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sábado, 31 de março de 2012

SÁBADO / Política das Angústias


Chefe obrigado a confessar a saída e qual o sucessor preferido

JARDIM CONFIRMA MANUEL ANTÓNIO NO ENCALÇO DE ALBUQUERQUE 


Miguel Albuquerque arrancou...
...Jardim mandou Manuel António em perseguição individual. (Foto DN - in Google)
  

Ao anunciar o seu adeus, Jardim não só deixa de ser o Único Importante como a partir de agora não terá importância nem influência absolutamente nenhumas na corrida que se segue entre Manuel António Correia e Miguel Albuquerque


Desta vez, o grande chefe laranja foi traído pela inconveniente hiperactividade: ferido no seu orgulho de indiscutível e de único importante, ordenou a Manuel António que se assumisse imediatamente como pretendente à liderança do PSD-Madeira no próximo congresso, reagindo assim ao lançamento estrondosamente anunciado por Miguel Albuquerque. A ordem para o anúncio da candidatura, combinada há mais tempo por Jardim e Manuel António, acaba de ser cumprida, na tarde deste sábado. Curiosamente na terra do novo candidato e secretário do Ambiente - os Canhas. E foi no local que recebeu os primeiros apoios, obviamente da parte de laranjas do seu concelho: Rui Marques, presidente da câmara da Ponta do Sol, e Coito Pita, deputado. Paulo Fontes, funchalense eleito várias vezes pelo círculo pontassolense, portou-se com mais prudência, adiando a definição pública das suas preferências. Que vão obviamente para Albuquerque.
Estas cenas passaram-se nos Canhas, durante a Feira Regional da Cana-de-Açúcar.
Jardim foi traído porque agora, ao contrário das outras vezes, já não poderá sequer pensar em se recandidatar. Ao apoiar Correia, confessou a saída. E a partir deste momento seria, caso mudasse de ideias, um derrotado dentro do próprio partido, e com um resultado humilhante.
Quem fica ultrapassado pelos acontecimentos é o líder da JSD-M, que se manifestara recentemente disposto a pedir a João Cunha e Silva que avançasse à liderança, com Manuel António por perto. Alberto João Jardim quis arrumar o caso e eis Manuel António Correia a dizer de viva voz não só que tenciona candidatar-se como está empenhado em convidar o actual chefe Jardim para figurar nas suas listas como candidato à Mesa do Congresso e do Conselho Regional. Evidentemente que por proposta já feita pelo 'futuro ex-chefe'.

Manuel António: a continuidade

Se ganhar a corrida, Manuel António garantirá rigorosamente a continuidade da linha jardinista, o que aliás está patente na primeira escolha que faz, ainda como pré-candidato, a do chefe carismático para o apoiar na Mesa do partido.
No fundo, o secretário do Ambiente e o próprio Jardim alimentam algumas esperanças de que Miguel Albuquerque não consiga reunir as 100 assinaturas necessárias para validar a candidatura. Um engano a desfazer rapidamente. Os receios dos militantes acabam de cessar. Manuel António jamais avançaria sem a indicação do chefe ,a quem não descura uma lealdade incrível a todo o momento. Ou seja, é o próprio Jardim a despedir-se publicamente do poder. A partir de agora, Jardim não só deixa de ser o 'Único Importante' como já não terá importância nenhuma no processo que se segue.

Albuquerque terá as assinaturas que quiser

Alguns barões do jardinismo responderam, aliás, muito divertidos a uma pergunta nossa: haverá 100 militantes do PSD interessados e com a coragem exigida para subscrever a candidatura de Miguel Albuquerque à liderança do partido?
Responderam divertidos por acharem que hoje tal questão não tem razão de ser. Muita gente está a perder o medo e todos começam a perceber que - como diz o líder nacional de um dos maiores partidos portugueses - "na Madeira, estes são os dias do fim".
"Não tenho a menor dúvida de que hão-de aparecer as assinaturas e muitas mais do que as necessárias e suficientes", antevê um social-democrata de primeira hora mas que nunca funcionou como um incondicional do chefe.
Estas certezas são de hoje. Nem os barões actualmente desprendidos do regime, como se não o tivessem alimentado e também beneficiado dele, podem negar o cumprimento cego das ordens de Jardim nestes 30 anos. Ninguém teve coragem para se solidarizar com Emanuel Rodrigues, primeiro presidente da Assembleia Regional, na altura em que o advogado e político foi afastado politicamente por ter aceite ser mandatário do então candidato à Presidência da República Ramalho Eanes.
Virgílio Pereira por diversas vezes sofreu represálias por manifestar opiniões não coincidentes com as do chefe e seu compadre Jardim. Não vimos manifestação nenhuma de solidariedade quando Virgílio, reagindo às vaporosas alfinetadas estivais de Jardim, em pleno areal porto-santense, entregou a chave da Câmara do Funchal ao patrão do partido e do governo. "Bom político é aquele que governa sem dinheiro", zombou Jardim a propósito das queixas do compadre sobre as gavetas falidas da câmara que tomara nas mãos fazendo um favor eleitoral ao chefe. Por acaso, uma frase que hoje não se aplica de todo ao seu autor: sem dinheiro continental e europeu, veja-se o desgoverno falido que o dito-cujo ainda encabeça.



Virgílio, Emanuel Rodrigues, Egídio Pita...

Mais tarde, como se sabe, Virgílio acedeu ao pedido do amigo Jardim para regressar com mais participação ao partido. Mas, no dia em que resolveu considerar uma "garotice" o seu PSD propor, através de inquérito parlamentar, um exame ao estado mental do deputado socialista João Carlos Gouveia, tornou a sair de cena muito maltratado pelo chefe partidário. Dado o impacto mediático do acontecimento, Jardim sentiu-se na obrigação de convocar um congresso com um único fito: deixar Virgílio Pereira fora da nova comissão política emergente.
Se bem me recordo, o chefe laranja tentou mais uma vez 'recuperar' Virgílio para os quadros partidários, sem sucesso. Hoje, o professor está remetido à sua vida particular e politicamente não passa de um militante de base. Como Emanuel Rodrigues e tantos outros que faziam sombra ao chefão.
O próprio Egídio Pita, que andou de pistola em punho a difundir o ditatorial-jardinismo por esses campos, nos alvores do autonomismo, também caiu em desgraça perante o líder... e sem o amparo de qualquer solidariedade partidária.
O mesmo aconteceu com antigos críticos da Ribeira Brava, de Machico, da Calheta e do Porto Santo, todos vítimas de purgas que os levaram ao desaparecimento definitivo da cenas política. Todos eles saíram levados pela máxima jardinista "quem não obedece, rua". E o silêncio à sua volta foi total.

A explosão de Albuquerque

Até aqui, em termos de sucessão no PSD, perfilavam-se pacificamente os candidatos 'legais e legítimos', porque apadrinhados pelo chefe: João Cunha e Silva, Miguel de Sousa, em algumas fases Sérgio Marques, e ultimamente Manuel António, o delfim do momento, e que acaba de consumar o processo a seu favor. Mas, com a explosão de Miguel Albuquerque, chefe Jardim sentiu-se afrontado.
Como se atreve um militante a dizer o que quer que seja sem consultar o topo da hierarquia? - deve ter pensado Jardim. Era também uma ofensa à clique jardinista - que se resume, bem vistas as coisas, ao próprio chefe, a Miguel de Sousa, Cunha e Silva (já com algum distanciamento) e Manuel António, por razões óbvias. Além de Jaime Ramos, fiel a Jardim enquanto este interessar ao filme em cartaz há 30 anos e que todos já viram dezenas de vezes. Miguel Mendonça, francamente, tem o seu posto no trono de Inglaterra e é tudo. E os trogloditas do espavento parlamentar e rural são franco-atiradores a soldo de quem melhores benesses oferecer. É a lei da vida.
No geral, incluindo os barões mais conhecidos, ninguém tem dúvidas de que os tempos mudaram. Um grande nome, incondicional e calculadamente devoto de Jardim, afirmava há dias, gargalhando num snack da Rua dos Murças: "Já tivemos presidentes de Câmara presos e ganhámos eleições para as câmaras!" Inconsciência dele. Os outros barões, mais prudentes, sabem o que quer dizer o trambolhão do PSD-Madeira nas últimas regionais: queda dolorosa de 64% para 48,5%! Uns 15,5% para baixo! Sabem também que o chefe não tem dinheiro para adormecer o povo, que não pode repetir a salvação como nas outras duas vezes em que levou a Madeira à falência financeira. Que bom seria agora um Guterres com mais 110 milhões! De contos! 110 milhões de contos na velha moeda.

