GOLFE DO SANTO: JPP ESTRANHA
DUALIDADE DE CRITÉRIOS DO GOVERNO
Na sequência das notícias de 27 de
novembro de 2018, veiculadas na comunicação social da região, referentes ao
ressarcimento que o Executivo madeirense terá de fazer ao campo de golfe do
Santo da Serra, o JPP estranha a dualidade de critérios do Governo Regional.
Se para um clube de golfe o Governo
Regional admite ressarcir o mesmo quando falta às suas obrigações de
fornecimento de água necessária para o normal funcionamento do campo de golfe,
já para os agricultores regantes não tem a mesma vontade de se responsabilizar
pelas suas faltas.
O ressarcimento ao campo de golfe
do Santo da Serra surge de um erro de investimento do Governo Regional na Lagoa
do Santo da Serra, que tantos problemas tem dado com todas as obras de
recuperação que nela têm sido feitas desde o início da sua reinauguração.
O caso torna-se ainda mais grave,
quando a 18 de novembro de 2015 o JPP entregou na ALRAM um diploma que previa,
entre outras medidas de apoio aos regantes, a criação de “um programa de
medidas de compensação financeira aos agricultores e regantes prejudicados pelo
incumprimento do contrato de abastecimento de água de rega, com a diminuição do
caudal de rega”, diploma esse que foi discutido a 3 de março de 2016 em
plenário, tendo sido chumbado com 24 votos contra do PSD e 6 abstenções do CDS,
tendo as restantes bancadas parlamentares votado a favor. Portanto falta de
aviso por parte da oposição não terá sido, falta de trabalho da oposição não
foi.
Há falta de vontade do Governo em
apoiar os pequenos, já para os grandes a posição é outra. O Governo Regional é
forte com os fortes e fraco com os fracos.
O Presidente
do grupo parlamentar do JPP
Élvio Sousa
5 comentários:
Como é fácil de entender, o problema do campo de Golfe do S. da Serra não tem a ver com água, mas com gestão, capacidade de gestão ou falta dela, no caso.
Os problemas da impermeabilização da lagoa existem desde a sua (deficiente) construção, e tal facto não impediu que se realizassem competições como o Open, quer do European quer do Challenge Tour.
É simples de entender que o S. da Serra é uma zona privilegiada a nível da pluviosidade, o que dá perfeitamente para a rega do campo, e que, só de verão terá de haver abastecimento suplementar, o que pode acontecer com auto-tanques.
O campo do Porto Santo tem incomparavelmente muito maiores problemas de rega, e nem assim deixa de ser, finalmente, um campo com exploração lucrativa. E o que aconteceu foi...gestão. Com um contrato de médio prazo com um operador especializado neste tipo de turismo, o Porto Santo Golfe conseguiu uma ocupação que lhe dá resultados positivos de exploração.
Ora, isto não acontece com o campo do S. da Serra, em que somando os turistas pagantes, às quotas pagas pelos sócios do clube, não dão para fazer face à exploração e manutenção do campo. Aquilo que é necessário são mais saídas, o que só é conseguido com uma operação semelhante ao que acontece com o Porto Santo. E, até têm a facilidade de se unir ao Palheiro Golfe, que padece do mesmo mal de exploração, e apresentarem aos tour-operaters especializados, um produto atraente para um turismo específico.
Mas nada disso conseguiram fazer, o que demonstra o amadorismo com que os campos de golfe do Santo e do Palheiro são administrados. Mas o segundo é de uma empresas privada, que o vai mantendo (e também com as quotas dos sócios) e o Santo é explorado por um clube, e que sempre viveu à custa do erário público.
O problema é de gestão, que é de um amadorismo confrangedor. Basta ver que foi preciso ser a EEM avisar para um anormal consumo de energia para descobrirem que tinha bombas de água avariadas. Mas exemplos de amadorismo são vários.
E assim, para financiar, esta desculpa da falta de abastecimento de água é uma boa justificação.
E o campo de golfe do Santo da Serra não merece isto, nem a memória dos seus fundadores nem de vários presidentes e directores que por lá passaram. Até porque o campo tem todas as condições para ser lucrativo.
Deve o governo rever o apoio que dá, exigindo que sejam tomadas medidas de gestão profissionais.
O campo do Porto Santo deu a volta. Não há razão para o campo do Santo da Serra também o não conseguir.
Se tem que haver substituição de pessoas, que seja. O governo deve exigir rigor e competência.
E a EEM que não paga por falhas na distribuição da energia. No entanto, perdoa o pagamento às empresas privadas responsáveis por essas falhas.
Porque é que a EEM compra energia (de fonte fóssil) a empresas privadas?
Este JPP tem resolução para tudo...
Criticam o governo por isto e aquilo. porque são presidentes de junta e não podem ser deputados.
Olhem para o Espelho do JPP
Ó das 07.35, então ía comprar a quem ? Há alguma empresa pública a vender energia de fonte fóssil ?
Ainda sobre o campo de golfe do Santo da Serra, e a propósito de um artigo de Miguel Sousa no DN, não poderia estar mais de acordo com a sua ideia do intetesse para a região daquela infraestrutura. E, também confirmo, que essa ideia do golfe apenas para uma elite priveligiada, é um disparate. Basta ver os socio-jogadores de qualquer um dos três campos da região, para contrariar essa ideia. É um desporto eclético, praticado por pessoas muito díspares.
O que Miguel Sousa não fala, é sobre a gestão/administração do campo. E, seria por exemplo muito intetessante, que Miguel Sousa esclarecesse os madeirenses quanto paga por ano o clube, pela concessão de um campo que é propriedade da região.
E falta perguntar porque é que o governo não negoceia a resolução da concessão, e vende aquela infraestrutura. O governo não é empresário de golfe, e deve privatizar o campo do Santo da Serra.
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