RODRIGUES DEIXA CAFÔFO
COM A CÂMARA NOS BRAÇOS
Ontem, acenava-se com a colaboração do PP-M na substituição de Gil Canha. O almoço de hoje, com Paulo Cafôfo e José Manuel Rodrigues à mesa, resultou em nada. O PP resiste a integrar o executivo municipal. Nova situação embaraçosa para o presidente. E ainda falta ver se Filipa Jardim Fernandes e Idalina Perestrelo não darão consistência aos preocupantes rumores de ontem.
Se José Manuel Rodrigues não mudou de ideias nas últimas duas horas, o presidente da Câmara do Funchal falhou a tentativa de arranjar à direita substituto para Gil Canha na governação de alguns pelouros municipais.
Canha passou a independente, como se sabe, porque Paulo Cafôfo lhe quis retirar parte dos poderes - fiscalização municipal e mercados. Para colmatar a grave brecha da saída de um vereador executivo, Cafôfo virou-se para o líder do PP, que é vereador na oposição, exortando-o a colaborar em termos de se ultrapassar a crise na Câmara.
O primeiro contacto foi ontem. José Manuel ficou de estudar o problema. Hoje, quinta-feira, almoçaram juntos, com a ementa da crise em cima da mesa.
Na área PP, sabe-se que o líder Rodrigues não descartou a colaboração necessária para que a Câmara se aguente em funções, evitando-se o recurso a eleições intercalares. No entanto, pôs completamente 'fora de jogo' qualquer hipótese de ele, Rodrigues, passar de vereador oposicionista a vereador executivo. Ou seja, o presidente do Partido Popular recusa-se a tomar conta das competências até agora detidas por Gil Canha.
Tudo isto sem prejuízo de, na parte da manhã, durante a reunião camarária, ter sido aventada a hipótese de José Manuel Rodrigues deixar o seu lugar de vereador a outro elemento da lista dos populares, assumindo este então os pelouros em causa. Mas não passou disso, de exercício mental. Não haverá vereador PP na equipa de Cafôfo.
Tudo isto sem prejuízo de, na parte da manhã, durante a reunião camarária, ter sido aventada a hipótese de José Manuel Rodrigues deixar o seu lugar de vereador a outro elemento da lista dos populares, assumindo este então os pelouros em causa. Mas não passou disso, de exercício mental. Não haverá vereador PP na equipa de Cafôfo.
Um berbicacho para o presidente eleito pela 'Mudança'. Não esqueçamos que ainda ontem se falava num bater de porta da parte de Filipa Jardim Fernandes, vice de Cafôfo, e até de Idalina Perestrelo, vereadora do Ambiente. As duas vereadoras não estão nada seguras na equipa. E olhem que Edgar da Silva também...
Entretanto, hoje foi dia de reunião de câmara, onde esteve Gil Canha. Ao que nos contam, os trabalhos decorreram em ambiente 'de cortar à faca'. Compreensível.
O momento periclitante da Câmara Municipal agrava-se com a indisponibilidade manifestada por José Manuel Rodrigues. Melhor seria que Paulo Cafôfo só avançasse publicamente com essa solução depois de ter 'luz verde' de José Manuel. A 'luz verde' não acendeu. E agora? Como explicar novo 'tiro nos pés'?
Partidos resguardam-se para depois das europeias
O curioso desta situação é que os partidos que apoiaram a coligação 'Mudança' andam fechados 'em copas', sem reagir, sem tossir, sem mugir. Sim, é verdade que a missão dos partidos coligados acabou a 29 de Setembro de 2013. A Câmara do Funchal passou a ser governada por independentes, sem tutelas partidárias.
Porém, não seria descabido essas forças saírem à rua para dizerem aos funchalenses o que pensam da crise que abala um projecto que, não digam o contrário, visava inspirar outra coligação para ganhar o poder regional em 2015.
O silêncio mais estranho é o de Victor Freitas. Recorde-se que Paulo Cafôfo constituiu uma aposta pessoal de Victor. Logo, seria de esperar que o presidente dos socialistas surgisse com um comentário à situação crítica. Ao que sabemos, porém, o argumento para o silêncio é o da autonomia do poder local. Cada autarquia deve trabalhar por si. Livre de pressões partidárias. Então, Victor mantém-se a recato.
Só que não estamos a falar de pressões. Falamos de interpretações, análises, incentivo. Isso deveria ser levado em conta pelos partidos da coligação. Muito mais pelo PS e Victor Freitas.
Decididamente, estão todos pendentes do que acontecerá nas europeias de 25 de Maio. Os socialistas pretendem saber o que vale o seu PS nesta altura. Os social-democratas querem saber o que vale o seu PPD. Os populares interessadíssimos em saber o que valem o PS e o PSD.
Entretanto, a crise no Funchal sem final à vista. Com tendência para se agravar, essa é que é essa.
Se calhar, esta sexta-feira, 9 de Maio, fará história.
Se calhar, esta sexta-feira, 9 de Maio, fará história.
5 comentários:
Afinal tanta Calúnia, Vingança, Rancor por parte das pessoas e partidos ditos pertencentes à
oposição da atual Governação Regional... Sérios e Idóneos,Amigos e Complacentes... Que queriam o Poder,
E o Povo Acreditou.…. só andam a destruir a Nossa Cidade!
Não há Dúvida que continua ser o PPD/PSD que PÕE a MADEIRA EM MARCHA
Idalina não vai largar o tacho apesar de ser PND
Filipa, vai depender de um outro factor que está em curso no novo paradigma negociático.
Já Edgar, prepara-se para fincar os pés na parede ameaçando com o Coelho à porta da Câmara todos os dias o que seria um drama para o Iglésias. Aliás este Iglésias é muito fotogênico e há montes de fotos prontas para mostrar algumas das suas habilidades.
Estes sucias! Agora percebem porque o psd ganhou estes anos todos! O cafofo é um fantoche nas mãos dos sucias, e acreditem, eles são muito mais perigosos e gananciosos que os psd!
o Vitor diz que o poder local é independente e não interfere? o que é que o Iglesias , o bento e a Andrea fazem na cmf , NADA , só ordenado e cumprir as ordens do Vitor , dar ordens ao cafofo e aos Vereadores.
o que se Passa é que Gil Canha não aceitou ser criado do PS , e a Dr Filipa o Enf Edgar e a D Idalina tambem não estão a gostar.
atenção que para a semana temos novidades na Assembleia Municipal , onde o Iglesias tambem quer mandar.
O "Xerife" não aceitou ser criado do PS porque já é dos Welsh e bem andava a ver se ajudava o amigo na CMF com os processos pendentes (Praia Formosa e Jardim de Santa Luzia e Praça da Autonomia)
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