Solidariedade também será negada a Jardim

Quem manda hoje - e nem tanto, porque obedece à troika - chama-se Pedro Passos Coelho. Que, ao contrário do elogio que muito decifraram das suas palavras no congresso, lançou frio e assustador aviso ao chefe ilhéu: "O senhor disse que ia ver se o governo central cumpria os compromissos financeiros no programa de recuperação, pois eu estou convicto de que vou cumprir e de que o dr. Jardim também vai cumprir os seus." O elogio aqui é um solene aviso: não conte com mais dinheiro!
Os próprios social-democratas da Madeira percebem isto. Jardim já deu o que tinha a dar. E a falta de solidariedade que faltou internamente às suas vítimas é um tormento que o aguarda a ele, logo à esquina do adeus definitivo.
São eles, os social-democratas, quem trata de se demarcar da velha política. Como se a ela fossem estranhos a vida toda. Como não choraria desencantado Jardim se pudesse passear anónimo pelas ruas e pelas esplanadas para ouvir as verdades que os seus antigos companheiros despejam impiedosamente pelos cantos. Já estavam fartos de aprovar conclusões redigidas antes das reuniões...
"Claro que o Miguel vai ter as assinaturas que quiser", assume sem complexos um social-democrata com 4 ou 5 mandatos consecutivos no parlamento regional. "Isto até já devia ter acontecido há mais tempo."
Devia ter acontecido há mais tempo... quando estes mesmos barões consideravam folclore e vaidade o menor esboço de dizer algo sem autorização do chefe. "Aquele põe-se em bicos de pés..."

Como as coisas mudam de um momento a outro! Jardim está a passar de ídolo indiscutível a um Cristo renegado por todos os Pedros que empestam o testamento da Madeira Nova.

E Jardim ainda ontem com avisos e ameaças sobre o perigo de Miguel Albuquerque ficar isolado!




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O processo da sucessão de Jardim precipitou-se. Oportunidade para dar atenção à curiosidade que se segue.

REVENDO O LANÇAMENTO DA CANDIDATURA DE MANUEL ANTÓNIO NOTICIADO AQUI NO 'FÉNIX DA MADEIRA' há 5 dias, SEGUNDA-FEIRA PASSADA, 23 DE MARÇO: 




A notícia apresentava-se com o seguinte texto:

O presidente do governo e do PSD-Madeira garante que apostará decididamente no actual secretário do Ambiente, Manuel António Correia, quando se der a corrida à sua sucessão. As conjecturas que apontavam João Cunha e Silva como delfim preferido de Jardim caem assim por terra, já que, quanto a Miguel Albuquerque, já se sabia que só enfrentando o sistema partidário interno poderá lá chegar.
Alberto João Jardim já o disse: a sua aposta vai para Manuel António por considerá-lo mais dotado politicamente e com um grau superior de combatividade em cotejo com a concorrência entre os pretendentes social-democratas - conforme já dito aqui no blogue com base em fontes idóneas.
Mas agora é em definitivo: ultrapassou-se a velha troika dos delfins Cunha e Silva e dois Miguéis (Sousa e Albuquerque). Jardim já deixou escapar algures que o próprio Cavaco Silva tem boa impressão de Manuel António, disso mesmo dando conta em recente conversa com o líder do PSD madeirense. Foi o Presidente da República e ex-chefe laranja nacional quem puxou Manuel António Correia à conversa, para emitir opinião ao correligionário Jardim.
Não conseguimos apurar por que caminhos o agora delfim talhado para a sucessão foi levado ao conhecimento de Cavaco. Nem Jardim o explicou. Mas elementos próximos do presidente do PSD-M aventam o nome do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que dispõe de acesso fácil a Belém e um dia, no seu programa dos domingos, na televisão, lançou o nome do ainda jovem político natural dos Canhas, Manuel António Correia.
Ao contrário do que já prenunciámos aqui, portanto, João Cunha e Silva não é o preferido nas intenções do chefe, pelo que Manuel António está completamente "dentro" do combate e contará com apoio de Jardim se lhe aparecer opositor, o que deverá acontecer na pessoa de Miguel Albuquerque.
Desfeito o tabu de 20 anos quanto ao sucessor de Jardim à frente do PSD-M, não se pode considerar, porém, que o resultado final seja muito mais do que uma semi-surpresa.







Madeira ao Vivo

CAÇA AOS 20%





Recebi estes registos fotográficos há instantes. No MadeiraShopping, a reacção ao IVA que chega à meia-noite carregado com 22% surge com a filosofia da caça. Mas atenção que só há licença para usar a caçadeira dos cêntimos até amanhã, dia 1.

Estilhaços de Madeira


 
 REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTES DA SAÚDE AMEAÇA EMPRESA EXTERNA 
Há uma certa indignação no Hospital da Cruz de Carvalho decorrente da revolução que Miguel Ferreira, director clínico do Sesaram - Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira - decidiu aplicar aos serviços de transportes. É que as soluções encontradas por Miguel Ferreira implicam mais espaço perdido às já de si escassas instalações hospitalares.




Segundo fontes laborais do Hospital, há indicações de que parte da zona norte descoberta da unidade será disponibilizada para instalar quadros vindos de fora. Miguel Ferreira pretende ver por perto a central que organiza os mapas de serviços e dirige o dia-a-dia da circulação pela ilha de todas as viaturas pertencentes ao parque da Saúde. Daí a medida polémica.


Do Funchal ao oeste em carro oficial para almoçar em família


Os carros na garagem da Segurança Social continuam na alçada de Miguel Ferreira, mas tudo dirigido a partir do Hospital.

A medida sucede, propositadamente ou não, às ameaças do presidente do governo relacionadas com a utilização indevida das viaturas oficiais. "Só agora é que ele (Jardim) soube dos carros que vão pôr e buscar filhos de governantes à escola ou transportar compras do supermercado?", censura um profissional do hospital que já passou pela experiência na política dos serviços de transportes.
"Já agora - provoca o mesmo funcionário - era bom que ele (Jardim) fosse à Ponta do Sol saber se há ou não algum director ou directora de um importante organismo oficial que tem carro oficial para ir trabalhar no Funchal e voltar a casa ao fim do dia... e às vezes com deslocação para almoço do Funchal à sua freguesia, no concelho da Ponta do Sol. E digo já que nem sequer é no sector da Saúde."
Por esta e por outras é que há também directores que se escarmentaram com os avisos do chefe máximo das Angústias. "Eu? - responde um director regional quando provocado - Há muito tempo deixei de usar carro oficial. Nem preciso. Ando com o meu." Mas seguem-se duas críticas formuladas pelo mesmo titular:
Primeira crítica: "Acho muito feio e primário dizerem hoje que as pessoas podem usar o carro, porque é um direito, para amanhã, de repente, quando as coisas apertam, virem tentar virar o prego contra quem não tem culpa dessas mordomias."
Segunda crítica: "Acho que ele (Jardim) também devia ter cuidado nas despesas que faz com dinheiro público... e é para não falar de esbanjamentos mais sérios que me têm passado pelas mãos."
Quanto a especificar as acusações, nada... "para já, pelo menos".

