Unidos pelo negócio
Não sei a que propósito, mas algo me segreda que Albuquerque, se alguma vez caísse no 'desemprego político', daria um excelente mestre da imobiliária
Para quem tentava plasmar uma carga de aridez ao presidente da Câmara de S. Vicente, aí está a resposta: Garcês revela-se um
ás no "turismo cultural" (não confundir com rural) e, apanhando os
pseudo-intelectuais da capital desprevenidos, decide criar a Rota dos Solares
na ilha setentrional. Não estamos a fazer uma crónica humorística de
fim-de-semana. O caso é sério e até foi o DN a lançar o tema na edição de hoje.
O edil setentrional pensou em dotar o seu concelho de uma Rota dos
Solares!
Ainda não percebemos se de solares oitocentistas ou
novecentistas. Mas se 'a rota' (ler separado) é um pequeno passo para o
orçamento municipal, será um grande passo para a culturalidade.
Apostado obsessivamente no projecto, Garcês procurou,
procurou, e já descobriu a primeira unidade para o Roteiro. Encontrou lá para
cima um solar - por mero acaso pertencente ao museólogo-mor do reino - e
sem delongas desatou a negociar. Ora, apanhado assim de repente, o dono do
bonito prédio, Francisco Clode, também por acaso director de museus e do
património da Tabanca, deixou-se levar na conversa do autarca e vendeu aquilo
por uma bagatela que não chega aos 800 mil euros. Bem arrependido deve estar o
homem dos museus, passado o primeiro impacto.
Conclusão: o solar "pintado de fresco" nas
Feiteiras, cuja "recuperação" custou uma boa maquia ao amigo Clode,
já está na posse da empresa especializada lá do sítio, também por acaso detida
100% pela Câmara de Garcês.
Pelas informações que tenho e acho bem partilhar, há
por aí mais uns solares que estão até em bom estado. Será que a empresa de
Garcês não quererá comprá-los? Não tenha medo, sor presidente! Se for preciso
mais um empurrãozinho da aristocracia falida cá da Tabanca, são favas contadas.
Também temos algum conhecimento, ora bolas, e até pode contar com intermediação
política superior ao nível de "real estate”.
Não seja por isso.
Como cidadão contribuinte, passei a sexta-feira a
tentar saber se foi mesmo bom negócio público adquirir o raio do solar. Sim,
Garcês mostrou a sua euforia na reportagem do DN, mas convém sempre cruzar
informações. Pois bem: o solar agora negociado é na verdade um “pastiche”
bastante “favorecido” do velho solar que era uma vetusta ruína, que já mal
tinha quatro paredes de pé! Mas isto dá valor histórico à coisa. Se não dá,
faz-se de conta. Mais: turismo por lá foi sol de pouca dura. Não chegou para
estragar o resto das ruínas.
Mas há sempre um 'mas'. Ao longo do dia, também me
quiseram convencer de que, afinal, o que ali havia mesmo era, não uma
fonte de cultura para explorar, mas uma enorme dívida, supostamente milionária,
que assim fica saldada em boa parte relativamente aos principais credores. À
custa da benção do Blue Establishment, é certo, mas sempre ouvi dizer que os
amigos são para as ocasiões.
Se minha avó não morresse era viva, obrigado.
Claro que o negócio avançou beneficiando da tal
intermediação superior. Sejamos práticos: a que propósito o município de S.
Vicente ia 'arder' 790 mil numa paranóia daquelas? Só que, entendam os
detractores bota-abaixo, é uma paranóia lucrativa para alguém.
Se o presidente setentrional nos quer fazer crer que foi
a empresa municipal a realizar um bom negócio e que a engenhoca até tem outros
lucros para o povo, é porque sabe o que está dizendo. Ainda hoje lembrei a um
fala-barato o bem sucedido exemplo das Grutas. Resposta dele: "E
o resto? O Tribunal de Contas não andava de olho nessas empresas manhosas,
ditas municipais, feitas para esconder dívida das câmaras? Ou era só no tempo
da velha senhora?"
Com gente desta...
Percebi haver quem não acredite que esta fantástica
operação imobiliária propiciará uma espécie de turismo dos solares. Sim, há
vários solares em S. Vicente, disseram-me, e há um na Ponta Delgada, finalmente
visitável. Para logo atacarem: "Mas e o da Silveira, na Boaventura, quanto
custa recuperar aquela ruína? E a que propósito fazê-lo? Para quê? Para quem?
Quem vai lavar mais branco todo esse dinheirão, nunca menos de 1,5 milhões que
seriam necessários? Será que o projecto também vai ser dos 'amigos do peito' do
museólogo, os mesmos que fizeram o ex-solar-dele? E dada a experiência
adquirida, não será tal recuperação devidamente 'assistida' pela task-force
patrimonialista instalada na Rua dos Ferreiros?"
Xiiiiiiiiiiii!
