Pena não haver mais sociais democratas como este senhor, sem papas na língua e com ideias bem definidas. Uma autêntica lufada de ar fresco no meio dos "yes boys do blue establishment", que concordam acefalamente com tudo aquilo que lhes mandam concordar.
Penso que este militante está ideologicamente baralhado. Social-democracia não é privatizar tudo, pelo contrário. Isso é o liberalismo. Sei que o PSD de social democrata nada tem, ou tem muito pouco. O nome, e alguns (poucos) militantes. Na social democracia de Olaf Palm ou Willy Brandt, o estado provém ao interesse dos cidadãos, nomeadamente em sectores como os transportes públicos, a saúde, a educação, etc. O problema é a gestão. Ninguém mais do que eu estará de acordo sobre a dimensão de algumas empresas públicas, e sobre a forma como são administradas. Autênticos elefantes brancos, muitos deles com funcionários a mais. Mas não se confunda liberalismo com social-democracia. Querer insinuar que Passos Coelho é um social democrata...é um bocadinho a mais. A questão ideologica existe. Um país pobre como o nosso, super endividado e que vive do crédito alheio não pode ter veleidades nem luxos ideológicos. Faz o que os credores impõem. Daí o orçamento geringonça com mais impostos, que até o PCP eo BE tiveram de engolir.
O PSD possui internamente diferente facções, uma das quais os liberais, pelo que o militante que produziu o texto não está baralhado.
Relativamente ao Horários do Funchal (HF) partilho da mesma opinião do militante que produziu o texto. Porém a privatização dos HF é complicada, nomeadamente no que diz respeito à sua plena viabilidade económica, no que à privatização diz respeito.
Ao ser privatizado os HF perderiam todas, ou quase todas, as carreiras das zona altas, devido ao custo das mesmas. Adicionalmente, grande parte da frota seria remodelada com autocarros destinados a servir zonas planas (leia-se Funchal).
Se é verdade que o modelo de gestão dos HF tem que ser revisto, é também verdade que uma total privatização pode revelar-se o fim do transporte público rodoviário como o conhecemos nos moldes atuais.
Custa-me afirmar, mas juglo que será necessário um estudo independente para analisar qual a melhor forma/modelo de gestão dos HF que tenha em conta as especificidades orográficas das carreiras existentes de forma a manter um serviço de transporte que realmente sirvas as necessidades da população e ao mesmo tempo não seja um encargo para os contribuintes.
Ao autor do texto, Ricardo Freitas e outros que debitem sobre as privatizações.
Meu caríssimo Ricardo, você pecou pela ingenuidade sem qualquer sombra de dúvida, mas mais grave e infelizmente, você foi ingénuo e foi enganado por todas as "pontas do seu Ser" pelo candidato que você apoiou cegamente. Pelo que nos chegou aos ouvidos não foi o único…! Posso tentar acreditar que o tenha apoiado por valores mais altos que o seu umbigo, mas não tenho dúvidas que o fez, também, pelo seu umbigo. É legítimo que as pessoas tenham aspirações, umas mais humildes que outras, mas não vamos em cantigas desnecessárias. Isto só para lapidar o diamante em bruto que você tenta criar na sua pessoa…! Acredito que você no seu âmago desejava fazer a diferença, mas o mais certo era acomodar-se ou interiorizar a rotina habitual num gabinete de Secretaria. No seu caso como se tratava da Secretaria dos Assuntos Parlamentares, que mais parece uma salganhada de estradas e coisa nenhuma, você já estaria num canto ou então igual aos que por lá andam, Secretário incluído, ou seja, a fazer coisa nenhuma ou a engendrar planos para sair qual D. Sebastião do fumo dos incêndios, nem que seja a pegar em saquinhos no RG3 para a fotografia (como se viu).
Quanto ao assunto do texto e sem mais delongas, deixe-me dizer-lhe o que eu acho e defendo. A privatização pode ser uma forma de se reduzir a despesa do Estado ou de qualquer (Des)Governo e deve ser operacionalizada se estiverem reunidas as condições para tal, colocando tal desiderato ao dispor do tecido privado, ponto final! De entre todas as condições e sem entrar em profundidade nas questões económico-financeiras, que poderia fazê-lo mas sem necessidade, para mim a que deve ser zelada por qualquer dirigente político é: o bem-estar e elevado interesse da população visada! Caso contrário estamos a falar de crime de lesa pátria! Entendeu?! O resto, perdoe-me, e pegando no seu escrito é treta para encher alheiras! Ora, pela história que temos nesta Terra, nem pintada de ouro qualquer privatização ocorreria… Este é um facto inabalável! Sabe porquê?! Porque são mais de quatro décadas a gerar passivo sobre passivo e dívida sobre dívida e nenhum privado que se preze e que seja sério pega num poço sem fundo… A não ser que ao pegar a dívida fique sempre do lado da despesa e dívida pública. O caso mais simplório de tudo isto é o JM… A dívida astronómica que aquele pasquim gerou tem tornado impossível a sua privatização, tanto que ficou mais barato dar ao DN (agora fui mauzinho…). Esta é que é a Verdade!