Miguel Ferreira com tiques de "ditador" e disposto a eliminar serviço externo de automacas


Entre os funcionários do Hospital, contam-se muitos desiludidos com Miguel Ferreira. Este médico, que nos nossos tempos de Liceu primava pelas relações amigáveis e fáceis com todos os colegas, costuma ser hoje apelidado de 'ditador' - e não apenas pela voz de José Manuel Coelho do PTP, que ainda há pouco tempo se referiu ao director clínico nesses termos. A opinião generaliza-se mesmo internamente nos serviços. "Depois de o nomearem, ficou assim", desabafa um subordinado de nível profissional médio, que manifesta uma desconfiança curiosa. "Para mim, esta revolução de controlar os carros a partir daqui, do Hospital, trazendo os seus controladores para cá, é para ver se um dia consegue acabar com os pagamentos à empresa público-privada, acho eu, que faz actualmente o transporte de doentes."
O homem refere-se aos serviços prestados pela empresa criada a partir da Associação de Bombeiros. "Andaram a dizer que essas colaborações externas cobravam 300 euros por um serviço que, se fosse feito por um carro da Saúde, não gastaria mais de 30 euros", diz o profissional. "Acusaram também que... Se uma automaca externa levava um doente ao Porto Moniz, por exemplo, por 300 euros, cobrava outro tanto por cada doente que aproveitasse a mesma viagem. Não sei se é verdade."
Em todo o caso, a solução de Miguel Ferreira nunca resultará em pleno.
"Sei bem quais os meios operacionais da Saúde para transportar doentes e não vejo automacas nem carrinhas suficientes para as necessidades", avisa o mesmo funcionário, que se diz ansioso pela reforma que o livre do 'manicómio hospitar'.
"Portanto, ou terá de haver recurso ao exterior, como agora, quando não tiverem resposta apropriada à necessidade de transporte, ou então um dia volta tudo mesmo à estaca zero, que é o que acho mais provável."
Pelos dados patentes na política do meu velho colega e amigo Miguel Ferreira, não consigo concluir se os transportes da Saúde estagnaram no ponto morto ou se esgalham a velocidade tal que só acabará com brutal e espectaculoso 'estampanço'.

Madeira ao Vivo

CÂMARA PODADA MANDA PODAR



Ironicamente, numa altura em que o grande chefe da tribo dá mostras de querer podar os ramos incómodos do arvoredo municipal, a ver se erradica de uma vez por todas um mito que lhe faz impressão, Miguel Albuquerque, a Câmara toma a iniciativa de desbastar as excrescências arbóreas da cidade, ressequidas à conta do calor que parece ter engraçado com a terreola.
Na manhã deste sábado, a Rua de João de Deus fechou aos carros para que os trabalhadores desempenhassem tal missão. À entrada do Campo da Barca, um camião a recolher galhos quebrados. Perto do antigo Dispensário e da carcaça que ficou do Hotel Santa Maria, outro camião dotado de guindaste, para manobras mais exigentes.
Que a limpeza se propague a toda esta droga de regime são os meus votos.


Madeira ao Vivo

TUDO AZUL... NO CÉU





Como sempre às 8 horas, o Lobo Marinho saiu dos fundos do porto, passou pelo paquete atracado (como se vê na imagem) e zarpou rumo ao Porto Santo, ilha que espera recuperar na economia pascal depois de meses de deserto.






Agora, a meio da manhã de sábado, céu mais azul não há. O IVA a 22% só chega pela meia-noite.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Bola para o 'sarrame'


Académica, 0 - Marítimo, 1

VERDE-RUBROS DÃO LIÇÃO EM COIMBRA



Marítimo ganha em Coimbra e consolida quarto lugar



Podem continuar a falar de um certo fanatismo deste lado. Podem apontar o ópio do povo que ajuda os políticos na manobra de diversão para desviar as atenções dos reais problemas da sociedade. Mas deixo aqui uma expressão antiga que se costuma usar nestas circunstâncias, como no caso do Marítimo que não pára de vencer:

CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS.

...E o facto é que o Héldon marcou um golo contra zero dos academistas.

Ah, e o Sporting, se perder domingo com o Leiria, fica a 4 perigosos pontos do 4.º lugar, ocupado pelo Marítimo.


(Foto em Google)
Ao sábado neste blogue

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS

Retrato a cores da negra realidade

Notícias do Apolo

ESCOLA COM 40 PROFESSORES PARA 70 ALUNOS!!

Mais uma difícil missão de recolha informativa hoje, nas esplanadas centrais do Funchal, ainda com a sensação de que os ouvidores do regime cada vez mais querem dar a ideia de que não tiveram nem têm nada a ver com a situação regional. Para o conseguirem, carregam sem dó nem piedade e até com uma pontinha de sadismo sobre o sistema de que outrora foram pilares.

Com o bonito dia que fez hoje, bem podia o patrão dispensar-me do trabalho na envenenada e mentalmente poluída mesa do café.


* O secretário e a nora da colega - Voltaram à velha teoria de que o governo regional foi constituído por influência de três mulheres. "Outra vez, não!", experimentei cortar o passo àquele desbocado que teve uma papelaria fornecedora de equipamentos para departamentos oficiais e que hoje anda ressabiado imagina-se porquê. Mas ele insistiu.
"Há dias fui chamado mentiroso, então quero ver quem é que me desmente hoje", desafia o homem, afastando as chávenas de chinesa, garoto e bica para o outro lado da mesa. "A velha colega do de lá de cima (das Angústias), que um dia chegou a deputada, conseguiu ou não conseguiu meter o... Pois, não o meteu em secretário regional? Alguém desmente? Então depois quem foi para chefe de gabinete do secretário, por um mínimo de 3 mil euros? A nora dela! Foi ou não foi?!"
Intervenho: então a rapariga não tem direito a trabalhar?
E o dono da papelaria falida: "E a minha filha também não tem direito a trabalhar? O lugarzinho calhou precisamente... por coincidência... Vejam a quem calhou!"
Alguém comenta entre dentes: Ora, os dois fundadores do Sindicato Democrático dos Professores foram... Pois, talvez involuntariamente acabam por alimentar estas conversas injustas e viperinas.

* Ensino personalizado! - Não sei a que propósito, outro sujeito entrou na liça: "Por falar nisso, os estudantes de Coimbra têm de se avir hoje com o nosso Marítimo que tem chumbado muito clube de nome nesta época..."
"Quem estava a falar de estudantes?" - faz um professor em gozo de licença sabática para montar uma tese sobre as tricas de café. "Mas, já agora, alguém me sabe dizer qual é a escola da Madeira que tem 40 professores para 70 alunos?"
Os circunstantes olham para o céu através dos ramos das tipuanas que esvoaçam ao vento. "Não são todas, seus maldizentes", torna o profe. "Quase todas caminham para essa situação, mas com esses números é só a Escola de São Jorge."
"Como? 40 professores para 70 alunos?", vocifera um chaufer de praça que de quando em vez aparece no café para fazer confusão. "E dizem mal disso? Quando são 70 alunos para um professor, cai o Carmo e a Trindade. Assim, nesses 70 alunos para 40 professores, em que as autoridades conseguem oferecer um ensino personalizado, também há críticas a fazer. Francamente!"