Esbocei uma fuga do café onde me pregavam este sermão,
mas não consegui 'cavar': "Agora vais ouvir! Então a câmara do tal Garcês,
tão diabolizado noutros tempos e agora recuperado pelo laranjal, não tinha
melhor uso para os 800 mil que gastou? O homem não tinha outras prioridades? E
que tal uma “casa de cultura” decente e funcional para a nobre vila de S.
Vicente? E que tal um espaço decente para a terceira idade, para os velhos
ficarem, de dia ou de noite, tantos que eles são no concelho? Que diabo: querem
fazer negócios, façam, mas não comam as papas na pinha da malta. O que chateia
mesmo é o amiguismo, o nepotismo e outros ismos, como se o povo fosse bruto e
cego. Infelizmente para todos nós, esses 'ismos' irão sair caro, lá para
setembro do ano que vem... E tu, com essa defesa da mafiosidade, és igual a
eles!"
Este interlocutor desapareceu sem me ouvir dizer que
não, que não sou eu que tenho solares para vender.
Deixá-lo, esse ressabiado!
Voltemos às coisas sérias. É que... sem saber a que
propósito, vem-me à ideia que o nosso
caçador das Angústias pode vir a dar no futuro um agente imobiliário de eleição.
(Retiro deste joker dos milhares a palavra 'eleição', para não estragar o
final do estenderete.)
27 comentários:
Se calhar é esta a explicação http://mamadeiralaranja.blogspot.com/2017/12/jose-antonio-garces-o-novo-agente-remax.html
Deve uma câmara municipal substituir-se à iniciativa privada e fazer concorrência com o mundo empresarial?
Não há razão que me lembre.
Deve um detentor dum cargo de confiança política, nomeado pelo governo regional, como é o do Dirretor da Direção Regional da Cultura, fazer negócios com uma autarquia? Sobretudo se pensarmos que se está a desfazer de um negócio ruinoso, que já estava no mercado há bastante tempo.
A olho nu, sem escarafunchar muito, só parece um negócio de favor, no qual a Autarquia e os seus munícipes não terão nada a ganhar.
Este doutor da mula ruça, cheio de pergaminhos e punhos de renda, um sempre-em-pé de nariz arrebitado, bem podia ter tido um pouco mais de pudor e fazer como o seu comparsa Miguel Albuquerque. Pedia ao Sr. Dionisio Pestana para lhe pagar as dívidas como fez com a Quinta das Rosas em S. Jorge do Albuquerque. Assim, o Dr. Francisco Clode escusava de ir aos cofres do.Municipiio e sacar aquelas centenas de milhar de euros que teriam melhor destino para o interesse público.
Com certeza que esta transacção gerou comissões bem superiores às que são pagas no ramo imobiliário.
O proprietário livra-se das dívidas que tem por via de um negócio desastroso, devido à milagrosa decisão da C.M. De S. Vicente de se dedicar ao turismo de solares, nova rubrica a criar no melhor destino ilha do mundo.
É uma visão muito para a frente do autarca no norte.
Que sorte teve o super museólogo. O solar dele estava mesmo à mão. Que sorte. Parabéns!
Do norte, desnorteado, um gajo que já experimentou das duras, que andou à esquerda e à direita, mostra-se um tanto ou quanto ferido na alma devido a este facto.
Este negócio não è mais que o maior golpe feito pelos renovados e seus aliados.
Ora vejamos:
Governo regional, não sei como, oferece pavilhão de vulcanismo á sociedade que o geria, único investimento das benditas sociedades que dava lucro.
Com esta oferta, esta sociedade gera lucros e compra palacete ao diretor regional.
Qual compra virá a seguir???
Penso que se o roseiral do Arco não tivesse sido vendido, seria a próxima aquisição.
Este prédio não foi financiado por fundos comunitários?
Vai devolver os fundos recebidos?
Quantos clientes teve depois da sua abertura?
Que valor histórico tem este prédio?
Que pretende a sociedade que o compra fazer ali?
Pelo que conta, será continuar o negócio, ou seja, continuar fechado!
Acredito, amigo!
Por vezes, arrependemo-nos do apoio dado incondicional a este tipo de gente.
Desilusão
Vindo do presidente Garcês, homem de negócios lá do norte, nada nos espanta, pois o seu jeito nato em fazer trocas comerciais e de adquirir bens sempre foi certo. O que nos espanta é dizer que a aquisição do solar dos Clode e a criação de um roteiro pelos solares do concelho é uma " visão do futuro". Mas que visão? Que futuro? Haverá, inegavelmente, outras necessidades, de se definir outras visões futuras para S.Vicente, concelho pobre e sem marcas dadas para o futuro. Organize- se sr. presidente, pois a sua " visão" encontra- se ofuscada e sem qualquer futuro.
aguarda-se a vinda de muitos "charters" carregados de chineses para a "rota dos solares"...em contrapartida meia dúzia de envolvidos neste negócio dos solares irá percorrer a "rota da seda"...
