Trabalhadores pressionados para rescindir
Na iniciativa que hoje teve lugar em São Martinho,
junto ao supermercado Continente, foram apresentadas as seguintes declarações
políticas pelo dirigente do PCP, Ricardo Lume.
O PCP tomou conhecimento de uma situação grave, na
Região Autónoma da Madeira, de inaceitáveis pressões, sobre trabalhadores da
rede de supermercados Continente.
Relatos concretos que nos foram transmitidos dão conta
de situações verdadeiramente inaceitáveis, como por exemplo, exigir acordos
para rescisão de contrato, e assim extinguir vínculos de trabalho permanentes
para posteriormente substituir por vínculos de trabalho precários.
Para além dessa realidade temos conhecimento, que
existe falta de mão-de-obra, situação que obriga aos funcionários a desempenhar
varias funções para além das que estavam consagradas inicialmente na sua
categoria profissional, existem relatos de vários trabalhadores, que devido à
pressão exercida e pelo excesso de trabalho necessitaram de baixas por fadiga
física e psicológica.
Estas práticas ajudam a que os trabalhadores assinem a
rescisão de contrato perdendo assim o vínculo laboral à empresa.
É importante referir que esta é a rede de
supermercados que mais lucro teve em 2016 em Portugal.
Tendo em conta esta realidade, o Grupo Parlamentar do
PCP questionou o Governo Regional sobre esta situação, através das seguintes
perguntas:
1-Que conhecimento tem o Governo Regional sobre esta
matéria?
2-Que medidas serão tomadas face a este relato de
práticas de intimidação, sobre os trabalhadores?
O combate à precariedade laboral passa também
pela defesa dos vínculos de trabalho efectivos já existentes, pois em empresas
como o Continente, não existem excesso de trabalhadores, o que existe é uma
estratégia, utilizada por esta e outras empresa, para substituir vínculos de
trabalho permanentes por vínculos precários ou pela contratação de empresas
prestação de serviços.
O Governo Regional e a sua maioria PSD têm sido
coniventes com estas situações que prejudicam os trabalhadores.
Não basta o Governo Regional propagandear o aumento da
intervenção da inspecção de trabalho, é necessário combater estas práticas que
são ofensivas para a dignidade dos trabalhadores e que podem transformar-se em
verdadeiros dramas sociais.
Texto e foto: PCP
2 comentários:
Vota PPD! Muitos desses trabalhadores votam na sua própria escravidão! Os carneiros também andam por aí arrebanhados!
Ó anónimo de 21 de Março, há maior carneiro (e desonesto e hipócrita) que um comuna?
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