* Como eu temia, o profe regressa à fala: E esses que dão aulas em São Jorge... claro que o contrato no fim do ano lectivo não será renovado. Tiveram emprego antes das eleições, mas agora... Tal qual como no caso dos enfermeiros. Recibo verde antes das eleições; passaporte para o desemprego depois. "Viva a Madeira Nova!", conclui o peste.

* Supermercados e o hospital - Vem depois à baila a tal grande superfície que dizem passar por enormes dificuldades à conta de campanhas adversas ninguém sabe nascidas onde. Contradições, outra vez. Um diz que chega a S. Martinho e só vê prateleiras vazias. Outro diz: até estão a fornecer o hospital, aquilo não deve estar tão mal como dizem.
E pega-se no hospital para dizer que uma só funcionária tem de prestar apoio a 8 salas operatórias e não sei que mais o quê.

* Vem aí o danado do IVA - Lá se conseguiu aguentar uma meia hora sem ninguém falar do endiabrado IVA que desembarca no Funchal domingo, com uma carranca pior do que a dos agentes da troika. Mas, inevitavelmente, o contabilista ressabiado introduz o assunto mais temido da actualidade. "São 22% mais a pancada nos combustíveis, e não se esqueçam de que, quando os combustíveis aumentam, sobe tudo, por arrastamento."
Continua ele com as críticas ao desgoverno regional, que já não manda nada, que agora é só obedecer. Espatifaram o dinheiro todo e agora, com tantas dívidas, lambem os pés aos 'cubanos'. Palavras dele, contabilista, não minhas.

* 'Bocas' na cerimónia - "Longe vai o tempo - prossegue a criatura - em que a gente recebia o 'bagaço' de Lisboa e ainda fazia barulho. O Guterres pagou a dívida e o dali de cima das Angústias desatou a cantar 'A Mula da Cooperativa'. E quando foi da assinatura do protocolo no Palácio de S. Lourenço, no meio daquelas individualidades todas de fato e gravata, apareceu um então amigo de chefe Jardim, Manuel 'Bolecas', sem papas na língua, a dizer lá do fundo da sala para Guterres, salvo erro, ouvir: Parece que é um favor! Não assinem essa merda! Mesmo já não era sem tempo de assinarem essa merda!
Ou seja - carrega o contabilista - O das Angústias pediu ao amigo para dizer aquilo que ele queria dizer.

* Levantei-me de um salto, para não me comprometer com tanta má-língua. Fui à voltinha higiénica no aterro e só voltei há minutos, para fazer o meu trabalho. Mas não assino por baixo nenhuma das insinuações perpetradas lá em baixo.



Madeira ao Vivo

DIRECÇÃO DE JUSTIÇA JÁ ESTÁ NA ANTIGA SECRETARIA DE BRAZÃO DE CASTRO


As placas na Vila Passos ainda indicam o nome da Secretaria dos Recursos Humanos, mas a Justiça já lá está instalada.


Está concluída a mudança da Direcção Regional de Administração da Justiça (DRAJ), da Loja do Cidadão para a Vila Passos, onde até à entrada do actual governo esteve instalada a Secretaria dos Recursos Humanos, titulada por Brazão de Castro.
As operações relativas à transferência praticamente coincidiram com uma auditoria do Tribunal de Contas à gestão dos seviços em causa. Tudo no âmbito da fiscalização habitual do TC aos departamentos com peso na Conta da Região.
A DRAJ é liderada desde a primeira hora por Jorge de Freitas.

Madeira ao Vivo

DOCE PÁSCOA: ATÉ O REI ESTÁ CÁ 

Da Madeira acaba de partir o 'Lobo Marinho' cheio de 'queques' na 1.ª classe e zé povo na turística, para as férias possíveis no Porto Santo. Uma tradição que sai cara a quem precisa de pagar viagens e estada do seu bolso, mas muito acessível para os hóspedes das casas de praia que nós, contribuintes, temos no Porto Santo. A imagem mostra o 'Lobo Marinho' pronto para zarpar, quando os passageiros tomavam assento. A esta hora, devem passar à frente do Caniço. Boa viagem a todos.






Quem anima a zona central da capital neste final de tarde é a Tuna Feminina de Medicina do Porto. Muito aplaudida na sua actuação junto da estátua do descobridor Zarco. Boa estada às bonitas moças que um dia terão a nossa saúde nas mãos.





Tempo de Páscoa, ou melhor, de férias... e eis o destino Madeira procurado por mercados dos mais diversos tipos. Aqui, podemos ver o rei, o verdadeiro e não o das Angústias - D. Duarte de Bragança -, à conversa junto do Jardim Municipal, muito bonito neste arranque de Primavera, apesar da seca. A foto vai de perfil, porque quem a registou entende que a privacidade pode ser respeitada.


Cultura, Culturas


Presidente da Câmara na apresentação do SECOA


Na sexta-feira (30.03.12), pelas 15 horas, haverá uma sessão de divulgação do SECOA – Solutions for Environmental contrasts in Coastal Areas (http://www.projectsecoa.eu/), com o seguinte programa:


 (Informação prestada pelo Prof. Raimundo Quintal)

Politicando

ALBUQUERQUE 'CONFIRMA' MAÇONARIA

Conseguimos há instantes, arrancado a ferros, um comentário de Miguel Albuquerque ao artigo do JM em que a sua candidatura à liderança do PSD-Madeira é considerada obra da maçonaria. O presidente da Câmara sempre confessou, obviamente com a ironia que o caso requer: "É verdade, mas, além da maçonaria, também sou patrocinado por extraterrestres e por uns astronautas."
E para arrumar a questão: "Não perco tempo com essas manobras, que não passam de meras manobras intimidatórias!"
Eloquente comentário, achamos nós.

Politicando

Primeira acção intimidatória contra as 100 assinaturas

ALBERTO BOKASSA DEBITA MANIFESTO ANTI-ALBUQUERQUE


'Rei das Angústias' escarrapacha delirante artigalhada hoje nas páginas do jornal que sequestrou à igreja, com a conivência desta e à custa dos dinheiros públicos - um devaneio impresso que é de pôr uma pessoa bem disposta para o dia todo. Que aquilo ao menos sirva para isso.
A 'peça' vem assinada com as iniciais AB, e foi por aí que descortinei o seu autor: Alberto Bokassa, um pseudónimo óbvio e com muita lógica.
Fica-se bem disposto ao ler semelhante aranzel pela denúncia involuntária do nervosismo que tomou conta da cabeça real perante a hipótese de chegar alguém a dizer que ele, o Único Importante, deixará de mandar em breve. Tudo menos isso, julga o homem. O povo pode estar a morrer de fome que ele continuará percorrendo penosamente, como fantasma do rei que já era, os obscuros aposentos e corredores das Angústias, exigindo ser ele a determinar, em plenário de governo, a ordem dos enterramentos dos contribuintes que se vão finando à conta da política por ele imposta.

Briga de comadres

Começou na Madeira qualquer coisa semelhante a uma briga de comadres, já que as arranhadelas e puxões de cabelo agitam o interior de um mesmo partido. Nesta artigalhada anti-Albuquerque, o tal Único Importante cita fontes, ou seja, cita-se a si próprio, para declarar que a maçonaria lançou o nome do referido Albuquerque como candidato à liderança laranja para "tentar rebentar o PSD-Madeira por dentro".
Acrescenta que esse lançamento de candidatura está a ser analisado "no seio dos social-democratas madeirenses", isto é, pelo próprio chefe e pelas araras da Quinta das Angústias. Resultado dessa profunda análise: está ali "uma manobra mal calculada" por Albuquerque.
Lê-se no desengonçado mas divertidíssimo texto: "Há quem diga mesmo (talvez aquela arara com as penas azuis debruadas a cor-de-burro quando foge) que o novo candidato "seria o instrumento ideal da maçonaria" para fazer os já citados estragos no interior do palácio da Rua dos Netos. O dr. Saturnino que se ponha de prevenção.

