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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020



O Bloco e o Ferry: caiu a máscara ao PSD


O PSD enganou bem os madeirenses com a questão do ferry, prometeu trazer de volta a ligação marítima de passageiros, lançou concursos internacionais, mas tudo não passou de uma encenação para no fim ficar tudo na mesma: deixar a Madeira refém do monopólio do grupo que controla o transporte de mercadorias e os portos ( os mais caros da Europa e sem pagar contrapartidas).

O ferry operou durante quatro anos sem encargos para o orçamento regional, mas o sucesso inicial da operação beliscava os interesses instalados e então foram criados obstáculos artificiais que levaram à saída da Naviera Armas da Madeira no início de 2012: as taxas portuárias subiram até o valor de um milhão por ano; e o transporte de carga sofreu restrições absurdas. Essas restrições tornaram o custo da operação incomportável e, cinicamente, vieram depois os mandantes da criação dos obstáculos alegar que o ferry não é viável.

A partir de 2015 a farsa conheceu novos atos: foram desencadeados processos de consulta e um concurso internacional, para mostrar que não havia interessados, pois as condições em termos de taxas portuárias e de restrições ao transporte de carga mantinham-se as mesmas que levaram à saída do Armas. O Governo Regional só resolveu isentar a tarifa TUP carga após estar adjudicado ao grupo Sousa o contrato para 12 viagens por 3 milhões ao ano e por três anos.

O PSD mente deliberadamente ao longo do tempo. Mentiu quando prometeu mudar a concessão dos portos “doa a quem doer” e mentiu ao prometer o ferry. Nunca teve intenção de cumprir e o facto é que continua tudo na mesma. O maior partido da oposição está igualmente refém dos mesmos interesses, pois a alternativa que propôs foi multiplicar por quatro as ajudas da região ao grupo monopolista, em vez da defesa dos interesses da maioria da população quer ser o melhor intérprete dos interesses dos poderosos.

A Madeira e os Açores continuam a ser as únicas regiões europeias sem ligações marítimas de passageiros regulares ao continente - até as Ilhas Faroé, com menos de 50.000 habitantes, têm ferry todo o ano à Dinamarca e sem ajudas do Estado.
A política regional é marcada por amplos consensos de submissão aos interesses privados - quem detém o verdadeiro poder. Isso é evidente na questão do ferry, mas também no CINM, ou nas concessões rodoviárias. O debate político é dominado pelas questões acessórias ou pessoais.


BE

28 comentários:

Anónimo disse...

Os vilões merecem carregar a mafia.Vilão é assim, fala na tasca mas no dia a dia gosta de ser roubado.

Anónimo disse...

Graças a Deus não se vai deitar dinheiro fora.

Anónimo disse...

Tinha de ser esta BE.ta

Com o dinheiro que papou das viagens ....dava um jeito a isso.

Anónimo disse...

NOTÍCIAS do PARAÍSO AÇOREANO

Emigrante em Inglaterra, de férias na Terceira, João Correia não queria acreditar no que o irmão lhe acabava de contar. O hospital tinha-lhe pedido que comprasse um antibiótico numa farmácia para curar uma infeção detetada à mulher, internada há vários dias na unidade de saúde.
"O meu irmão meteu as mãos à cabeça. Ele recebe o rendimento mínimo e não tem dinheiro", contou João Correia, em declarações a DI.
Foi ele quem acabou por aviar a receita numa farmácia. Duas caixas de Rifaximina, um antibiótico utilizado no tratamento de infeções, que lhe custaram 35,70 euros.
Ao todo foram prescritas seis caixas, o que daria uma soma superior a 100 euros e João Correia alega que o irmão não tem como as pagar.
A cunhada, doente hepática, foi internada no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), onde esteve três dias em coma. Quando acordou foi-lhe diagnosticada uma infeção, mas a médica disse ao marido que teria de ser ele a adquirir o medicamento, porque a farmácia hospitalar não tinha aquele medicamento.
O homem não terá dito que não tinha possibilidades financeiras "com vergonha", apelando depois à ajuda do irmão.
Chocada também com o caso e com as diferenças da assistência hospitalar em comparação com o país onde agora vive, a esposa de João Correia sublinhou que o tratamento era urgente.
"Ela já está fechada numa sala sozinha. Temos de entrar com uma bata, por causa da infeção", frisou.
"Estamos num país em que não é assim. A gente sai do hospital, mas leva os medicamentos todos para casa", salientou João. "E de graça, que o hospital não nos deixa sair sem a medicação", acrescentou a esposa.

Anónimo disse...

Era de esperar...Este lambido alguma vez teve palavra com alguém?
Nem com as mulheres...vai ter com a viloada que sustenta este regabofe.
Continua com a sua voz de vilão, mas com um ar de falso aristocrata de senhorio fascita
Alguma vez anunciou que ia se aliar a um grupo corrupto que jogou na sombra cerca de 5 anos?
Só acontece semelhantes artimanhas nesta aldeia de perriquitos e papagaios.
Deviam ser soltos no pico ruivo ou nos Alpes com o Pedro e a Heidi

Anónimo disse...

cá a mascara do Bloco já caiu a uns messes

Anónimo disse...