Por outro lado, o exemplo que você do Passos Coelho foi em meu entender o pior que poderia dar… O homem agora até troca as voltas, veja-se a questão do OE de 2017, ele que fez pior…! Portanto vir agora dizer que o Presidente do Governo Regional, também mudou de ideias é igual ao litro.
Para finalizar, a minha recomendação para si é que se deixe de lamentar pelo que queria e não aconteceu, ou pelo que podia ter sido e não foi e comece a encarar a sua intervenção de forma mais útil para as pessoas e opine fora da sua esfera vital, é porque “esta governação assexuada” vai-nos tramar a todos e vai ser que os 40 anos anteriores… Não duvidem disto, é como dizia o outro: “É fazer as contas!” e até ele se engasgou agora imaginem estes “caramelos” por aqui…!
PS: sobre as facções internas do PSD deixem-me dizer-vos que é mais elevada tirania com o Povo desta Ilha não haver um candidato que se prouncie até ao Congresso que segundo sei será em dezembro... Isso será fazer o mesmo que o D. Sebastião que referi em cima... Portanrto será vê-los aos abraços e beijos à boa moda...!
Um partido social democrata não tem facções liberais como não as tem comunistas. A acontecer, é a perversão completa da ideologia. Isto é ciência politica. A questão é que os partidos do poder estão infestados de militantes sem qualquer matriz ideológica, que anseiam apenas pela(s) vantagem(s). Tanto podem militar no CDS, como no PSD ou no PS. Quanto à privatização da HF, a acontecer, a empresa continuará a usufruir do orçamento público pela via das indemnizações compensatórias, como acontece com a SAM, Rodoeste ou Caniço. Privatizada, o resultado seria simples: coração cortes nos recursos humanos e tecnico, com a consequente diminuição nas carreiras. É o que aconteceu com a Carris e com o Metro. Simples, e com uma degradação evidente no serviço prestado. Veja-se também o exmplo dos CTT.
O conceito de transporte público pressupõe serviço público. Ora, muitas vezes isto não se coaduna com o interesse de um privado. E quem é que pode questionar um privado pelo facto de querer ter lucro? É esse o objetivo do empreendedorismo privado. Ninguém gosta de trabalhar para aquecer. Assim sendo, só existem duas categorias(os pormenores podem variar entre as possibilidades dentro de cada uma)de termos serviço público nos transportes públicos. Ou são assegurados pelo Estado (ou governos regionais ou locais) ou são assegurados pelos privados através de indemnizações compensatórias. Nenhum destes modelos me choca, por isso a opção deverá ser sempre tomada por aquilo que cada governo achar melhor!
E desculpe que lhe diga, mas nota-se, neste e noutros textos seus, que você ficou ressabiado com o seu ex-patrão das estradas. Não me venha dizer que foi para o PSD por amor à ideologia. Foi por amor a si próprio. Se assim não fosse não teria começado a escrever sobre a merda que vê, apenas depois de ter sido posto a andar. Se tivesse tido o tacho que ambicionava, garanto que ninguém saberia quem você era e estaria no bem bom do quentinho de um Gabinete qualquer.
Sendo impossível responder a todos, registo a centralização da discussão nos Horários do Funchal, a fuga a falar da EEM e das concessões danosas.
Sobre os HF, se calhar sei melhor do falo porque estagiei lá. É completamente enviesado (arriscaria até encomendado) os argumentos apresentados, mas completamente dentro do esperado dado o tipo de defesa acéfala que predomina nesta Região. Os Horários podem e devem ser privatizados, tal como o Metro, a Carris e a STCP. Os HF são um ninho de influência do GR e um bom lugar para meter boys (tal como a EEM) e é por isso que não é privatizado. Esta de ter um discurso quando se fala de Portugal Continental e do Governo do PS e outro quando toca à RAM diz muito de quem o pratica.
Sobre a Social Democracia e liberalismo, uma discussão patética. A acreditar nestas parvoíces ainda me convencia que o Guterres é um liberal... Tontices.
Sobre ter apoiado o Sérgio e não estar lá, só uma coisa: nem que me paguem em ouro voltava a meter lá os pés!
