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terça-feira, 21 de março de 2017

Denúncia do PCP




Trabalhadores pressionados para rescindir




Na iniciativa que hoje teve lugar em São Martinho, junto ao supermercado Continente, foram apresentadas as seguintes declarações políticas pelo dirigente do PCP, Ricardo Lume.
O PCP tomou conhecimento de uma situação grave, na Região Autónoma da Madeira, de inaceitáveis pressões, sobre trabalhadores da rede de supermercados Continente.
Relatos concretos que nos foram transmitidos dão conta de situações verdadeiramente inaceitáveis, como por exemplo, exigir acordos para rescisão de contrato, e assim extinguir vínculos de trabalho permanentes para posteriormente substituir por vínculos de trabalho precários.


Para além dessa realidade temos conhecimento, que existe falta de mão-de-obra, situação que obriga aos funcionários a desempenhar varias funções para além das que estavam consagradas inicialmente na sua categoria profissional, existem relatos de vários trabalhadores, que devido à pressão exercida e pelo excesso de trabalho necessitaram de baixas por fadiga física e psicológica.
Estas práticas ajudam a que os trabalhadores assinem a rescisão de contrato perdendo assim o vínculo laboral à empresa.
É importante referir que esta é a rede de supermercados que mais lucro teve em 2016 em Portugal.
Tendo em conta esta realidade, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo Regional sobre esta situação, através das seguintes perguntas:
1-Que conhecimento tem o Governo Regional sobre esta matéria?
2-Que medidas serão tomadas face a este relato de práticas de intimidação, sobre os trabalhadores?
  O combate à precariedade laboral passa também pela defesa dos vínculos de trabalho efectivos já existentes, pois em empresas como o Continente, não existem excesso de trabalhadores, o que existe é uma estratégia, utilizada por esta e outras empresa, para substituir vínculos de trabalho permanentes por vínculos precários ou pela contratação de empresas prestação de serviços.
O Governo Regional e a sua maioria PSD têm sido coniventes com estas situações que prejudicam os trabalhadores.
Não basta o Governo Regional propagandear o aumento da intervenção da inspecção de trabalho, é necessário combater estas práticas que são ofensivas para a dignidade dos trabalhadores e que podem transformar-se em verdadeiros dramas sociais.

Texto e foto: PCP

2 comentários:

Anónimo disse...

Vota PPD! Muitos desses trabalhadores votam na sua própria escravidão! Os carneiros também andam por aí arrebanhados!

Anónimo disse...

Ó anónimo de 21 de Março, há maior carneiro (e desonesto e hipócrita) que um comuna?