Casa dos horrores onde o chefe das Angústias botará discurso de meter medo no 21 de Agosto.

E atenção àquele aviso de certos "sectores ligados às cúpulas laranja" - ou seja, os sectores do Alberto e do João que estão secretamente ligados ao Jardim: "Miguel Albuquerque corre o risco de ficar a falar isolado." E porquê? Porque o artigalhista Alberto Bokassa conhece tanto do chefão Jardim que atira desabridamente para a frente: "O líder do partido, Alberto João Jardim, não costuma discutir em público questões relacionadas com o PSD-Madeira." Logo, eis Albuquerque o fala-só.
Segue-se uma das mais giras bojardas daquelas que se podem ler de cima abaixo naquela página do nosso jornal (nosso na medida em que é pago por nós). E serve para enquadrar esta ideia do tal AB: "Miguel Albuquerque já ficou mal na fotografia com a aproximação ao CDS nas últimas eleições regionais. Como se arrisca agora a ficar pior, pois está a dar a impressão (ao chefe, claro) de se querer aproveitar pessoalmente das dificuldades da conjuntura actual."
Portanto: se alguém puser em causa a indiscutível ditadura do chefe em tempo de crise, é aproveitamento pessoal. Se o fizer em tempo de vacas gordas e total estabilidade, certamente é enviado pela trilateral para estoirar o partido (dele) quando a conjuntura não justifica ondas ao arrepio.
Numa palavra: é proibido contrariar sua excelência o rei seja em que circunstâncias for.
Mais arrazoado: "Diz-se no PSD que o pior que pode suceder a Miguel Albuquerque é este aparecer como o candidato dos Blandys e da oposição."
Não seria preciso mais para queimar o actual presidente da Câmara do Funchal, como se sabe.

Fim à vista

Segue-se: o JM sabe (o rei AB é omnisciente) ser mentira que o congresso regional do PSD vá realizar-se antes das eleições autárquicas de Outubro de 2013. Percebe-se esta preocupação do tirano de trazer por casa: ir para o congresso no contexto actual seria perigosíssimo para a obsessão que ele tem, que é continuar a mandar - porque é disso que se trata, mesmo com Manuel António já indigitado para a sucessão. A saída que lhe convém é chegar ao congresso com mais uma vitória do candidato que ele indicar para a Câmara do Funchal. E o que ele não está a ver, porque a idade pesa, é que reside precisamente na autarquia da capital o seu fim político. No meio desta cegueira, o homem esquece-se de que existe uma oposição na Madeira que muito em breve terá de desabrochar com vitórias. Tudo tem um fim.

Continuemos a ler a xaropada: "As mesmas fontes ligadas à máquina laranja (as fontes são ele e a máquina também é ele) questionam-se e afirmam desconhecer apoios numerosos de notáveis do PSD-M a Miguel Albuquerque."
Da minha parte, nunca ouvi o principal edil funchalense falar de apoios, pelo contrário, o seu discurso invariável é o seguinte: "Os únicos miguelistas que conheço sou eu e é o Rui Abreu (seu adjunto) e não percebo como este grupinho consegue incomodar governos, administrações e líderes históricos."
Na sequência do escrevinhanço, passe o termo, sua excelência já tenta criar atrito entre Bruno Pereira, a quem só tem humilhado nas suas competências, e Miguel Albuquerque. Dividir para reinar, como sempre.
O escabroso escrito - sejamos concretos - termina com alusões a situações familiares de Albuquerque, nojice que costuma fazer aos adversários da oposição e não apenas, mas cobardemente nunca de cara a cara, porque sabe de quantos não se importam nada em ficar na História como os primeiros a aplicar ao soba o solene correctivo que anda a pedir há muito. Neste caso, tenta retirar dividendos da tenebrosa ligação de um irmão do presidente da Câmara, na qualidade de enólogo, a uma empresa do satânico grupo Blandy.
Aqui neste caso não há muito que reflectir: não é com palavras que se resolvem ofensas deste jaez.

Nós a julgarmos que apenas a oposição e alguns media trabalhavam a soldo da maçonaria, eis senão quando Alberto Bokassa confessa que há desses paus mandados dentro do seu partideco! Ora, ele é conivente com a situação. Já agora, faz-me espécie o 'rei das Angústias' atacar tanto o que cheira a maçonaria e nunca ter jorrado vómito sobre os mistérios do opus dei.

Enfim, cumprida está, via artigo no JM, a primeira acção intimidatória para quem pense em participar nas 100 assinaturas necessárias à candidatura interna de Albuquerque. A ideia é, de facto, isolar o edil dentro do partido. Mas, hoje por hoje, a rua sabe quem é que está isolado... e em perigo de dar às pernas e às varizes.

Delírios da Madeira Nova

O REI DEU EXEMPLO DE JORNALISMO PROFISSIONAL E NINGUÉM APRENDE!
OU: QUE CARAÇAS DE ISENÇÃO, BISPO D. ANTÓNIO!


Sua excelência o fantasma do rei, vagamente conhecido por chefe do governo regional, voltou a criticar a classe dos jornalistas. Fê-lo numa das poucas ocasiões em que saiu do 'centro de dia' instalado na Quinta das Angústias para viajar numa excursão ao Pico do Areeiro, provavelmente organizada pela junta de freguesia de São Pedro.
Ao atacar lá nas alturas os capitalistas disfarçados de ecologistas - palavras suas -, evidentemente que o caso sobrou para a comunicação social. Nesta base: não têm perdão os que fazem eco das asneiras que dizem os tais ambientalistas, "uns parvinhos que Nosso Senhor nos deu como penitência". E por que lhes dão voz os jornalistas? Porque, diz o fantasma do rei, a comunicação social "é pouco profissional e pouco preparada".

Ora, existem bons e maus profissionais em todos os ramos de actividade. Como há profissionais bem preparados e os há mal preparados. La Palisse. No caso do cavalheiro em questão, "jornalismo profissional e bem preparado" é aquele que funciona como arma político-partidária dele, do dito cavalheiro das Angústias.
Jornalismo sério foi quando ele recebeu a direcção do 'Jornal da Madeira' das mãos do bispo Santana, durante o PREC dos anos 70 do século passado. O prelado que em má hora veio parar à diocese sediada nas Quatro Fontes, já que resolveu catapultar o sujeito que viria a resultar naquilo que temos ainda hoje nesta desgraçada terra. Foi ele quem incumbiu o futuro 'sua excelência' de "fazer política" no dito jornal, porque para falar de terços e santinhos, dizia tal bispo, havia o 'Sino de Santa Maria Maior'. Fazer política, entenda-se: propagandear a reacção como o sr. Jardim já fazia na fascista 'Voz da Madeira', com ódio anti-socialista e anti-comunista, favorável sim à onda separatista reaccionária então em germinação nas ilhas.
Aquilo, sim, era jornalismo "profissional e bem preparado". Isto é, um jornalismo sério, equidistante dos vários poderes regionais, desde o religioso ao partidário e ao económico! Basta dizer que o dito-cujo futuro monarca era chefe do PPD/PSD-M e director do 'Jornal da Madeira'... simultaneamente!
A juventude actual pode assim calcular o jornalismo "profissional e bem preparado" que o então candidato a rei da Madeira não fazia no tratamento democrático e jornalístico aos outros partidos.

'Rei das Angústias' com razões para estar magoado...