Depois de ler este texto, não sei se o escriba realmente é (foi) ingénuo ou se julga os outros tontos para acreditarem nessa ingenuidade... Fica a dúvida...?!?!
Ok, quando se ataca a pessoa e não o pensamento, dá-me para meter ainda mais o dedo na ferida.
Como é que são definidas as carreiras e paragens da HF? Será que há critérios técnicos para essa definição ou são definidas no calor das festanças eleitorais? Respondo, a segunda! Chegou ao ponto do Sr. Presidente do anterior governo telefonar para o então Presidente da HF e meter uma cidadã das zonas altas a dizer onde queria a paragem!
Acham coincidência esta notícia vir às vésperas da campanha eleitoral para as autárquicas? Já pensaram como esta prática contribuiu decisivamente para o desordenamento das zonas altas, com custos em vidas humanas no 20 de Fevereiro? É que é a estradinha, depois vem a paragem e logo se enche zonas de risco com habitações.. Tudo à conta da fome eleitoral!
Porque temos uma rede centralizada (Av. do Mar) quando esse conceito já foi abandonado tecnicamente à mais de duas décadas? Resposta: Porque as velhinhas iam ficar baralhadas (consequências eleitorais claro).. Isto induz uma enorme ineficiência no sistema, com graves custos económicos!
Quando lá passei, em 2008, a HF tinha uma frota um pouco menor do que a Carris, servindo a HF uma população potencial de 120 000 clientes e a Carris uma população potencial de 3 Milhões. Isto sem contar com a rede muito menor da HF em relação à rede da Carris.
Isto sem ir à estrutura laboral com um número excessivo de mecânicos (alguns a receber ordenados bem chorudos), condutores e afins.
Antes que venham alvitrar que entrei lá por cunha, entrei lá porque o meu trabalho de final de curso, orientado pelo actual Presidente da Transportes de Lisboa, Eng. Tiago Farias (que muitos estudos fez para os HF na área da mobilidade sustentável), foi exactamente sobre uma Linha azul que substituísse os transferes da zona nobre turística. Conceito que depois foi completamente subvertido para a já extinta rede do Gulliver (mini-autocarro eléctrico).Foi esse trabalho que justificou o meu estágio profissional seguido do muito obrigado e vai à tua vida...
Tudo isto se paga, ou pelo orçamento ou pelo preço dos bilhetes!
Para terminar, sei que é normal pensarem que só entrei no PSD à procura de tacho (se me conhecessem pessoalmente saberiam o quão falso é essa afirmação) porque a grande maioria das pessoas que se filiam vão à procura disso (em qualquer partido). É um raciocínio análogo a dizer que todos os políticos são corruptos... Vale o que vale...
Digo-vos só que ainda este ano me foi oferecido um concurso público "à medida" para entrar na Função Pública ao que recusei! Quantos de vocês, que não têm pejo em colocar a honra de pessoas que não conhecem, fariam isso?
Sim, não quero ser funcionário público, quero apenas que esta terra funcione e tenha uma economia pujante, assim encontrarei o meu caminho.
A vários comentários anteriores: não vou à Wikipedia procurar manuais de ciência política. Modestamente, sou um bocadinho mais evoluído do que isso. Quanto à "patética" discussão sobre social democracia e liberalismo, parece-me na minha humilde opinião, que de patética nada tem. É uma questão ideológica. É querermos saber que tipo de serviços publicos devemos ter. Eu, aceito e respeito todas as opiniões. E, por exemplo, custa-me perceber porque se privatizou empresas lucrativas como a EDP ou os CTT. Terá sido uma escolha ideológica, ou por outro lado foi apenas para fazer face à "aflição" e à busca de receita no imediato? Mas, voltando à discussão ideológica, é preciso saber a fundo o que é social democracia. Vejo muitos "sociais democratas" deste país intitularem-se como tal, falarem de social democracia sem fazerem a mínima ideia do que seja.
Ao anónimo das 17:53 que se julga mais conhecedor que a maioria que elegeu os orgãos nacionais e os que definem a sua linha política:
- Todas as concessões ou PPP's são passíveis de gerar lucro, se não o fossem nenhum privado estaria interessado.
- Pelas suas palavras, depreendo que você defende que todas as concessões ou PPP's deveriam reverter para o Estado/Região.
Eu que pouco conheço, pergunto?
- Você é comunista ou um grande baralhado em bicos de pés?
É que eu respeito todas as ideologias menos aqueles que dizem-se detentores de ideologias porque leram meia dúzia de textos já muito ultrapassados pelo estado da Política actual.
