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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Campanha em marcha



4 CANDIDATOS MASSACRADOS
POR UMA ESPÉCIE DE 'CONVERSA'















Se não conseguimos assistir a mais de 10 minutos das 'conversas' anteriores na RTP-M, esta quinta-feira com os candidatos do Funchal foi pior. Não por culpa dos entrevistados, mas por causa de um modelo de programa e de um pivot que não permitem o diálogo nem a colocação de questões entre os 'conversadores'. Um pesadelo que, apesar do esforço, não aguentámos até ao fim. Mas ainda tivemos tempo para uma opinião: Paulo Cafôfo cumpriu a sua obrigação de ganhar o debate nas poucas fases úteis da noite. Os outros candidatos, embora francamente consistentes, têm demasiados quilómetros nas pernas para entusiasmar por aí além um eleitorado a sonhar com novidades. 


Paulo Cafôfo evidenciou-se entre os vários cabeças-de-lista do Funchal na parte que os telespectadores conseguiram ver do programa desta noite de quinta-feira na RTP-M. Programa denominado de 'conversas'. Pretensamente debate. Ou bate-papo no café. Não sabemos como classificar 'aquilo' a que tentámos assistir. Paulo Cafôfo ganhou por razões óbvias, mas pouca gente se deve ter dedicado a analisar a prestação dos quatro, tão chatas foram as 50 ou 70 horas de batucada nos ouvidos.
O jornalista muniu-se de um martelo, aliás como costuma fazer, e usou-o de instante a instante em cima da mesa, para se fazer notar.
Um suplício que não aguentámos muito tempo.
Pode ser deselegante falar de colegas nesta toada crítica, mas com 'paninhos quentes' não vamos lá. 
Tentámos seguir as 'conversas' sobre as eleições autárquicas em dias anteriores, relativas a outros concelhos. Sem sucesso. Era tentar ouvir uns minutos, cerrar os dentes para continuar mais um pouco - mas é o aguentas aquela 'matracada' de Gil Rosa. Matracada do jornalista, sim, porque os convidados não tinham direito a corrigir a ideia de um adversário ou de fugir ao tema uma vírgula que fosse. 
Sempre que ligamos para a RTP-Madeira, deparamo-nos com Gil Rosa a moderar um programa qualquer. É lugar cativo. Parece que na Levada do Cavalo nunca houve jornalistas que fizessem entrevistas e moderassem debates nestas 4 décadas de produção, parece que naquela redacção toda a gente se esqueceu de trabalhar, que perdeu qualidade. Pois se Gil Rosa, chegado da rádio e de correspondente da SIC, tomou conta das mesas redondas, entrevistas, debates, tudo! 
Mas por que cargas de água?! 
Nunca percebemos o estranhíssimo fenómeno.
Além da humilhação a um quadro de jornalistas valoroso, perde o telespectador, quanto mais não fosse na diversificação de apresentadores. 
O nosso  companheiro e Amigo Gil Rosa não nos levará a mal, mas o seu papel nestas tais 'conversas' foi perturbar o raciocínio dos convidados, que pareciam participar num concurso com tempo apertadíssimo para dar a resposta certa, quando não, perdiam a vez. Autenticamente.
Se o Leitor também tentou assistir à 'conversa' de quinta-feira à noite, deve ter sentido saudades daquelas picaretas falantes que dão pelos repelentes nomes de Teresa Guilherme, Luís Goucha ou Fátima Lopes. Calem essa gente!


Meter o bedelho instante a instante


Simplesmente intragáveis, estas 'conversas' sobre as eleições autárquicas na RTP-M. Não por culpa dos candidatos em estúdio, já o dissemos. Muitos deles até se revelaram surpresas interessantes e agradáveis, que só não mostraram mais potencialidades por causa do bedelho de Gil Rosa metido no assunto, instante a instante.

O modelo das 'conversas' foi este: Gil apontava o tema e cada candidato dizia o que o seu partido ou coligação propunha dentro do dito tema. Se alguém tentava fazer uma observação ao candidato que falava, Gil exigia que se calasse, que não estavam ali para entrar em diálogo. E o orador - ai dele se fugisse ao assunto, porque Gil aproveitava a ocasião para mostrar autoridade e botar mais faladura. Sempre naquela matracada monocórdica de embrulhar o estômago.

