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terça-feira, 30 de outubro de 2018


MAESTRO VÍTOR COSTA 
- A REPOSIÇÃO DA VERDADE

Adolfo de Freitas Brazão

Foram publicadas deturpações e inverdades sobre a sua vida.
O facto de ter sido seu advogado, e da sua família, impedia-me, por sigilo profissional, de comentar.
Contudo, e como não podia deixar de ser, os familiares enviaram ao matutino autor da publicação um desmentido indignado, que, na edição de hoje, foi só parcialmente transcrito.
Não o tendo sido na integra, e a pedido daqueles familiares, aqui vai o texto integral enviado:

Resposta à notícia de primeira página do Diário de Notícias da Madeira, de 27 de outubro de 2018, “MAESTRO VICTOR COSTA MORRE NA MISÉRIA”.
Seja qual for o objetivo de uma notícia é fundamental a veracidade dos factos relatados, a confirmação da legitimidade das fontes e a salvaguarda do respeito pelas pessoas envolvidas. A tendência de alguns órgãos de comunicação pelas notícias sensacionalistas, não abona em favor de um jornalismo sério, que não abdica de confirmar a veracidade e contextualização dos relatos, que obriga a várias perspetivas, e que pondera o impacto das suas manchetes nas pessoas e nas suas vidas.
A manchete da primeira página e a notícia divulgada no diário de notícias, de ontem, dia 27, ignorou esses requisitos essenciais. A família e os amigos de João Vítor Costa foram confrontados num dia de dor, de despedida e de homenagem, com palavras sensacionalistas, que além de distorcerem a realidade, revelam uma total falta de respeito e sensibilidade pela memória da pessoa e pela sua família.
Impõe-se assim, a reposição de alguns factos e o repúdio pela forma sensacionalista de relatar “a vida” das pessoas, utilizando palavras e perspetivas que, desconhecem a realidade.
No que diz respeito ao reconhecimento do valor artístico e cultural da obra do meu pai, no sentido de integrar o acervo histórico e cultural da Região, é um tema que reúne consenso desde sempre. No entanto, essa é uma avaliação que deverá ser efetuada e validada pelas forças vivas da sociedade, instituições públicas e privadas. Neste sentido e reforçando esta nossa convicção, o Governo Regional da Madeira, através da secretaria que tutela estes temas, iniciou o processo de validação e avaliação da obra com a atenção possível, dentro das várias restrições que estes processos enfermam, nomeadamente as de cabimento e justificação orçamental. A extensão da obra e a complexidade do processo contribuíram, igualmente para a sua morosidade, que compreensivelmente provocava alguma frustração no meu pai, que, como qualquer artista, ambiciona o reconhecimento da sua obra.
Dada a sua extensão, a compilação, organização e caracterização de toda a obra, processo realizado pelo autor, só foi concluído no decorrer deste ano. Só após esta fase se poderia prosseguir com a finalização do protocolo de entendimento, que levaria à entrega definitiva da referida obra ao acervo e património cultural da Região. Digo protocolo de entendimento e não negociação, porque não se trata de um negócio, mas sim de um reconhecimento material de algo intangível como é a produção artística.
Quanto ao grande destaque da notícia, a pobreza e miséria, em que viveria o maestro, baseia-se em relatos, que certamente desconhecem a intimidade e o modo de vida do meu pai. Uma personalidade artística desligada dos afazeres materiais, descurando muitas vezes tarefas domésticas como ir às compras, não por ser pobre, mas porque vivia ao sabor da sua sede de compor. Viveu sozinho por opção quase até o fim da sua vida, tal era a sua necessidade de se dedicar por completo à sua obra. Nunca foi rico, viveu sobretudo para a música, mas não vivia na miséria, nem na pobreza, porque felizmente trabalhou toda a vida para garantir o seu sustento.
Termino na certeza de que contribui para repor a verdade e dignificar a memória do meu pai.

16 comentários:

Anónimo disse...

Ora se nao iam mandar para o fênix.
Imagino esta verdade é tão verdade como é a não presença de um elemento do governo da Região.
Uma vergonha.
O senhor Albuquerque que vai a todas, seja a inauguração de uma tasca, de uma clínica dentária, a tudo. Porque governar agora é pavonear-se.
Assim é este senhor da quinta Vigia. Um gajo que em vez de governar, passeia e deixa a batata quente para o Calado. Tinha o dever e o respeito para com o senhor maestro e para com os madeirenses de estar presente, assim como o senhor Tranquada.
E meus senhores, eu estive lá e não estava ninguém dessas gente. Comentava-se em surdina a total falta de respeito desta escumalha que tomou de assalto a governação.
Imagino que a irmã deste também tenha mandado o maestro passear.. Se trabalhar como fazia no outro sítio, estamos esclarecidos.