Ora nem mais, ó das 14.06.
Os vilões de são Vicente fazendo jus às suas qualidades.
Não há nada a fazer no norte. O camaleão controla todo o concelho com a ajuda do Humberto Vasconcelos e restante staff, mas o que mais me inquieta e revolta é o proclamar o futuro para o concelho, pobre, envelhecido, com mentalidade atrofiada e sem visão futura, é o aproveitamento desse jeito humilde de ser desse povo para viver bem e enriquecer. Vê-se uma política do " tapa buracos". Dá-se tinta para pintar uma casa, umas telhas para fazer um telhado, fecha-se os olhos a um aumento na casa, não se exigem licenças de construção e assim vamos satisfazendo as necessidades pontuais dos habitantes. É política rasca e sem futuro, baseada na desculpa da " ação social" e do pobre. Quere-se mais! Mais estratégias globais e futuras para um concelho cada vez mais isolado, velho e sem visão de futuro.
estes rapazinhos são do pior , garces, fernando, aires, ...esses não há dinheiro que os farte e incompetência total, vejam os percursos,...irão dar cabo de são vicente e os ignorantes vendem-se por abraços e bjs
E para tapar o sol com a peneira, oferece-se 2 cabazes de natal a duas famílias carenciadas(e é noticia).
Povo enganado!
https://www.dnoticias.pt/madeira/empresa-municipal-entrega-cabazes-a-familias-carenciadas-de-sao-vicente-YF4135203
Risível! Uma instituição abastada financeiramente vem dar 2 cabazes a 2 famílias carenciadas? E esta ação é notícia no DN? Pobres de mentalidade, que continuam a persistir numa política do pobre. Por favor, pelo povo vicentino abram essas mentes senhores autarcas, assim como fazem com as suas ações pessoais. S. Vicente agradecerá!
quando esta canalha terminar a governação são vicente vai estar no FUNDO, são incompetentes , arrogantes , vaidosos , andam de peito feito até parecem PAVÕES, … vão desgraçar a NOSSA TERRA, por favor corram com eles, VEJAM PARA QUE SERVE O DINHEIRO , ENGORDAR O CLOUDE, ..ainda vão a tempo de tomar juízo, com esse dinheiro dinamizam a economia , compravam o terreno do Sr António Figueira na vila e criavam ESTACIONAMENTOS , junto as grutas criavam estacionamento, em vez desse prédio que não vale nada, 800/mil , comissões,...estão a esticar a corda , onde anda a P.J....INVESTIGUEM , vejam o secretario da junta de são vicente os tubos estão a dar de mamar a muitos!!!!!!!!!!!!!!!!!
O que se vê por aqui é muito ressabiado, encapotado de impoluto, que contribui para a “ mentalidade atrofiada e sem visão futura”, presumindo de intelectual, tenham mas é vergonha e respeito pelo povo de São Vicente, tenham respeito por quem vos representa, essa mania de insultar pessoalmente é do mais abjecto que há, especialmente quando, ao estar na presença das pessoas, se armam em lambe otas subservientes, ao ponto de meter nojo!!!!!
Olha uma virgem ofendida!
Ofendido meu caro? Liberte-se e tenha, você, coragem de dizer o que pensa e deixe de lamber as botas. A isso meu caro chama- se ter opinião própria, ter liberdade de expressão, ser fiel aos seus princípios, coisa que nenhum dos elementos que proclamam a mudança para S. Vicente possui.
Pelos vistos o único lambe botas aqui é o autor deste comentário.
Abre os olhos enquanto é tempo ou ainda vais dentro com eles
Coragem para dizer o que pensa é dando a cara, a coberto do anonimato chama-se COBARDIA.
Sabes o que se passa em São Vicente?
Já ouviste falar em perseguição?
Já ou ouviste falar em máfia organizada no seu melhor?
Se não vês, só podes estar dentro dela!
Apita o comboio!!!
Cada comentário mais tonto e estúpido que por aqui anda, tristes e maldosos. Ainda bem que as pessoas já sabem que quase tudo o que se publica nas redes sociais é mentira.
Transformaram São Vicente num gamelão
Mentira é este teu comentário.
Pergunto a ti aonde está a licença de construção do hotel do Sr Antonio, financiador deste camaleão?
O objetivo principal destes comentarios é opinar sobre a compra do imóvel pela Câmara de S.Vicente e logicamente pela decisão do Presidente Garcês,decisão essa impensável para um concelho com outras necessidades. Assim, não desviemos os comentários para ataques pessoais de seguidores do partido absolutista em S. Vicente. É facto que controla o concelho,é certo que os seus elementos principais enriquecem a olhos vistos, é absoluto que não possui uma visao futura para o concelho, e que continua a realizar ações obscuras, contudo acredito na mudança, acredito num futuro para todos, e nao apenas para alguns em S. Vicente.
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