E o silêncio dos que mentiram aos madeirenses demonstra bem o carácter, ou melhor a sua ausência, das promessas eleitorais. São engodo dos espertalhões para os que continuam a acreditar em quem lhes come a mioleira e os condenam ao infortúnio. Abrei as langarinas, povo adormecido. Shame on you psd_cds com o patrocínio deste PS.
Não te inibas Bloco de Esquerda. Resistir é vencer

Anónimo disse...

Não foi o Costa que num comicio em Machico, disse que o ferrei seria uma realidade?
Ou era só conversa a ver se o Zé Povinho dava a vitória ao PS?

Anónimo disse...

Os vilões da cidade e os vilões do campo que votam PSD, PS e CDS merecem ser roubados a dobrar ou a triplicar. Porque os burros nasceram para transportar carga, serem encavalitados, e para trabalhar ainda é preciso levar com o chicote!

Anónimo disse...

Não confundas a mentira deliberada com a vontade enganada da soberania popular. Ficamos todos mais pobres com a tua argumentação. Shame on you

Anónimo disse...

O engano tornou-se normalizado, praxis e escola destes mandante. O nosso dinheiro Sempre foi bem investido, poupamos uns cobres e ainda enriquecemos com as esmolas que damos aos sousas.

Anónimo disse...

O PSD CUMPRE!
Lembram-se do cartaz combo ferry?
Era o ano todo... Depois 3 meses só em dois anos... A viloada votou enganada e acabou!

Anónimo disse...

As máfias estão como querem, agora têm o apoio total do CDS,PPD e PS. O povo assim quis agora que leve no pakote.

Anónimo disse...

O PS negócio com o Sousa para sair da linha e agora vem se armar em virgem ofendida, PS sempre atrasar a madeira

Anónimo disse...

Declaração de princípios. Não tenho nada a ver com transportes, e utilizo o avião para sair da Madeira.
Mas, ainda não vi ninguém explicar ou justificar com contas, que o ferry seja financeiramente viável.
O JPP disse que sim. Mas não demonstrou nada. Outros, dizem que o ferry seria o fim dos problemas. Não vi ninguém demonstrar nada.
E ou é provada a viabilidade, ou não se podem queixar. E não me venham com a história das taxas, que são peanuts. A menos que seja entendido o ferry como um transporte com exploração deficitária, tal como os comboios da CP, ou aqui na Madeira com os transportes público em autocarro. Mas aí terá que ser o Estado e não a Região a suportar o custo das indemnizações compensatórias, dado a continuidade territorial dentro do país ser competência do Estado. Tal como o faz com a CP, ou como a Região faz com as empresas de autocarros que operam na região.
A mim, que não aquece nem arrefece se há ferry ou não, parece-me uma questão muito mais política do que financeira.
E não precisam de me responder como aqueles que não têm respostas lógicas, de que fulano é avençado de DDT's, etc, etc. Não tenho nada a ver com essa gente e deles quero é distância.
Aquilo que eu quero é discussão com racionalidade, com argumentos válidos e aceitáveis. E sobretudo que me expliquem como é que, com o ferry, o custo do transporte das mercadorias ficará mais barato. Isso sim interessa-me muito.

Anónimo disse...

Haja vontade politica e a solução aparece. E para os liberais a concorrência faz descer os preços, também nos transportes, retirando o monopólio de privados. O que não se comprendende que assim seja, com anissa escala, a wxistirem monopólios que sejam públicos!!!

Anónimo disse...

https://www.directferries.pt/europa.htm?&utm_source=google&utm_medium=cpc&gclid=Cj0KCQiAjfvwBRCkARIsAIqSWlMaya0MugVZXxqz7RbgTHKXjRoeYaAxQtaZ43irZptCsXd7OaA8HMcaAnS1EALw_wcB&gclsrc=aw.ds

"Declaração de princípios. Não tenho nada a ver com transportes"

Será que todas estas linhas ferry dão prejuízo?!

Anónimo disse...

