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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Madeira ao Vivo



FILIPE MALHEIRO É UM ÍCONE 'MARGINAL' DA MADEIRA NOVA




Conhecemos Luís Filipe Malheiro há... perdemos a conta, não interessa quantos anos. 
O importante é dirigirmos duas ou três palavras a este nosso ex-colega e sempre Amigo da Madeira Nova em que cada um de nós forçosamente viveu. Cada um à sua maneira.
Filipe vai reformar-se.
O princípio parece que foi ontem!


Antes de outra nota qualquer, não podemos deixar de recordar o dia em que o Luís Filipe Malheiro consultou os colegas do seu tempo, incluindo este vosso amigo, a pedir opinião sobre o rumo a dar à sua vida. Um acto de humildade que fica bem em toda a gente e que nele, Luís Filipe, surgiu com toda a naturalidade. Ele nunca foi de se pavonear. E até podia.

Estava em causa, nessa fase, Filipe Malheiro deixar ou não o jornalismo para integrar uma lista do PSD ao parlamento regional.

Na realidade, Filipe figurava como intimamente conotado com o partido laranja. Ele nunca o escondeu. Por isso e por muitas outras razões, incluindo a importância da coerência e das experiências profissionais, opinámos que sim, tal como fizeram outros companheiros da época. Que devia experimentar a política.
De modo que a mudança do jornalismo para a política foi consensual - ele não precisava de consultas, mas fê-las.

Depois do JM, Eco e Lusa, Filipe transferiu-se definitivamente para esse mundo - e 'marcado' com a cor laranja, obviamente.
Note-se, porém: ele suspendeu a carteira de jornalista, assim que se inclinou para a política.

Eleito na lista PSD, acabou todavia por trocar a bancada parlamentar pelo posto de chefe de gabinete do presidente da ALM.
E tantos anos de carreira - até ao fim - correram nessa área.
Sempre com uma particularidade em evidência: Filipe não se libertava, nem ele o queria, certamente, da marca de jornalista. Daí a independência que conseguiu no interior do seu próprio partido. Nem os barões PSD se atreviam demasiado pelo terreno dentro.
Pois. Com ele não havia 'muita farinha'.

Não resistiu ao bichinho de escrever, entretanto. Manteve e mantém o seu Ultraperiferas, blogue muito concorrido. E continuou com artigos de opinião no JM, condição criticada na praça nesta base: os colunistas do regime batalham no JM pela permanência do grande chefe, Jardim, com artigos pagos a peso de ouro.

Obviamente não podemos ignorar este aspecto, ao falarmos de Filipe Malheiro. A crítica existe. Mas também não podemos esconder que ele, Filipe, não é personalidade para servir senhores incondicionalmente, nem para se servir à custa da sua dignidade. Nem para mercadejar caracteres, apostamos tudo o que temos. Luís Filipe há-de escrever sempre - e muito de cada vez, como se sabe, aqueles 'lençóis! - independentemente das suas ligações extra-jornalismo.

Felizmente que assim é. Que continuará escrevendo. A sua opinião ganhou credibilidade lentamente, com o correr dos anos. Sedimentou-se nos espíritos. É obrigatório sabermos o que o 'matreiro' do Filipe pensa e o que pretende levar-nos a pensar.

Além de Filipe ser unionista e nós maritimista, divergimos noutro ponto: Filipe tem partido, nós não.
Pior: não gostamos nada do partido que ele defende há 30 ou mais anos.
Mas gostamos dele, do Luís Filipe. Sem reservas.

Politicando



ALBUQUERQUE LIBERTA-SE DE ESPINHOS



As rosas da Quinta do Arco amansaram, graças ao BES.


Miguel Albuquerque tem todas as razões para continuar a manifestar boa disposição. À medida que caminha para a disputa no terreno da liderança do PPD-Madeira, vê desaparecerem os espinhos que lhe apareceram sucessivamente na carreira.
A sondagem desta quinta-feira no DN, a confirmar que a velha popularidade se mantém e até reforça, calha bem na presente situação do presidente municipal.

Faz tempos, Albuquerque libertou-se do espinho Jardim. Quando reparou que não tinha de se intimidar com quem quer que fosse, grande chefe incluído, o nosso rapaz da Câmara disparou-se desenfreadamente à conquista da vida. "Penso pela minha cabeça" - passou a ser a sua filosofia intrapartidária.

Depois, desenvencilhou-se de concorrentes no campo do delfinato, com realce para o caso de Cunha e Silva, que resolveu optar pela falta de comparência.

Nos últimos dias, Albuquerque libertou-se de um doloroso espinho que se lhe tinha cravado no corpo, José Pedro Pereira, o líder da JSD que lhe jurara combate na dita corrida - através do apoio a Cunha e Silva ou a Manuel António Correia.
'Deus não castiga com pau nem com pedra' e eis que, de um momento a outro, o candidato laranja em quem as velhotas do município revêem o rosto de Cristo recebeu a dádiva inesperada: o jovem José Pedro, que o ameaçava com 5 mil votos contra nas eleições internas, desatou num berreiro e demitiu-se da JSD.

Os espinhos do roseiral

Todas estas conquistas enquanto o edil principal da Câmara funchalense conseguia retirar da carne uns espinhos também de considerável incómodo. Miguel Albuquerque livrou-se do roseiral que tinha no Arco de São Jorge, vendendo a quinta ao Banco Espírito Santo.
Evidentemente que Miguel conservou no seu património a casa do avô lá situada, o tenente coronel Ernesto Machado, um dos nossos indomáveis heróis de 1931... a quem o neto deve ter ido buscar a rebeldia necessária para não se deixar subjugar por ditadores de pacotilha.
Safo dos espinho do roseiral, Albuquerque surge no campo da luta com maior liberdade de movimentos, de modo que o seu ainda chefe máximo tem motivos para ir pensando em seguir o exemplo de José Pedro Pereira, o jovem de quem queria fazer testa de ferro e que acabou por cair sozinho, sem amparo.
...Sabendo-se que o rapaz pediu ajuda ao dito chefe máximo e ao vice Cunha e Silva, na altura em que os outros dirigentes da Jota se reuniam para exigir a sua demissão. Se o rapaz soubesse em tempos o que sabe hoje...
Sendo oportuno perguntar: perante os cabos soltos que ainda fazem balançar perigosamente o barco de José Pedro Pereira, os antigos superiores tencionam deitar-lhe a mão?
Santa ingenuidade!