Mais valia o esquema de programa resumir-se a uma montagem de registos gravados, tema a tema. Aí podíamos perceber qualquer coisa, sem a interrupção chata do jornalista. E não havia maçada para uma gravação de estúdio, com câmaras, realização, assistentes, cenógrafos, o diabo a 4.
Podem dizer: mas numa montagem de registos gravados não podia haver contraditório. Respondemos com outra pergunta: e em estúdio alguém pôde desmentir ou confrontar alguém sem apanhar um sopapo do Gil?

Como a curar a ressaca


A importância do concelho do Funchal, não desvalorizando os outros, levou-nos a um derradeiro sacrifício: seguir a "conversa" entre 4 candidatos representantes de outras tantas forças políticas. 

Se bem temíamos, pior acontecia: mais um serão indigesto. Ao fim de um quarto de hora, tínhamos dores de cabeça, o que só nos acontece em situação de ressaca, no dia seguinte à desgraça.

Alguém terá metido na cabeça do presumível moderador que deixar alguém falar mais de 10 segundos amortece o ritmo do programa. Então, ei-lo a interromper o sacrificado orador por tudo e por nada, ou, pelo menos, nem por uma razão nem por outra. Apostamos que não há na gravação daquela coisa mais de 20 frases das vítimas sem a voz do jornalista pelo meio, a chatear ouvinte e depoente.


Ainda estamos com dores de cabeça.

Lembrar o que José Manuel Rodrigues sofreu para explicar a história de não assumir o lugar de vereador se não ganhar o cargo de presidente da Câmara! Zé tentava dizer: se for presidente, assumo; se ficar apenas em vereador, verei se esse meu papel é imprescindível à cidade, e, se sim, ficarei como vereador.
Gil importou-se em desmentir Zé, dizendo-lhe que estava a mudar o disco, já que há pouco recusava ser vereador? Não, mandou avançar o programa porque havia pressa, porque o comboio para o Entroncamente estava prestes a partir e o árbitro podia mostrar o amarelo. Bolas!
Mesmo Bruno Pereira quase não conseguia dizer esta simples coisa: o povo é que manda e farei o que os votos disserem. Se tiver maioria absoluta, muito bem, para a governabilidade da câmara. Mas se é para ser vereador, pois colaborarei para evitar a ingovernabilidade, seja com acordos pontuais, seja... 
Adiante, não há tempo para mais, adiante.

Gerir várias sensibilidades


Paulo Cafôfo, tão acossado pelo jornalista como os adversários, lá conseguiu passar a ideia de que assumirá o lugar que o povo lhe der na Câmara, seja com maioria absoluta ou sem ela. Se for preciso governar com consensos, quem melhor do que ele, que já conseguiu unificar seis partidos numa candidatura só? 

Gil Rosa quis saber como gerir depois todas essas sensibilidades, e Cafôfo lembrou que há mais sensibilidades no interior do PSD. Já a coligação - disse - tem um espírito comum, que é a cidade.


Chamou Gil Rosa à discussão o ordenamento do território, que resultaria para o telespectador nuns 10 minutos de calvário. Porque Zé Manel quis responder a uma bicada de Bruno lembrando-lhe que ele, Bruno Pereira, não acabou o mandato no Turismo e abandonou a Câmara do Funchal para ir apoiar Jardim contra Miguel Albuquerque. Zé pretendia, obviamente, afirmar-se como o challenger de Bruno durante o programa, para marginalizar Cafôfo. Então, picou: que pensaria ele, Bruno, da frase de Jardim segundo a qual Miguel Albuquerque era o presidente do Funchal mais desastroso da História? 

Acham que Gil Rosa pegou no assunto como alavanca para reanimar a "conversa"? 
Qual! 
Cortou esse tema pela raiz, proibindo que se entrasse em diálogo. 
Mas o assunto valia a pena. Depois de Zé Manel debitar umas ideias sobre planos de pormenor, Bruno fez questão de retroceder um pouco para sublinhar como adorou a presença de Albuquerque na sua campanha e a honra que foi servir como vice-presidente na...
E Gil Rosa de novo a interromper, talvez porque fosse hora de rezar o terço. 
O líder do PP mostrava-se um pouco agastado com a condução do programa, ele que foi jornalista de TV duas ou três décadas. Mas, por outro lado, interessava-lhe o rumo da 'conversa': a sua discussão com Bruno, apesar de em estilo babilónia, servia-lhe o objectivo de mostrar que há duas forças a concorrer para a câmara, PSD e PP - empurrando assim a coligação para canto.