E diga-me, qual o critério para as concessões da estiva dos portos, do CINM, linha marítima para o Porto Santo, Via Litoral que não possa ser extensível aos Horários do Funchal e à Empresa de Electricidade da Madeira?
Mas você sequer pensa no que diz ou escreve, ou isso vai directamente da cábulas que vai tirando dos textos?
Você, comentador anterior, é um pouco baralhado, e tem dificuldades de interpretação. Estou-me borrifando para maiorias que "elegem orgãos navionais ou que definem a linha política". Apenas disse que, na ideologia e na praxis, existem diferenças entre social democracia e liberalismo. Quanto a PPP's estamos conversados. São o maior barrete que os estados enfiaram nos últimos anos, impostas pelos lobis financeiros e facilitadas pela corrupção. A tal ponto que até um governo conservador (liberal) do Reino Unido as proibiu legislativamente. Ao sector privado o que deve ser privado, ao sector público o que deve ser serviço publico. Veja-se o caso dos CTT. Empresa que era lucrativa. Foi privatizada, os lucro passaram de mãos e o serviço deteriorou-se a olhos vistos. Mas sempre haverá quem prefira depender dos chineses (EDP) ! Eu, prefiro serviços públicos tutelados pelo estado, com exigência de que sejam bem geridos. Esta é uma escolha social democrata. Se sou mais conhecedor ou não, as palabras são suas.
Se você estivesse atento tinha reparado que os propósitos sociais democratas que utilizei neste texto, foram extensivamente anunciados pelo Dr. Sérgio Marques aquando da campanha interna. Utilizei-os por duas razões, porque me identifiquei fortemente com eles e porque contextualizava a linha de raciocínio que estava desenvolvendo no texto.
Sobre a sua posição sobre a EDP, você confunde alhos com bugalhos. O que foi vendido aos chineses foi uma participação de 21% que ainda era detida pelo Estado Português. A privatização da EDP foi feita em 1997 (com migração do controle de gestão para os privados) pelo António Guterres. Eu por acaso acompanho de perto a EDP e a sua visão sobre esta empresa é completamente enviesada. A EDP hoje é uma empresa de expressão mundial, com uma forte componente de exportação de serviços e know-how (líder mundial em alguns nichos de I&D). A EDP de hoje é imensamente superior à EDP pública que você defende.
Sobre a sua visão das dinâmicas políticas dos partidos, lamento informá-lo que desde Sá Carneiro que a linha que defende foi abandonada, coincidindo com um reposicionamento político após a entrada no PPE em oposição com a posicionamento político que adoptou o PS.
O Partido Comunista Chinês, é um caso paradigmática de uma construção política evolutiva. Este partido está já longe dos ditames de Mao e nunca se regeu pela cartilha original utilizada pelo PC de Staline. A seu ver, isto é perversão política, a meu ver isto é evolução política. Quer ir à China criticar aquilo que você considera divergência ideológica?
As ideias que defende, mantendo serviços produtivos no Estado, só é defendida actualmente pelos partidos da extrema esquerda e você pretende que o PSD as tome? Aliás, as transportadoras só não foram privatizadas pelos interesses sindicais do PCP, isso foi extensivamente apontado, inclusivamente por figuras socialistas.
Acredite, não é o PSD que está mal, você é que está no partido errado, deveria estar no BE ou PCP, é que nem o PS defende o que está a dizer. Até o Syrisa fugiu dessa linha para conseguir governar a Grécia.
Cumprimentos aí para a Av. Zarco caro Sancho (da próxima vez identifique-se, vá não tenha medo)
Quanto à EDP você apresenta vários erros factuais. Mas não vou por aí. Quanto à questão ideológica, você dá-me razão. O PSD não é social democrata, já não é. Há muito de facto abandonou a sua matriz. A entrada no PPE foi a consequência de sempre ver bloqueada a pretensão de entrar na Internacional Socialista, onde congregam os partidos sociais democratas. A sua escolha é, pelo que se deduz da sua opinião escrita, claramente liberal. Um direito que lhe assiste, que eu respeito. Ser liberal num partido que se diz social democrata é que está errado. Mas não é apenas você. O mesmo acontece com Passos Coelho, Albuquerque, etc. Também há quem já não acredite em ideologias, mas apenas na melhor gestão do capitalismo. Blair tentou com a terceira via. A sua alusão ao PC chinês parece colocá-lo naquele leque.
16 comentários:
Pena não haver mais sociais democratas como este senhor, sem papas na língua e com ideias bem definidas. Uma autêntica lufada de ar fresco no meio dos "yes boys do blue establishment", que concordam acefalamente com tudo aquilo que lhes mandam concordar.
