NA MADEIRA, MAIS CATIVEIRO NÃO!
Gaiolas onde vivem as aves exóticas no Jardim Botânico da Madeira.
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Depois de quase quatro décadas a impor aos madeirenses um cativeiro mental, o poder alapado na Quinta das Angústias e no velho Palácio da Junta Geral quer construir uma prisão para golfinhos na ex-marina do Lugar de Baixo.
Aos 110 milhões de euros já gastos, o desgoverno da Madeira prepara-se para enganar a Europa com mais este projeto estruturante. Mais uns milhões de lá, mais uns impostos de cá. E tudo o mar levará. Menos os chorudos lucros…
Entretanto, no Jardim Botânico continuam em cativeiro cerca de 500 aves exóticas, pertencentes a seis dezenas de espécies, trazidas para cá em 1987 por uma empresa sueca muito amiga da Madeira, que criou o “Louro Parque”, aberto ao público desde 01 de outubro de 1988.
Não muito tempo após a mediática cerimónia de inauguração, os criadores do extraordinário atrativo turístico deixaram de cumprir os compromissos assumidos, desapareceram da ilha e o “jardim de aves exóticas” foi integrado no Jardim Botânico.
Para além de denegrir a imagem do Jardim Botânico, a coleção de aves está ilegal, porque não cumpre a Portaria nº 7/2010 de 05 de janeiro, que regulamenta o Registo Nacional da CITES (Convention on International Trade in Endangered Species).
Tenho assistido envergonhado a manifestações de desagrado de inúmeros turistas perante o vergonhoso cativeiro em que vivem araras, papagaios, cacatuas, loricos e periquitos num dos mais emblemáticos jardins da Madeira.
A má qualidade de vida das aves exóticas do “Louro Parque” revela bem a insensibilidade de quem tem mandado e pretende continuar a mandar nesta Região.
Ciente deste estado de coisas, apelo aos madeirenses indignados que se unam na luta com o objetivo de impedir que a ex-marina do Lugar de Baixo seja transformada num delfinário.
Na Madeira, mais cativeiro não!
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
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