O comentário que está aqui acima é um de muitos em que o mesmo cavalheiro ou a mesma dama envia revelando estupefacção perante o 'escândalo' que é o Fénix divulgar notícias escolares, mais do Liceu porque é dali que as informações chegam amiúde. Como há sempre comentário nestes casos, aposto que da mesmíssima origem, e uns a perguntar por que não os publico, vamos lá então explicar a este Leitor, que pelos vistos não gostou do seu tempo das 'viagens de canalha', que cá na casa não há importâncias dependentes de condições sociais, religiosas, políticas, clubistas, económicas e nem sequer etárias. Por acaso, no meu tempo de finalista do Liceu, o nosso grupo partiu-se em dois numa polémica de posições irredutíveis, porque uns queriam ir a Itália (inspirados no pestezinho do Luigi Valle) e outros preferiam o Continente português, como foi o meu caso, o do Ornelas, Orlando e demais companheiros e companheiras. Debates de criar bicho no ginásio e na Estação Rádio Madeira, moderados pelo Juvenal Xavier, também ele finalista. Que, de resto, não moderava, incendiava, de tal modo que fomos chamados ao reitor Cymbron por causa de um programa acalorado na rádio. E isto 4 anos antes do 25 de Abril. A radicalização foi tal que levou casais de namorados a se dividirem, um para o Continente, outra para Canárias (Canárias acabou por substituir a Itália). Éramos uma 'canalha' fixe e a reunificação dos finalistas aconteceu no regresso, depois da Páscoa. Este testamento serve para dizer ao Senhor ou à Senhora escandalizada que pergunta 'quo vadis, Fénix?': pois o Fénix vai pelo caminho de continuar a dar toda a informação que nos chegar aqui, e com todo o gosto no caso dos descendentes da 'canalha' do meu tempo.
Caro Calisto, até lhe digo que nem devia ligar ao anónimo do primeiro comentário. Se calhar é daqueles que derrama fel pelo Facebook a dizer que vive num sítio sem democracia, e depois menoriza a atividade democrática no Liceu, apenas porque se trata de "canalha" que nem deveria abrir a boca, quanto mais ter relevância no mundo dos adultos. Mas depois se calhar queixa-se de que os madeirenses são carneiros e não têm participação cívica. Enfim, apenas aproveito para o congratular pela divulgação, pois estas ações são essenciais para o desenvolvimento da cidadania nos jovens. Tomara a todos nós que não se perdessem no caminho, talvez desiludidos com o mundo "adulto" de desgovernos e desoposições e se mantivessem reivindicativos e ativos socialmente e politicamente. Afinal, alguém lembra-se de alguma eleição com taxas de participação de quase 75%? E eles é que são "canalha"?
Eu percebo a frustração de muitos leitores incluindo eu, por favor senhor Calisto não leve a mal pedirmos sempre mais e mais e mais. A triste verdade é que muita mas mesmo muita coisa podre está a acontecer nesta terra, e os meios de comunicação estão comprados. Branco mais branco não há.
Muito bem, caro comentador. Já agora: tenho muito orgulho nesta moderna 'canalhinha' irreverente (do Liceu e das outras escolas) que não abdica de intervir, decidir os seus assuntos e estimular a cidadania, depois de duas gerações que se deixaram adormecer num 'coma' calculista, tristemente deserto de princípios e causas.
6 comentários:
Quo vadis, Fénix, com estas "notícias" sobre viagens de canalha?
Explicando aos Leitores
O comentário que está aqui acima é um de muitos em que o mesmo cavalheiro ou a mesma dama envia revelando estupefacção perante o 'escândalo' que é o Fénix divulgar notícias escolares, mais do Liceu porque é dali que as informações chegam amiúde.
Como há sempre comentário nestes casos, aposto que da mesmíssima origem, e uns a perguntar por que não os publico, vamos lá então explicar a este Leitor, que pelos vistos não gostou do seu tempo das 'viagens de canalha', que cá na casa não há importâncias dependentes de condições sociais, religiosas, políticas, clubistas, económicas e nem sequer etárias.
Por acaso, no meu tempo de finalista do Liceu, o nosso grupo partiu-se em dois numa polémica de posições irredutíveis, porque uns queriam ir a Itália (inspirados no pestezinho do Luigi Valle) e outros preferiam o Continente português, como foi o meu caso, o do Ornelas, Orlando e demais companheiros e companheiras. Debates de criar bicho no ginásio e na Estação Rádio Madeira, moderados pelo Juvenal Xavier, também ele finalista. Que, de resto, não moderava, incendiava, de tal modo que fomos chamados ao reitor Cymbron por causa de um programa acalorado na rádio. E isto 4 anos antes do 25 de Abril. A radicalização foi tal que levou casais de namorados a se dividirem, um para o Continente, outra para Canárias (Canárias acabou por substituir a Itália).
Éramos uma 'canalha' fixe e a reunificação dos finalistas aconteceu no regresso, depois da Páscoa.
Este testamento serve para dizer ao Senhor ou à Senhora escandalizada que pergunta 'quo vadis, Fénix?': pois o Fénix vai pelo caminho de continuar a dar toda a informação que nos chegar aqui, e com todo o gosto no caso dos descendentes da 'canalha' do meu tempo.
Fénix estes miúdos estão ligados a que famílias politicas ?
é que nestas coisas a sempre partidos envolvidos
Caro Calisto, até lhe digo que nem devia ligar ao anónimo do primeiro comentário. Se calhar é daqueles que derrama fel pelo Facebook a dizer que vive num sítio sem democracia, e depois menoriza a atividade democrática no Liceu, apenas porque se trata de "canalha" que nem deveria abrir a boca, quanto mais ter relevância no mundo dos adultos. Mas depois se calhar queixa-se de que os madeirenses são carneiros e não têm participação cívica. Enfim, apenas aproveito para o congratular pela divulgação, pois estas ações são essenciais para o desenvolvimento da cidadania nos jovens. Tomara a todos nós que não se perdessem no caminho, talvez desiludidos com o mundo "adulto" de desgovernos e desoposições e se mantivessem reivindicativos e ativos socialmente e politicamente. Afinal, alguém lembra-se de alguma eleição com taxas de participação de quase 75%? E eles é que são "canalha"?
Eu percebo a frustração de muitos leitores incluindo eu, por favor senhor Calisto não leve a mal pedirmos sempre mais e mais e mais. A triste verdade é que muita mas mesmo muita coisa podre está a acontecer nesta terra, e os meios de comunicação estão comprados.
Branco mais branco não há.
Muito bem, caro comentador.
Já agora: tenho muito orgulho nesta moderna 'canalhinha' irreverente (do Liceu e das outras escolas) que não abdica de intervir, decidir os seus assuntos e estimular a cidadania, depois de duas gerações que se deixaram adormecer num 'coma' calculista, tristemente deserto de princípios e causas.
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