O polémico caso da tesoureira transferida
FONTES MUNICIPAIS DESMONTAM
TESE DA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Uma informação chegada ao 'Fénix' de fonte identificada mas que pede o anonimato vem negar a eventualidade de qualquer perseguição política no caso aqui relatado sobre a transferência de uma tesoureira que de há muito desempenha as suas funções na edilidade.
Sendo Arlinda Catanho tesoureira na CMF há cerca de 20 anos, não terá sido por influência de Gil Canha que ocupou tal cargo - observa o nosso informador. Para concluir que, em conformidade, não faz qualquer sentido a tese da perseguição inspirada na questão do parentesco.
Nos Paços do Concelho, também não é conhecida em Arlinda Catanho qualquer actividade política ou partidária, o que afasta ainda mais a hipótese de perseguição. É a argumentação que nos chega. Que esmiúça o assunto em polémica.
A profissional em causa é chefe de divisão de Tesouraria há 6 anos, tendo sido originalmente estabelecido que a sua comissão de serviço terminaria dia 23 do mês que vem. Comissão de serviço que poderia ser renovada, a título excepcional . Mas não foi, conforme despacho do presidente Paulo Cafôfo, de 23 de Maio último.
Pormenor decisivo: a orgânica em vigor, aprovada pela CMF em 20 de Dezembro de 2012 - era presidente Miguel Albuquerque - não contempla a divisão de Tesouraria. A Lei 49/2012 de 29 de Agosto, que determinou a alteração das orgânicas municipais, também exige a licenciatura como requisito para cargos de chefia intermédia - como é o caso duma chefia de divisão.
Ora, como diz a nossa fonte municipal, a profissional em apreço nem tem o ensino secundário completo, logo não poderia continuar a exercer as funções de chefe de divisão.
Levanta-se ainda uma incompatibilidade legal entre a categoria profissional de Arlinda Catanho, que é chefe de departamento (uma categoria que existe apenas na Madeira para acolher os antigos chefes de repartição e que se vai extinguindo conforme os titulares dessa categoria abandonam a função pública) e o exercício das funções de tesoureiro. Antigamente, havia uma carreira específica de tesoureiro, mas que se encontra extinta desde 2008 e integrada na categoria de assistente técnico.
A fundamentação da tese que nos enviaram observa ainda que a tesoureira possui uma categoria superior à requerida para o efeito, o que configura uma incompatibilidade.
Esta anomalia, que persiste desde 2008, decorre da Lei 12-A/2008 de 27 de Fevereiro. Dela foi apresentada ao actual Presidente da Câmara uma informação fundamentada com parecer jurídico do departamento de Recursos Humanos. Trata-se, pois, de regularizar uma situação.
Esta nossa fonte acrescenta: Arlinda Catanho alega em sua defesa que noutros municípios há situações em que pessoas com categoria superior à de assistente administrativo ocupam o lugar de tesoureiro. Só que essas situações não são obviamente da responsabilidade do presidente da Câmara do Funchal.
Mais: a profissional que se encontra no centro da polémica estava habituada, segundo nos transmitem, a viver numa situação de excepção que lhe seria assegurada por Miguel Albuquerque. Foi chefe de divisão sem cumprir os requisitos (única chefe de divisão do município sem as habilitações necessárias), continuou a ser tesoureira quando deixou de respeitar os critérios, teve direito a estacionamento na CMF, um privilégio dos directores de departamento (e ela nem dirigente era), recebia horas extras sem as efectuar efectivamente e tinha 'carta branca' para participar em todas as formações no continente que lhe apetecesse, pertinentes ou não para o exercício das suas funções. Em suma, era uma senhora muito poderosa, denuncia o nosso informador. Com mais este ataque: a senhora sempre usou meios enviesados para conseguir os seus intentos e agora segue uma estratégia de vitimização para tentar manter o seu 'estatuto'.
Aqui fica o contraditório face à notícia que publicámos sobre a transferência anunciada de Arlinda Catanho - na qual notícia desafiávamos a Câmara do Funchal a confirmar a perseguição política ou a mostrar argumentos contra fazedores de intriga. A Câmara não respondeu directamente, mas a fonte que ouvimos é fidedigna.