18.35,
Infelizmente para nós portugueses em geral e madeirenses em particular, essa máxima de que a concorrência faz baixar os preços, não é totalmente verdadeira.
Veja-se sectores que foram liberalizados e em que os preços subiram. Mas no essencial estou de acordo.
Mas, a questão dos portos, funciona pelo mundo inteiro da mesma forma. Há cartéis, em algumas latitudes ligados a diferentes máfias que controlam todas as operações de carga, descarga e afins.
Em Portugal a questão não é diferente, e na Madeira passa-se o mesmo, onde, vergonhosamente, foi atribuída uma concessão a troco de investimento em equipamentos e restruturação da operação portuária com o total acordo, aprovação e beneplácito dos sindicatos, que cá, como noutras paragens são dominados por pessoas muito chegadas àqueles que detêm a operação.
E essa concessão inquinou tudo. Em vez de dar a concessão estabelecendo uma renda, isentando o pagamento da mesma até o valor do investimento do privado estar pago, a opção foi a concessão sem qualquer rendimento para o proprietário dos portos, a Região.
E é isso que está em tribunal. E é isso que não permite concorrência. Embora, a nível da carga, a operação dum porta contentores será sempre mais barata do que um ferry. Os custos operacionais são mais baixos.
E, não sejamos anjinhos. Quem tem um quase monopólio, e pode fazer os preços, não vai fazer mais barato quando pode cobrar mais caro. Fosse quem fosse. Não haja ingenuidades quanto a isso.
Daí que, para alguma coisa mudar, é imprescindível a resolução judicial do diferindo entre Região e OPM. Enquanto isso não acontecer, nada feito.
E não vale a pena culpar Albuquerque ou Eduardo Jesus, que nada têm a ver com a decisão tomada na sua génese. E são até aqueles que tentam mudar o estado da concessão. Mas o Tribunal Administrativo tem que decidir.
Quanto ao ferry, na minha opinião, será sempre uma questão política. Nunca financeira.

Anónimo disse...

08.33,
Eu só comparo aquilo que tem comparação.
Com 250.000 habitantes, com pouquíssimas exportações, e com baixo volume de mercadorias transportadas, a Madeira não tem escala.

Anónimo disse...

Os vilões estão metidos numa armadilha: se votam no PPD, os gajos estão feitos com os Sousas; se votam no CDS, igual. Se votam no PS ainda pior...

Anónimo disse...

Existem propostas concretas da esquerda madeirense, nomeadamente do Bloco e do PCP!!! . Basta que o povo queira

Anónimo disse...

19.55,
Isto é. Não têm alternativa.

Anónimo disse...

08.30,
Propostas de quê é para quê?

Anónimo disse...

11:09
O assunto entendido por todos são. Gestão dos portos e os custos do transporte marítimo de mercadorias!!
As proposta do bloco de Esquerda e do PC apontam para a abolição do monopólio e controlo privado deste sector, desta forma a gestão pública acabaria por estar ao serviço da economia para todos, retirando os benefícios ao grupo sousa. Embora haja um diferendo do governo, o responsável por esta dependência deliberada (?), a decorrer nos tribunais, a vontade politica não se manifesta como seria de esperar, atendendo à importância e implicações que têm os portos e os transportes nas nossas vidas. Aconselho a ler os manifestos eleitorais da esquerda madeirense, do BE e PC, e do ps, PSD e CDS, e encontrará certamente matéria para reflectir, se assim o entender.

Anónimo disse...

11.07,
Fazer propostas com o fim de retirar benefícios a um determinado grupo empresarial, seja ele qual fôr, é começar mal a proposta.
Se a mesma se destina a acabar com a concessão que levou a um monopólio, aí de acordo. Aliás é o que o governo regional pretende, e tomou as medidas para tal, o que levou o concessionário a colocar em tribunal a questão.
A vontade política já foi manifestada, através até de uma resolução. Mas, não há vontade política que valha, se os tribunais não funcionam e não decidem.
Ler manifestos eleitorais com generalidades e banalidades, dispenso. Já conheço a lenga-lenga, de todos os partidos. Aliás propor coisas óbvias, reúne o consenso.
Mas, não seja ingénuo. Mesmo um concurso público internacional, não mudará muito o estado das coisas. As empresas de trabalho portuário no mundo inteiro não são muitas, estão ligadas entre si, e o resultado não será muito diferente do actual.
No porto do Pireu, com a crise grega, foi uma empresa chinesa que ficou com a gestão da operação marítima e cargas e descargas, substituindo o anterior operador local.
Sabe o que aconteceu? Os preços subiram...!
Sabe

Anónimo disse...

Pois, o Pireu foi vendido pelo estado grego por imposição europeia, coisas distintas e distantes.
Aqui o que fazemos é marcar passo...porque interessa aos que sabem tudo e não são de todo ingénuos. Por menios o governo regiobal já atuou contrariamenye a disposições de tribunais, tendo de oagar indemnizações. No caso concreto o que me parece ser adequado contrariar e esperar a decisão, mas agir retirando o monopólio aos privados, considerando o superior interesse regional

Anónimo disse...

A Madeira não tem escala... são muito poucas mercadorias...os barcos andam vazios para lá...blá,blá,blá... mas os Sousas enriqueceram à custa deste paleio, enganam os vilões e metem o governo no bolso, e transformaram-se na maior fortuna da Madeira... porque o porto não tem escala...blá,blá...pu..que..os par...!

Anónimo disse...

19.37,
Não é uma coisa distinta.
O que interessa para o que se discute é que houve alteração do operador e os custos aumentaram.
Retirar ao concessionário é impossível antes do fim da concessão, a menos que seja por acordo.
Não sendo assim, levaria a um pedido de indemnização elevado, que é de evitar.
No caso presente, há mesmo que esperar pela decisão do Tribunal Administrativo.