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quinta-feira, 18 de julho de 2019


A Defesa e Promoção da Propaganda aplicada por Hitler
No seguimento da anterior publicação “Propaganda na Voz de Hitler” transcrevo parte de “Ascensão, Poder e crime no nazismo” por Manuel S. Fonseca. Agora, poucas vezes aplica-se a cacetada, mas aplica-se correntemente a injúria e a difamação. Quanto à substituição da cacetada por perseguição (política, profissional, social e privada) dos Opositores deixo ao leitor, com base nos seus conhecimentos, a tarefa de tirar suas próprias ilações.

“E, mais que a retórica hitleriana, há uma constante na emergência do nazismo que é preciso sublinhar: a cacetada. A cacetada foi um dos argumentos-chave e foi um argumento sempre presente desde o começo. Hitler tinha sempre – teve sempre – os seus rapazes, rapazes musculados e loucos por porrada na sala. Mandava-os avançar para calar as vozes divergentes, algum incauto recalcitrante, uma dúvida metafísica.
Dos seus rapazes, que ele doutrinava previamente, disse Hitler:” Tal qual um enxame de vespas, eles caíam em cima de quem ousasse perturbar os nossos comícios, sem ter em consideração o facto de os adversários estarem em maioria, sem temer ferimentos, nem sacrifícios de sangue, somente animados pelo grande ideal, que consistia em abrir caminho à santa missão do nosso movimento.”
Hitler chegou ao poder por voto popular, diz-se. E, chegou. Mas também chegou à força da cacetada e à força da cacetada consolidou seu poder. A cacetada sufocou a voz da social-democracia, que Hitler odiava, como odiava os comunistas. A cacetada foi intimidatória e atapetou o caminho do voto, em particular a das últimas eleições de 5 de março de 1933. Muita Alemanha votou nela. Mas muita Alemanha se calou com medo do vaivém do cacete.”

Conclusão
A “cacetada” afecta a propaganda por via da não divulgação de ideias alternativas e desaparecimento de críticas às conclusões propostas por essa mesma propaganda. A “cacetada” deve ser direcionada para os opinion-makers e membros activos de outros partidos. (será que o leitor já viu isto na Madeira?).
O uso indiscriminado de “cacetada” tem por objectivo a instigação de terror geral, tal como era aplicado pelo Estado Novo. Sobre isto já falei noutro lugar.

Eu, O Santo

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