Talvez este esteja a falara porque não lhe deram o lugar de boy prometido. Onde é ue ele trabalhou nos últimos tempos?
Penso que este militante está ideologicamente baralhado.
Social-democracia não é privatizar tudo, pelo contrário. Isso é o liberalismo.
Sei que o PSD de social democrata nada tem, ou tem muito pouco. O nome, e alguns (poucos) militantes.
Na social democracia de Olaf Palm ou Willy Brandt, o estado provém ao interesse dos cidadãos, nomeadamente em sectores como os transportes públicos, a saúde, a educação, etc.
O problema é a gestão.
Ninguém mais do que eu estará de acordo sobre a dimensão de algumas empresas públicas, e sobre a forma como são administradas. Autênticos elefantes brancos, muitos deles com funcionários a mais. Mas não se confunda liberalismo com social-democracia.
Querer insinuar que Passos Coelho é um social democrata...é um bocadinho a mais.
A questão ideologica existe.
Um país pobre como o nosso, super endividado e que vive do crédito alheio não pode ter veleidades nem luxos ideológicos. Faz o que os credores impõem.
Daí o orçamento geringonça com mais impostos, que até o PCP eo BE tiveram de engolir.
Ao anónimo das 09h06 (18 de Outubro):
O PSD possui internamente diferente facções, uma das quais os liberais, pelo que o militante que produziu o texto não está baralhado.
Relativamente ao Horários do Funchal (HF) partilho da mesma opinião do militante que produziu o texto. Porém a privatização dos HF é complicada, nomeadamente no que diz respeito à sua plena viabilidade económica, no que à privatização diz respeito.
Ao ser privatizado os HF perderiam todas, ou quase todas, as carreiras das zona altas, devido ao custo das mesmas. Adicionalmente, grande parte da frota seria remodelada com autocarros destinados a servir zonas planas (leia-se Funchal).
Se é verdade que o modelo de gestão dos HF tem que ser revisto, é também verdade que uma total privatização pode revelar-se o fim do transporte público rodoviário como o conhecemos nos moldes atuais.
Custa-me afirmar, mas juglo que será necessário um estudo independente para analisar qual a melhor forma/modelo de gestão dos HF que tenha em conta as especificidades orográficas das carreiras existentes de forma a manter um serviço de transporte que realmente sirvas as necessidades da população e ao mesmo tempo não seja um encargo para os contribuintes.
Ao autor do texto, Ricardo Freitas e outros que debitem sobre as privatizações.
Meu caríssimo Ricardo, você pecou pela ingenuidade sem qualquer sombra de dúvida, mas mais grave e infelizmente, você foi ingénuo e foi enganado por todas as "pontas do seu Ser" pelo candidato que você apoiou cegamente. Pelo que nos chegou aos ouvidos não foi o único…!
Posso tentar acreditar que o tenha apoiado por valores mais altos que o seu umbigo, mas não tenho dúvidas que o fez, também, pelo seu umbigo. É legítimo que as pessoas tenham aspirações, umas mais humildes que outras, mas não vamos em cantigas desnecessárias. Isto só para lapidar o diamante em bruto que você tenta criar na sua pessoa…!
Acredito que você no seu âmago desejava fazer a diferença, mas o mais certo era acomodar-se ou interiorizar a rotina habitual num gabinete de Secretaria. No seu caso como se tratava da Secretaria dos Assuntos Parlamentares, que mais parece uma salganhada de estradas e coisa nenhuma, você já estaria num canto ou então igual aos que por lá andam, Secretário incluído, ou seja, a fazer coisa nenhuma ou a engendrar planos para sair qual D. Sebastião do fumo dos incêndios, nem que seja a pegar em saquinhos no RG3 para a fotografia (como se viu).
Quanto ao assunto do texto e sem mais delongas, deixe-me dizer-lhe o que eu acho e defendo.
A privatização pode ser uma forma de se reduzir a despesa do Estado ou de qualquer (Des)Governo e deve ser operacionalizada se estiverem reunidas as condições para tal, colocando tal desiderato ao dispor do tecido privado, ponto final!
De entre todas as condições e sem entrar em profundidade nas questões económico-financeiras, que poderia fazê-lo mas sem necessidade, para mim a que deve ser zelada por qualquer dirigente político é: o bem-estar e elevado interesse da população visada! Caso contrário estamos a falar de crime de lesa pátria! Entendeu?! O resto, perdoe-me, e pegando no seu escrito é treta para encher alheiras!
