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sábado, 8 de julho de 2017


MUITOS FALAM, POUCOS TRABALHAM
 
 Como é hábito, cerca de quarenta voluntários da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal estão cá em cima, entre os 1500 e os 1600 metros de altitude, a trabalhar em prol da regeneração da biodiversidade.
Uns arrancam giesta (Cytisus scoparius e Cytisus striatus) e tojo (Ulex europaeus), as invasoras mais agressivas.
Outros colhem sementes de massaroco (Echium candicans), estrelaleira (Argeranthemum pinnatifidum subsp. pinnatifidum) e aipo-do-gado (Melanoselinum decipiens), espécies endémicas fundamentais para a regeneração da formação vegetal primitiva.

Os restantes dedicam-se à colocação de estilha nas caldeiras e à rega das pequenas plantas endémicas.
A pouco e pouco nestas terras altas do maciço montanhoso central vai crescendo um oásis, graças ao trabalho persistente dos voluntários que acreditam na estratégia delineada pela Associação.
Há muitas pessoas a falar sobre reflorestação sem que uma só vez subissem à montanha para experimentar as suas doutrinas ou para observar as incontáveis plantas que crescem, florescem e frutificam graças ao trabalho árduo de um grupo que ousou planear e agir com persistência.






08.07.2017 

Raimundo Quintal

21 comentários:

Anónimo disse...

E muitos admiram o Vosso trabalho. Força Amigos do Parque.

Anónimo disse...

Bem haja caro Raimundo. Deus queira que os cabreiros do Sr. Cafofo nao façam um churrasco aí em cima, ou se o fizerem sejam apanhados a tempo!

Anónimo disse...

Obrigada a todos!!

Anónimo disse...

Obrigado Amigos do Parque Ecológico.

Anónimo disse...

Uns plantam enquanto outros se preparam para destruir tudo á conta do populismo , o Sr Cafofo e os seus patusqueiros.

Miguel Silva disse...

Sr dr Raimundo, eu de plantas pouco sei.
Olhando para fotografias antigas do Funchal, vê-se que o coberto vegetal tem aumentado de cota (i.e., as zonas de descampado diminuíram, por força da arborização de zonas entre o descampado e florestada).
Nas visitas às serras, vejo que as plantações da DR Florestas muitas vezes são em zonas sem proteção contra o vento e onde o solo parece que tem um meros centimetros (medidos com uns pontapés de botas de biqueira de aço e visualização de cortes no terreno, naturais e de estradas). Vale a pena fazer a plantação de árvores tal como a DRF (agora IFCN) fez?

E o que dizer sobre a faixa corta-fogo numa terra em que as projeções de fogo (i.e., o fogo "salta" de zona em chamas para outra que não estava) que atingem 2 km?
https://www.madeira.gov.pt/sra/Estrutura/SRA/ctl/Read/mid/1267/InformacaoId/17734/UnidadeOrganicaId/8
Ainda por cima a opinião do especialista em fogos florestais que veio à Madeira a convite da Ordem dos Engenheiros é que, para em dos fogos florestais na Madeira ocorrerem com grande intensidade de vento e em condições de baixa humidade, a energia debitada por estes é de tal ordem que não interessa o tipo de vegetação que se encontra plantada? (o referido especialista considerou que essa ideia de plantar folhosas não resulta na Madeira)
Pior que se saiba, aqueles terrenos quase de certeza pertencem a privados.

Tenciono enviar uma mensagem de correio eletrónico para a Secretaria do Ambiente para alertar sobre estas situações, mas antes gostaria de saber a sua opinião.

Anónimo disse...

Raimundo planta para Cafofo deixar arder e poder assim colocar cabras e ovelhas.

Anónimo disse...

O Dr. Raimundo é um exemplo de cidadania! Pena é que outros querem destruir o que ele e os seus colegas andam a construir para o bem comum! Força!!!

Anónimo disse...

Seguindo essa lógica, mais vale cortar tudo o que seja mato, árvores e erva na serra. Assim garanto que não arde nada. Pedras não ardem. E pelos vistos é a justificação que os cabreiros e o Cafofo dão para voltar a meter cabras soltas na serra.

Anónimo disse...

Meu caro, não sou o Raimundo Quintal, mas fui bombeiro e conto com vários anos de experiência, vários deles passados em Vila Real. Não sei que raio de especialista a combate de fogos foi esse que você ouviu (de certeza que foi mesmo isso que ele disse?), mas muitos incêndios onde estive na Serra do Marão, com semelhanças à Madeira, eram muitas vezes controlados apenas quando atingiam áreas de carvalhal e souto. Se eles ardem? Claro, mas prefiro mil vezes combater num carvalhal onde o fogo anda devagar que num eucaliptal onde até as árvores explodem. E digo mais, na Madeira, nem o ano passado apanhei temperaturas tão altas e humidade tão baixa como é normal ter em Agosto em Vila Real. Por isso, digo que uma faixa corta fogo é uma das melhores medidas que se pode ter na defesa da floresta contra incêndios, e só tenho pena que não seja mais ambiciosa e abarque todas as zonas altas do Funchal e não só. Mas pelo menos é um começo...