Deviam interromper as perguntas do pivot


Quem beneficiou alguma coisa da linha do programa foi Artur Andrade. A CDU não 'vende' protagonismo, deve ter pensado Gil Rosa, que raramente interrompia o actual vereador e candidato comunista. Artur verberava o facto de, além das indefinições do PDM, a Câmara cessante não ter aprovado um programa de ordenamento das zonas altas, um plano de ordenamento florestal, assim como não avançou com a reabilitação urbana.

Mas lá entrava outra vez o jornalista em cena, com perguntas maçadoras, que, essas sim, deviam ser interrompidas. 
Demos com Paulo Cafôfo a voltar ao ringue em bom estilo, para dizer que a coligação está na calha para vencer as eleições. Bruno e Zé - acusou - andam metidos em questões e objectivos partidários. Ao passo que ele, Cafôfo, representa meramente um projecto para o Funchal. 
Não chegou a justificar os inconvenientes de Bruno Pereira ter abandonado a Câmara e de José Manuel se preparar para não se assumir como vereador, porque Gil Rosa o impediu de o fazer. Podia nascer ali polémica e não convinha despertar os telespectadores, deverá ter receado o 'moderador'.
E Cafôfo, de novo a dominar a 'conversa', invocando exemplos para justificar críticas aos adversários, propunha-se... 
Mas quê! 
Gil não deixava. Que falasse do que lhe tinha sido perguntado, que não fugisse ao tema, e que então tinha 10 segundos para terminar a ideia.
Uf! Os convidados tanto aguentaram! Os telespectadores, não, estamos certos. 
Agora! Cafôfo a ir buscar para ali o edifício do séc. XVIII que a Câmara deitou abaixo! Estamos a falar de arqueologia ou quê?!
Voltemos à 'conversa': apostar é na regeneração, que é mais do que reabilitação, é mais do que cimento - picava Cafôfo. E nova interrupção.
Bruno também pretendeu acabar com a toada em monólogo e espicaçou: Paulo Cafôfo acaba de falar muito, mas não apresentou uma única ideia.
Boa farpa. Que tem a dizer o candidato da Coligação? É só bota-abaixo? Não há ideias? 
Cafôfo trata de aproveitar: 
Nós...
Caluda! - percebe-se no jornalista. Nada de diálogo. Ou seja, a conversa tinha de ser aquela espécie de gravação de depoimentos, para dormir. Cada um a falar à vez.
Bruno e Cafôfo ensaiam debater o assunto que vem de trás - já nos perdemos. 
Gil: e se falássemos de transportes urbanos? Pronto, vamos à privatização da HF. Vamos o tanas. Ninguém articula uma ideia que demore mais de 20 segundos a exprimir. Um privatiza, aliás não privatiza, outro quer a câmara junto a uma empresa concessionária, outro...
A leste nada de novo.


Aproveitando a distracção do 'moderador'


Vamos reencontrar Zé Manel ao ataque: Bruno Pereira desconhece as zonas altas. Qualidade de vida, lá em cima?! E pespegou-lhe com as condições degradantes que por lá tem encontrado. Mesmo abaixo dessas zonas, a desgraça do bairro Quinta Falcão. O bairro Penha de França, no Imaculado. Zé aproveita a distracção momentânea de Gil Rosa para dizer mais uma coisinha: a Câmara e o Governo devem estar na HF, mesmo que a empresa não dê lucro. Porque há carreiras assim, devem existir para servir os munícipes, não em busca de lucro. 

Vem Paulo Cafôfo e aproveita a mesma distracção do pivot para dizer que Bruno imita Jardim, ao dizer que ele, Cafôfo, não mostra ideias. Então, vai oferecer-lhe um programa da coligação, para que o leia.
Quanto às zonas altas - de lá de cima é a família de Cafôfo, por isso conhece muito bem os...
Chega! - brada Gil, regressando a jogo. Nada de diálogo. Ou seja: conversem sem dialogar.
Nós a louvarmos a paciência dos 4 intervenientes.
Cafôfo a querer dar a sua posição sobre a HF. E Gil a interromper com perguntas, sem deixar acabar nenhuma ideia. 
Mas refere-se ao custo da carreira? 
Pois, nós... 
Já se percebeu. E as prioridades?
Claro que...
Pois bem. Como é que conseguem arranjar mais carreiras?
A Câmara não pode influenciar...
Já percebemos a ideia. Artur Andrade, sobre os Horários...