Ora, pela história que temos nesta Terra, nem pintada de ouro qualquer privatização ocorreria… Este é um facto inabalável! Sabe porquê?! Porque são mais de quatro décadas a gerar passivo sobre passivo e dívida sobre dívida e nenhum privado que se preze e que seja sério pega num poço sem fundo… A não ser que ao pegar a dívida fique sempre do lado da despesa e dívida pública. O caso mais simplório de tudo isto é o JM… A dívida astronómica que aquele pasquim gerou tem tornado impossível a sua privatização, tanto que ficou mais barato dar ao DN (agora fui mauzinho…). Esta é que é a Verdade!
Por outro lado, o exemplo que você do Passos Coelho foi em meu entender o pior que poderia dar… O homem agora até troca as voltas, veja-se a questão do OE de 2017, ele que fez pior…! Portanto vir agora dizer que o Presidente do Governo Regional, também mudou de ideias é igual ao litro.
Para finalizar, a minha recomendação para si é que se deixe de lamentar pelo que queria e não aconteceu, ou pelo que podia ter sido e não foi e comece a encarar a sua intervenção de forma mais útil para as pessoas e opine fora da sua esfera vital, é porque “esta governação assexuada” vai-nos tramar a todos e vai ser que os 40 anos anteriores… Não duvidem disto, é como dizia o outro: “É fazer as contas!” e até ele se engasgou agora imaginem estes “caramelos” por aqui…!
PS: sobre as facções internas do PSD deixem-me dizer-vos que é mais elevada tirania com o Povo desta Ilha não haver um candidato que se prouncie até ao Congresso que segundo sei será em dezembro... Isso será fazer o mesmo que o D. Sebastião que referi em cima... Portanrto será vê-los aos abraços e beijos à boa moda...!
Um partido social democrata não tem facções liberais como não as tem comunistas.
A acontecer, é a perversão completa da ideologia. Isto é ciência politica.
A questão é que os partidos do poder estão infestados de militantes sem qualquer matriz ideológica, que anseiam apenas pela(s) vantagem(s).
Tanto podem militar no CDS, como no PSD ou no PS.
Quanto à privatização da HF, a acontecer, a empresa continuará a usufruir do orçamento público pela via das indemnizações compensatórias, como acontece com a SAM, Rodoeste ou Caniço.
Privatizada, o resultado seria simples: coração cortes nos recursos humanos e tecnico, com a consequente diminuição nas carreiras. É o que aconteceu com a Carris e com o Metro. Simples, e com uma degradação evidente no serviço prestado.
Veja-se também o exmplo dos CTT.
O conceito de transporte público pressupõe serviço público. Ora, muitas vezes isto não se coaduna com o interesse de um privado. E quem é que pode questionar um privado pelo facto de querer ter lucro? É esse o objetivo do empreendedorismo privado. Ninguém gosta de trabalhar para aquecer. Assim sendo, só existem duas categorias(os pormenores podem variar entre as possibilidades dentro de cada uma)de termos serviço público nos transportes públicos. Ou são assegurados pelo Estado (ou governos regionais ou locais) ou são assegurados pelos privados através de indemnizações compensatórias. Nenhum destes modelos me choca, por isso a opção deverá ser sempre tomada por aquilo que cada governo achar melhor!
E desculpe que lhe diga, mas nota-se, neste e noutros textos seus, que você ficou ressabiado com o seu ex-patrão das estradas. Não me venha dizer que foi para o PSD por amor à ideologia. Foi por amor a si próprio. Se assim não fosse não teria começado a escrever sobre a merda que vê, apenas depois de ter sido posto a andar. Se tivesse tido o tacho que ambicionava, garanto que ninguém saberia quem você era e estaria no bem bom do quentinho de um Gabinete qualquer.
Ao anónimo das 10h57 (18 de Outubro): https://en.wikipedia.org/wiki/Social_Democratic_Party_(Portugal)#Factions
Sendo impossível responder a todos, registo a centralização da discussão nos Horários do Funchal, a fuga a falar da EEM e das concessões danosas.
Sobre os HF, se calhar sei melhor do falo porque estagiei lá. É completamente enviesado (arriscaria até encomendado) os argumentos apresentados, mas completamente dentro do esperado dado o tipo de defesa acéfala que predomina nesta Região. Os Horários podem e devem ser privatizados, tal como o Metro, a Carris e a STCP. Os HF são um ninho de influência do GR e um bom lugar para meter boys (tal como a EEM) e é por isso que não é privatizado. Esta de ter um discurso quando se fala de Portugal Continental e do Governo do PS e outro quando toca à RAM diz muito de quem o pratica.
Sobre a Social Democracia e liberalismo, uma discussão patética. A acreditar nestas parvoíces ainda me convencia que o Guterres é um liberal... Tontices.