Passaram-se 30 anos e a verdade é que sua excelência tem razões para se sentir magoado com a comunicação social. Porque o homem continuou pelos anos fora tentando passar a lição que legara ao futuro como o jornalista "profissional e bem preparado" que se revelara naquele período, aliás negro, da vida madeirense. E em vão. Tempo perdido na altura em que usava uma folha sem credibilidade jornalística para difundir o laranjal e incentivar a FLAMA das bombas ao incremento do terrorismo, através das pistas que deixava nas suas delirantes 'tribunas livres', ao tempo uma nauseante catarse escatológica imposta diariamente à populaça.
Bem tem tratado de passar os seus conhecimentos sobre jornalismo isento, mas debalde, como se sabe. Bem dá o exemplo ainda hoje, garantindo o 'pluralismo' num cenário de comunicação social hostil ao PSD-M, fazendo-o por via da manutenção do JM, mas à custa de todos os contribuintes e não do dito PSD-M. Então, aquilo é jornalismo "profissional e bem preparado" em catadupa, a rodos, com o clímax nos artigos do rei que o dito jornal transcreve do partidário 'Madeira Livre', ainda por cima "com a devida vénia". Nós pagamos o jornal e ainda fazemos a "devida vénia" para divulgar aquelas dejecções mentais. Isenção jornalística é aquilo, desde a primeira à última página, um autêntico album fotográfico da papada polvilhado com caracteres mercenários de hosanas ao regime.

Mentir já não dá inferno?

Credibilidade é aquilo: um jornal com preço na capa e distribuído gratuitamente! Então, bispo D. António! Mentir assim diariamente não é pecado? Isso já não dá inferno, chiça? O amigo bispo consegue dormir descansado nas instalações episcopais das Quatro Fontes com este peso na consciência? Que caraças! Por causa disso, o senhor arrisca-se a passar uma temporada de férias aquecidas no purgatório, antes de São Pedro lhe abrir as portas do paraíso onde, em dia que desejo distante, completará um trio de luxo com Santana e Teodoro!
 Em conclusão, jornalismo "profissional e bem preparado" é o que trata mal os conterrâneos, chama os nomes mais ordinários a quem 'não passa cartão' ao ditador; jornalismo sério é o que mente descaradamente, faz concorrência desleal na praça dos media, fala apenas de um partido e para incensar o seu chefe, reza numas páginas muita fé e caridade e noutras evidencia a necessidade de apedrejar jornalistas "pouco profissionais e pouco preparados".
Curiosamente, a história repete-se: o 'rei das Angústias' voltou a acumular, além de dois vencimentos, as funções de director do JM e de líder do PPD/PSD, acrescidas da chefia do governo regional. Chefia fictícia, porque agora mandam Passos Coelho, Gaspar e os estrangeiros da troika - ao que isto chegou!
E viva o jornalismo "profissional e bem preparado"!


quinta-feira, 29 de março de 2012

Politicando

BALTASAR AGUIAR DENUNCIA GASTOS LOUCOS DO REGIME



O líder do PND foi o entrevistado desta noite da RTP-Madeira. Explicou as posições políticas do seu partido. E abordou a saída de José Manuel Coelho, dizendo-se convicto de que, não fora essa dissidência, o PND teria provocado o derrube do jardinismo.
Baltasar Aguiar pôs a nu os incríveis gastos evitáveis dos titulares do regime, desde o parlamento ao governo, o que agrava de forma absurda a despesa pública. E não esqueceu os ajustes directos disponibilizados para beneficiar Guilherme Silva, advogado laranja muito bem pago, em casos que envolvam a RAM.
Quanto a dar apoio a Bruno Pereira numa candidatura à CMF, nem pensar, disse o líder do Partido da Nova Democracia. Miguel Albuquerque e Bruno Pereira representam a continuidade do regime, com a particularidade de serem "controlados pelo Jaime Ramos".
O PND está disponível, e com empenhamento, é para integrar uma coligação a constituir com a missão de acabar eleitoralmente com a hegemonia do PSD, na qual participem todas as forças partidárias, incluindo o Partido Comunista.

Insurgiu-se Baltasar ainda contra o clima de violência que se instalou na Madeira e acusou o 'jagunço' líder da JSD das agressões e dos atentados contra Gil Canha, seus familiares e bens. Concluiu com impiedosas críticas ao representante da República, pelo desempenho de Ireneu Barreto de total subserviência ao poder jardinista, a que temos assistido.

Madeira ao Vivo

Era para deixar passar, mas não passa

17 DIAS DEPOIS, A CANDIDATURA DE ALBUQUERQUE...

Fui surpreendido hoje com televisões, rádios e jornais numa azáfama maluca falando sobre o avanço de Miguel Albuquerque para a sua candidatura à liderança do PSD. Como se fosse uma novidade. Um terramoto noticioso que me deixou perplexo. Agora mesmo foi o telejornal regional.
Ora, os seguidores deste blogue certamente se lembram do que aqui apresentámos há nada menos de 17 dias. Só para recordar, olhemos para esta reprodução de 12 de Março, neste blogue. Sim, 12 de Março:


Depois desta notícia, alguém achou de xingar este vosso amigo a respeito dos propósitos da dita notícia. Então, passei a receita adequada, conforme apontamento de 14 de Março que podemos ver a seguir:



Dias depois, novo artigo sobre o mesmo assunto, então já velho, conforme os leitores do blogue sabem. Repare-se que nessa peça (agora a seguir) meti um pouco de água por considerar João Cunha e Silva mais perto do apoio de Jardim do que Manuel António, na futura disputa com Albuquerque. Vejamos:





No dia 23 de Março, ainda coloquei esta peça que segue:



Depois de mais de duas semanas a noticiar conforme documentos juntos, deparo-me hoje com este frenesim na generalidade da comunicação social. Obviamente que este blogue não tem a pretensão de ser visto por leitores em massa, nem por sombras. Ou por jornalistas. E não anda em disputa com os media pelas notícias ou outro fim qualquer, porque, nesse capítulo, a minha história ficou no passado e os leitores madeirenses é que têm autoridade para dizer se houve algum mérito ou não. Fiz o que pude e agora estou noutra etapa da vida.
Agora, há situações que se verificaram anteriormente, ao longo dos anos, e ficaram impunes, porque não lhes dei importância. O que não pode voltar a acontecer. Um pouco de ética fica bem a todos. O descaramento acaba sempre mal.
Não me passa pela cabeça pensar em citações do blogue, era o que faltava. Tenho visto fazê-lo em relação a outros blogues, mas nem quero ouvir falar disso. Usem o que quiserem à vontade, se quiserem. Afinal, estou aqui para tratar de assuntos sérios mas para me divertir muito também, ao lado dos leitores com perfil semelhante.
Acho errado desprezar as fontes, sejam elas quais sejam, e pelo contrário há que as espreitar. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém. Se por acaso alguém interessado passar por aqui, tome como seu, sem ter de esperar 17 dias, outro tema já tratado há dias nesta página - e que reproduzo abaixo - sobre a ultrapassagem de Manuel António a Cunha e Silva. 
Um abraço a todos e não levem a mal o meu desabafo. Os seguidores deste blogue e eu próprio já vamos nas Desertas. 


Notícias do Apolo

SE NÃO É DE INTRIGAS, ESTE É O SEU NOTICIÁRIO

Desempenhava este proletário a sua missão na redacção das esplanadas quando um ouvidor do regime tentou repisar uma notícia que todos conhecem, com a ideia mesquinha de massacrar as cúpulas do aparelho a que ele pertence. Queria o sujeito repetir a lengalenga de que o chefe escolheu executivos através de informações no feminino. Primeiro, não aceito encomendas e ainda por cima requentadas, aquelas informações que todos já conhecem. Depois, resolvam lá os seus problemas entre si, porque nós temos o IVA com que nos entreter. Mas já conto a história.