Quanto a Miguel Albuquerque, o futuro chefe respira e suspira. As portas abrem-se de par em par. O partido não lhe resistirá muito, presume-se. 
Portanto, até ao dia em que a Oposição entrar em campo, só há rosas sem espinhos.


Delícias da Madeira Nova

ROBERTO SILVA MUITO CASEIRO



Roberto Silva, deputado laranja pelo Porto Santo e antigo presidente da Câmara da nossa ilha encantada, faz os possíveis e os impossíveis para regressar a casa todas as vezes em que vem à Madeira no cumprimento das suas funções parlamentares... no mesmo dia em que viaja para cá. Vem de manhã, vai à tarde. De avião, claro. O que merece alguns comentários humorísticos dos seus colegas de ALM, cada qual com a sua imaginação.
Pensando bem, que diacho leva o nosso particular amigo Roberto a evitar por todos os modos pernoitar uma vez por outra cá no singelo Funchal? Será que os lençóis usados cá são assim tão diferentes dos seus?

Já sabemos: se o homem aproveitasse para ficar cá uns dias, seria criticado por espatifar ajudas de custo e por aí fora. Como regressa para lá no próprio dia, ironizam com o terror de ficar longe da casota. Preso por ter cão, preso por...

Mas, em suma: que diacho, Roberto, não exagere nesses receios, ou então convença quem os tiver. Se ficar uma noitezita longe da sua casa, romanticamente situada na bucólica Serra de Fora, de certeza que não se perderá nas pacatas ruas do Funchal!
Às tantas, ainda tomamos um café juntos, para compensar as gentilezas que nos dedica sempre que nos encontramos lá no seu Porto Santo.
Com a política partidária fora de agenda, o povo diverte-se, como sabe.

E depois sempre evita o stress de duas viagens no mesmo dia. Veja o exemplo do seu chefe máximo. Quando ele se vê livre dos lençóis funchalenses, aquilo é Bruxelas com ele até lhe dar a gana de vir armar confusão cá na província.


RUI ALVES COM VIAGEM PREVISTA A ITÁLIA



O presidente do Nacional não desistiu da deslocação a que se propôs com a ideia de resolver problemas relacionados com o clube. De ordem financeira, evidentemente.
O Eng.º Rui Alves pretende resolver o caso do defesa Luís Neto, pretendido naquele país, designadamente pelo Cagliari da Sardenha. Pelo que a viagem teria como destino essa ilha italiana.
Ao mesmo tempo, o presidente alvi-negro quer resolver outra questão - uma verba por receber da transferência de Nenê para o mesmo Cagliari, vai para três épocas.

Trata-se de o Eng.º Rui Alves dar consistência à sua tese de que os clubes profissionais de futebol, na Madeira, em lugar de constituírem um peso para o governo regional oferecem contrapartidas substanciais em termos financeiros - sobretudo pelos direitos televisivos... e transferências de jogadores, porque os impostos são pagos à Região.

A realizar-se, a viagem será nos próximos dias.

Madeira ao Vivo



RAIMUNDO QUINTAL ATERRADO COM O DESCALABRO DOS LIXOS





Meia Serra: os filtros já foram mudados? A incineração funciona ou falta o combustível?



O geógrafo e ambientalista Raimundo Quintal, perante informações de que o sistema de tratamento de lixos caiu na falência, afirma-se preocupado e aterrado com as consequências daí advenientes.
Segundo rumores na praça funchalense, há filtros por mudar na Estação da Meia Serra. E a falta de combustível prejudica o funcionamento da unidade principal da incineração de resíduos.
"Os grupos parlamentares devem ir lá acima urgentemente, para saberem o ponto da situação do sistema, e verão que estamos perante um problema de difícil solução, que implica com a saúde pública", apela Raimundo Quintal.

Segundo o antigo vereador do Funchal, os partidos políticos têm o dever de inspeccionar a Estação da Meia Serra, para saberem do estado das duas linhas de incineração do lixo recolhido normalmente e das outras duas linhas, de menor dimensão, destinadas ao tratamento dos perigosos resíduos hospitalares e dos matadouros.

Onde param os camiões dos lixos orgânicos?

Persiste também a questão dos camiões que deviam transportar lixos orgânicos para o pavilhão de compostagem mas estão adstritos ao lixo normal.
O plano de tratamento previa que uma parte orgânica fosse canalizada, como fertilizante, para jardins e terrenos agrícolas, mas não há camiões a fazer esse serviço - dizem informações fidedignas.

"Estou aterrado com a gestão dos resíduos sólidos da Madeira", insiste o Dr. Raimundo Quintal. "Receio que a compostagem e a incineração não estejam a funcionar devidamente, ainda por cima depois do investimento de milhões que se fez."

Possivelmente, estarão a substituir o combustível - que não se compra por falta de dinheiro - pelo plástico recolhido. Mas isso "é insuficiente", observa o Dr. Raimundo.

Na Meia Serra, dá-se o caso também de um aterro feito com idade prevista até 2016 e que já se esgotou com lixos, porque as unidades não funcionam. Consequência: já foi necessário abrir uma nova cratera para segundo aterro - sendo a terra extraída dessa cratera despejada no Chão das Feiteiras.

Raimundo Quintal desespera com o estado do sistema de lixos, desde a 'paralisação' da Meia Serra à inactividade da central de transferência da Ribeira Brava (que devia servir também São Vicente, Calheta e Ponta do Sol) e ao estado das estações de triagem do Porto Novo e de transferência dos Viveiros.


O conhecido ambientalista acusa o governo regional de costumar lançar "um manto de poeira" sobre a perigosa realidade, que aponta, na verdade, para "um sistema em estado de perfeita falência".

Urge, pois, acelerar soluções para o tratamento de lixos e o sistema de exportação dos resíduos hospitalares. No caso da Meia Serra, a falta de filtros operacionais permite um agravamento da exposição ambientel perante os gases perigosos.
Um caso de saúde pública.