Sobre ter apoiado o Sérgio e não estar lá, só uma coisa: nem que me paguem em ouro voltava a meter lá os pés!
Obrigado a todos pelos comentários.
Depois de ler este texto, não sei se o escriba realmente é (foi) ingénuo ou se julga os outros tontos para acreditarem nessa ingenuidade... Fica a dúvida...?!?!
Ok, quando se ataca a pessoa e não o pensamento, dá-me para meter ainda mais o dedo na ferida.
Como é que são definidas as carreiras e paragens da HF? Será que há critérios técnicos para essa definição ou são definidas no calor das festanças eleitorais? Respondo, a segunda! Chegou ao ponto do Sr. Presidente do anterior governo telefonar para o então Presidente da HF e meter uma cidadã das zonas altas a dizer onde queria a paragem!
Acham coincidência esta notícia vir às vésperas da campanha eleitoral para as autárquicas? Já pensaram como esta prática contribuiu decisivamente para o desordenamento das zonas altas, com custos em vidas humanas no 20 de Fevereiro? É que é a estradinha, depois vem a paragem e logo se enche zonas de risco com habitações.. Tudo à conta da fome eleitoral!
Porque temos uma rede centralizada (Av. do Mar) quando esse conceito já foi abandonado tecnicamente à mais de duas décadas? Resposta: Porque as velhinhas iam ficar baralhadas (consequências eleitorais claro).. Isto induz uma enorme ineficiência no sistema, com graves custos económicos!
Quando lá passei, em 2008, a HF tinha uma frota um pouco menor do que a Carris, servindo a HF uma população potencial de 120 000 clientes e a Carris uma população potencial de 3 Milhões. Isto sem contar com a rede muito menor da HF em relação à rede da Carris.
Isto sem ir à estrutura laboral com um número excessivo de mecânicos (alguns a receber ordenados bem chorudos), condutores e afins.
Antes que venham alvitrar que entrei lá por cunha, entrei lá porque o meu trabalho de final de curso, orientado pelo actual Presidente da Transportes de Lisboa, Eng. Tiago Farias (que muitos estudos fez para os HF na área da mobilidade sustentável), foi exactamente sobre uma Linha azul que substituísse os transferes da zona nobre turística. Conceito que depois foi completamente subvertido para a já extinta rede do Gulliver (mini-autocarro eléctrico).Foi esse trabalho que justificou o meu estágio profissional seguido do muito obrigado e vai à tua vida...
Tudo isto se paga, ou pelo orçamento ou pelo preço dos bilhetes!
Para terminar, sei que é normal pensarem que só entrei no PSD à procura de tacho (se me conhecessem pessoalmente saberiam o quão falso é essa afirmação) porque a grande maioria das pessoas que se filiam vão à procura disso (em qualquer partido). É um raciocínio análogo a dizer que todos os políticos são corruptos... Vale o que vale...
Digo-vos só que ainda este ano me foi oferecido um concurso público "à medida" para entrar na Função Pública ao que recusei! Quantos de vocês, que não têm pejo em colocar a honra de pessoas que não conhecem, fariam isso?
Sim, não quero ser funcionário público, quero apenas que esta terra funcione e tenha uma economia pujante, assim encontrarei o meu caminho.
Estou desempregado e vocês?
Ingénuo sim, mas de burro tenho pouco.
A vários comentários anteriores: não vou à Wikipedia procurar manuais de ciência política. Modestamente, sou um bocadinho mais evoluído do que isso.
Quanto à "patética" discussão sobre social democracia e liberalismo, parece-me na minha humilde opinião, que de patética nada tem.
É uma questão ideológica. É querermos saber que tipo de serviços publicos devemos ter.
Eu, aceito e respeito todas as opiniões. E, por exemplo, custa-me perceber porque se privatizou empresas lucrativas como a EDP ou os CTT. Terá sido uma escolha ideológica, ou por outro lado foi apenas para fazer face à "aflição" e à busca de receita no imediato?
Mas, voltando à discussão ideológica, é preciso saber a fundo o que é social democracia. Vejo muitos "sociais democratas" deste país intitularem-se como tal, falarem de social democracia sem fazerem a mínima ideia do que seja.
Ao anónimo das 17:53 que se julga mais conhecedor que a maioria que elegeu os orgãos nacionais e os que definem a sua linha política:
- Todas as concessões ou PPP's são passíveis de gerar lucro, se não o fossem nenhum privado estaria interessado.
- Pelas suas palavras, depreendo que você defende que todas as concessões ou PPP's deveriam reverter para o Estado/Região.
Eu que pouco conheço, pergunto?
- Você é comunista ou um grande baralhado em bicos de pés?
