ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

DUAS NOTÍCIAS ESTRANHÍSSIMAS

1. O JM desta quinta-feira trazia uma notícia que nos pôs a matutar o dia inteiro. Para vermos como as coisas são.
O artigo ocupa a última página quase toda. Traz antetítulo, título, pós-título e destaque, tal como manda o estilo do papelucho das Angústias. E uma fotografia a 4 colunas do menino apanhado pelo autor da peça, que preferiu manter o anonimato e não assinou tal artigalho. Aliás, o tipo gaba-se de nunca assinar nada, nem o check-in dos hotéis belgas.

Com que então, o sr. José António Garcês, cabeça-de-lista dos 'Unidos por São Vicente'...
Calculem: Garcês é sócio de uma empresa em parceria com russos! E agora?
Mas há muito mais: essa empresa trouxe em 2011, para estagiar em recintos cedidos pela Associação Desportiva daquele concelho, exactamente 39 jogadores infantis russos! 
A dica do JM leva-nos a perguntar: 39? Por que não 38 ou 40? Ou mesmo 41? E por que não mandar os russos para o 49?!
A sagacidade do articulista anónimo, que dá pelo nome de Jardim, obviamente, vai ao ponto de descobrir que o dito Garcês "tem 20% da sociedade Showdebola". Onde já se viu uma coisa assim? Então existe alguém que tenha 20% de uma sociedade nesta terra e se apresente numas eleições contra o Jardim?!
Mas veja-se mais isto: entre os célebres 39 russos que vieram estagiar, havia o staff técnico e de apoio e alguns jovens jogadores do clube em questão. Ckube? Que clube? O Zenith? O Lokomotiv? O 'Mija na Escada' de Moscovo?

Longe disso, caros Leitores. O clubezeco dos rapazes é, quem diria, o Moscowskaya Zastava. De Moscow? Qual quê! De São Petersburgo, descobriu triunfalmente o articulista da cacha.
Ficámos a pensar: que leva o sr. Garcês a trazer cá uns sujeitos do Moscowskaya? Logo dessa gente! Hum...
E veja-se que os jogadores infantis do Moscowskaya andaram a usar recintos desportivos como o Estádio dos Juncos (afastaram as cabras, primeiro) e o Campo da Boaventura (tiveram de cortar a erva). Isso significa que os pequenos russos treinaram para jogar em terrenos escabrosos? Não. O que isso revela é que o tal candidato Garcês usou em seu proveito poios com troços de couve para alugar aos russos. E foi porque os russos não se lembraram de treinar na Vargem, no Rosário e na Fajã do Penedo, senão tomavam conta daquilo tudo e o Romeira ficava sem espaço para as consultas porta-a-porta.
Já agora, porquê russos? Os jamaicanos não treinam?

Vamos ao assunto: no meio dos russos que, afinal, também são gestores da Showdebola - descoberta do escrevinhador das Angústias - havia um casaquistanês! Estão a ler bem: um casaquistanês!
Fds!
E é em gente relacionada com um casaquistanês e uns quantos russos que os 'Unidos por São Vicente" querem ver a população a votar, dia 29!
Ainda  umas excentricidades, para terminar.
O artigo em causa revela espectacularmente que a Showdebola é uma sociedade por quotas. Chocado, Leitor? Então veja: sociedade por quotas... e com 4 sócios. Sim, 4, não estamos a inventar. Assim como o 4 de Março de 2011 é a data da constituição da sociedade. Como 4 são os jogadores para uma renhida cassinada.
Isto está tudo ligado.

2. Segundo um dos nossos agentes K (que pediu para não ser identificado), o JM prepara outro artigo com mais denúncias do género. 
Para isso é que há comissários das Angústias na pista de futuros dissidentes do PPD, a quem 'Meio Chefe' Jardim entregou campos de futebol na Camacha e pôs a mandar na constituição do governo, nas listas autárquicas e de deputados; a mandar nos secretários que adjudicavam obras e nos empreiteiros adjudicatários das obras; a mandar nos secretários que pagavam as obras e nos empreiteiros que recebiam pelas obras; a defender no parlamento programas de investimentos e a ganhar, pela porta do cavalo, os concursos para as obras desses investimentos; e também a...
Bom, não vamos rebentar com a cacha do JM e do seu articulista anónimo, chefe Jardim.
Seguir-se-ão artigos, depois das autárquicas, a mostrar as carecas de caciques laranja que têm acumulado a presidência de câmaras com a do clube da aldeia, a do grupo folclórico, a da banda municipal, o comando dos bombeiros, a tutela sobre as escolas; e com poder para decidir a divisão, pelas entidades sob a sua presidência, dos subsídios dados pelo jardineirismo.
Parece que o papelucho dele, 'Meio Chefe', tem últimas páginas ocupadas para um ano.