Boatos da pandemia

Grupo Sousa, o primeiro privado

a acender a luz da EEM

Cada vez mais distante fica o princípio jardinista de que a electricidade é um sector estratégico para a economia e o futuro da Madeira em geral, pelo que seria catastrófico deixar saí-lo da área pública. A hora da privatização parece cada vez mais na iminência de se consumar. 

A pergunta que se põe: em que fase do processo está a escalada do Grupo Sousa para chamar a si o controlo do negócio ainda gerido por administradores da EEM nomeados pelo Governo Regional?

A dúvida não está em responder 'sim ou não' à privatização, mas em determinar: Sousa ou Avelino? Ou outro empresário com pedal para encabeçar o pelotão de interessados?

Como se sabe, Luís Miguel não brinca em serviço e já tem dedo no negócio, via operações na Vitória, Socorridos.

Mas quem detém a tutela da EEM é o vice do Governo Pedro Calado, peso pesado que, ao que dizem por aí, lida na vida pública numa relação razoável com o Barão da Calheta.

E Dionísio Pestana? Será que se tomasse conta das lâmpadas poderia fazer um acerto de contas com as contas que dizem estar por acertar na matéria?

O tempo corre. Pedro Calado já está com um pé na campanha eleitoral das autárquicas, assim como o actual edil Miguel Gouveia, que também ganhou experiência na técnica de fusíveis e é bem capaz de preparar um 'bigode' para o seu actual challenger, no que à CMF e à EEM diz respeito.

Se me desafiarem a indicar o vencedor da corrida, e olhando à soma dos amperes com os ohms e extraindo a raiz cúbica à voltagem daqueles cérebros, aposto em LMS. Um lobo da nossa economia que, como o outro lobo, o marinho, anda devagar mas chega sempre ao destino.

LMS deverá ser o primeiro privado a ligar a electricidade na Tabanca. Se der para o torto, ele sabe como fazer para não ser o último a apagar a luz. Ele já o fez no Caniçal.

K7