Ouvidas as duas partes, cabe ao Leitor retirar as suas ilações.
21 comentários:
Muito bem explicado, faltava era pedir Desculpas aos eventuais ofendidos no post anterior (quer pela notícia quer pelos comentadores - que agora terão de meter a viola no saco). Como se vê é possível liquidar bons profissionais em função de certas e determinadas mentiras facilmente desmontáveis, sem olhar aos prejuízos daí advindos.
Grande carácter o do informador. Fala oficiosamente, mas anonimamente. Como ficam? A câmara não assume o mexerico que agora serve para justificar o despedimento. Mas chama incompetente a quem nem o secundário completo tem. Realmente só por via anónima. Caráter revelado também no 'pormenor' de o esclarecimento ser feito quando a vítima está internada nos cuidados intensivos do hospital. Defesa, diz o jornalista. De uma pessoa ligada à máquina no hospital? Nem pode mostrar o canudo do 7° ano...
A propósito do último comentário, e perante o carácter deste último anónimo que critica o carácter do outro anónimo, sem poupar o jornalista que se limita a ser imparcial, somos a esclarecer o seguinte:
Neste espaço, haverá sempre direito a defesa, sim senhor, e, sempre que as partes queiram, privilegia-se o contraditório, a réplica, a tréplica e por aí fora.
E isso independentemente dos nossos gostos e simpatias - e apesar dos gostos e simpatias de quem quer que seja, ainda que se trate dos mais 'íntegros e puros' desta desgraçada Tabanca, do mundo e arredores.
...E mesmo que tornem hábito virem aproveitar-se da doença de terceiros para fazer política demagógica e baixa - ou melhor, para satisfazer egos e azias, sejamos directos.
De mais a mais, marimbamo-nos solenemente para os interesses pessoais das partes envolvidas, sejam quais forem.
Carater tão grande o do "informador" como o da "comentadora"... Despedimento?! O caso aqui falado é de transferencia para outras funções(?)... Vítimas houve muitas dessa tesoureira, tanta gente que passou por esse serviço e até têm vergonha de admitir que lá trabalharam, tanta humilhação sofreram, tanto trauma carregam. Vítima foi também o falecido (há 12 anos) João Spinola, das intrigas dessa senhora, que muito contribuiu para o fim precoce da sua vida. Mas se a senhora está mesmo a passar mal, que recupere rapidamente!
Então o presidente Cafofo ia lá perseguir e sanear alguém? Ele é tão bonzinho e só sorrisos. Os três vereadores da equipa dele foram afastados porque não facilitavam, a presidente da Assembleia Municipal saiu porque sim, as secretarias dos vereadores foram corridas porque já estavam nos cargos há muitos anos, a D. Arlinda é despachada porque não tem o ensino secundário... Este Cafofo é uma jóia de rapaz. Força, continua a semear ventos...
Realmente esta câmara parece viver uma kristallnacht interminavel e o curioso é que até há um alemão na equipa.
Na CMF quem é Miguelista é encostado. Mas a nora do Alberto João continua a passear-se como adjunta do vereador Domingos. Albuquerque não, mas Jardim sim. Grande Mudança!
A antiga Camara era um atentado à boa gestão vejam só as regalias desta senhora que nem o 12° ano tinha.
quando o gil canha saiu falou nisto ...o maritimo tem de pagar 1,3 milhões de euros de taxas pelas obras nos barreiros....o processo está pronto, feito pelos serviços camarários e não há volta a dar...mesmo que o governo fique com as estradas, mesmo que o cafofo meta o assunto na gaveta para tirar fotografias com o cardeal e com o carlos pereira nas festas da diocese não há hipotese....a questão é ver qual o vereador que vai esconder o assunto e tentar esquecer....
Com tanto detalhe percebe-se que a fonte "anónima e fidedigna" só pode vir de Paulino Ascenção - Director Financeiro, que tem vindo a montar esta estratégia há muito tempo. É conhecida na CMF a sua fixação contra a tesoureira. E porquê? Porque pelo seu rigor, dedicação e reconhecida competencia, no cumprimento das suas funções por diversas e repetidas vezes pôs a nu a incompetencia deste senhor. É muito incomodo não é? Para resolver é melhor afastar e colocar na tesouraria alguém instrumentalizado e controlado. Assim fica tudo nas mãos deste senhor. E o pior é que o senhor Cafôfo vai deixando...