"Penso que os partidos ou os seus grupos parlamentares não podem ignorar a situação por mais tempo", conclui Raimundo Quintal.

No descalabro actual, pergunta-se: vale a pena sequer fazer a recolha selectiva?


Politicando


MEIA MADEIRA É 'AMIGA' DE MIGUEL, E PORTANTO 'INIMIGA' DE CHEFE JARDIM




A velha unanimidade à volta do indiscutível líder do PSD-Madeira cai rapidamente. Neste caso, as forças vão meio por meio.
Mais de 40% dos inquiridos na sondagem do Diário de Notícias sobre o delfinato confirmam que Miguel Albuquerque constitui o preferido para suceder ao patrão laranja da Rua dos Netos. Não há maneira de Zé Povo fazer a vontade ao grande chefe, no capítulo da sucessão.
Temos meia Madeira, portanto, apoiante e amiga dos inimigos de Jardim, os 'gajos' que lhe 'espetam facas nas costas'. Internamente, Miguel continua campeão das sondagens.
Fim de linha triste para grande chefe.

Claro que quem escolherá o futuro líder da capoeira social democrata são os militantes. Não sabemos ainda se a sondagem andou nessa área ou na generalidade da população. Em todo o caso, a história de os militantes escolherem quem o chefe indicar também se altera.
E, agora que José Pedro Pereira não está na JSD para influenciar a eleição interna contra Miguel Albuquerque!...

Mais um dia mau para o chefe, já de si desesperado com a obstinação de Vítor Gaspar e Passos Coelho acerca dos mil milhões que não há maneira de se explicarem com o cheque...

Cultura, Culturas



Árvores floridas no Funchal (Robinia x margaretta​)








Na Avenida Calouste Gulbenkian no Funchal há um grupo de Robinias, que começaram recentemente a florir e que deverão continuar a exibir as suas vistosas flores cor de rosa até ao fim de Junho.
Estas pequenas árvores híbridas ( Robinia x margaretta ou Robinia x salvinii) foram criadas através do cruzamento dum arbusto (Robinia hispida var. kelseyi ) e duma árvore ( Robinia pseudoacacia) indígenas da América do Norte. Da primeira herdaram a cor das flores e da segunda  o porte arbóreo.

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal







quarta-feira, 30 de maio de 2012

Politicando



OPOSIÇÃO DECIDE FAZER OPOSIÇÃO



Dr. Miguel Mendonça, faça um favor a si próprio e aos seus amigos fora da política. Saia.

O 'sargento' baralhou, como diria o Max, a maioria laranja. A liderança parlamentar do PSD não sabe como reagir à nova táctica da Oposição de corresponder com desconsideração às desconsiderações com que Jardim trata o parlamento.
Terça-feira foi a retirada da moção de censura contra o governo, em protesto pela incrível ausência do chefe do executivo e seus secretários.
Esta quarta-feira, eis o abandono da sala de plenários pela Oposição porque o governo se limitou a mandar aprovar diplomas da sua iniciativa... sem se dignar pôr os pés no sítio certo, o da discussão e votação.

Finalmente!
O país e a Europa, enfim, começam a perceber a fundo que tipo de ditadura têm alimentado com os seus apoios financeiros.

O jardineirismo está nas últimas. Para desespero do mito que já não é e para desencanto dos sanguessugas do regime.

Dr. Miguel Mendonça, faça um favor a si próprio e aos seus amigos fora da política, como nós (desde os tempos do Marítimo): demita-se da mesa de um parlamento tratado indecentemente pelo tirano da tabanca. Mesmo assim, V. Ex.ª já não vai a tempo de um abandono digno. Mas a porta ainda lhe permite eclipsar-se, desaparecer do inferno que o patrão das Angústias conserva em chamas, aliás com a sua ajuda, Dr. Miguel Mendonça.

Oposição! Até que enfim!


Cultura, Culturas


POUPANÇAS NA RTP-RDP: O DIRECTOR NA SUÉCIA



Depois das últimas remodelações nos quadros, o grupo RTP-RDP na Madeira prossegue a política da poupança. Que se traduz no seguinte, até agora:

- Entrada de mais um director, Miguel Cunha, sem que o antecessor, Gil Rosa, tenha perdido regalias. Na prática, uma despesa a mais, portanto.


O director do Centro precisa de estudar melhor a casa.


- Seminário na Suécia. O director-geral, Martim Santos, está para a Suécia, onde participa num encontro de televisões regionais. Será que o rapaz percebe de conteúdos - e, mesmo que percebesse, o que não é o caso, os conteúdos enquadram-se nas suas funções? Ou será que foi lá aprender como se gere uma televisão regional? Ora, o seu trabalho não passa de acompanhar a gestão que Lisboa faz em termos de cobertura de despesas. Aqui ninguém manda nada!

- Profissionais quadros superiores aplicados em trabalhos de estagiários, ou seja, subaproveitamento da qualidade inegável dos profissionais da casa ficando as reportagens mais exigentes a cargo de "gente de fora". Eis mais uma poupança.

...E o mais que os profissionais do Centro vêem diariamente, bastante preocupados com o futuro da televisão e da rádio públicas.
Com razões para isso.

Ora, senhores chefes, deixem o discurso da poupança. Em frente com o aproveitamento dos recursos humanos da casa, que são riquíssimos em competência televisiva. A casa precisa de rendibilizar as suas potencialidades. Quando isso for alcançado, Lisboa calar-se-á com as contas de mercearia que gosta de fazer, mas só para a Madeira, porque os balúrdios gastos naqueles lados são de fazer doer a cabeça do mais 'desterradeiro'.

Se falamos nas despesas de viagens de quadros à Suécia é porque os jornalistas vêem negadas todas as propostas de fazer reportagens a mais de 100 metros do Centro - e, se for no Porto Santo, só o conseguem se, por coincidência, se encontrar por lá o chefe supremo da RTP-Madeira, o homem dos barcos.