Um massacre. Bom que Artur continuava a gozar da benevolência de Gil. Para nós, era um bocadinho sem ouvir a matraca, enquanto o candidato da CDU acusava os outros partidos de só agora descobrirem as zonas altas e de terem rejeitado propostas municipais para beneficiar as suas populações. Para concluir: a Câmara deve opor-se à privatização da Horários. 


Social e sopa do Cardoso


Seguiu-se o tema da política social que a Câmara deve prosseguir. Imagine-se os solavancos de uma 'conversa' respeitante a tema tão importante na fase que atravessamos. Falou-se nos 10 mil desempregados do Funchal e na percentagem deles que não têm apoios. Na necessidade de programas de emprego. De estágios profissionais. Era Cafôfo a tentar dizer de sua justiça. Que o seu programa propõe 420 mil euros para programas de emprego. E 580 mil para o micro-empreendedorismo. 

Depois, Zé Manel tentou ir ao fundo da questão, inventariar as origens dos males sociais, que estão na crise económica. Disse que pretende implementar uma cantina para ajudar essa gente, envolvendo as juntas. Criar uma bolsa de medicamentos. Mas também um gabinete de apoio ao investidor. 
Bruno desdramatizou a questão. Não vamos inventar a roda, ironizou. Porque tudo o que a oposição está a propor já existe. A começar pela sopa do Cardoso.


Rapar o tacho do orçamento

Sempre com Gil Rosa na berlinda, impedindo a conclusão das ideias, passou-se ao problema da dívida municipal. Como falar a sério num tema desses naquelas condições de pára-arranca? 
Ficámos sem perceber as ideias de cada um sobre como reduzir a dívida sem massacrar mais o contribuinte. Mas todos eles falaram disso - ou tentaram falar. 
Baixar taxas? Combater o despesismo? "Rapar o tacho do orçamento para entregar às pessoas?", como metaforizou Paulo Cafôfo?
Mas quanto é que a Câmara pode poupar cortando nas gorduras? - quis o jornalista entalar o orador. E Cafôfo: 3 milhões de euros! Boa! 
Mais propôs o candidato da Coligação: baixar gradualmente o IMI, comparticipar nos medicamentos... 
Mas como? - perguntou, e bem, Gil Rosa. Cafôfo: recorrendo aos fundos europeus e cortando nas gorduras. 

Zé Manel também está à vontade nestas matérias. E desatou a desbobinar, sempre marcado de perto pelo pivot. Rebuscou o tempo de Sócrates que, com o PS, "levou o país à falência" e negociou o resgate com a troika, mais o PSD. Informou que nos Açores os impostos são 20% mais baixos do que cá, mas, como calculámos na ocasião, a conversa seria interrompida, porque os jagunços de Jardim não perdoariam à RTP 'maçónica' deixar falar assim contra o paraíso da Madeira Nova. 
Isso deve-se à governação da Madeira, que cavou uma dívida de 6,5 mil milhões e...
Gil falava, balbuciava, tentava que não se ouvissem tais verdades. Reparámos nisso e Zé também já estava a reparar havia muito. "Vocês não gostam de ouvir estas questões, mas tenho de..." - fez o líder dos populares, batalhando até conseguir falar da onda de falências na Madeira e acentuar que o custo de vida na Madeira é mais alto porque o governo regional inviabilizou os transportes Funchal-Portimão-Las Palmas - referência ao caso ARMAS. 
Abordou ainda a dívida da câmara, oferecendo a deixa para Artur Andrade recordar com insinuação que a CDU votou contra os últimos orçamentos municipais.
Artur resolveu bandarilhar o candidato coligacionista, falando da "coligação Cafôfo". Paulo Cafôfo agradeceu a publicidade ao seu nome, porém a coligação chama-se 'Mudança', disse. 
Artur: "Não fique nervoso." 
Cafôfo, no sorriso habitual: "Tanto não estou nervoso que lhe estou a agradecer a publicidade."
Mas estes apartes, se bem que importantes para reconcentrar os telespectadores, tirava força ao pivot, e então só se podia falar no que ele mandava. 
Ora, nós já desejávamos era que alguém interrompesse as perguntas chatas do perguntador. 
Pedimos desculpa aos Leitores, mas não aguentámos mais. Havia jornais atrasados para folhear. Com o televisor em fundo, ouvimos falar de águas e lixos, do PAEL, da política de turismo, coisas cada vez mais distantes.