É sabido que este senhor luta, há anos, para que sejam retiradas competencias à Senhora tesoureira para que possa continuar a trabalhar de forma incompetente sem que ninguém o identifique. Será que quem decidiu não renovar a comissão de serviço se deu ao trabalho de analisar o currículo da Senhora tesoureira? As classificações que teve? Até um mérito execpcional recebeu!Os sábados e os domingos que passou a trabalhar? Só não viu quem não quis... Dedicou a sua vida à CMF, mais de 40 anos de trabalho! E, no final de tudo, o mais importante é que não possui licenciatura??
O lugar de estacionamento, para quem não sabe, desde sempre foi reservado ao responsável pela tesouraria, independentemente das suas habilitações e/ou categoria profissional.
Parabéns senhor Paulino. Conseguiu não só afastá-la da tesouraria como também da vida activa, uma vez que a Senhora tesoureira se encontra hospitalizada...
"A Lei 49/2012 de 29 de Agosto, que determinou a alteração das orgânicas municipais, também exige a licenciatura como requisito para cargos de chefia intermédia - como é o caso duma chefia de divisão."
...Caricato o facto de se exigir (e bem!)uma licenciatura para a chefia intermédia e basta o secundário para a chefia de topo...exemplos não faltam!!!
Esta atitude é mesmo típica dos tristes incompetentes, vão afastando que trabalha bem para conseguirem que não se note a sua incapacidade.
E a turma do Cafôfo vai no memso caminho...
Vale tudo mesmo, até usar um problema de saude como forma de chantagem para tentar manter o estatuto pessoal. Que baixaria!! Mas quem lidou com a senhora já lhe conhece bem esse carater
Há uma dificuldade enorme em aceitar o simples facto de sermos todos comuns mortais. As pessoas agarram-se aos cargos que ocupam como se tivessem um direito de origem divina aos mesmos. Por exercerem certa função acham-se com qualidades super-humanas?! Os cargos de chefia são temporários, podem ser renovados ou não. Ser secretária é um lugar de confiança pessoal e a qualquer momento a confiança pode acabar... Tudo isto é perfeitamente normal em qualquer instituição. Mas há pessoas que não são normais...
Não percebo o celeuma levantado em torno das habilitações duma SENHORA que sempre mostrou elevada competência norteada pela lei. Se até neste momento com o advento da "mudança" o Teatro até tem um cantoneiro de limpeza como dirigente sem-nomeação, a auto-promover livros seus feitos no mesmo Teatro de "clipping" histórico e demais exposições.
Os motivos para a senhora deixar de ser chefe e para deixar de ser tesoureira, decorrem da Lei! Ou a Lei é para ser evocada apenas quando convém?
esta questão não está dissociada do que o gil canha falou quando saiu ...o maritimo tem de pagar 1,3 milhões de euros de taxas pelas obras nos barreiros....o processo está pronto, feito pelos serviços camarários e não há volta a dar...mas tem de ser escondido...
Então a senhora estava nos cuidados intensivos?! Uma velha amiga foi visitá-la hoje e encontrou-a rija que nem um pero, completamente descontraída sentada na sua cama de pijaminha azul, a ler uma revista 'cor-de-rosa' de óculos de sol postos e sem aparentar qualquer maleita. Então estava ligada à máquina - a de medir a tensão. A falsidade desta senhora tesoureira não tem limite!
o Paulino a tentar limpar a casa para reinar á vontade , já saiu a D.Arlinda , antes a Dr Olga foi embora , dentro em breve outros vão querer sair , daqui a alguns dias nem ficam os auxiliaries.
E VIVA O PAULINO , agora é que vai ter aqule gabinete na torre que o Pedro Calado proibiu.
Oh Beatriz, vá lá atualizar o menu do restaurante no facebook
Ainda bem que a situação da senhora tesoureira aparentemente não ser grave. As rápidas melhoras!
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