NEM SOB TORTURA 'GUILHERME MACGYVER' CONFESSA A EVIDÊNCIA




O deputado laranja destacado para disfarçar os disparates diários de Jardim batalhou heroicamente pelos pergaminhos apesar de sovado por Jacinto Serrão e José Manuel Rodrigues




Este programa devia passar lá fora, para divertir o país à conta da retórica provinviana de Guilherme, porém eles lá já conhecem o estilo de tentar 'defender o indefensável'.



Mais um episódio esta terça-feira à noite da eterna série televisiva 'Guilherme Macgyver', que pouco desenvolveu aquele enredo monótono. Registou-se do princípio ao fim mais uma tareia no lombo do agente secreto a ver se o homem finalmente confessava o nome do responsável pelo descalabro madeirense. Inutilmente.

Os telespectadores a conhecerem o rosto e o nome da personagem que se armou em campeão da autonomia e milagreiro desenvolvimentista da Região, até conduzir o povo à miséria dos nossos dias - com o suicídio em termos autonómicos e a classe média na fila da sopa do Cardoso.

Rodrigues não conseguirá tão cedo derrubar as habilidades de MacGyver.
















...Todos a saberem o nome do responsável, mas o homem a resistir, a dizer que na história que interpreta seu chefe Jardim é herói e não vilão.
José Manuel Rodrigues chegava-lhe ao nariz de um lado, Jacinto Serrão beliscava-o do outro. O líder do PP a desfiar o rosário de maldades deste desgoverno regional contra os velhos, os doentes e os ex-empregados desta terra - Guilherme MacGyver a menear a cabeça para desmentir e a resmungar apartes para ninguém perceber em casa o que Rodrigues dizia.
O deputado socialista evidenciando contradições de chefe Jardim, que em 2007 viu razões para provocar eleições antecipadas e agora, que a situação vai pior, continua muito agarrado à cadeira - e o nosso MacGyver heroicamente a fazer sinal que não com a cabeça e a rezingar monossílabos incomodativos para tornar imperceptível a discursata do perspicaz torturador.

Jacinto Serrão: dá mesmo para cruzar os braços, às vezes.


Em determinada ronda de intervenções, o representante popular e o socialista conseguiram descrever a escabrosa situação político-social da Madeira com tão peremptórios traços que os assistentes apreciadores de comédia se prepararam para desfrutar os argumentos que o maltratado Macgyver, encostado às cordas e com a cara num Cristo, iria engendrar para se safar do aperto.
E engendrou, pronunciando-se do seguinte modo: parece que os senhores querem culpar o Dr. Alberto João da grave situação nacional, dos preocupantes problemas da Europa e da crise mundial.

Bom, a própria jornalista que modera os debates, Daniela Maria, sentiu obrigação de interromper para notar que os dois deputados, Rodrigues e Serrão, haviam falado concretamente da Madeira, não do exterior. Ou seja, Guilherme que não fugisse à questão.
Mas a jornalista mal conseguiu explicar esse ponto de vista corrector, porque Guilherme, embora já prostrado no tapete e completamente partido, 'feito num oito', para ser ainda mais vulgar, meneava a cabeça que não e ronronava monossílabos para prejudicar o trabalho do sonoplasta de serviço ao programa.
Impagável. Só não sugerimos a exibição destes programas 'Parlamento' ao nível nacional porque Guilherme Silva já costuma fazer de MacGyver advogado de sua excelência naqueles debates televisivos por lá. Onde costuma rematar e complementar com classe o achincalhamento que o seu patrão costuma fazer da inteligência dos madeirenses.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Politicando



FOI A MOÇÃO QUE 'CAIU POR TERRA', DIZ O TELEJORNAL DA TV-GOLFE




Na versão televisiva da Levada do Cavalo, Jardim averbou confortável vitória nesta manhã de terça-feira, ao dar falta de comparência no parlamento. O que 'caiu por terra' foi a moção do PS, que nem chegou a ser debatida, quanto mais chumbada! 

Carlos Pereira elaborou a moção, não teve adversário governamental com quem debater... e foi ele a cair por terra!

Se a Oposição nacional apresentasse uma moção de censura ao governo PSD-PP e Passos Coelho não comparecesse no parlamento com os seus ministros, até Cavaco Silva criticaria o atentado contra o regime democrático. Mas, na Madeira, o anormal é a maior banalidade possível. Assumido não só pelos apoiantes do delirante regime jardinista, mas pelo resto do país.

O PS-Madeira decidiu apresentar uma moção de censura ao governo regional. O debate agendou-se para esta terça-feira, com todos os partidos oposicionistas anunciando o seu voto favorável ao 'cartão vermelho' destinado ao executivo jardineirista. À hora do debate, nem presidente do governo nem secretários se apresentaram no parlamento. Apenas Jaime Freitas, secretário da Educação com meia dúzia de dias de exercício, esteve lá. Obviamente, a oposição, através do PS, cancelou o debate. Até que chefe das Angústias apareça para ouvir e argumentar. Conclusão da RTP: a moção 'caiu por terra'. Não foi o fugitivo que perdeu, foi quem compareceu ao campo de batalha que 'caiu por terra'.
Originalidades da TV-Golfe.

O sr. Silva assobia quando há porcaria na Madeira

O mais grave, porém, reside no posicionamento nacional quando a assunto reporta ao muradal repelente em que o rei das Angústias transformou a Madeira. Mais uma vez, as regras da democracia foram violadas descaradamente nesta desgraçada terra, por mais que sua excelência diga que não é obrigado a debater as moções de censura. Claro. Se há uma moção de censura contra o governo, quem tem obrigação de comparecer no parlamento não é o chefe do dito governo,  é o Semeador. Ou o Gonçalves Zarco.

Nas suas explicações esfarrapadas, chefe ilhéu queixa-se de que a moção era 'terrorismo' do PS. Pensamento profundo demais. E acrescenta debater-se com tarefas mais importantes do que tomar parte em debates do género. Para ele, chefe ilhéu, o importante é despejar comunicados contra as moções e fazer palestras com política partidária diante de alunos de palmo e meio, como fez este terça-feira, no dia em que se previa discutir a referida moção ao seu desgoverno. 

