles que vêem as coisas sempre à frente.

Está tudo 'grosso'?

Cansam as sucessivas rondas de conversações e debates sobre a questão da poncha engarrafada - se deve levar rótulo azul-amarelo, se a percentagem de álcool etílico deve mesmo ser duplicada, se a mistura com o dentinho de amendoim, como na Serra de Água, pode tornar-se explosiva, e quais as artimanhas para iludir o balão que a PSP gosta de atravessar no caminho à sexta e ao sábado a noite.

Sr. secretário Manel António, despache-se com isso, porque temos em bicha o pêro da Ponta do Pargo, a banana da Madalena e as anonas do Faial.

A sério, com menos paleio já se tinha bebido qualquer coisa.

Mais uma vez, quem é que tinha razão ao dizer que 'está tudo grosso'?

Recado (1) para o Porto Santo

É para transmitir ao sr. Chefe (aliás Meio-Chefe, como se provou mais uma vez agora, na eleição da Anafre) - é para lhe transmitir que esteja descansado com a casa da Pena: o agente da PSP está lá de olho a ferir. 

Faz-nos confusão, porém: o sr. tem direito a segurança pessoal, e os rambos estão aí no Porto Santo de faca nos dentes, não vá um maçon qualquer investir contra o sua excelência. Agora: segurança para a casa pessoal é que não estamos a ver bem. A lei diz isso?

Que tal também um agente a vigiar o popó que fica para ali com um pneu em cima do passeio, abandonado? 

O que queremos dizer com esta arenga é isto: para evitar comentários, e se, por artes do diabo, andar ainda nas lides públicas para o ano que vem, dispense essas mordomias duvidosas. Não digo para comprar um cachorro e deixar o bicho abandonado a vigiar a casa enquanto vossa excelência molha as varizes na água esmeralda e toma o seu copo no Henrique. Embora saísse mais barato ao erário, em vez de um sentinela 24 sobre 24, a PSP mandar um elemento à casa da Pedro José de Ornelas uma vez por dia dar de comer ao bicho. 

Isso não prestava.

Mas há uns alarmes em conta.

Não propomos que meta um alarme por vencimento, que são dois, mas ponha lá um só aparelho e já não fica a dever favores a ninguém.

Ou faça como os madeirenses que lhe proporcionam bons ordenados, casa de férias e viagens em série, isto é, aqueles que ainda conseguem fazer férias: é deixar a casa à papo-seco enquanto estão fora e seja o que Deus quiser, porque a vida está cara. Pelo menos, não estão a desconfiar dos conterrâneos, chamando-os assaltantes de residências vazias.

Recado (2) para o Porto Santo

Se faltar assunto para mostrar trabalho esta tarde, o sua excelência que dê um salto ao Campo de Golfe do Porto Santo e vá ao serviço de bar-restaurante tomar um café. Trate - é um favor que nos faz - de perceber como estão a portar-se os empregados do referido restaurante. São funcionários nossos, isto é, pagos pelo governo, pelo povo. A concessão quase implica pagamento ao concessionário e ainda por cima somos nós a pagar os empregados. Nós, povo, que nem sabemos quantos buracos há no green.

Ao menos, que estejam a produzir um bom serviço.

20 de Fevereiro: 1 frigorífico e 1 fogão

Há um cavalheiro autarca, ligado a uma associação de desenvolvimento ali para os lados de Santo António, que - dizem-nos - trabalhou activamente para garantir a cidadãos lá da zona compensação monetária para os prejuízos nas respectivas casas quando do 20 de Fevereiro.

Prejudicados e não prejudicados, pelos vistos.

Uma moradora na Ribeira Grande contou que foi contactada pelo cavalheiro em apreço, sem mais nem menos, para assinar um papel destinado a recolher auxílio na Câmara do Funchal à conta da intempérie. Assim fez a senhora. Só que, no dia de receber o cheque, a senhora foi lá com o cavalheiro e regressou a casa de mãos a abanar. Não ficou com o dito cheque - salvo erro de mil euros.

Familiares da senhora acharam estranho. Se era uma oferta, onde está ela? E a reclamação foi feita junto do autarca. O qual tratou logo de arrefecer a questão, comprando um frigorífico e um fogão na casa Vasconcelos e Abreu para 'regularizar' a situação. 

Não se fala mais nisso.

Presidente amigo...

Dizem-nos que também aconteceu lá para cima para Santo António. A moradora num dos apartamentos do governo nas Romeiras sentiu necessidade de blindar, digamos assim, a varanda lá de casa, com receio dos assaltos. Pediu ajuda à junta de freguesia. Isto em mandato passado. A junta lamentou, mas não, não podia. Porém... Na mesmíssima junta surgiu a ideia: havia forma de arranjar quem executasse o trabalho, por preço baixo, se a senhora assumisse o encargo.

Que remédio!

A senhora mandou avançar a obra e, segundo ouviu dizer, os materiais foram adquiridos na firma do sr. presidente, empresa de alumínios então em maus lençóis.

Mais surpreendida ficou quando lhe apareceu o presidente, em carne e osso, para montar ele próprio a varanda de alumínio, ou coisa que o valha.

O problema é que o tal 'preço baixo' levou os cerca de 1500 euros de poupança da filha da senhora que pediu a obra.

Senhora que se conformou com a 'ajuda' e não reclama nada, a não ser do processo, que não acha bonito.

Já que estamos com a mão na massa, vá lá ver como é que vai trabalhar a junta de freguesia neste mandato.

E, já agora, vá lá ver como funcionará a Anafre.

Como diz o outro, isto está tudo ligado.