MADEIRA NOVA

REI DA TABANCA NÃO DESISTE DE TRATAR 

MADEIRENSES COMO TONTOS

Jardim explica ter sido por imposição de Albuquerque o seu papel de mandatário de Passos Coelho, em quem mandou votar, e jura que só conhece o senhor pelas fotografias dos jornais. 

Jardim caiu em desgraça. Na campanha eleitoral autárquica de 2013 comparecia nos adros discreto e cheio de seguranças. Conclusão do sua excelência: a derrota foi por culpa do PPD... nacional. 

Uma pessoa não sabe o que pensar ao telever o homem naqueles devaneios. Ele sempre tratou os eleitores como palermas, imbecis, parvos, estúpidos, idiotas - uns atrasados mentais que lhe davam o voto de olhos fechados bastava ele dizer que os seus adversários eram todos inimigos da Madeira e comunistas.

Foi estratégia psicológica desde a primeira hora. Que deu certo, reconheça-se. Mas o conhecido Rei da Tabanca não aceita que entretanto as coisas mudaram e que tudo tem o seu fim.

De modo que uma pessoa não sabe como interpretar aquele discurso da figura sinistra, agora mesmo depois da reunião da fossilizada comissão política dos Netos. Ele ou capotou à conta da senilidade e julga que o jardineirismo continua de pé ou mete-se na cabeça que as pessoas ainda obedecem ao dono do redil, o que não deixa de ser outro capotanço do juízo.

Apanhámos o sua excelência na televisão, com o ar mais sério do mundo, a lamentar-se: por mais que se avisasse durante tanto tempo, os eleitores da Madeira não conseguiram distinguir entre o PSD nacional e o PSD regional, por isso derrotando a social democracia em 7 câmaras da Madeira.

Ou seja, o homem quer fazer crer que os eleitores que votaram na oposição para o castigar a ele, por cansaço da ditadura e por causa do buraco financeiro escondido, não votaram contra ele, mas sim contra Passos Coelho. Quando toda a gente sabe que os madeirenses votaram nas autárquicas contra o sua excelência das Angústias, embora também estejam doidos por ver Passos Coelho e Portas pelas costas.

O homem, perturbado, quer impingir a ideia de que não perdeu as eleições na Madeira, que quem perdeu as eleições na Madeira foi o PSD nacional. 
Ora, um pensar desses deve preocupar os médicos da especialidade. 

Daqui a dias, se for confrontado com a farpa, jurará que só foi mandatário de Passos Coelho, em quem depois mandou votar, porque o Miguel Albuquerque (que ele diz amigo de Passos Coelho) lhe apontou uma G3 à careca.

Se repararem, o Rei da Tabanca lançou muito subtilmente essa baboseira de os madeirenses terem votado contra Passos e não contra ele. Paulatinamente, a mentira foi-se tornando 'verdade' e ele agora tem à-vontade para expectorar tal enormidade seja lá diante de quem for.

Mas não seja por isso. Sabe-se que há diversos estados mentais que não devem ser contrariados. 

Em São Vicente, o povo revoltou-se contra a candidatura de Romeira, resultante da teimosia do rei tribal, e logicamente votou contra Passos Coelho. 

No Funchal, o eleitorado não atinou com o comportamento de Bruno Pereira no processo eleitoral interno laranja, por determinante influência do patrão, e vai daí pregou uma derrota em Passos Coelho, para o rapaz aprender. 

Em Santa Cruz, o povo fartou-se das intermináveis barracadas municipais que, sustentadas pelo Rei da Tabanca, vinham dos anos 70, e então, ala, toca a votar contra o PSD de Castelo Branco. 

Em Santana, grande chefe insistiu ditatorialmente na recandidatura de Moisés. Que fizeram os nortenhos? Voto anti-Passos Coelho, pois claro!

Idem no resto das câmaras perdidas na Região... pelo incompetente do Passos Coelho.

Bom, saiu-lhe. O delírio expediu pela boca fora. Ele podia ter-se lembrado de assacar culpas ao Semeador.

E pronto, foi por causa da confusão com o PSD nacional que os feiticeiros da tribo PPD local apanharam aquela solene abada em Setembro de 2013. 

O problema para o soba e seus jagunços desclassificados é que, caso a oposição consiga arribar do desnorte presente, os madeirenses continuarão, nas eleições que forem aparecendo na Madeira, a castigar... o PSD nacional.