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quarta-feira, 29 de março de 2017

Santos armou a Selecção para uma 'peladinha' e depois sacudiu a água do banco




Até o Engenheiro faz engenharia
para 'enrolar' os aborígenes


"Não gostei da atitude dos jogadores na segunda parte", diz ele. "Não gostei da atitude do treinador antes e durante todo o jogo", digo eu.

Cá para nós, jogar William Carvalho ou Danilo vem a dar no mesmo. No posto de defesa direito, não vejo diferenças de vulto entre os concorrentes. Bernardo Silva está de momento alguns furos acima de João Mário. Renato Sanches é para ser titular, mais dia menos dia, até já. Gelson é o melhor extremo de raiz que Portugal possui na actualidade. Ou seja, passaram ontem pelo belo e bem recheado Estádio do Marítimo jogadores que cabem no 'onze' principal da Selecção. 
Há porém uma observação a fazer: o seleccionador não tem esta visão. No seu legítimo direito de escolha, usa critério diferente. No critério dele, Fernando Santos, ontem apenas colocou de início um titular, Cristiano Ronaldo. Fernando Santos, que foi bem tratado na sua passagem como atleta pelo Marítimo e que tem contado com um notável apoio da Madeira à Selecção Nacional que ele orienta, fez a sua engenharia para tratar os adeptos de futebol e os madeirenses em geral como os habituais botas-de-elástico a quem se engana com meia treta. No critério dele, foi a reserva que nos deu. 
Este desabafo não resulta de qualquer complexo de inferioridade, mania da perseguição ou obsessão pelo maldizer. É assim mesmo. 
Agora que a poeira assentou e não nos podem acusar de tentar desestabilizar o que está estável - o jogo passou e a malta até engoliu a derrota -, é preciso lembrar o histórico. 
A primeira vez que os crânios federativos nos honraram com a presença da Selecção Nacional foi em 1977, quando no Continente ainda se respiravam vestígios de PREC e ninguém dava um tostão furado pelo preparatório e particularíssimo Portugal-Suiça, que nem feijões valia. Uma vitória por 1-0 sem direito a festa nenhuma e caso arrumado.
Na sequência da grande 'barracada' de Saltillo (1986) e com as vedetas que se amotinaram bem emprateleiradas, os senhores da Federação resolveram exilar o que restava do grupelho das Quinas: mandaram os mal-amados para a Madeira, como é costume noutros patamares da vida pública. Viajou para cá o que havia de melhor nas circunstâncias. Vimos Álvaro Magalhães, Veloso, Frasco, Eduardo Luís, Rui Barros, Manuel Fernandes, Jorge Plácido. Mas do outro lado puseram os desajeitados de Malta para os aborígenes verem. No exílio madeirense, a Selecção de certeza não seria assobiada. E não foi. Nem por Saltillo nem pelo vergonhoso empate (2-2) com os rapazes malteses. 
Em 2001, lá nos proporcionaram ver Figo, Fernando Couto, Rui Costa, Nuno Gomes. Mas do outro lado do campo tivemos de apanhar com Andorra! 
Agora veio a Suécia, uma Selecção com quem se deve contar, por ser adversário normalmente de bom nível. Só que o engenheiro inovou e apresentou um plano ao contrário dos anteriores. Antes davam-nos uma Selecção verde-rubra razoável e um adversário frouxo. Agora deram-nos um adversário competentes e uma equipa nossa que no critério do engenheiro é a B da Selecção Nacional. Conforme documentos juntos. Linda desconsideração para quem viveu intensamente os prelúdios de espectáculo. 
Aqui o que conta é o gesto indelicado e burlão de Santos. Com ele, Bernardo, Sanches, Nelson e alguns outros de valor costumam ficar fora dos melhores. Dos outros que actuaram ontem (fora Ronaldo) nem se fala: suplentes 'indiscutíveis'.
O Engenheiro tinha avisado. Era preciso rodar jogadores. Mas não foi franco, não disse que retiraria nada menos de 10 titulares do último jogo, escapando Ronaldo sabe-se porquê. Fernando Santos enganou os madeirenses - e até os milhões que seguiram o jogo pela TV. Mas aos madeirenses cabe sempre uma rifa destas. Ver ao vivo - pela Selecção - elementos como Rui Patrício, Pepe, André Silva e mais alguns consagrados, vê-los todos no 'onze' nacional, ao vivo, com um adversário digno desse nome pela frente, não é bife para o nosso dente. Será que este jogo, disputado no Rectângulo, teria mais de 10 mil assistentes? E mesmo que tivesse?!
O que nos vale é estarmos acostumados às engenharias deles. Tão acostumados que os adeptos entrevistados ontem à saída do Estádio, depois de uma segunda parte miserável, depois de uma derrota desnecessária e com um Seleccionador irritado atirando culpas para os jogadores que achou ideais para a 'pelada' - os entrevistados foram unânimes a dizer da sua grande satisfação e a pedir à Selecção que volte sempre.
Quanto a Fernando Santos, cuide-se bem no Europeu. Jogar à sueca ou brincar às peladas não vai chegar.

