Campanha em Marcha

AQUI HÁ GOLPADA!

'Meio Chefe' denunciou com frontalidade, um dia destes, que "há golpada tentada em São Vicente". Pois nós sentimo-nos na obrigação de propalar, alto e bom som, que essa golpada se propaga como a peste negra por todo o território madeirense.

Hoje é o cúmulo: até o JM alinha na 'golpada' contra Jardim, dedicando quase dois terços da primeira página ao cantor pimba Tony Carreira e ao espectáculo de logo à noite. Quanto a Jardim, aparece lá jogado para um canto, ao pé de Miguel Mendonça. 

Desconhecemos se os comissários das Angústias destacados no JM viraram o capelo nas últimas horas. Mas alguma coisa terá acontecido para se proceder desta maneira.

Quem paga 40 mil (à vista) ao cantor é o PPD - aliás nós todos, de bom grado. Quem cobre a despesa com as camionetas contratadas para trazer do campo à cidade 4 mil apoiantes de Jardim e Bruno Pereira é o PPD - os contribuintes, portanto. Quem está na Praça do Mar a montar o palco, a esta hora de calor intenso, são trabalhadores pagos da mesma maneira. A propaganda sonora e visual em toda a parte corre por conta do aparelho ainda liderado por Jaime Ramos. 

E por que anda o PPD com esta maçada toda? Porque de domingo a oito, para os traidores que se esqueceram, há eleições e é preciso evitar que aquele 'bando da Mudança' ganhe a maioria no Funchal.

Que é preciso fazer para isso? É preciso que os crânios como Jardim e Bruno transmitam a mensagem da verdade ao povo eleitor.

É isso que se vai passar esta noite de sexta, na Av. Sá Carneiro. Bruno e Jardim a tratar de convencer o eleitorado para a urgência do voto laranja.

Que fazem os da 'golpada' - e agora o próprio JM? Aproveitam-se da multidão que se vai concentrar a ouvir aqueles missionários da política para impingirem um show do Carreiras, logo a seguir!

Obviamente que, assim que os oradores se calem, o povo tratará de zarpar do pivete a caca de gaivota que domina o cais norte onde ocorrerá o festim. Mas, com tanta gente, anda não anda, Tony canta, arruma as violas e as bailarinas, dirige-se para o aeroporto e ainda ficam espectadores na festa.

Então - roncarão os eternos ressabiados que cospem na gamela social-democrata -, se as pessoas querem é ouvir os políticos do PSD a falar das eleições no Funchal, por que é que vêm essas 4 mil almas do campo à capital?

Ora, meus caros, essas mesmas pessoas costumam subir à Herdade todos os anos em Julho e lá em cima não há eleições, a não ser para a associação de criadores de porcos selvagens.

Já agora: a confirmar-se esta viragem no JM, foi tudo muito de repente. As últimas edições só davam Jardim, como podemos ver a seguir:

[As capas do papelucho ontem e anteontem: fotos de Jardim,mais Jardim, mais governo, mais Jardim, mais Jardim, mais Jardim e só depois... mais Jardim.]

Portanto, estas primeiras páginas, tirando a de hoje, miseravelmente entregue ao Tony pimba, funcionam como um diário minucioso de Jardim. Com tempo, sua excelência devia pôr o JM do tamanhão do Expresso, para caberem também chamadas de primeira página sobre as idas do dito sua excelência ao WC, mesmo só para fazer chichi.

É o que falta naquele JM que a Madeira Nova extorquiu ao jornalismo e aos jornalistas.