É que eu respeito todas as ideologias menos aqueles que dizem-se detentores de ideologias porque leram meia dúzia de textos já muito ultrapassados pelo estado da Política actual.
E diga-me, qual o critério para as concessões da estiva dos portos, do CINM, linha marítima para o Porto Santo, Via Litoral que não possa ser extensível aos Horários do Funchal e à Empresa de Electricidade da Madeira?
Mas você sequer pensa no que diz ou escreve, ou isso vai directamente da cábulas que vai tirando dos textos?
Você, comentador anterior, é um pouco baralhado, e tem dificuldades de interpretação.
Estou-me borrifando para maiorias que "elegem orgãos navionais ou que definem a linha política".
Apenas disse que, na ideologia e na praxis, existem diferenças entre social democracia e liberalismo.
Quanto a PPP's estamos conversados. São o maior barrete que os estados enfiaram nos últimos anos, impostas pelos lobis financeiros e facilitadas pela corrupção. A tal ponto que até um governo conservador (liberal) do Reino Unido as proibiu legislativamente.
Ao sector privado o que deve ser privado, ao sector público o que deve ser serviço publico.
Veja-se o caso dos CTT. Empresa que era lucrativa. Foi privatizada, os lucro passaram de mãos e o serviço deteriorou-se a olhos vistos.
Mas sempre haverá quem prefira depender dos chineses (EDP) !
Eu, prefiro serviços públicos tutelados pelo estado, com exigência de que sejam bem geridos.
Esta é uma escolha social democrata.
Se sou mais conhecedor ou não, as palabras são suas.
Caro comentador das 10:29
Se você estivesse atento tinha reparado que os propósitos sociais democratas que utilizei neste texto, foram extensivamente anunciados pelo Dr. Sérgio Marques aquando da campanha interna. Utilizei-os por duas razões, porque me identifiquei fortemente com eles e porque contextualizava a linha de raciocínio que estava desenvolvendo no texto.
Sobre a sua posição sobre a EDP, você confunde alhos com bugalhos. O que foi vendido aos chineses foi uma participação de 21% que ainda era detida pelo Estado Português. A privatização da EDP foi feita em 1997 (com migração do controle de gestão para os privados) pelo António Guterres. Eu por acaso acompanho de perto a EDP e a sua visão sobre esta empresa é completamente enviesada. A EDP hoje é uma empresa de expressão mundial, com uma forte componente de exportação de serviços e know-how (líder mundial em alguns nichos de I&D). A EDP de hoje é imensamente superior à EDP pública que você defende.
Sobre a sua visão das dinâmicas políticas dos partidos, lamento informá-lo que desde Sá Carneiro que a linha que defende foi abandonada, coincidindo com um reposicionamento político após a entrada no PPE em oposição com a posicionamento político que adoptou o PS.
O Partido Comunista Chinês, é um caso paradigmática de uma construção política evolutiva. Este partido está já longe dos ditames de Mao e nunca se regeu pela cartilha original utilizada pelo PC de Staline. A seu ver, isto é perversão política, a meu ver isto é evolução política. Quer ir à China criticar aquilo que você considera divergência ideológica?
As ideias que defende, mantendo serviços produtivos no Estado, só é defendida actualmente pelos partidos da extrema esquerda e você pretende que o PSD as tome? Aliás, as transportadoras só não foram privatizadas pelos interesses sindicais do PCP, isso foi extensivamente apontado, inclusivamente por figuras socialistas.
Acredite, não é o PSD que está mal, você é que está no partido errado, deveria estar no BE ou PCP, é que nem o PS defende o que está a dizer. Até o Syrisa fugiu dessa linha para conseguir governar a Grécia.
Cumprimentos aí para a Av. Zarco caro Sancho (da próxima vez identifique-se, vá não tenha medo)
Quanto à EDP você apresenta vários erros factuais. Mas não vou por aí.
Quanto à questão ideológica, você dá-me razão. O PSD não é social democrata, já não é. Há muito de facto abandonou a sua matriz.
A entrada no PPE foi a consequência de sempre ver bloqueada a pretensão de entrar na Internacional Socialista, onde congregam os partidos sociais democratas.
A sua escolha é, pelo que se deduz da sua opinião escrita, claramente liberal. Um direito que lhe assiste, que eu respeito.
Ser liberal num partido que se diz social democrata é que está errado. Mas não é apenas você. O mesmo acontece com Passos Coelho, Albuquerque, etc.
Também há quem já não acredite em ideologias, mas apenas na melhor gestão do capitalismo. Blair tentou com a terceira via.
A sua alusão ao PC chinês parece colocá-lo naquele leque.
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