8 comentários:

Anónimo disse...

Falta de respeito para com os madeirenses foi o que se passou ontem nos Barreiro. meninos mimados que resolveram vir a Madeira passar 2 dias de férias e fazer aquela triste figura num jogo que tinha criado grandes expectativas no povo madeirense. o treinador também ignorou visto que preocupo-se mais em gerir a equipa em perspectiva dos clube que vão jogar no próximo fim-semana.
Enfim,....

Anónimo disse...

Aliás não sei qual a admiração deste comentário, isto tratou-se do primeiro ato da Palhaçada, o segundo foi ha pouco com o Rebatismo do Aeroporto.
Já agora vos convido e venham todos até a Zona Oeste presenciar como eu estou agora a observar as Ondas Gigantes que estão na Marina do Lugar de Baixo, é um Espetaculo, a Madeira sempre em Festa.
Querem mais???

Anónimo disse...

Se tivesse ido seria para ver o CR7 e levava o cachecol do Marítimo e a bandeira da Madeira.
No Continente, bilhetes as 10€, aqui 20€ no mínimo.
Resta agora saber quanto chegará às instituições de caridade,...da maneira que a FPF se trata, não deve chegar muito.
Quanto às declarações de FS antes e depois do jogo, foi mesmo uma engenharia de palavras...

Anónimo disse...

O anónimo das 12.32 que desande daqui. Cubanos que arribaram na ilha com uma mão à frente e outra atrás, são "personas non gratas" por estes lados.

Anónimo disse...

Qual o Problema, então o Treinador não pode efetuar uma visita a Filha nesta Ilha???
Qual trabalho!! Como dizia o Raul Solnado....

Anónimo disse...

Ao anonimo das 13,05h
Se não era os CUBANOS coitadinhos dos Madeirenses que até para um Hospital não teem dinheiro, para passagens aéreas para o Porto Santo, para saírem da Ilha, para o 20 de Fevereiro, para os Incendios, para a Rua Bela S Tiago e outras. E o Ferry, o Avião Cargueiro, etc, etc.
Prefiro ser Governado por um Feitor Cubano do que esta Autonomia de Blue Queques e olha que sou Madeirense de Gema, nado e criado nesta terra, agora tenho pena da Sra Minha Mae ter-me deixado nascer nesta Ilha de Horrores!!

Anónimo disse...

Grande vergalhada do Fénix ao treinador Fernando Santos que deveria ter outra consideração pela ilha que o recebeu enquanto jogador do Marítimo! Se era para isto, então não se convidava a Suécia, mas sim o Alma Lusa, Lazareto ou o Carvalheiro!

Anónimo disse...

Foi apenas mais um episódio com custos milionários, cujo fonte é os bolsos dos contribuinte portugueses, trabalhadores e escravos do privado, para sustentar esta Nação populista, e mais acrescento; Concordo na integra com as palavras do Holandês.