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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

LARANJAL


ANGARIAÇÃO DE MILITANTES
RENDE MAIS 400

* Em sentido contrário às adesões, registam-se também por estes dias cerca de 40 expulsões, por conta das autárquicas

* Jardim quer obrigar Albuquerque a segunda volta nas 'internas'


 O líder do PSD-Madeira continua empenhadíssimo na escolha do futuro líder para o partido, tendo em vista evitar a todo o custo que a maioria de votos dos militantes recaia em Miguel Albuquerque.
Segundo fontes social-democratas, o plano de Jardim é levar o ex-presidente da Câmara do Funchal a uma segunda volta nas eleições internas de fins de 2014. É que, ao contrário do que acontece com o PSD nacional, em que Passos Coelho chegou a ser eleito por uma minoria dos votos, os estatutos do partido na Madeira exigem que a lista vencedora para a comissão política consiga "reunir mais de 50 por cento dos votos expressos". 
Assim, no caso de concorrerem apenas duas listas, ganha simplesmente a que tiver maioria. Com mais listas, e se não houver nenhuma com mais de 50 por cento de votos, parte-se para uma segunda volta, que deve ser disputada pelas duas mais votadas, uma semana depois da primeira ida às urnas.
No entender do actual líder - opinam as nossas fontes -, quanto mais candidatos houver, mais se retalharão os votos dos militantes por eles, inviabilizando-se uma vitória definitiva à primeira volta. Desse modo, mesmo com uma boa votação, Albuquerque teria de ir a uma segunda volta. E aí todos se juntariam ao outro candidato da segunda ronda, para derrotar o delfim rebelde.


Casas do povo não dão vencimento 

Para vencer Albuquerque, Manuel António Correia, que se saiba ainda delfim predilecto do chefe, dinamizou um projecto de angariação de militantes que, acabamos de saber, resultou numa 'safra' de mais 400 nomes só nas últimas semanas. Um trabalho feito principalmente através das casas do povo, que são coordenadas pelos serviços da Secretaria do Ambiente.
Segundo os estatutos, o pedido de inscrição de um militante deve ser subscrito por dois elementos já filiados. Depois, compete ao conselho de jurisdição regional aprovar ou não a entrada do reforço.
Além das diligências de Manuel António para juntar militantes afectos à linha Jardim, tendo em vista as internas de Dezembro do próximo ano, dá-se como certo que as fichas com os nomes dos novos filiados passam pelo crivo da Quinta das Angústias, a fim de o chefe saber quem são eles e quem os propõe.
O importante é que os novos filiados sejam da facção 'certa' e que tenham um ano de inscrição a um mês da data do congresso (já marcado para 10 de Janeiro de 2015)... para que possam exercer o direito de voto.


Mais expulsões às dezenas

Se há filiados a entrar às centenas, há outros a receber ordem de expulsão... às dezenas. Calculamos que, também nas últimas semanas, cerca de 40 militantes do PSD-M deixaram de o ser.
Na grande maioria, são punidos sob acusação de terem feito campanha por forças adversárias durante a recente campanha das autárquicas.
No PSD nacional, há 400 militantes expulsos pela mesma falta. Muitos outros se seguirão, porque a sanha de Passos Coelho não dá mostras de amainar.
Há uma diferença: no Continente, não há direito a defesa em processo disciplinar. A comissão política diz haver provas de indisciplina e o conselho de jurisdição expulsa automaticamente.
Na Madeira, respira-se mais democracia neste processo. O que não quer dizer que os arguidos tenham melhor sorte. O conselho de jurisdição regional recebe a comunicação da comissão política e admite ao 'implicado' o princípio do contraditório, notificando-o para que se defenda.  
Claro que o resultado é sempre a expulsão. Como mandam os estatutos gerais.
Nos últimos tempos, e sempre devido à campanha autárquica, foram expulsos 15 militantes do Porto Santo. Neste caso, sem processos, porque foram social-democratas a concorrer, de facto, por listas rivais.
Em São Vicente, foram expulsos outros 15, antes mesmo das eleições. 
Há outras desvinculações, voluntárias, de 'novos independentes' na Ponta do Sol, no Porto Santo e em São Vicente. Alguns apresentaram o pedido antes das eleições.
E há processos de expulsão a correr, como já divulgámos, envolvendo, por exemplo, Humberto Vasconcelos, antigo presidente de São Vicente, Simplício Pestana, que foi presidente da junta do Imaculado, Funchal, e Gabriel Farinha, antigo presidente do Porto Moniz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não haverá propostas sem data de entrada?