Delícias da Madeira Nova

SANTO AMARO EM OUTUBRO

As arrumações e a entrega do espólio na Câmara de Albuquerque, Virgílio, Sá Fernandes e João Dantas estão a levantar poeira e mofo com 30 e tal anos. Não vemos a hora de o Santo Amaro chegar ao decrépito governo regional. 

O vendaval autárquico de 29 veio mexer com o próprio calendário. Segundo comunicam para o 'Fénix', vai rijo o arraial na Câmara do Funchal montado a propósito da varredura dos armários. Parece ter sido decretada uma acção de despejo àqueles gabinetes todos. 
Não queremos estar constantemente de nariz torcido, a inventar casos para ralhar, renhir, brigar, repreender. Já chega o vinagre azedo próprio da idade que vai avançando. Mas, aqui, não podemos deixar de perguntar à equipa cessante de Miguel Albuquerque se não devia ter divulgado bem divulgadinho um aviso para os munícipes, pelo menos os que têm os impostos em dia, não irem à Câmara nem passarem nos arredores dos paços por estes dias. Porque dali estão a levantar nuvens de mofo e poeira amontoados de há décadas para cá, prevendo-se que muitas baratas, centopeias e velhas ratazanas tratem de se escapulir de tantos dossiers guardados nas misteriosas catacumbas.   
Há processos e vícios plantados nos idos 70 e 80 que ganharam e aprofundaram raízes na câmara da capital. Arrancar aquilo tudo...
Não gabamos a sorte a Paulo Cafôfo e seus pares, que entram em funções dentro de dias.
Parece que, naquelas dependências burocráticas, andam a tratar subrepticiamente de nomeações para consolidar esquemas dos arranjismos de que nenhum município consegue escapar.

Noutras câmaras, embora em menor escala, também se antecipou a limpeza dos armários. Se o santo é quase propriedade de Santa Cruz, onde por estes dias a festa é mais do que rija (o que não será quando da auditoria!), os outros concelhos adoptaram réplicas dos 'festejos'.
Aquilo é que é varrer armários em Machico, Porto Moniz, São Vicente, Porto Santo e Santana, antes que os 'malucos' dos independentes e partidos oficiais tomem posse da chave!
Mesmo o camaralobense Pedro Coelho é capaz de encontrar alguns embrulhos duvidosos em prateleiras limpas à pressa. Idem na Ribeira Brava. Na Calheta, o Santo Amaro não será grande espingarda, porque Carlos Teles é 'festeiro' que já conhece bem o arraial popularizado durante uma eternidade por Manuel Baeta.
Quanto a Rui Marques, vencedor da Ponta do Sol, não há novidade, porque vira o disco para tocar o mesmo. Porém, olhe o engenheiro que 4 anos são um foguete. 
Em 2017, outro Santo Amaro virá.