VIDA MUNICIPAL

PARANÓIA DO FUNCHAL PROPAGA-SE

À CÂMARA DO PORTO SANTO

Presidente Menezes acusado de atribuir mais competências à chefe de gabinete, sua irmã, do que aos vereadores, que são eleitos

As confusões no Porto Santo começaram também com poucos dias do actual mandato na Câmara, mas parece que agora o temporal que se abateu no Funchal se propaga para leste, até à pequena ilha.

O que circula pelos cafés, e não é mero mexerico, tem a ver com o Regulamento da Organização dos Serviços Municipais da Câmara do Porto Santo, regulamento que o presidente Filipe Menezes mandou publicar no Diário da República - e saiu na II Série n.º 94 de 16 de Maio 2014. Mandou publicar, porém sem autorização prévia da Assembleia Municipal - este é o problema. Ou parte do problema. É que Menezes mandou o Regulamento para Diário da República também sem o artigo 13.º, por falta de acordo dos deputados municipais. 

O presidente explica que esse artigo segue depois de novo tratamento em assembleia. Mas os deputados municipais entendem que deveria seguir tudo junto, para publicação integral do Regulamento.

Esse artigo 13.º trata do gabinete de apoio à presidência. Outra parte do problema. Na distribuição de pelouros e competências, são mais importantes os distribuídas à chefe de Gabinete de Menezes do que as que cabem aos vereadores. Ou seja, mais força a um quadro nomeado, irmã do presidente, do que aos eleitos.

Isso além das suspeitas de que foram açambarcadas para a Câmara competências do governo regional - o que rebentará, mais dia menos dia.

Bolas! Diziam-nos há poucos dias que se a Câmara do Funchal caísse, a do Porto Santo também trambolhava. Não percebemos a relação, mas olhem que...