SÉRGIO OFICIALIZA CANDIDATURA
À LIDERANÇA DO PSD-MADEIRA
* Novos protagonistas, novas prioridades, novas práticas
* Fim à praxis partidária, política e governativa dos últimos anos
* Nos apoios só haverá bases, não barões do Laranjal
* Nos apoios só haverá bases, não barões do Laranjal
'NASP - Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência' divulgou termos do comunicado que serve de lançamento oficial a Sérgio Marques, disponível no facebook a partir destes primeiros instantes de quarta-feira
Sérgio Marques arranca oficialmente nestes primeiros instantes de quarta-feira, 30 de Outubro, rumo à presidência da comissão política regional do PSD-Madeira.
O anúncio aparece de forma original.
Através de uma página do facebook criada para o efeito, o antigo eurodeputado emite um comunicado que anuncia o fim do seu 'silêncio' e lança oficialmente a candidatura à liderança do partido.
Trata-se do terceiro 'delfim' a perfilar-se para uma corrida esperada desde há muitos anos - depois de Miguel Albuquerque e Manuel António Correia. Para já, ficam a faltar João Cunha e Silva e Miguel de Sousa, outros pretendentes ao lugar ocupado por Jardim há mais de 30 anos.
Segundo nos refere o NASP - Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência, a candidatura do ex-eurodeputado "pretende ser inovadora, fresca e verdadeiramente aberta aos novos tempos". Por isso a forma original de se apresentar aos militantes e simpatizantes do PSD e madeirenses em geral.
O avanço de Sérgio pretende - segundo a candidatura - "marcar uma diferença substancial face ao que tem sido a praxis partidária, política e governativa dos últimos anos". Sem querer entrar pela "caça às bruxas" ou pelo "revanchismo", a candidatura de Sérgio Marques tem contudo a noção de viver "tempos novos, em que se pretendem novos protagonistas, novas prioridades e novas práticas".
Está assente que Sérgio Marques contará exclusivamente com o apoio das bases, de quem tem recebido incentivos no sentido de se candidatar. Portanto, a candidatura não se baseia "em qualquer apoio de actuais dirigentes do partido" - explicação que esclarece rumores a correr nos últimos dias - sublinha o NASP.
Para os próximos meses serão desenvolvidas iniciativas tanto on line como presenciais, "de modo a desafiar a sociedade civil a participar e a colaborar com a candidatura".
'Fénix' divulga na íntegra o comunicado com que Sérgio Marques se apresenta aos militantes PSD e aos madeirenses como candidato à sucessão de Jardim no partido da Rua dos Netos.
POR
UM PACTO DE CONFIANÇA COM OS MADEIRENSES E PORTO-SANTENSES
O silêncio sobre a vida política regional a que me remeti
após a saída do Parlamento Europeu terminou. Aquilo que por graça tenho
designado como a minha “travessia do deserto” acabou.
Depois de 25 anos de atividade política ininterrupta é
salutar fazer outras coisas e viver como um cidadão comum olhando a política
através de uma perspetiva diferente. É bom sair da redoma em que a política por
vezes nos enclausura e deixar entrar a realidade concreta do dia a dia dos
nossos concidadãos. Muitas vezes constato que estamos de tal modo envolvidos
que esquecemos que há mais vida para além da política.
Mas depois de mais de 4 anos de distanciamento, achei que
era tempo de voltar. Contem comigo! Nesta fase da nossa vida colectiva todos
devem dar o seu contributo.
Volto para vos anunciar a minha vontade em ser candidato à
liderança do PSD da Madeira. É mais uma opção de escolha que deixo ao livre
arbítrio dos militantes do PSD/M, nos quais confio plenamente,
independentemente da escolha que vierem a fazer.
Assumo a minha responsabilidade cívica e política. Seria bem
mais cómodo e fácil ficar quieto. Tenho plena consciência que o caminho será
árduo e difícil. Parto sem o apoio de qualquer dirigente do Partido e apenas
apoiado por um conjunto de militantes de base.
Entro na disputa da liderança com total autonomia face a interesses,
políticos, económicos ou financeiros!