Já se percebeu que as competências do Presidente da República não abrangem a Madeira. As ilegalidades e inconstitucionalidades em várias áreas da vida madeirense, como no descarado caso da comunicação social, passam sem reparo porque o 'homem do leme' não quer chatices com o soba regional - não vá ele voltar a tratá-lo por sr. Silva. E portanto vai disto: eles que se amanhem na Madeira sem lei!

Para disfarçar, o Continente entrega-se de alma e coração aos telefonemas malandros de Miguel Relvas para a redacção do 'Público', porque aí reside uma terrível ameaça contra o regime democrático da República.

O feiticeiro da tribo regional continua nas suas traquinices? Ora, dirá Cavaco mais uma vez: aguentem-se que isso está a chegar ao fim.
Foi o que aconselhou há tempos, quando cá veio elogiar a "qualidade superior da democracia" estilo Jardim mais a "obra feita" nas aldeias dos vilões.
De facto, não existisse sua excelência 'João das festas' e ainda hoje transportávamos os doentes em rede e a lenha nas corsas da viloada como nós... tudo às escuras, porque foi ele que trouxe a electricidade, para não falar da roda e da penicilina.

Levem Cavaco e Jardim para lugares importantes do mundo, mas tirem esses excêntricos daqui!

Francamente, achamos que o homem tem razão ao dizer que se diverte enquanto o povo vai para o desemprego à fome. Mas seria razoável encarar as coisas com alguma seriedade. Já não sabemos se a urgência é o adeus do soba madeirense ou o regresso do trepador de árvores africanas ao Boliqueime.
Vamos mais longe: o ideal era irem os dois para bem longe, em definitivo - mesmo que fossem ocupar os lugares mais importantes do planeta. Cavaco a liderar as Nações Unidas, soba madeirense a Casa Branca... tomem conta de tudo, desde que nos larguem a vidinha.
Partam de vez, que a TV-Golfe da Levada do Cavalo atribui a derrota da fuga aos que ficarem.






Não se arranja um lugar bonzinho nesse mundo para estes dois ases da política lusa?


Depois de décadas de Salazar, Cerejeira, Thomas e Marcello, que dupla nos havia de cair em rifa!
Vamos morrer sem nos vermos livres destas 'encomendas' enviadas pelo mafarrico, para nos atentar?!


Politicando


FURACÃO 'EL NIÑO DA JOTA' AMAINOU


Demissão de José Pedro Pereira é normal e devia servir de lebre ao caso das Angústias

As explicações da tarde desta terça, em conferência de imprensa, precisam de aprofundamento.


Continuam por se perceber os reais motivos que levaram José Pedro Pereira, conhecido furacão 'El Niño da Jota', a  demitir-se da liderança da JSD-Madeira. As explicações fornecidas pelo próprio na tarde desta terça-feira, em conferência de imprensa, pouco adiantaram.
Obviamente que a reunião da comissão política dos laranjinhas, pouco antes, correu mal para ele. Os companheiros naquele órgão manifestaram-se com clareza: ou ele saía ou a debandada continuaria, depois do secretário-geral adjunto Carlos Candelária ter dado o exemplo. O mistério reside na posição do líder sénior, chefe Jardim. Depois de tantas juras de mútuo apoio eterno, grande líder deixa cair o jovem político? Assim, sem mais aquelas?

Enovelam-se conjecturas sobre os atentados terroristas...

Tem razão José Pedro Pereira quando diz querer clarificar a sua situação em termos de processos judiciais. Mas tudo poderia explicar-se mesmo sem o rapaz deixar a liderança da JSD. Que diabo estará por detrás de tudo isto, na realidade?
É que começam a formar-se conjecturas. O recente regresso à prisão de um condenado que se encontrava em situação de liberdade condicional começa a ser relacionado com este caso. Nesta base: esse detido estaria envolvido nos atentados a viaturas de familiares de dirigentes da Nova Democracia. Vaga terrorista a que a opinião pública ligou elementos próximos ou íntimos do PSD-Madeira. Uma vez de regresso às grades, esse condenado teria feito constar a sua vontade de 'falar'.
E onde é que José Pedro Pereira entra nisto? Entra no que a imaginação popular propicia em casos do género. Por essa e pelas demais especulações, precisa-se de esclarecimentos cabais.

Tudo para dizermos da conveniência do jovem Pedro Pereira em explicar-se com argumentos claros e inequívocos, de forma a conseguir demarcar-se da avalancha de teorias que já se formam no firmamento político-partidário-social da Madeira.

Em coerência, deve sair do parlamento

Outra vertente do problema está na determinação do jovem quanto a continuar com assento parlamentar. Se acaba de mostrar poder de decisão ao demitir-se de líder da Jota, depois de tanto 'estardalhaço' em acções políticas, noites de vendaval zaragateiro e lutas deselegantes contra a Oposição, pois cabia muito bem no momento actual um laivo de coerência pessoal. Pedro Pereira entrou no parlamento pela lista PSD, em número 8, pelos seus 'feitos' na JSD, que agradaram ao chefe Jardim. Se deixa de ser líder agora, então devia sair da Assembleia. Em coerência.
Até porque, com o currículo dos últimos tempos, não terá vida fácil se continuar na bancada. Evidentemente.

Não acaba de dizer que tenciona voltar um dia, possivelmente para ser presidente do governo? Se o diz com sinceridade, tem de abdicar das mordomias num momento negativo para a sua carreira.
Pois. É política.

A causa próxima da demissão foi o comentário "ai burrito" dirigido ao seu ex-homólogo da JS-Madeira?! Ora, o seu chefe máximo não o deixaria cair por aí abaixo.
Um milhão de vezes pior do que essa carta de Pedro Pereira é o que ele, grande chefe, costuma dizer dos adversários, dos jornalistas e até de colegas de partido.

A demissão do rapaz da Jota devia inspirar o homem das Angústias para uma atitude idêntica. Que, ainda assim, já virá com muitos anos de atraso.
FASE NEGRA: MARCOS ROSA MORREU

Será da fase? O luto persiste.