Anónimo disse...

Nada de estranhar no lixo em que se tornou o DN, infelizmente.
Hoje, este matutino, envergonha tantos jornalistas e directores que passaram por aquela casa. É mau de mais.
Lamentavelmente, neste caso, fá-lo à custa de alguém que deveria merecer o seu respeito, o maestro Victor Costa, pondo em causa, inclusive, o bom nome da sua família.
Lamentável e chocante. Mau de mais.

Anónimo disse...

O Diário é hoje em dia um panfleto da LPM e do saco azul da CMF.
A forma como rebaixaram o ilustre maestro e a sua família para atingir o governo regional foi a todos os níveis uma canalhice e uma pulhice sem precedentes.

Anónimo disse...

É preciso ser muito imbecil para não respeitar a memória e dignidade duma pessoa falecida e da sua família, como o fez o cromo das 06.13.
Há coisas que deviam ultrapassar todo e qualquer facciosismo. E há comentários que são de canalhas.

Anónimo disse...

Por alguns dos comentários a afirmação de que não o compensaram pela criação do hino regional é falsa!

Anónimo disse...

Essa notícia, ainda por cima em 1a página, não deveria ter sido publicada, mesmo que fosse verdade! Qual o interesse de saber que património financeiro tem uma pessoa depois de morrer!? Que interesse tem a sociedade em saber isso!? O intuito só pode ser para denegrir o próprio falecido e respetiva família! Isso é jornalismo!?
O Título deveria ter sido "Faleceu Maestro, autor do Hino da Região Autónoma da Madeira", assim informava o leitor do desaparecimento do Maestro e também de parte da obra deixada por ele.
É revoltante ver esta humilhação sem sentido, a uma pessoa que já nem se pode defender

Anónimo disse...

Ya, o DN é que esteve mal.
Ę também foi o DN que pôs-se à porta do cemitério para não entrar ninguém do governo de um território que tem um hino criado por o maestro Victor Costa.
E se querem mesmo saber, aquela missiva do filho soou a algo forçado. E hoje em conversa com amigos, todos tiveram essa mesma sensação.
Mas isso para mim é secundário e não apaga a ausência de alguém do governo na última homenagem.
Uma garotada. Estamos governados por esta gente.

Anónimo disse...

De facto a imbecilidade impera. Confirma-se às 21.46

Anónimo disse...

Acha?
Olhe que quem esteve mal foi o governo em não prestar uma última homenagem. Nem que fosse porque é eleito por todos nós.
Mas lá está . Garotada sem princípios nem atinge isso. Preocupa-se com um matutino que em tempos foi tão útil para eleger esta renovaçao e derrubar o Alberto. Agora vende-se ao Cafofo e amanhã será a outro.
Como vê eu estou a c*** para o DN ! Agora não estou para as pessoas.
Quem é o imbecil?

Anónimo disse...

•••está aberto um precedente … por coerência, aguarda-se notícia de destaque:
XXXXX entrou para o governo teso e saiu de lá rico
ou
XXXXX entrou para deputado teso e saiu de lá rico

Exemplos (muitos) não faltam nem irão faltar….

Anónimo disse...

Lendo aqui dois comentários, é fácil concluir que um canalha é sempre um canalha.

Anónimo disse...

Triste o DN instrumento de propaganda de Cafofo. O Blandy vendeu-se por um prato de lentilhas.

Anónimo disse...

John e Richard Blandy, devem dar voltas no túmulo ao let lixo deste tipo. E Michael vendeu-se por um prato de lentilhas. Algo que acho que Adam não o faria. Aguardemos pela próxima geração Blandy. Esperemos alguém um pouco mais elevado que Michael que se tem revelado como um bãsico.

Anónimo disse...

Das 13.38
Tal como a Rainha D Ines voltamos a ter novamente um milagre das rosas que se transformaram em muitos euros.
Entrou teso e saí princepescamente.

Anónimo disse...

É isso ó das 22.09.
E há até aqueles que não querem sair, como o primeiro damo, que lá vai mexendo por trás para se manter sempre no poleiro.

Anónimo disse...

Ó das 22.09, já por diversas vezes e em diferentes post demonstraste a tua ignorância.
Mas essa de atribuir a D. Inês o milagre das rosas é hilariante. Arranjaste outra mulher ao D. Dinis ?
Faltou levares um "bolos" na primária para estar mais atento às lições de história.