Não me candidato contra ninguém. Quero afirmar-me pelas
minhas ideias, pelos valores que abraço, pela minha maneira de ser e não por
estar contra quem quer que seja. Não é da minha natureza fazer inimigos.
Prefiro criar empatias, deitar pontes, procurar consensos e confrontar ideias
em ambiente livre e democrático.
Em resultado duma
vivência de décadas no PSD tenho apreço e amizade por todos os outros
candidatos. Já tive a oportunidade de trabalhar com todos. Fi-lo duma forma
leal e não discriminatória. Não alimentei rivalidades com ninguém. Não o farei
agora. Não os vejo como adversários, nem mesmo como rivais, mas como
companheiros que partilham um objetivo: a liderança do PSD.
Com “fair-play” digo que ganhe o melhor! E é por vir com
este espírito que não vejo a disputa com 4, 5 ou mais candidatos como um
possível fator de divisão ou de balcanização do Partido. Pelo contrário, vejo-a
como uma oportunidade excecional de abertura à sociedade civil e de debate e
reflexão sobre o futuro do PSD e da Região.
Penso que o PSD pode sair desta disputa mais maduro, mais
forte e mais unido em torno do novo líder que os militantes venham a escolher.
Mas isso só acontecerá se a campanha for limpa e leal, tiver respeitado as
normas estatutárias e se todos os candidatos tiverem sido objeto de um
tratamento imparcial e igualitário. Acredito que todos saberemos assumir as
nossas responsabilidades.
Porque defendo uma rigorosa separação entre a Região e o
Partido, proponho que todos tenhamos um cuidado extremo para não utilizar
recursos públicos na preparação e realização da campanha eleitoral interna. Por
outro lado, procederei com a maior transparência no que concerne às receitas e
despesas da campanha.
Candidato-me para ajudar o PSD a responder aos tempos
dramáticos e tempestuosos que vivemos e aos desafios enormes com que estamos
confrontados. Para lhes fazer face, precisamos mais do que nunca da
social-democracia, da autonomia e de vontade reformista. É neste triângulo que
assenta a nossa identidade enquanto Partido e Movimento Popular:
- A autonomia, a política, a da sociedade civil e a dos
cidadãos, como o grande instrumento de ação e de libertação de inovação e
energia criadora,
- A social-democracia como rumo, assente num novo paradigma
de crescimento económico e de solidariedade social,
- A vontade reformista, como encarnação de mudança, de
rutura e de transformação radical, a base para uma nova revolução tranquila.
Este é o caminho para renovar e restaurar a marca
genética do PSD: Ser o partido da mudança. Orgulhamo-nos da revolução tranquila
que realizámos. Mas agora, em consonância com os novos tempos, necessitamos de
um novo ímpeto reformista, alicerçado em novas prioridades, novas políticas e
novos protagonistas.
E tardamos em
iniciar um novo ciclo! Pelo contrário, insistimos na continuação dum ciclo que
está esgotado e deixámos que o povo o dissesse bem alto nas últimas eleições.
O PSD, se quiser manter-se liderante, precisa de ser
mobilizado em torno da causa de uma nova revolução tranquila. Esta causa
dar-lhe -á vida, animo, criatividade, dinamismo e garantirá uma ligação e
proximidade com a sociedade civil que se quer livre e forte.
Assim mobilizado, o PSD será bem mais que uma máquina de
campanha eleitoral. Seremos também um grande fórum de participação, de debate e
produção de ideias que possam alimentar e valorizar a nossa ação, no Governo,
no Parlamento ou nas Autarquias.
Entendo também que se o PSD quiser continuar vitorioso,
não pode deixar de exercer uma liderança pelo exemplo e em coerência com os
tempos difíceis de hoje. Se a maioria dos Madeirenses e Porto-santenses vivem
com menos, o PSD têm também de viver com menos. É um absurdo manter o “jackpot”
atribuído aos partidos nos níveis atuais. Tem de ser substancialmente reduzido.