A notícia correu durante um funeral: o de Renato Abreu, ao princípio desta terça-feira, no cemitério de São Martinho: também morrera Marcos Rosa, proprietário de várias unidades hoteleiras e de restauração no Norte da Madeira.
Uma dor a juntar à provocada pela morte do antigo nadador Renato Abreu, que tantos títulos desportivos arrebatou para o seu clube, o Marítimo.

Marcos Rosa não andava bem de saúde havia tempos. Agora, foi apanhado pelo destino implacável. Conhecemo-lo quando, no tempo de tropa, tinha a especialidade de condutor. No BII 19 de São Martinho (actual RG 3), tomava conta das ambulâncias, à época.

Bom rapaz. Amigo.
Condolências à família de Marcos.

Madeira ao Vivo


TAXISTAS EM POLVOROSA COM A SECRETÁRIA CONCEIÇÃO ESTUDANTE


A primeira vitória dos profissionais de táxi, hoje por hoje, é conseguirem um lugar na praça. Ali estacionados, pelo menos não gastam combustível.


A vida dos profissionais do volante agrava-se. O seu dia de trabalho consome-se na praça, porque os serviços são praticamente nulos.

"Nestas condições, o apoio que 'ela' nos dá é pôr um autocarro de dois andares a fazer transporte de passageiros dos navios, entre a Pontinha e o centro da cidade!"
'Ela' é a secretária regional com os pelouros do turismo e dos transportes. Percebemos a referência logo à primeira, porque os rapazes de táxi que nos falam olham para os andares superiores do prédio oficial da Avenida Arriaga onde Conceição Estudante tem o seu gabinete.

"Sempre quero ver se o autocarro de dois andares passa no túnel do Ilhéu", abana-se um deles.
"Se não passar, arranjam maneira de passar por fora", adiante outro, insinuante. "O negócio a quem aquilo pertence precisa de se fazer mesmo."
Outra farpa: "Deixem lá que também daqui até ao fim do Verão não temos navios no porto. Com os preços que praticam na Pontinha, é mesmo para afugentar tudo. Puseram gente nova a governar o porto. Ora, desde que 'o deles' esteja garantido..."

Táxis 'adormecem' na praça

Os homens desesperam, ao sol da Manuel Arriaga. Os táxis ocupam todos os lugares da praça, desde a esquina com a Rua de São Francisco até à esquina com a Rua do Conselheiro José Silvestre Ribeiro.
Não há um freguês que faça andar a fila de carros uns centímetros.
"Repare que estamos a chegar à hora de almoço", exemplifica um taxista, "e não há quem apareça, porque a crise, já se sabe..."
Outro ilustra: há dois dias, conta, levou 4 horas, desde as 10 da manhã até às duas da tarde, para chegar de trás até à cabeça da fileira. "Lá consegui chegar a casa com 22 euros... porque foi o único serviço do dia!"

Outro chaufer explica: ao meter a chave no carro, no início do dia de trabalho, o taxista já está a gastar 30 euros, correspondentes às diversas despesas de funcionamento. "Ora", conclui ele, "se fazemos 22 euros num dia, ainda perdemos dinheiro!"
Lá vem Conceição Estudante ao barulho. "Ela não 'grama' mesmo a nossa classe", queixa-se um. "Percebo isso, vejo-lhe isso na cara, porque ela passa aqui todos os dias e vê como estamos enxurrados sem trabalho, uns em cima dos outros. Mas é como se nada visse."
Outra queixa: "Ela permite que nos façam concorrência à bruta com as carrinhas. Carrinha para esta agência, carrinha para aquela... E nós a pagarmos impostos para ficar aqui, todos a amarelar. Se fossem todos como eu, cada taxista incendiava uma dessas carrinhas e depois então via-se! É assim mesmo. Quanto a ela..."


Os 'riquexós' inventados no Funchal também desagradam aos taxistas. (imagem RTP)


Como é que a secretária nem sequer interfere para que as autoridade competentes proíbam aquelas espécies de riquexós que vão fazer serviço na Avenida, com turistas? Aquilo não é tradição nenhuma da Madeira!
"Pois não é tradição, mas serve para ela nos fazer guerra", explica um adversário intransigente da política do turismo regional.

...E ainda por cima são multados!

Sábado passado, assistimos a uma cena que não percebemos bem. Um agente da PSP a multar um taxista que tinha o veículo parado logo atrás da praça no Largo do Phelps, ainda antes do semáforo - um espaço livre mas cheio de traços brancos do trânsito. Na ocasião, reflectimos: vem este homem para a cidade trabalhar, tentar ganhar o dia para segurar a família, e eis como a polícia, que é paga pelo povo e que deve estar ao serviço do contribuinte, eis como a polícia lhe paga o esforço! Grande crime deve ter cometido o taxista para o agente não 'fechar os olhos' e, em vez disso, lhe estragar o trabalho de vários dias!

Claro que normalmente o taxista, no conceito do cidadão, 'não é flor que se cheire'. Mas não pode ser 'bombo de festa' quando a situação está mal para todos. É o que nos fazem ver os que nos falam na Avenida Dr. Manuel Arriaga.
"Essa multa no Phelps deve ter sido porque o homem aguardava uma oportunidade para entrar na praça. Veja o que se passa acolá (o homem aponta-nos um táxi parado a meia Rua de São Francisco, sem carros à frente nem atrás). Ele tenta ver se nós aqui chegamos à frente, para ele entrar no último lugar da fila. Olhe lá em cima (outro táxi queima tempo no desvio dos estacionamentos perto das Galerias de São Francisco). O drama daquele é o mesmo. Paramos assim perto das praças para não gastarmos o combustível, às voltas. Mas os polícias que costumam ficar ali (quiosque de jornais diante da Madeira Wine) não permitem aquilo. Mandam logo desandar o táxi... quando não multam mesmo, como nesse caso de que fala."

O outro taxista resume: "Hoje em dia, é uma vitória entrarmos na praça, porque estão todas cheias. Ao menos quando ficamos estacionados ali, não gastamos gasóleo."
Quando perguntamos se não valeria a pena insistirem com o governo regional, tentar evidenciar a crise acrescida que lhes ataca o quotidiano, os rapazes de táxi olham de soslaio para os andares superiores da Secretaria do Turismo, poucos metros à ilharga, e abanam a cabeça, enquanto procuram sabem lá o quê para fazer e matar o tempo.
Do mal o menos, enquanto 'secam' à espera, podem desfrutar do sedativo roxo dos jacarandás na placa da Manuel Arriaga e também das delícias coloridas do Jardim Municipal.
O pior é que os filhos não comem flores nem paisagem.


