O que
será que anda a forjar o maroto do bem sucedido empresário calhetense?
O agora Blandy Madeirense está na ribalta. |
À primeira vista, as previsões falharam todas e o futuro JM não terá 'sabor venezolano'. À primeira vista. Porque, afinal, a única proposta entrada no dia 22 anunciou a investida do faroeste ilhéu sobre o Funchal. Aí vêm Avelino Farinha e Luís Sousa numa carga cerrada sobre a capital da Tabanca, apanhando todos de surpresa. Já vemos nos céus do Funchal aviões e drones da esquadra combinada Calheta-Ribeira Brava, nos modelos Saccharum e Valley, a dominar a situação oficialista.
"Neste primeiro editorial do novo JM, queremos..."
"Aqui na Rádio JM mudam-se os tempos e as vontades... Depois da publicidade institucional voltamos ao tema."
Mas tenho de fazer uma perguntazinha ao Amigo Avelino, com aquele à-vontade que vem dos nossos tempos das coboiadas de rapazes novos no irresistível Oeste. É simples: o que é que leva um empresário de sucesso, que só joga para ganhar, a tomar conta de um projecto que sorve mais dinheiro do que gastam os nosso políticos nas viagens de aproximação à diáspora?
Então: o caderno de encargos exige isto e mais aquilo, 70% de informação regional, edição em papel, manutenção dos postos de trabalho e por aí acima. Como vai ser para fazer receita?
Bem, há 300 mil do MediaRam que continuaremos a desembolsar para jornais. Mas reconheça o meu Amigo: o negócio só deve ter avançado com a certeza de publicidade institucional à fartazana. Mais suplementos e encartes à moda corrente. Além de uma convivência bem acertada e rendível com a 'concorrência'.
Avelino Farinha não dorme na forma. Já entrara no métier, com a Rádio Calheta. Tentou chegar à RJM. Em tempos, sentiu-se muito bem quando convidado (cirurgicamente escolhido) para o jantar mensal de jornalistas - tão bem que se propôs pagar a conta de todos.
Ultimamente, andávamos intrigados com umas aproximações de sargentos de certos exércitos que pareciam vir do nada. Ora bem que não vinham!
Pois, caro Avelino - um autêntico Blandy Madeirense na hotelaria e na comunicação social - está tudo muito bem feito. Mas nestas andanças continuo com um certo 'sabor venezolano', não sei porquê.
Finalmente: boa sorte no empreendimento. Um sucesso igual ao do vitorioso Grupo Blandy, onde trabalhei com gosto durante muitos anos. Que são precisos dois jornais, sem dúvida. Parabéns, Avelino, pelo arrojo e parabéns pela absolvição judicial naquilo dos lucros fictícios. Grandes dias! Merece um trago algures na Europa. O aviãozinho está disponível?
14 comentários:
Ao menos não fica na mão dos mesmos...
Os órgãos de comunicação social não são um negócio por si mesmos mas servem de proteção para os outros negócios. A comunicação social atual, mais do que no passado, não tem como função descrever a realidade mas formatá-la.
Diariamente há centenas de milhares de "noticias" com potencial para serem dadas a conhecer à opinião pública e há centenas de "narrativas" de possíveis abordagens para cada notícia mas como é evidente só é possível dar relevo a algumas dezenas de acontecimentos/realidades/fatos pelo que quem decide o que é o notícia e como as abordar é que formata a opinião pública.
A comunicação social, tal como a máfia,vende proteção/imunidade e só faz sentido quando temos a quem vende-la ou quando temos negócios ou modelos de negócios que necessitam de serem protegidos.
Parece que a região vai-se ver livre de vez do Jornal da Madeira. Já não era sem tempo. Agora só falta a Câmara do Funchal deixar de pagar fortunas ao Diário.
E quem é que diz que no fim...não fica para o Blandy ?
Comunicação Social é visibilidade para o bem e para o mal...
bom seria transferir a nova sede para a Ribeira Brava
Pura simulação de negócio para salvar a face do Governo e ficar novamente dentro de casa o jornal.
O Grupo Sousa serão depois compensados por mais uns ajustes directos para manter o JM.
A direcção do JM será a partir de agora na verdade a do Diário, e assim acabam-se os problemas para os dois ao mesmos tempo.
A madeira no seu melhor. A oposição essa está a ver passar os aviões...
Concordo com amsf.
Precisávamos era de um grupo sério que pudesse tornar o JM naquilo que o Diário de Noticias da Madeira já não é, um jornal isento e com informação credível. Mas não foi isso que aconteceu, o JM está em vias de ficar nas mãos do empresário que mais cresceu nos últimos anos à custa das obras públicas, com fortes interesses económicos no turismo e nas mãos do grupo que continua a ter o monopólio dos transportes na Madeira com o aval do governo. Assim estamos cada vez piores.
Agora o Cafôfo vai ter que pagar ao JM também, senão lá se vai a imunidade.
Não vai haver dinheiro para tanto e não falta muito para o DN voltar a atacar o edil do Funchal.
hahahahahahahahaha
Comunicação social? São todos uns vendidos. Gosto de democracia directa, tipo as mensagens de twitter do GRANDE PRESIDENTE TRUMP.
Há aqui um que anda a confundir Sousas. Está baralhado entre transportes e informática.
O JM perante contas de mercearia (“Para Tótós”)
Estrutura de Funcionamento do JM (gastos operacionais):
1. Depois da sangria, o JM ficou apenas com 24 colaboradores (tinha 56). Cada trabalhador custa em média ao JM: 1.500euros/mês (recordo que apenas 9 colaboradores são jornalistas mas os restantes são administrativos com salários inferiores, supõe-se).
2. Assim, 1.500euros x 24colaboradores = 36.000euros/mês X 14 meses = 504,000euros/ano.
3. Ora, se o MEDIARAM garante por parte do Governo 300.00euros/ano a cada um dos 2 matutinos, o JM “só” tem de facturar: 204.000euros/ano, o que dá à volta de: 17.000euros/mês.
4. Ora, se o JM conseguir por exemplo um contrato como aquele que o Cafofo celebrou com o Diário de Notícias para a realização do Madeira Trial no valor de 165,000euros - aqui bem denunciado há uns dias no FÉNIX - a coisa fica imediatamente equilibrada e quase atinge o “break-even”, isto sem vender um único jornal que seja! E já nem falo da Rádio Jornal da Madeira (que sempre deve facturar algum).
5. Sem passivo, sem amortizações de capital às financeiras, com apenas os custos de contexto como: aluguer de sede; electricidade; impressão dos exemplares; etc...
É caso para dizer, Grande Negócio!!!
É claro, o negócio ganha outra sustentabilidade se o JM tornar-se verdadeiramente independente, vai com toda a certeza retirar espaço ao seu único concorrente, o Diário de Notícias (cuja redação está depauperada) e, vai garantir a venda de muitos exemplares, fidelizar ainda mais clientes e com isso estabelecer mais assinaturas. E ainda... apesar do mercado publicitário estar em dificuldades, vai conseguir dinamizar o seu departamento de marketing, atraindo publicidade do mercado livre, a um empresariado sem complexos que não liga a interesses e que publicita no produto que considera e lhe garanta mais retorno.
se é tão bom negocio como dizes porque o Bloco , o Coelho ou a JPP não entraram
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