Candidato-me para servir os militantes do PSD e para
através do PSD servir o povo da Madeira e Porto Santo e em particular os mais
desfavorecidos. Os novos tempos exigem um PSD profundamente humanista que tenha
como valor supremo a defesa da dignidade da pessoa humana.
Um PSD acima de tudo apostado num verdadeiro processo de
desenvolvimento humano em que a ideia de progresso está associada, não só a
mais desenvolvimento económico, mas também à redução da pobreza, à busca da
felicidade e a um melhor equilíbrio entre os valores materiais e os valores
éticos.
Expresso a minha
solidariedade a todos aqueles que em resultado da grave crise que atravessamos vivem
numa situação de grande dificuldade e experimentam um sentimento de desencanto,
de frustração e mesmo de desespero. Não esqueço em especial os nossos conterrâneos
que ficaram sem trabalho ou que tiveram de emigrar, bem como a aflição em que
se encontram inúmeras empresas.
Move-me espírito de missão e de serviço ao bem comum, este o
nobre objetivo da política que urge reabilitar aos olhos da cidadania, cada vez
mais indiferente e descrente sobre o sentido da política.
Sinto que, também na nossa Região, os cidadãos desconfiam e
se afastam da política, ainda que esteja latente uma enorme vontade de
participação. As últimas eleições provaram-no bem, com uma abstenção elevada e
um número de votos brancos e nulos nunca vistos. Mas em simultâneo, também
desconfiam e afastam-se do nosso Partido.
Temos de estancar
este divórcio crescente dos cidadãos face ao PSD, mas também face ao sistema político
regional e à própria autonomia política democrática. Com este propósito e
também para dar expressão a uma nova revolução tranquila proponho um PACTO DE
CONFIANÇA entre o PSD e os Madeirenses e Porto-santenses, que assentaria (1) numa
forma diferente de estar na política, (2) numa reforma profunda do PSD e do
sistema político regional, (3) numa parceria estratégica com a República (4)
numa rede reforçada de combate à pobreza e de apoio social aos mais carenciados
e (5) numa visão do futuro da Madeira como Região inteligente, atrativa, inovadora,
sustentável, competitiva e solidária, que permita construir um caminho de
esperança, que proporcione condições para criar emprego e trabalho, melhorar a
qualidade de vida e assegurar maior prosperidade para todos.
Trata-se de um caminho exigente e difícil? Sim, mas possível
e realista! Não venho para vos vender ilusões ou esperanças infundadas. A
esperança não se decreta, constrói-se. Não vos prometo mais do que a verdade e
muito trabalho, empenho e determinação.
Conto convosco!
Sérgio Marques
Sérgio Marques
9 comentários:
A votação do PSD repartida por tanto candidato dá que percentagem para cada um? Para aí uns 5%.
Com tanto candidato vai faltar gente para votar... E o próximo Presidente ainda não disse nada, ainda não falou.
Lá vao as outras candidaturas pelo cano abaixo pelo que eu conheço do Sergio vai ser muito dificil ataca-lo nao tem rabos de palha como os outros!
V-I-A L-I-T-O-R-A-L
.
Concordo. Sérgio tem um passado de firmeza e honestidade, qualidades que não abundam. Mesmo Albuquerque apenas despertou para a democracia há pouco tempo.
Este e mais um chulo do regime trabalha na via litoral e saca todos o messes 5000€, e diz que estava a fazer uma caminhada no deserto, ele que me diga onde fica esse deserto que também quero caminhar nele!
Caro carlos correia para não falar das ligações ao Grupo Sousa empresa a qual foi funcionário, ainda tem mais quando andava na Europa a custa do zé povinho a sacar 12000 euros mês não reclamava e preciso ver que la teve 10 anos|
Sérgio Marques, independente do poder económico?
Essa é a para rir...
Atravessou o deserto?
O Oásis querem dizer. 10 anos no parlamento europeu, à grande e à francesa e, agora, um ordenado de milhares de euros para fazer nada.
Oh Sérgio, explica lá como é que os Sousas ficaram com o monopólio dos Portos? Explica lá qual foi o teu papel nesse filme?
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