A manhã de segunda-feira foi dedicada ao desmanchar da Feira do Livro. Menos movimento ainda na Dr. Manuel Arriaga.

Politicando

OPOSIÇÃO FINALMENTE DÁ MURRO NA MESA



Enfim, a Oposição recusou-se a debater uma moção contra Jardim sem a presença de Jardim. Uma posição de força que só pode ter caído muito bem entre os madeirenses que já perceberam a urgência de endireitar as costas e enfrentar quem levou a Região ao descalabro económico-financeiro, mas também social e até mental.




Mais vale um parlamento inactivo do que subserviente perante os caprichos da ditadura.

Rubina Sequeira, do PND, abriu as hostilidades na manhã desta terça-feira, ao inaugurar os trabalhos agendados para debater a moção de censura contra o governo regional. Se o documento que recebeu é igual ao que chegou ao parlamento - ironizou com propriedade a deputada da Nova Democracia -, então o presidente Miguel Mendonça devia saber que a moção apontava baterias ao chefe do executivo e seus secretários e não especificamente à Secretaria da Educação, cujo titular nem sequer esteve no elenco anterior. Assim, o PND requeria a suspensão dos trabalhos até que Jardim se dignasse comparecer na Assembleia.

Perante a deixa, levantou-se Carlos Pereira, líder do grupo parlamentar proponente da moção, o PS-Madeira, para requerer a retirada do documento, até que Jardim se sente a ouvir o que tem a ouvir.

Um dia que marca uma reviravolta na postura da Oposição, que se sabia toda apostada no voto favorável à moção anti-Jardim, caso o debate arrancasse.

Só assim, com esta medida drástica,  terá efeitos o comportamento de Jardim, adoptado mais ainda pelo receio crescente de enfrentar quem tem a verdade do seu lado do que pela proverbial desconsideração pelo parlamento que representa a democracia e a autonomia.
Só com uma medida estrondosa a Oposição pode mostrar lá para fora a ausência de democracia nestas ilhas.Que a Europa veja o que se passa por aqui, já que Cavacos, Jaime Gamas, Almeida Santos, constitucionalistas e por aí fora têm receio de o reconhecer.

Há 15 ou 20 anos houvesse a Oposição boicotado em bloco umas eleições regionais, deixando o PSD concorrer sozinho, com os impactos internacionais daí decorrentes, e certamente a Madeira seria uma terra intelectual e socialmente diferente, hoje.

Parabéns, oposição, por este 29 de Maio que se sucede ao 28 assinalado ontem, à sua maneira, pelo senhor das Angústias.

Cultura, Culturas

AOS TRABALHADORES DA RTP-RDP MADEIRA: OS COLEGAS DE LÁ METERAM A ADMINISTRAÇÃO EM TRIBUNAL!




Os vossos colegas de Lisboa já encontraram uma possível solução. Pelo menos, tentam.
Claro que não é fácil nem confortável, o atrevimento. Mas, perante as dúvidas e os medos que nos chegam - que podemos nós fazer em prol da RTP-Madeira? - aí está um caminho para evitar que, também cá na Madeira, os responsáveis consigam o seu objectivo de "desmantelamento" do Centro Regional.

Em nome de uma boa televisão/rádio, como os nossos ex-companheiros sabem fazer, reproduzimos uma notícia que revela o atrevimento inédito de quem entende não dever cruzar os braços.


"A comissão de trabalhadores da RTP entregou uma acção judicial contra o conselho de administração, por "ilegalidades no processo de desmantelamento da empresa".

"Contra o desmantelamento da RTP, recorremos aos tribunais", afirma a CT em comunicado, garantindo que, "antes de se decidir a este passo, esgotou todas as vias possíveis para entabular um diálogo construtivo".
A agência Lusa tentou ouvir a administração da RTP, mas tal não foi possível até ao momento.

Segundo a CT, a administração da RTP terá assumido por várias vezes "o compromisso" de, em 15 dias, apresentar o plano de reestruturação da empresa, mas, "dois meses depois, nem a CT, nem o Parlamento conhecem o plano".

Adicionalmente, sustenta, o conselho de administração (CA) "deixou de cumprir a obrigação legal de reunir com a CT uma vez por mês" e, "apesar de todos os compromissos, não entregou ainda qualquer projeto de atas das reuniões realizadas".

 Para os trabalhadores, mais do que um conjunto de "graves falhas protocolares", esta situação revela que "o CA voltou as costas ao diálogo com a CT por querer as mãos livres para um plano de desmantelamento da empresa".

"A política de desmantelamento só aparece ainda em reestruturações parcelares, mas todas elas vão criando factos consumados e fazem parte do plano de conjunto que permanece obstinadamente oculto", acusa.

Segundo a CT, "cada meta de rescisões anunciada (a mais recente é de 100) procura apresentar-se como a última, mas depois vem sempre outra a seguir", e "as mudanças físicas visíveis na empresa, tanto na sede, como no Porto, nos Açores e na Madeira, prenunciam atentados muito mais radicais contra os postos de trabalho".

Como exemplo, avança estar já "em marcha a preparação de uma transferência dos trabalhadores das áreas técnicas para uma nova empresa, sem perspetivas de futuro".

Para a CT, a "indiferença do CA à sorte dos trabalhadores da RTP reflete-se no silêncio com que acolheu a moção do plenário de 16 de março a reclamar-lhe que requeresse junto do Governo um estatuto de exceção idêntico ao da TAP", tendo apenas pedido "uma exceção para si próprio".

Além destas questões, a CT diz ter até sido "impossível" obter um entendimento com o CA em duas questões aparentemente favoráveis a uma "convergência": a TDT e as audimetrias.

"Na questão da TDT, o CA nada fez para disputar à PT a introdução de uma nova tecnologia que em todo o mundo civilizado serve para fazer chegar gratuitamente mais e melhor televisão a mais públicos" o que, sustenta, "colocou Portugal no lugar de único país europeu em que a TDT só serve para extorquir mais dinheiro ao público".