Se passam carros, criticam-se os gases. Se há esplanadas, atacam-se os vapores.

* Último andar dos prédios reservado aos barões - Seria bom que alguém fizesse uma visitasinha aos grandes prédios urbanos para tentar perceber um pormenor - espicaçou esta manhã um desempregado do sector da imobiliária - Tentar perceber a que se deve a coincidência de os últimos andares de muitos desses prédios pertencerem a figuras gradas do regime.
Outro conviva alegou nada ver de anormal nisso. Curioso, sim, mais nada. Então os tubarões não podem ter preferência pelas alturas? E o desempregado: "É só pelo fenómeno, que um ser normal tem de achar estranho. Não estou a insinuar nada. Alguns deles foram pagos  devidamente por cheque... embora com outra assinatura, talvez a de algum adjudicatário..."
Chamei as atenções para a mania de acusar sem provas os barões do regime, e eu condeno isso, sejam eles de que área partidária forem. Aliás, os adjudicatários não precisariam de assinar cheques, para nada, apenas ofereciam o que bem entendessem e pronto...
O sujeito explicou-se: "Isso aí, amigo, então e as continhas para apresentar? Mas não estou a acusar especificamente ninguém, não aponto os do regime ou os do anti-regime. Mas, já agora, se não o faço é porque não quero. Provas? Ah ah! E antes que me esqueça: num dos casos, o grandalhão não ficou com o último andar do prédio, ficou com o penúltimo. É para confirmar a regra."
O homem, para não passar por mentiroso, desatou a enumerar os edifícios de que fala. Mas eu posso aqui reproduzir os nomes, descansado, vou-me pôr aqui a falar de dolce vitas, falésias, Rua da Conceição e calçadas, posso falar nisso sem ser intimado pelo MP? O melhor é deixar o exercício à perspicácia de cada um, porque já passei anos demais nos frios corredores do tribunal, acusado, não de corrupto, assassino do ambiente ou autor de violência, mas simplesmente por denunciar por escrito casos relacionados com esses tipos de crimes.
Agora o ouvidor ressabiado!...

* Altas e poderosas nas máquinas - Começava a reflectir para tentar perceber patavina do assunto quando um contabilista reformado se pôs a narrar aventuras passadas há muitos anos, não sei em que parque empresarial ou de máquinas, nem de que localidade. Aliás sei, mas não posso dizer. Limitei-me a ouvir: um executivo, não percebi de que grau, tinha influência nesse endiabrado parque e através das contas que passavam por ele, parque, construiu a sua casa sem custos pessoais. Um dia, o operacional que estava por dentro do expediente abusou do que julgava serem 'costas largas' e decidiu comprar um automóvel de marca diferente da que fora decidida pelo sistema. Pronto, despedido. O patrão da casa construída com "apoios públicos" não lhe pôde deitar a mão nem ele dar à língua, porque seria pior para ele.
...E o regabofe era de tal ordem naquela unidade das máquinas - insiste o contabilista descarado - que se desviavam dali peças à vontade, acabando algumas delas, novinhas em folha, por ser vendidas em leilões de velharias.

* Tascas da poncha são da jota - O empregado  da esplanada chegou com mais cafés e refrescos e logo alguém aproveitou para referir as últimas notícias sobre o incremento do alcoolismo na Madeira. Um psicólogo ainda no activo opinou que o fenómeno acontece geralmente em tempo de crise. O que é que os adeptos de um clube fazem nos dias de derrota? Bebem. Então, depois de viciados, repetem a dose nos dias de triunfo, para celebrar. É por isso que os estabelecimentos comerciais de fazendas e sapatos estão a ser substituídos por tascas. Há crise, bebe-se e acabam-se as necessidades da família.
Curiosamente - ataca um dissidente do Bloco - abrem-se em série tascas em geral pertencentes aos pequenos da jota...
Fiquei na mesma. Não gosto de poncha e o meu tempo de andar de tasca em tasca já passou.

* Mulheres a fazer executivos e câmaras - Finalmente, o tal ouvidor do regime, nesta fase um pouco zangado com a perigosa sarilhada no laranjal, puxa de novo o tema para o mexerico político. Só para repisar um assunto com saída, apesar de requentado. Para o fazer, simulou agastamento por ter o governo regional sido formado outra vez, a vários níveis da orgânica, não exclusivamente pelo chefe, que se gaba de nem ao travesseiro falar em nomes, mas baseado em conselhos que podem ter sido dados na melhor das intenções, mas com péssimos resultados em alguns casos.
Claro que a generalidade dos presentes aproveitou para se banquetear com o tema, sempre suculento para as mentes patologicamente afectadas.
Fiquei a ver para onde a conversa derivava. Pois: mais do mesmo. Que o chefe se deixou influenciar pelos palpites de três mulheres, pelo menos em algumas áreas da governação. E foi então que intervim: pedi-lhe que virasse o disco porque aquela música já todos conhecíamos. E que, mais a mais, o que faltava era um líder não ter a liberdade de se aconselhar com quem melhor entender, seja homem, seja mulher. Claro que uma pessoa tem gente próxima não necessariamente alheia ao que se passa à sua volta. É assim tão estapafúrdio beber aí um conselho? Claro que, depois, há decisões por essa via que desaguam em desastres monumentais, como aliás é o caso.
Mas, se metermos a mão na consciência, na fase que atravessamos em que os governos e as administrações não mandam nada de nada, que diferença faz escolher este e aquele ou nomear os indicados pelas pessoas da confiança, sejam mulheres ou homens? Não se pode confiar na mulher? Numa filha? Numa sobrinha ou num atia? Numa conselheira de anos? Numa avó, se preciso for? Ora!

Nada como uma volta higiénica ao aterro, para expurgar a má-língua dos cafés desta cidade.


O ouvidor, que devia era estar calado, porque também já beneficiou de um lugar autárquico pela via que agora condena, estava mesmo decidido a não largar o assunto. Portanto, quem largou o serviço fui eu, como confessei num artigo anterior.
Saí da mesa e fui para a minha volta higiénica no aterro, ganhando cada vez mais a convicção de que aquele ouvidor do regime bem pouco deve conhecer de mulheres.

Notícias do Apolo

SE É CONTRA A INTRIGA, NÃO PERCA HOJE

Lá mais para a tardinha, chegaremos a esta página com as 'Notícias do Apolo'.
Mas peço compreensão para o seguinte: abandonei a recolha dos elementos jornalísticos assim que um dos ouvidores do regime presentes na mesa da esplanada se pôs a falar de um governo regional qualquer que foi constituído por iniciativa e escolha de 3 mulheres.
É que não estou para transmitir notícias gastas e requentadas. Só dou peças em primeira mão.
Então, até logo com a secção 'Notícias do Apolo', esse verdadeiro grito de revolta contra a intriga gratuita.

Madeira ao Vivo

Aparen-te-mente...




A capital madeirense continua muito animada hoje. Os turistas registam bons momentos para mostrar aos amigos e familiares...



...E fazem também circular capital nos negócios...



...Mas os que saíram encosta acima também não dão o tempo por perdido, é questão de se ver este quadro camacheiro, captado ao início da tarde desta quinta-feira.
Nem parece que o dia 1 de Abril vem carregado com IVAs.
UMA CONVERSA A NÃO PERDER




A minha antiga colega no DN e eterna Amiga Teresa Gonçalves foi convidada pelo Museu Vicentes, de que é ilustre directora a Dra Helena Araújo, para a próxima conferência "À Conversa com...", no âmbito das comemorações de aniversário do museu.
A repórter-fotográfica Teresa Gonçalves detém, como poucos no país, o engenho natural de utilizar a arte ao serviço da notícia e da reportagem, funções da profissão a que se entregou desabridamente.
Recomendo a quem gosta de fotografia e de arte sincera que participe neste encontro com uma mulher de armas detentora de muitos êxitos já numa carreira que prevejo longa e para ficar inscrita nos anais do jornalismo madeirense e português.
É na Rua da Carreira, 43, este sábado, das 10 às 12h30.

