CAFÔFO IMPEDIDO DE FALAR
ABANDONOU ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Farta da confusão instalada na sessão ordinária, Luísa Clode recusou os esclarecimentos que o presidente da Câmara queria prestar na reunião da semana passada. Cafôfo não gostou
O presidente da Câmara do Funchal acabou por ser uma vítima do caos em que decorreu a sessão ordinária da Assembleia Municipal, na passada semana. Como se sabe, a oposição social-democrata continua barricada na estratégia de tornar aquelas sessões num inferno, e está a consegui-lo.
Se, a propósito do relato que fizemos há dias da última sessão, dizíamos que a Assembleia Municipal precisa de ir à bruxa, os novos dados sobre o que lá se passou recomendam consulta a um conselho de bruxas. Das mais conceituadas.
O caso que nos faz retomar o assunto está a ser comentado por participantes na reunião, já que na altura saíram a público apenas 3 pontos: os incidentes à volta de uma proposta da CDU combatida por Guida Vieira; o desaguisado entre um deputado municipal da 'Mudança' e outro do PPD, Baltasar Aguiar e Rui Cortês; e as acusações à vereação anterior relativas à conta 2013, que estava em discussão.
Foi precisamente quando este ponto da agenda estava ao rubro que o presidente Paulo Cafôfo viu ser-lhe negada a palavra, por duas ou três vezes.
A Assembleia estava prestes a encerrar o estafante debate da Conta 2013, a fim de finalmente passar à votação. A presidente já não aguentava com deputados municipais decididos a 'empatar'. Sucediam-se os pedidos de esclarecimento, as intervenções repetitivas, as interrogações, chamadas de atenção e críticas à Mesa. Neste contexto, Paulo Cafôfo entendeu premente a prestação de alguns esclarecimentos à Assembleia. Voltou-se para trás e pediu a palavra à presidente Maria Luísa Clode. Fê-lo uma, duas, três vezes. E a presidente, metida naquele inferno, sem disposição para mais: agora não, sr. presidente, agora vamos avançar.
Cafôfo, segundo nos contam deputados municipais junto de quem cruzámos a informação, não aceitou de bom grado tal impedimento. De rosto fechado, arrumou a bagagem, levantou-se e abandonou a sala.
Note-se que Luísa Clode e Paulo Cafôfo integram a mesma coligação, 'Mudança', em maioria relativa na Câmara do Funchal.
Segundo a lei, o presidente da Câmara tem o direito de prestar esclarecimentos nas reuniões da Assembleia. Inclusive, os vereadores só o podem fazer por delegação do presidente, ou seja, se este der o seu lugar quando entender que a matéria deve ser esclarecida por outro elemento da vereação.
No caso, foi o próprio presidente a ver-lhe recusada a palavra. Consequência imediata: Cafôfo saiu para não mais voltar à sala, pelo que nem assistiu à votação da Conta.
Os deputados com quem falámos rejeitam a hipótese de Paulo Cafôfo haver saído por motivo de agenda, já que o presidente não marcaria nada para um dia de Assembleia.
O presidente manifestou-se claramente agastado quando foi impedido de falar, aconteceu assim mesmo - testemunha uma das nossas fontes.
Paulo Cafôfo simplesmente quis afastar-se da sala onde corria o plenário de deputados municipais - dizem-nos - Tanto assim que, pouco tempo depois, estava numa sala ao lado a falar para a televisão.
O incidente foi observado por vários elementos da AM, que continuam a comentá-lo.
Luísa Clode não tem escondido os constrangimentos que lhe está a causar o cargo que ocupa, tudo agravado pelo comportamento considerado desagradável da parte, principalmente, dos social-democratas. Daí ter endurecido o exercício da presidência da Assembleia.
Desta vez, quem pagou foi Paulo Cafôfo.
4 comentários:
Falta dizer que a Presidente chegou a dizer nessa sessão que depois da intervenção de Baltazar Aguiar que estava farta e que para ela já chega.
Mas a questão principal Sr. Calisto e que não lhe mereceu cuidado e atenção devida foi a asneira e ilegalidade que a Presidente e o Grupo Mudança, pela voz de Guida Vieira meteram. Então pode-se propor e votar uma iniciativa que visa impedir que outro grupo (a CDU) faça uma proposta? Apesar das chamadas de atenção, o que é certo é que se votou mesmo e depois a Presidente confrontada com a asneira e ilegalidade voltou atrás, interrompeu a sessão e Guida Vieira informa que se anula a votação anterior. Isto é que devia ser comentado e falado Sr. Calisto. Asneira, incompetência e prepotência a juntar ao resto.
Porra, o cavalheiro apanhou-me nas couves, sr. Anónimo de uma figa!
Realmente, onde é que eu estava com a cabeça quando escrevi isso?!
Mas, já agora, se quer ver mesmo o que é "asneira, incompetência e prepotência", vá pelo blogue abaixo e quando chegar ao dia 30 de Abril, mais precisamente ao título "Vida municipal - Assembleia Municipal tem de ir à bruxa" - quando chegar aí, pare e chame alguém que lhe leia esse artigo.
Você não tem culpa de terem acabado com a escola de adultos, à noite.
Então agora a Culpa da incompetência desta "Mudança" é do PSD. lolol Incompetentes rua.
tenho saudades daquelas suas reportagens fotográficas das lojas do funchal fechadas e das fotos dos mendigos ...
Será que agora não interessa por ser Cafofo e gil canha na câmara
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