Já na questão das audimetrias, os trabalhadores recordam que "o CA começou por escandalizar-se com a distorção efetivamente escandalosa do trabalho da GfK", mas, "após o 'apagão analógico, adotou um perfil baixo perante o descalabro das audiências, por vezes abaixo da marca simbólica dos 10 por cento".

Para a CT, a administração da RTP "demitiu-se inteiramente das responsabilidades de promoção do serviço público", não estando "disposta a lutar pela televisão pública com ambos os canais" nem "pelo seu público".

...E agora Guilherme Costa que embrulhe! - dizemos nós.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Politicando


A MOÇÃO DE CENSURA E O PAPEL DA OPOSIÇÃO




Continua em agenda para esta terça-feira o debate da moção de censura ao governo regional apresentada pelo PS-Madeira.
Correm rumores sobre a não comparência no parlamento de Alberto João Jardim, precisamente o chefe do governo alvo da censura que já mereceu apoio de todas as forças oposicionistas.
É inacreditável que um chefe de governo se atreva com tal posição. Obviamente que o grande chefe perdeu o fulgor de outrora. Poucas hipóteses de defesa possui hoje para tentar defender a sua desgovernação suicida dos últimos anos.
Como diz o partido proponente da moção de censura, Jardim só tem de fazer o que fez em 2007: mudadas as regras financeiras, queda do governo regional e eleições legislativas!




Chefe Jardim, o 'Único Importante' mas também quase o 'Único Responsável' pelo estado a que a Região chegou. O PS-M acusa-o de continuar a mentir aos madeirenses. Pela dívida oculta. Pela tragédia do desemprego. O falhanço do Plano de Ajustamento. Enfim, "a cara da desgraça"!
Não quer aparecer nos debates? A essa hora tem visitas aos adros? Lançamento de livros? Palestras? Inauguração de alguma vereda?





O vice deve ter-se esquecido da moção, se acaso continua na capital do reino. Compete-lhe responder a várias questões constantes da moção de censura, enquanto responsável transversal de todas as áreas do executivo.




Este rosto é a máscara de Jardim na tragédia financeira que ameaça liquidar a Madeira. 




Em tempos, Jardim afirmou que apostar na agricultura, incluindo a banana, seria regressar ao terceiromundismo da Madeira Velha. Os pesqueiros também foram abatidos. Hoje, o secretário apela para o regresso a essas actividades. Mas há muitas mais contradições a explicar. De resto, Manuel António subiu no grau de responsabilidades governamentais, depois daquele fim de tarde nos Canhas, na mostra da cana.




O turismo e os transportes são áreas decisivas na economia destas ilhas. Sabe-se que a desgraça regional passa por aí - e muito vincadamente.





A convulsão na Saúde - farmácias, novo hospital frustrado, centros locais, falta de medicamentos no hospital, e agora taxas moderadoras contra o prometido... Quantas regras mudaram, no decurso deste 'jogo'?



 A Educação servirá para desviar os debates, segundo a táctica de Jardim, declaradamente de vergonhosa fuga.





PERGUNTA-SE: 

- A Oposição aceitará participar, esta terça-feira, num debate de surdos, sem estes cavalheiros acima, os reais responsáveis pela tragédia da Madeira Nova?


- A Oposição aceitará participar numa farsa humilhante para a escassa democracia parlamentar que resta?


- A Oposição aceitará subservientemente participar num julgamentos com os réus comodamente instalados a seguir a comédia pela TV?




Esta nova Oposição não aceitará, espera-se, discutir com João a vida de José. Ou seja, não irá debater com deputados, ou com um secretário que ainda não conhece as gavetas do seu gabinete, a moção de censura destinada ao chefe das Angústias e seus colaboradores directos, coniventos na trágica governação.


Estilhaços de Madeira


ATÉ O 'TAHITI' FECHOU AS PORTAS!


Dois dias depois de fechar, a célebre casa já dá saudades.



O emblemático snack-bar restaurante 'Tahit' sucumbiu à crise. Varreu-se do mapa comercial funchalense, arrastado pela vaga de falências provocada pela paralisação da economia.
É inacreditável como pôde chegar à situação de colapso aquele símbolo da Rua das Pretas, que ao longo dos anos atravessou fases de dificuldades, como todos os negócios do ramo, porém arribando sempre até voltar à prosperidade.

Nos anos 70, a malta do Liceu parava por ali, a estudar nas tardes de calor para os exames à vista. Sessões que acabavam com os livros ao canto da mesa, para deixar lugar aos pratinhos de croquetes lambuzados de mostarda e regados com as primeiras imperiais da vida. A rapaziada do Marítimo e do Nacional também fazia parte da clientela, dividindo-se entre o 'Tahiti' e o 'Funchal à Noite', concorrente na porta em frente.
Era o tempo dos filmes do James Bond, Louis de Funés, Jacques Tati - serões no Cine Jardim, Cine Parque ou Teatro que terminavam quase sempre com prolongamento no 'Tahiti'. 
Depois dos seus altos e baixos, o snack subiu aos céus do êxito numa fase em que o empresário Barradas chamou a si a exploração do negócio. Nos últimos tempos, com outros donos, o negócio aguentava-se.
Mas a situação económico-financeira da Madeira derrapou tragicamente. Ninguém consegue escapar à política suicida destas últimas décadas.
Chegou a hora de provocar os seus nefastos efeitos a política de 'obra feita' adoptada por um regime imediatista, de olhos postos nas inaugurações eleitoralistas. O regime não pensou num futuro sustentado, antes privilegiou as obras de fachada, muitas delas inúteis e sem retorno absolutamente nenhum.

As perspectivas são mais dramáticas do que algum dia pudemos imaginar. Até um dos maiores nomes na restauração da cidade, com mais de 30 empregados, sente o terreno fugir. Dias seguidos com sala e esplanada praticamente desertos.
Insinua-se por ali um certo pânico impensável há meia dúzia de meses.



O 'Tahiti', vizinho da residencial 'Reno', desactivou-se.