Cafôfo vencedor, como lhe competia

Da condução da 'conversa', não falámos o suficiente, embora pareça o contrário. Acontece que foi a voz do 'moderador' que mais se ouviu ali, sempre com impertinência e a despropósito - sempre com desagrado. Não era preciso. Os 4 candidatos são pessoas cordiais, que não ofendem nem passam o tempo a perturbar o raciocínio dos outros, conforme demonstraram. Os cuidados daquela 'condução' deviam ser tomados era nos debates com Guilherme Silva, porque o estilo desse deputado PSD, sim, precisa de quem o esteja constantemente a calar. E ninguém lhe vai à mão.
Desta vez, nas poucas situações em que se sobrepuseram as vozes de dois candidatos, só se deixava de perceber a discussão quando Gil juntava a sua voz à deles. Aí sim, ficava peixeirada. Mas ele tinha de se manifestar... E perdemos vários bons momentos de televisão à conta dessa obsessão.
É que este pesadelo começou há duas semanas, com as 'conversas' sobre os outros concelhos!
Lamentamos sinceramente ter apresentado nestas linhas como figura preponderante quem deveria ter passado despercebido. Mas não pode ser de outra a maneira, posto que o pivot se comportou como o árbitro que, de tanto apitar, estraga o jogo. Foi o caso. Ou o pai que, para sossegar os filhos, se esganiça mais do que eles.

Quanto a vencedores e derrotados desta jornada televisiva, obviamente que seria injusto fazer distinções entre os 4 candidatos, nas circunstâncias que o esquema de programa e o pivot lhes criaram.
Digamos que Paulo Cafôfo confirmou o favoritismo que lhe atribuíamos antes do programa. Ele é o rosto e o discurso com novidade, a imagem que se compagina perfeitamente com a mudança que pode fazer respirar uma cidade asfixiada pelos vícios de 30 e tal anos. A sua empatia com quem o escuta saiu reforçada, mau grado as dificuldades do figurino da 'conversa'. Um comunicador nato. Que fala tranquilamente quando os outros gritam.
Bruno Pereira possui também o condão de irradiar tranquilidade mesmo em momentos difíceis - embora hoje não fosse demasiado 'encostado às cordas' porque o pivot não admitia brilharetes a ninguém. Bruno fez como José Manuel Rodrigues e Artur Andrade: tentou exibir um espírito novo de modo a equilibrar com a aragem Cafôfo. Mas não é fácil. Os três candidatos - Bruno, Zé Manel e Artur - têm demasiados quilómetros nas pernas para poderem simbolizar sequer a revolução climática pela qual os funchalenses anseiam. 
Para Bruno, Zé e Artur, às tantas até foi útil a televisão, com aquele estilo de programa, afugentar telespectadores em massa, porque temos a certeza de que isso aconteceu. É que quanto mais o povo conhece Paulo Cafôfo, mais se vislumbra a 'Mudança'. 

5 comentários:

Anónimo disse...

O jornalista Gil Rosa mais parecia um ditador ao não deixar os entrevistados explicar as suas ideias, mais um que faz parte da MADEIRA NOVA.

Anónimo disse...

É... "mudança". Oxalá não seja para pior. E eu até gostei do candidato Cafôfo, o problema são as figurinhas que o acompanham. Tudo gente "boa". Pois....

Anónimo disse...


-Penso que a candidatura do professor Paulo Cafofo, era a pessoa mais documentada dos problemas do Funchal.
Foi a campanha mais decente de todos.
Tem condições suficientemente para ocupar , e ganhar a camara.Mas como diz o ditado até ao lavar dos cestos é vindima. Lamento o Coordenadanor desta entrevista, só provou que está feito com o sistema,Parabéns Professor.Um Abraço.

Noé silva disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Noé silva disse...

O que é que têm as "figurinhas" que o acompanham?! Tirando o Gil canha, todos os outros candidatos a vereadores parecem-me cidadãos dignos, independentes e perfeitamente validos!