Anónimo disse...

Pata sua informação, a Lurissilva é uma floresta de folhosas. Vamos deita-la abaixo porque esse especialista disse que não resulta?

Miguel Silva disse...


Quanto ao curriculo do orador dessa conferência foi:
"Eng. Tiago Oliveira é Engenheiro Florestal, Mestre em Gestão de Recursos Naturais, especialista em gestão e governação do risco de incêndio florestal e membro do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia (Universidade de Lisboa). É igualmente o responsável pela proteção da floresta da The Navigator Company (antigo grupoPortucelSoporcel), cuja área é idêntica à área florestal da Ilha da Madeira."

Começo por notar que a resposta veio de um anonimo, alegadamente bombeiro que não fez nenhuma conta.
Quanto às projeções, deixo ao leitor lembrar-se se houve saltos/projeções do fogo, como por exemplo: se todas as casas arderam nas proximidades da igreja de S. Pedro.
è óbvio que a zona corta-fogo tem que ter a largura da distância entre as casas que arderam em S. Pedro e o local mais próximo que o incêndio afetou.

Miguel Silva disse...

Quanto ao comentador das 17:41.
Em nenhum sítio foi alegado que deve-se cortar a floresta. O que foi defendido é que não faz sentido cortar a floresta para voltar outra espécie vegetal.
Portanto ou o senhor anónimo não compreendeu, ou tem outro interesse neste assunto...
Vou solicitar esclarecimento à senhora Secretária do Ambiente sobre este assunto, nomeadamente sobre questões técnicas.

É óbvio, que a criação de uma zona corta-fogo é um negócio para alguns: são pagos para cortar, e são pagos para plantar.
... seria um grande negocio estar sistematicamente a vender e a plantar árvores em zonas sem solo e/ou sem matéria orgânica e/ou cujo solo não tivesse qualidade para o tipo de vegetação plantada e/ou as plantas não fossem adequadas às zonas onde são plantadas.

Miguel Silva disse...

Por fim, o relatório dessa sessão técnica encontra-se publicado:
http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/regioes/madeira/relatoriofinal.pdf

Anónimo disse...

Essa coisa de que as plantas não são adequadas às zonas onde são plantadas... e que deve haver quem ande a ganhar com isso... é capaz de ser verdade. É só dar uma volta pela serra e espreitar para dentro das redes verdes e qualquer um vê que as plantas estão praticamente todas secas. E andam com essas plantações há muitos e muitos anos. Se algumas das espécies plantadas são árvores endémicas, devíamos ter nessas plantações, por esta altura, árvores com com uns 5 ou 6 m de altura, com 10 ou 15 anos de idade. Mas não as vemos em lado nenhum, nem com 2 ou 3 anos de idade. Dentro das redes verdes está tudo seco e muitas dessas plantações já foram feitas há vários anos atrás.

Quando derem uma volta na serra espreitem para essas redinhas e vão ver que está quase tudo seco.

Anónimo disse...

Caro Miguel Silva, (ou Santo, como preferir), você acredita mesmo que os fogos em São Pedro resultaram de projeções do Paiol? E que estrategicamente cairam e fizeram arder exatamente os edificios que mais convinham aos respetivos proprietários, em especial a Felisberta que está em disputa de herdeiros e agora a Câmara quer exproriar? E ainda tem a lata de dizer que os "outros" querem engaar o povo? Tenha dó...

Anónimo disse...

Espetaculo! Agora até temos o Miguel Silva que começa a pensar que vai finalmente ganhar um concurso com o Cafofo, a defender o patrão à espera que lhe caiam umas migalhas. Ao que isto chegou! Já nem nos santos podemos nos fiar.

Anónimo disse...

Ó Santo/Miguel Silva,

Esse Eng. Tiago Oliveira é um homem da indústria da celulose, onde desempenha cargos bem pagos.
O que raio é que queria que o homem dissesse ? Que o eucalipto é mau ?
Ele há cada uma...

Miguel Silva disse...

Eu sou Miguel Silva.Não tenho nenhum tacho. No entanto, estranhamente anónimos me tentam refutar.

Anónimo disse...

Ó Santo/Miguel Silva,

Eu não disse que você tem tacho. Disse, isso sim, que o tal Eng. Tiago Oliveira o tem, e um belo tacho/emprego.
Você queria que ele dissesse mal do eucalipto ?

Anónimo disse...

Isso mesmo ele reformou se, bem pode cavar o parque todo, dá saúde, e evita incendios, pode também criar umas cabrinhas para aproveitat a monda dos arbustos, e uma trabalheira sem fim, convem acompanhar os familiares proximos e fica tudo em família