Madeira ao Vivo


Não resisto a mostrar esta imagem de mais um dia bonito no Funchal, para a fotografia. E para os comerciantes que vivem dos navios de cruzeiro, porque, como diz um conhecido e espaventoso empregado do Apolo, quando o porto está vazio as esplanadas seguem-lhe o exemplo.

Delícias da Madeira Nova


É deficiência óptica e auditiva ou a casinha em construção na Rua 5 de Outubro também se arrasta, como percebemos 'in loco', com meia dúzia de mestres a dar umas marteladas de vez em quando? Com tantas obras paradas, receamos que o cimento em bruto continue assentando arraiais cá na capital.

Politicando

PSD-MADEIRA 'À BOMBA' PARA DERRUBAR ALBUQUERQUE


Um alto barão do PSD acha que Sérgio Marques 
foi a bomba que Jardim mandou para dentro da câmara do Funchal para tentar acabar
de vez com o mito Albuquerque, o edil que deixa rasto na Câmara e já partiu à conquista do PSD.

A expressão é de um dos mais antigos barões do laranjal jardinista: a escolha de Sérgio Marques para candidato do PSD nas próximas autárquicas foi "uma bomba que o Alberto João mandou para dentro da câmara". Na perspectiva do mesmo político, que já deteve posição de destaque na governação regional e continua bem cotado junto do chefe Jardim, este chegou à conclusão de que, para resolver o problema da guerra permanente no Funchal entre o município e o seu executivo e ao mesmo tempo travar as ambições de Albuquerque que levaram o edil a assumir a disputa do partido no próximo congresso, "precisava de um nome forte que neutralizasse, numa primeira fase, o Bruno Pereira, que é da linha Miguel". E viu no ex-eurodeputado alguém capaz de arrasar os rebeldes e acalmar as hostes no processo das candidaturas à câmara e ao partido.

Chefe Jardim com azia desde o dia em que foi divulgada a candidatura de Albuquerque à liderança do partido

O barão com quem falámos esta quarta-feira é do tempo em que Jardim, no seguimento de um crescendo oposicionista na capital, que fez abalar a candidatura do PSD em 1989 liderada por João Dantas, foi obrigado a trazer o carismático Virgílio Pereira do Parlamento Europeu para encabeçar a lista laranja que ficou conhecida pelo slogan 'De alto a baixo'. Apesar do 'peso pesado' à cabeça da lista nessas eleições, pai do actual potencial candidato independente Bruno Pereira, os social-democratas não se livraram de novo susto, à semelhança de 1989 (PSD com Dantas 45,1%; PS/CDS 40,4%) e de umas eleições municipais anteriores, em que o socialista António Trindade quase derrotava a lista PSD liderada por Sá Fernandes. De facto, o candidato socialista André Escórcio surpreendeu tudo e todos em 1993 com uma campanha aguerrida que ia fazendo estragos de monta na Rua dos Netos.
"A história repete-se mas tem graça que agora o problema é interno", diz o alto dirigente PSD. "O problema dele (Jardim) por enquanto é acabar com a linha que o Miguel (Albuquerque) criou na Câmara e impedir que ele cresça no partido." Ainda por cima, o chefe "tem andado a ruminar com muita azia a candidatura que o Miguel assumiu para o congresso, eu conheço bem o Alberto João e sei que ele só podia reagir como reagiu ao saber dessa candidatura, ele nunca aceitaria uma provocação dessas".
Acrescenta que João Cunha e Silva, vice do governo, em vão tentou acabar com o mito de Albuquerque, inclusive com a fiscalização às célebres 'negociatas municipais'. "Deu tudo para o conseguir e nada... E agora não percebo que papel anda ele (Cunha e Silva) a fazer, porque ninguém o vê. Se era para proceder assim, era melhor não ter ficado no governo. É por isso que não me admiro com o lançamento do nome do Manuel António para suceder ao Alberto João, isto deu muita volta. O Alberto sabe que o João não ganhará ao Miguel (Albuquerque)."

Outro elemento, considerado já um 'meio pesado' nas hostes do laranjal, acredita na tese da 'bomba' com que Jardim, através da candidatura de Sérgio Marques, pretende escaqueirar a situação sedimentada na câmara da capital. Mas avança que, em seu entender, isso é "um grande erro do Alberto João". Por isto: "O Bruno é uma pessoa bem vista, sabe falar com as pessoas e sabe ouvir. Ainda não perceberam isso? Depois, se apresentar mesmo candidatura independente certamente vai ter o apoio do Miguel Albuquerque. Parecendo que não é muito importante nesta altura, ele conta também com a tradição do nome do pai, o Virgílio Pereira. E não tenho dúvida nenhuma de que o Bruno ganha ao Sérgio, mesmo como independente e contra o PSD."
E mais: "Não terei receio nenhum de dizer isto se me pedirem a opinião no partido! É que digo mesmo. Acho errado constituir uma candidatura contra os que têm ganho as eleições de 4 em 4 anos."
Uma indirecta ao chefe: "Falam em unidade, em deixar os individualismos, e depois vêm pôr zangas e ciúmes pessoais à frente dos interesses do partido! O futuro do PSD não pode ser resolvido à bomba, a rebentar bombas por dentro. Parece que querem fazer a vontade à oposição, aos que esperam pela implosão do nosso partido. Não pode ser assim!"

Obras na Câmara para receber Sérgio? - pergunta-se com humor. Ou Miguel, Bruno e companhia a dizerem que tratam eles próprios das novas pinturas? Os trabalhos corriam nesta quarta-feira...

Mas o chefe entende que sim, que só à bomba derrubará os seguidores de Miguel Albuquerque e o próprio presidente da Câmara. Este, tapado pela lei da limitação dos mandatos, também não se tem inibido de manifestar a ideia de que a próxima corrida à câmara servirá para ver se alguém continuará com coragem de manter as distâncias entre poderes, o municipal e o da Quinta das Angústias. No fundo, é um recado e um alento para o próprio Bruno Pereira. Albuquerque costuma dizer que em política "é preciso ter os órgãos todos no sítio" e mantém que é isso que espera ver no processo de candidaturas para as eleições de 2013. Foi isso que ele próprio já fez, ao assumir a candidatura ao partido, seja para defrontar Cunha e Silva (e agora Manuel António) ou o próprio Alberto João Jardim.
Quanto à questão do sucessor preferido do chefe para a liderança do PSD, Manuel António, e ao avanço de Miguel Albquerque, o mesmo  'peso meio pesado' do PSD, que é deputado, diz ser preciso "ter muitas cautelas com tantos exercícios e com os nomes lançados".

Oposição expectante, sem marcar agenda

A oposição pouco se tem manifestado acerca da convulsão interna que se deflagra no seio dos social-democratas. Uns dizem que esperam para ver a tal implosão, outros argumentam que não devem comentar a vida privada dos outros. Evidentemente que todos anseiam pelo descalabro laranja, que lhes poderá facilitar a vida nas eleições do futuro. Mas também ficar só a ver passar os comboios pode resultar numa colaboração suicida com a próxima clique laranja, aquela que se seguir à que manda na Madeira há 36 anos. Nada como impor a agenda política e o que acontecer aos outros que venha por acréscimo. E não o contrário, ou seja, apostar nos despojos do adversário e limitar-se a complementar o trabalho.