Mais investimento e menos especulação
A política seguida nos últimos anos é errada, dá preferência à especulação imobiliária em vez do investimento produtivo. Nos anos 90 e até 2008 foram muitos milhões derramados em obras públicas e privadas, com a promessa da criação de emprego e de riqueza. Onde estão esses empregos, pois os nossos jovens têm de emigrar?
O Bloco de Esquerda denuncia a política errada que favorece a construção civil e a especulação imobiliária. É uma política que gera fortunas rapidamente, cria ricos mas não cria riqueza. Tem efeitos a curto prazo, mas que se esgotam rapidamente – é apenas fogo de vista. Tivemos um “boom” de investimento em obras públicas e privadas nos anos 90 e até 2008, muitos milhões com a promessa da criação de empregos, bem onde estão os empregos hoje em dia, onde estão os efeitos de todo esse investimento? Os jovens que acabam agora a sua formação superior, em regra têm de emigrar, pois nao encontram cá emprego, a Madeira não lhes dá perspetivas de futuro.
Essas políticas erradas continuam, não aprendemos nada com a bancarrota da Madeira e nem com a bancarrota do País, continua-se a orientar os investimentos para a construção civil, em obras públicas e privadas. Estes investimentos são como o fogo de vista – impressionam no momento, mas os efeitos não duram, desaparecem de imediato.
Não precisamos deste tipo de investimentos, mas sim de investimento que crie empregos duradouros, que dê perspetivas de futuro. Vemos o Governo Regional e as câmaras, das diferentes cores partidárias irmanadas a satisfazer os apetites imobiliários, com a mesma subserviência perante os senhores do dinheiro e a sua ganância por lucros fáceis e imediatos.
O Bloco defende que os investimentos públicos e privados devem ser orientados para a criação de emprego e não para satisfazer a ânsia de lucro fácil, de lucros especulativos. Os negócios especulativos à volta do imobiliário podem gerar lucros fabulosos muito rapidamente, mas não são sustentáveis, já nos levaram à bancarrota e todos sofremos as consequências, com os cortes nos salários e o aumento dos impostos e esse perigo está aí com a repetição dos erros do passado.
Há outro efeito perverso da especulação imobiliária, a pressão para a subida dos preços da habitação, seja na compra ou no arrendamento. Como os salários não sobem à mesma velocidade que o preço das casas temos cada vez mais pessoas excluídas do acesso à habitação, temos portanto uma política que cria ricos por um lado e pelo outro fomenta a exclusão social e a pobreza.
BE
9 comentários:
E como as câmaras municipais têm nas licenças de construção e obras uma das suas principais fontes de rendimento, a pressão imobiliária continuará. Basta ver a pressa com que o Dubai foi licenciado, sem que houvesse sequer estudo de impacto ambiental.
Portanto não basta mandar umas bocas. É preciso estudar como alterar o financiamento dos municípios.
E quanto a especuladores, o BE tem um grande professor: o camarada Robles.
isto chama-se mesmo Dubai porque ? pelo que vi são prédios de 5 ou 6 andares
Quem tem telhados de vidro não atira pedras, lá diz o adágio popular! O Bloco de Esquerda tinha um vereador na CM de Lisboa que andava a facturar milhões à custa da especulação imobiliária! É um assunto que o BE não tem água com que se lave, e não é exemplo para ninguém!
Ó camarada Paulino. Então você vai para aí falar sobre o Dubai e esse cromo que está aí consigo de óculos de sol, um dos seus mais fervorosos apoiantes, e que é deputado na Assembleia municipal do Funchal e votou a favor da suspensão do plano do amparo?! É nem se pode queixar do almadinha e do Trancoso. Tome juízo, camarada!
o bloquista então vais aparecer com camisolas de marca em eventos , fica muito mal
Ricardo Robles, Vereado na Câmara Municipal de Lisboa, eleito pelo Bloco de Esquerda fazia “especulação imobiliária” que rendia milhões, teve que se demitir. Será deste que o BE madeira fala?
O Bloquista Robles queria vender "a breve trecho" por 5,7 milhões de euros uma casa, em Lisboa, comprada por 347 mil. Um autentico recorde de verdadeira especulação imobiliária.
O Funchal necessita de habitação de pessoas a residir na cidade, de novos apartamentos e não de “falsas virgens” que defendem a miséria.
Podem chamar Dubai ou Amazónias desde que deixe de ser um terreno com lixo e ratos e posse a ter habitação e comercio, que crie postos de trabalho e contribua para o desenvolvimento da Madeira. Temos de combater o envelhecimento da Madeira que não será feito com velhos do restelo.
No momento em que algo é permitido, é permitido para todos.
Imagine-se a corrupção. Se a corrupção for legal, todos devem ter o direito de ser corruptos, mesmo os que não concordam com ela.
é por estes e por outras que já ninguém acredita no bloco de esquerda
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